Pov Bella:

A viagem para Forks fora tranquila. Edward nos reservou assentos na primeira classe e Nessie dormira por todo o caminho.

Edward não me dirigira sequer uma palavra. Passara a viagem inteira imerso em pensamentos.

Eu até preferia assim. A frieza com que ele me tratava e suas promessas de vingança me deixavam cada vez mais assustada.

Eu errei em esconder-lhe Renesmee, mas na época eu não tive escolha. Precisava proteger a minha avó. Precisava protegê-lo.

Quando eu fugi de Boston, na noite do acidente que matou Sammy, eu não sabia que estava grávida.

Lembro-me ainda de como Edward me implorara para que eu não viajasse.

_ Fica. As férias já estão chegando. Eu vou com você a New York assim que começarem. Eu prometo.

Eu fechei os olhos com força e engoli o nó que se formara em minha garganta. Não queria ir. Mas eu não tinha escolha.

_ Minha avó está doente, Edward. Preciso vê-la. Serão apenas cinco dias.

_ Uma eternidade!_ Ele disse enquanto me abraçava. Me agarrei a ele como se minha vida dependesse disso. Como eu o amava!

Mas eu precisava deixá-lo.

_ Você sabe que eu te amo, não sabe?_ Precisava deixar claro os meus sentimentos. Não podia manchar o nosso amor e nem deixá-lo duvidar da veracidade do que aconteceu entre nós.

_ Eu te amo mais!_ Ele sorriu e me beijou. Nesse momento, Sammy chegou e me tirou de seus braços, me empurrando para dentro do carro. Ela tinha pressa.

Hoje eu sei que ela estava envolvida na trama baixa planejada por Carlisle. Foi muita sorte conseguir escapar a tempo. Caso contrário eu estaria realmente morta.

Eu olhei através do vidro para o rosto do único homem que eu amei. Me senti gelada por dentro. Meu coração jamais voltaria a bater da mesma forma. Eu não seria capaz de me apaixonar outra vez. Nunca!

Lágrimas grossas escaparam dos meus olhos. Um pedaço vital da minha vida estava ficando em Boston. Desviei o olhar enquanto o carro se afastava. Não suportaria olhá-lo enquanto o destino nos separava.

Pouco tempo depois paramos em um posto. Sammy pediu para que eu ficasse no carro. Ela e o namorado, James, estavam muito estranhos e disseram que precisavam comprar algumas coisas na conveniência.

Eu esperei, mas a vontade de ir ao banheiro estava me incomodando. De uns tempos pra cá ir ao banheiro era algo constante e como eles estavam demorando para voltar, resolvi aproveitar o momento. A viagem até New York não seria longa, mas não sabia quando eles parariam outra vez.

Estava lavando as mãos quando escutei a voz de Sammy. Ela sussurrava com alguém e parecia nervosa.

_ Não sou uma assassina, James. Não posso matá-la.

_ É muito dinheiro em jogo, gata. Um milhão de dólares. Poderá deixar a faculdade e mandar sua família à merda. Pense bem. É só um tiro. Rápido e certeiro e a sua amiguinha, Bellinha, vai fazer compahia para o capeta!

Senti meu corpo gelado e comecei a tremer. Meu Deus! Era de mim que eles estavam falando. Eles queriam me matar.

_ Eu não sei... Ela já caiu nas ameaças do Dr. Cullen. Ela vai embora com a avó e nunca mais Edward terá notícias dela. Não vejo porque matá-la.

_ Carlisle quer o coração dela. Quer a garantia que ela não voltará. Ao que parece ele tem planos diferentes para o filho e sua amiguinha atrapalharia tudo. Um milhão de dólares pela sua cabeça. Se você não fizer, eu faço!

Não esperei eles terminarem. Sai correndo do banheiro e fui até o carro. Consegui pegar minha mochila com os documentos e para minha sorte um táxi passava em frente ao posto. Eu rapidamente entrei e pedi que ele se dirigisse ao aeroporto. Precisava fugir para o mais longe que conseguisse, mas antes disso precisava buscar minha avó.

Não a deixaria a mercê da família Cullen.

Enquanto o táxi rodava as ruas vazias de Boston, eu me perguntei o porque de tanto ódio.

Já tinha aceito o fato de não ser adequada para um herdeiro da família Cullen. Tinha desistido do meu amor. Jamais o procuraria outra vez.

Consegui fugir. Cheguei a New York antes de Sammy e levei minha avó para longe. Avisamos meu pai que stávamos nos mudando e que quando tivéssemos um novo endereço ligaríamos para ele. Minha avó não queria deixar tudo para trás, mas não lhe dei escolha. Saímos sem rumo e fomos para o estado de Washington, para pequena cidade de Forks.

Quando Carlisle começara com as ameaças eu iniciei uma pesquisa de possíveis lugares onde poderia morar e Forks estava entre as primeira opções. Era longe o suficiente de Boston. Do outro lado do país e ninguém desconfiaria que esse poderia ser um lugar escolhido por mim, já que eu vivia dizendo que odiava frio e chuva.

Algum tempo depois fiquei sabendo do acidente, onde Sammanta Sandyson, James Serratos e Isabella Swan morreram.

Eu estava viva, mas era melhor que pensassem o contrário. Pelo menos assim eu teria paz.

Ou pensava que teria!

_ Pensei que não gostasse de frio e chuva.

Olhei para Edward que pela primeira vez durante a viagem me dirigia a palavra.

_ Não gosto, mas já me acostumei com o clima.

_ Porque Forks?

_ Era longe os suficiente de Boston.

_ E de mim?

Respirei fundo. Poderia mentir, mas não tinha disposição para inventar desculpas.

_ Sim. E de você.

Depois disso ele voltou a ficar em silêncio e não falamos mais até o avião pousar.

_ Você mora longe daqui?

_ Não muito. Uns quinze minutos de carro.

_ Vou alugar um veículo ali na compahia. Imagino que sua geladeira deva estar vazia. Me espere ali na lanchonete e providencie o seu jantar e o de Rensmee.

Odiava suas ordens. Ele me tratava como se eu fosse uma marionete sem vontade própria.

_ Para você eu peço o que?

_ O mesmo que pedir para vocês.

Ele foi andando em direção à agencia de aluguel de carros e eu fui para lanchnete. Nessie ainda estava sonolenta, mas como foram várias horas de vôo de Boston até Forks, e ela comeu apenas um sanduíche a bordo, deveria estar morta de fome.

_ Mamãe, você sabe o que eu quero?

_ Deixa eu advinhar: sanduíche de atum e queijo e coca-cola?

_ Você é muito esperta, mamis. Acertou!

Eu ri enquanto fazia nossos pedidos à garçonete. Nessie sempre adorara atum, assim como Edward. Eles eram parecidos em muitos aspectos.

_ Porque o moço bonito veio com a gente, mãe?

Eu suspirei. Precisava contar a minha filha o que Edward representava em sua vida. Que ele era seu pai. O pai que ela nunca teve. Mas não sabia como fazer uma revelação como essa a uma criança de quatro anos.

_ Você precisa parar de chamá-lo assim, Nessie. Ele tem nome.

_ Eu sei. Edward. Mas eu gosto mais de moço bonito. E eu acho que ele também gosta, mãe. Ele sorri todas as vezes que eu o chamo assim. E ele é isso mesmo... Muuuuito bonito.

Ela falava enquanto comia seu sanduíche. Pude ver Edward vindo em nossa direção e resolvi parar o assunto. Não queria mais encrenca e era melhor conversar com ele antes de revelar a Nessie sua identidade.

_ Pronto. O carro está alugado. Sairemos assim que terminarmos de comer.

_ Você vai ficar em nossa casa, moço bonito?

Revirei os olhos ao ouvir o apelido outra vez.

Teimosa. Era assim que eu definia Nessie. Tínhamos acabado de conversar sobre como ela deveria chamá-lo e ela ainda insistia em chamá-lo de moço bonito. Teimosia era uma "qualidade" que certamente herdara de mim.

_ Sim, eu vou. Algum problema?

_ Não. Mas você vai ter que dormir com a mamãe. Ela tem uma camona beeeeeeeeeem grande. Às vezes, quando eu tenho pesadêlos ela me deixa dormir com ela. Minha cama é pequenininha. Só cabe a mim! Você pode também dormir no sofá. Ele é meio velho, mas é bem macio.

Dormir comigo? Ergui os olhos após essa declaração inoscênte de Nessie e me deparei com os olhos verdes de Edward me encarando com malícia.

Não sabia precisar quais as extensões do pedido de casamento que ele me fizera, mas tinha a impressão que incluiam sim, eu e ele dividindo uma cama.

Esse pensamento causava um frenesi em minha emoções. Um calor arrebatador tomou o meu corpo ao imaginar Edward em minha cama, me tocando, me beijando, fazendo amor comigo.

Senti meu rosto esquentar a medida que esses pensamentos tomavam conta de minha mente e desviei o olhar.

Se não tomasse cuidado acabaria me rendendo a sensualidade que sempre tomava conta de mim enquanto estava com Edward e ficaria ainda mais a mercê de sua vingança.

_ Tenho certeza que ela não se importaria em dividir a cama comigo, não é Bella?

Cretino. Estava tentando me cosntranger na frente de Nessie.

Lancei-lhe um olhar mortal e não respondi a pergunta. Ele que fosse para o inferno com suas insinuações.

Depois que terminamos de comer nos dirigimos ao carro e eu o guiei por Forks em direção a minha casa.

Era sexta feira a tarde e a cidade estava um pouco movimentada. Passamos em frente a livraria e Nessie começou a dizer que queria ver tia Alice e Jacob. Eu queria ir para casa, e tentar avisar Alice que Edward estava comigo e sabia sobre Nessie.

Mas ao que parecia ele faria todos os gostos da filha e para meu desespero parou em frente a livraria.

Uma Alice alegre saiu para fora assim que escutou a voz de Nessie, mas parou assustada ao me ver acompanhada por Edward que agora insistia em manter um braço sobre meu ombro. Um aviso!

_ Ora, pensei que ficariam em boston até a próxima semana.

_ Oi tia... Nós íamos ficar, mas esse moço bonito trouxe a gente. O nome dele é Edward Cullen. Cullen igual ao vovô.

Se Alice parecia assustada ao nos ver acompanhada, quando escutou o nome de Edward ela ficou mortalmente pálida. Me olhou apavorada e eu tentei acalmá-la com o olhar e um sorriso tranquilo.

_ Oi, Alice. Tivemos que antecipar a volta. Quero que conheça Edward. Ele é o... Hum... Um amigo da faculdade.

Ela estendeu a mão e Edward aceitou o cumprimento. Alice sabia perfeitamente bem quem era Edward. Ela conhecia todos os detalhes da minha história. Mostrou-se simpática e receptiva.

_ Claro. Prazer Edward. Bem vindo a Forks.

_ Obrigada. O prazer é meu em finalmente conhecer a tia Alice. Nessie fala muito em você.

_ Ela é uma fofa._ Ela desviou o olhar de Edward e se dirigiu a Nessie._ Tem um garotinho que está morrendo de saudade de você.

_ Jake!_ Nessie e gritou e todos nós rimos._ Eu também estou mortinha de saudades, tia. Onde ele está?

_ Foi pescar com o tio Jazz. Mas acho que não demoram. Entrem, gente. Está frio aqui fora.

_ Não._ Foi a resposta autoritaria de Edward. Alice deixou de sorrir e me encarou amedrontada._ A viagem foi longa e estamos cansados. Depois conversaremos. Agora iremos para casa. Nessie precisa descansar.

_ Bem... Ok, então. Depois a gente se fala. Tchau princesa.

_ Tchau, tia.

Alice a beijou no rosto e me encarou. Em sua expressão muitas dúvidas. Ela devia estar se perguntando o que estava acontecendo.

Precisava contar-lhe tudo e que se passou em Boston e explicar-lhe os planos de Edward.

Mas não agora, sob a supervisão de um certo par de olhos verdes. Eu precisava ficar a sós com Alice. E rápido.

Fomos para minha casa e Renesmee não parou quieta nem um segundo. Mostrava todos os pontos principais da cidade à Edward. Sua escola, seu restaurante preferido, a casa da tia Alice, a loja dos Newton.

_ O tio Mike tentou namorar com a mamãe, mas ela nunca quis.

Eu arfei. Nessie e sua memória infalível. Olhei de eguelha para Edward e vi que ele estreitava os olhos e apertava o volante com força.

_ Quem é Mike?_ Apesar da frieza em sua voz pude notar uma nota de raiva.

_ Ele é daquela loja ali._ Disse Nessie apontando para a loja de equipamentos esportivos dos Newton._ Ele é bem legal, mas tia Alice diz que ele é muito tonto para namorar a mamãe. Ela fala que a mamis precisa de um homem de verdade._ Quanto mais Nessie falava mais eu me sentia envergonhada. Me lembraria, no futuro, de manter Nessie longe de algumas conversas._ Você é um homem de verdade, moço bonito?

O que? Que espécie de pergunta era essa?

_ Acho que sim._ Edward respondeu depois de soltar uma sonora gargalhada._ Porque?

_ Você podia namorar com a mamãe. O Jake disse que só se minha mãe tivesse um namorado eu poderia ter um irmão. E eu quero tanto um irmãozinho!

_ Nessie!_ Eu a repreendi mortificada.

_ Não sei se aprovo as conversas desse tal Jake com Nessie. Mas respondendo a sua pergunta, querida, o que acha da idéia de eu e sua mãe nos casarmos?

Nessie ficou estática. Pela primeira vez desde que saímos da livraria ela perdeu a fala.

_ Memo, mesmo, mesmo, mesmo?!? Eu aceito! Quero muito, moço bonito. Você pode casar com a mamãe._ Nessie disse animada enquanto pulava no banco de trás.

_ Eu penso que a opinião da "mamãe" também deveria ser levada em conta._ Disse ironicamente.

_ A pessoa que mais importa disse sim. Então já está decidido. Em breve providenciaremos seu irmão, fofinha. Não é mesmo, Bella?

Olhei-o assustada. O que? Que história de irmão é essa?

Ele me encarava e parecia estar se divertindo com minha expressão apavorada e envergonhada.

Idiota!

Nesse momento ele estacionou em frente minha casa e Nessie pulou do carro e correu em direção aos fundos da casa. Desviei o olhar de seu rosto e deci do carro irritada.

Ao que parecia minha opinião não contava para Edward.

Ele decidia se casávamos, se teríamos filhos... Daqui uns dias provavelmente estaria escolhendo a cor das minhas calcinhas.

Fiquei mais vermelha ainda com esse pensamento e um calor inesperado subiu pelo meu corpo ao juntar Edward e minhas calcinhas em um mesmo pensamento.

Inferno!

Eu precisava controlar minha mente traiçoeira, ou estaria perdida.

Enquanto Edward tirava nossas malas do carro, Nessie voltava acompanhada do nosso animal de estimação que parecia infinitamente feliz em vê-la.

_ Vocês têm um lobo de estimação?_ Edward perguntou assustado. Soltou as malas no chão e fez menção de correr até Nessie. Eu o segurei. Não precisava dessa reação exagerada.

_ Edward, esse é Bart. Ele foi encontrado por Nessie ainda filhote e muito ferido. Chamei as autoridades, mas preferiram não removê-lo. Ele acabou ficando e não conseguimos mais mandá-lo embora.

_ Mas ele é um lobo.

_ Sim, mas age como cão e não é agressivo. Portanto, fique calmo. Ele não é perigoso. E Nessie o adora.

Eu me divertia com sua preocupação evidente.

Se precisasse, ele mataria qualquer coisa para defender a filha.

Era surpreendente o pouco tempo que ele precisou para desenvolver afeto, carinho e amor pela filha.

Era mesmo impossível não amá-la. Nessie parecia estar envolta por uma magia que fazia com que todos se apaixonasse instantâneamente por ela.

Olhei para os dois enquanto Nessie lhe apresentava Bart e percebi o quanto eram perfeitos juntos.

Minha vida poderia até tornar-se um inferno, mas eu suportaria tudo para não privar Nessie da convivência com o pai.

Sua felicidade valia qualque sacrifício.

Nessie ficou no quintal com Bart e Edward, que se recusava a deixá-la sozinha com nosso lobo, enquanto eu entrava e lhe preparava um banho.

Entrei no meu quarto para deixar as malas e quando olhei para a cama, o mesmo calor que me tomou na lanchonete quando Nessie sugeriu que Edward dormisse comigo me dominou. 

Deus!

Será que eu teria forças para resistir se ele insistisse em dormir aqui?

Eu esperava que sim.

Minha mente dizia que sim, mas meu corpo insistia em discordar.

Depois de tomada banho e alimentada, coloquei Nessie na cama e desci para terminar o jantar para mim e Edward. Ela estava exausta da viagem e dormiu logo, mas não sem antes me encher de perguntas.

Ela queria saber quando seria o casamento e quando teria um irmão. Se Edward dormiria comigo e se ele seria seu pai.

Deixei todas as respostas de lado e obriguei-a dormir. Lidaria com isso depois.

Não era o momento para essa conversa. Ainda não.

Não tinha conseguido falar com Alice. Ela me ligou a noite toda, mas tudo que consegui foi acalmá-la um pouco e pedir para que não se preocupasse. Contaria tudo em breve, mas não com Edward me rondando.

Não sabia ainda se tinha "permissão" do mestre para conversar com ela e não queria mais problemas.

Algum tempo depois, estava de costas para a porta, picando tomates na pia e não vi quando Edward se aproximou.

Ele estava tomando banho e pensei que ele demoraria bastante tempo para voltar.

_ Sua casa é confortável. Seu quarto é aconchegante e... Sua cama é bem grande. É perfeita para ser dividida... Comigo!

Dei um pulo ao ouvir sua voz e virei assustada.

Ele estava muito próximo a mim e eu podia sentir o cheiro doce do seu perfume.

_ Edward, pára com essa brincadeira. Não diga essas coisas... Eu... Eu...

_ Não estou brincando. Eu desejo você!_ Ele disse tocando meu rosto suavemente. Eu fechei os olhos. Precisava resistir a ele._ Quero que divida a cama comigo.

_ Pensei que me odiasse._ Disse baixinho.

_ Odeio. Mas desejo não tem nada haver com o ódio que eu sinto por você ter me escondido Nessie._ Ele acariciava minha boca com o polegar. Tinha que me conter para não suspirar._ Isso entre nós é sexo. Não tem nada haver com sentimentos. É desejo. Nu e cru!

Essa declaração doeu fundo. Ele admitia que me desejava, mas me odiava.

Eu seria a pior das mulheres se me rendesse a esse desejo mesmo sabendo que ele não me amava. Qua jamais voltaria a me amar.

_ Eu dispenso seu desejo.

_ Você vai ser minha mulher.

_ Serei sua esposa._ Tirei sua mão do meu rosto e me afastei._ Atenderei a essa exigência para não ficar longe de Nessie. Mas é só. Você não vai tocar em mim.

Ele se aproximou e me segurou pelos ombros com força. Eu gemi de dor.

_ Já disse que você não opina nada. Eu decido como será esse casamento. E sim, eu vou tocar em você. Você será minha esposa e mulher.

_ Não!_ Ele apertou ainda mais meus ombros._ Me solta!

_ Não solto. Não vou soltar nunca. Você é minha. Sempre foi e sempre será. Eu a quero e vou ter.

_ Vai me tomar a força?_ Perguntei tentando conter o choro.

Ele riu com escárnio.

_ Não. Você vai implorar para ser mimha. Eu te garanto.

Dito isso, ele saiu da cozinha e me deixou sozinha. Desabei em uma cedeira e chorei.

Quando ele disse que me levaria ao inferno, eu o substimei.

Mas como ele mesmo disse, sempre cumpria com a palavra dada. 

E pelo visto o inferno começara.

Mas eu não facilitaria as coisas.

Não mesmo!

Se ele queria guerra, ele teria guerra.

Vamos ver quem se rende primeiro.