– Oh meu Deus, que linda!

Sussurrou em voz alta, mas em tom audível somente para ele. O momento em que ela o olhou com os olhos brilhando foi completamente incrível porque ele pensou em sair correndo e abraçá-la. Não sabia se era lágrimas ou se era o brilho do olhar dela mesmo. Sara tinha um brilho, e não era de hoje que sabia disso.

Ela vestia um vestido branco simples, mas muito elegante, na altura dos joelhos, com uma renda muito linda e cara. Sua sandália bastante alta, e os cabelos amarrados em um “coque” a tornava mais jovem e delicada. Uma maquiagem leve e bem feita iluminava mais ainda a face que tinha um brilho próprio.

Ele vestia um smoking preto, de faixa branca e gravata borboleta. Os sapatos também pretos, a barba bem feita, e cabelos cortados escovinha. Exatamente como ela gosta. Sara observa a beleza dele de longe. Sem barba, perfeito. Pra ela, nada nesse mundo era melhor que aquele momento. Pra ele, era um sonho realizado.

Para os dois, nesse momento, só o que importava era a presença um do outro. Emanando o calor que o amor trazia em seus corações.

.....

A cerimônia não haveria de ser longa. Era como se fosse só no cartório. Mas ali era uma pequena capela para apenas o essencial, ou seja, sem muitos convidados. E o momento principal seria agora. De frente um para o outro, suas duas mãos dadas.

– Gilbert Arthur Grissom, aceita Sara Ann Sidle como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la todos os dias de sua vida?

– Aceito. – Seus olhos estavam lacrimejando.

– Sara Ann Sidle, aceita Gilbert Arthur Grissom como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo e respeitá-lo todos os dias de sua vida?

– Aceito. – A lágrima desceu no mesmo momento em ambos. Até o cerimonialista se impressionou.

Grissom pegou a mão esquerda de Sara, e com a outra segurou a aliança. O sorriso não disfarçava tamanha felicidade. Mesmo com as teimosas lágrimas descendo.

– Sara, aceite esta aliança, como prova do meu amor e da minha fidelidade.

– Sim, querido. – Ele colocou delicadamente a aliança e depois, por um impulso, Grissom beijou o lugar onde estava a aliança.

Sara pegou a aliança que daria para Grissom e logo pegou a mão dele e recitou as palavras selando a promessa.

– Gil, aceite essa aliança, como prova do meu amor e da minha fidelidade.

– Sim, honey. – Sara colocou a aliança que chega brilhava de tão polida. Fez o mesmo gesto que ele. Beijou o local da aliança.

– Eu vos declaro marido e mulher. – Eles sorriram para o simpático homem. – Então Mr. Grissom pode beijar a sua esposa que agora é Sara Sidle Grissom.

Então Grissom levanta a sobrancelha e com um sorriso no rosto. Chega perto de Sara e deposita um beijo simples e tímido.

.....

– Eu não sei como agradecer á vocês! – Grissom agradecia á Mr. e Mrs. Portman. Eles foram muito úteis com tudo.

– Eu sei como! – Stephanie se pronunciou. – Sejam felizes para sempre, combinado? – Eles riram da proposta. Mas assim seria.

– Pode deixar. – Sara confirmou dando um beijo na bochecha de Grissom.

– Bom, vamos meu amor? Temos que deixar os recém-casados irem para a lua-de-mel. Onde será a de vocês? A nossa passamos em Londres. – Ele abraçou a esposa. Pelo jeito eles se amavam muito também.

– Aqui mesmo em Paris. Tenho uma surpresa para Sara. – Ele piscou.

– Que surpresa? – Curiosa.

– Você verá meu anjo.

– Bom, foi um prazer conhecê-los. A família Grissom é maravilhosa. – Stephanie tinha um sorriso lindo no rosto.

– O prazer foi nosso. Marcaremos um dia para nos reencontrarmos. Que tal um encontro de casais? – Grissom tinha gosto em falar “casais”.

– Com certeza. Iremos. Até mais.

Stephanie e seu esposo se despediram deles e seguiram seu caminho. Sara e Grissom se deslocaram para o hotel onde estavam hospedados. Ali seria uma parte da lua-de-mel tão esperada.

.....

– Você está louco? – Sara gritou quando Grissom a agarrou e a levantou em seus braços. Ainda na entrada do hotel.

– Não é isso que todos fazem? Levam as noivas para o quarto nos braços?

– Sim. Mas só quando estão perto do quarto, querido. Assim vamos chamar muito atenção. – Disse observando os olhares.

– E eu me importo com os olhares? – Continuou andando. – Quero mesmo é que todos fiquem sabendo que estou casado com a mulher mais linda do mundo.

– Não exagere, amor. – Uma risadinha engraçada saiu da boca de Sara fazendo Grissom beijá-la com um selinho. Ele a levou sorrindo.

– Você não é tão pesada. É leve. – De frente ao elevador.

– Eu sei que sou magrela, mas não me lembre disso agora. – Emburrou a cara.

– Hey! Pra mim você a mulher mais... – Ele parou para esperar o elevador abrir e ficar sozinho com ela. – A mulher mais gostosa desse mundo. – Encostou-a na parede do elevador e começou a beijá-la.

– Seu pervertido!

– Não sou pervertido. Sou sincero. – Continuou a agarrando.

– Vamos esperar para entrar no quarto amor, tem câmeras aqui. – Disse rindo. – Me coloca nos braços novamente. – Abriu os braços. – Então, me deita na cama e... Ah! O resto você sabe como fazer, meu marido. – Sorriu maliciosa.

– Sei é? – Pegou-a em seus braços. – Vamos então, minha esposa. – O elevador se abriu e ele caminhou até a porta.

Abriu com dificuldade por causa de Sara em seus braços, eles gargalharam por ele quase a derrubar. Aos beijos, entraram no quarto e ele a colocou na cama delicadamente. Saiu por um minuto para colocar um crachá na porta que dizia “Não interromper.” Voltou e Sara estava pegando Champanhe na geladeira.

– Hey! – Disse chegando perto. – Essa tarefa é minha, meu amor. – Pegou das mãos dela a garrafa. – Pegue as taças. Eu abro o Champanhe.

– Tudo bem. – Sorriu.

– Está feliz demais, não é amor? – Grissom disse observando ela caminhar. O barulho do salto alto e a beleza que ela ficava com eles o alucinavam.

– Está tão óbvio assim? – Ele assentiu. – O que você acha?

– É óbvio. Você está incandescente de alegria. – A rolha do Champanhe voou longe. – E eu não estou diferente. – Colocou o Champanhe nas taças. Os dois sorriam igualmente. Estavam radiantes.

– Ao nosso casamento. – Sara levantou a taça anunciando.

– Á nossa promessa. – Grissom também levantou a sua e eles brindaram.

Depois se beijaram, e colocaram as taças em cima da mesa se direcionando para a cama sem perder o contato de seus corpos. Suas bocas sedentas por beijos entorpecentes e seus corpos precisando ser unidos cada vez mais.

Sara se deitou desfazendo seu coque. Grissom ficou por cima dela, encarando o rosto tão delicado e tão desejado por um toque. Toque esse que só Grissom podia dar, só ele fazia maravilhas.

– Você quer fazer amor? – Perguntou acariciando seu rosto com seu polegar.

– Você não perde a mania de perguntar, não é? – Ele sorriu de lado e assentiu. – É claro que quero. Sabe que... É o que eu mais desejo.

Sara continuou olhando para aqueles olhos. Ás vezes pensava que aquele olhar tão lindo podia ler a sua alma. Grissom conseguia passar seus sentimentos pelos olhos, e somente Sara tinha o poder de decifrá-los.

Então ele a beijou. Não tinham a necessidade de agir apressadamente. Mesmo que o desejo para ambos seja forte e que ás vezes agiam de maneira faminta, hoje não era um dia para isso. Hoje era especial. Tinham que tornar esse momento inesquecível.

– Vamos nos amar bem devagar, certo? – Grissom sugeriu.

– Certo. Bem devagar e gostoso. – Sorriu satisfeita. – Gil você sabe, de todas as maneiras, como me satisfazer.

– E você me faz ser assim. Mas também tem o poder de me deixar embriagado de prazer com apenas beijos. Você me satisfaz.

O ato foi consumado.

Grissom era um mestre. O que sua boca fazia era algo indecifrável. O que você faria se o homem que você mais ama citasse todo seu amor com toda doçura de gestos e olhares maravilhosos? Isso é uma pergunta sem resposta porque, era exatamente isso que estava acontecendo com Sara, e com certeza, não conseguia explicar.

Começando a beijá-la pelos ombros, depois pescoço, depois rosto, fazendo-a fechar os olhos aproveitando o momento. Quando o beijo chegou à boca, ela o recebeu com uma desenvoltura que ele se impressionou.

– Você não sabe, não sabe mesmo, o quanto eu te amo. – Grissom sussurrou em seu ouvido antes de mordiscar.

– Ah! – Soltou um gemido ao sentir a mordida. – E você também não faz idéia do quanto eu te amo.

O zíper do vestido foi lentamente descendo até ser totalmente retirado. Já sem seu palitó e camisa, Grissom deixou Sara se lingerie e continuaram a se acariciar.

Com toda doçura e compaixão do mundo, fizeram amor de uma maneira jamais sentida. Como se fosse à primeira vez. Sara parecia estar desligada. O cheiro dele a invadia de uma maneira, que seus instintos explodiam. Um turbilhão de sentimentos emanava em seu coração.

Foi tudo como sempre sonharam, e quando terminaram, com seus corações ainda batendo descontrolavelmente, Grissom abraçou Sara, tentando registrar na memória cada sensação. Seus corpos unidos era como fogo, que queimava de forma lenta e constante, os fazendo sussurrar a todos instantes palavras proferidas de dentro. De seus corações.

– Foi gostoso? – Grissom disse cortando o silêncio.

– Demais. – Sorriu tímida ainda encolhida sobre seu peito. – E você? O que achou?

– Foi inesquecível. Depois de nossa primeira vez, essa foi a segunda mais perfeita. – Afagou seus cabelos. – Quer dizer, todas as vezes são ótimas.

– Também acho, meu bem. – Suspirou. – O que vamos fazer amanhã?

– Queria te levar á um passeio de canoa. Há várias borboletas lindas nesse lugar. – Olhou pra ela indeciso. – Você topa?

– Se me chamasse para ir ao lugar mais longe do mundo. Sabia que eu iria. – Grissom sorriu. – E eu acho que você também iria por mim.

– Eu lutaria por você. Eu morreria por você.

– Eu também. – Suspirou o olhando. E agora Grissom também a olhava, carinhoso. – Isso é um grande sacrifício.

– Eu me sacrificaria.