Pov. Edward

Passei os dedos suavemente pelas costas nuas de Bella e sorri de leve quando vi sua pele arrepiar-se.

Não existia contentamento maior do que tê-la ao meu lado.

Eu deveria deixá-la dormir depois da tarde animada que tivemos, mas eu não conseguia resistir ao apelo sensual que ela exercia sobre mim.

Inclinei-me sobre seu corpo e enterrei o rosto em seus cabelos, sentindo aquele cheiro maravilhoso que emanava dela toda. Dei um beijo suave em seu ombro e sorri ao ver que ela se mexia lentamente sobre os lençóis revirados.

_ Bella, quantos filhos você quer ter?_ Sussurrei em seu ouvido e senti seu corpo se retesando com a minha pergunta.

Ela levantou o rosto, que até o momento estava enterrado no travesseiro e me olhou com estranheza.

_ Filhos?_ Perguntou, erguendo as sobrancelhas e eu sorri.

_ Nunca pensou sobre isso?_ Perguntei, dando-lhe um beijo suave nos lábios e ela suspirou.

Passei toda minha vida imaginando como seria minha família, composta por minha esposa e meus filhos, mas não sabendo se esse ideal se realizaria.

Depois que Bella entrou em minha vida, no entanto, essa vontade e esses sonhos retornaram com força total.

Eu a tinha escolhido para ser minha por toda a vida e queria muito ter filhos com ela, mas precisava saber se era o que ela queria, também.

_ Pra falar a verdade, não. Há muito tempo meu único objetivo é alcançar meu diploma universitário._ Falou baixinho, respondendo a minha pergunta e se aconchegando melhor em meu corpo.

Estávamos em meu apartamento, aproveitando nossos momentos a sós depois de um dia cansativo de aulas.

Fazia pouco tempo que nos conhecíamos, mas foi o bastante para que eu me apaixonasse perdidamente por ela.

Bella era doce, sincera, tímida, alegre e me fazia muito bem.

Depois de tanto tempo sozinho, sofrendo por não ter a família que eu sempre quis, tê-la ao meu lado era simplesmente maravilhoso.

Ela me fazia feliz.

Muito.

Senti beijos suaves no meu peito e a apertei ainda mais em meus braços.

._ A carreira é muito importante, mas uma mulher precisa cuidar dos outros setores da vida. E filhos é um aspecto essencial._ Expliquei, como se falasse com uma criança e percebi que ela sorria.

_ Edward, eu tenho dezoito anos. Não posso pensar em bebês agora. Mas, um dia quero formar uma família. Quanto a isso eu não tenho dúvidas. Só que precisa ser cada coisa ao seu tempo._ Ela falou, olhando em meus olhos eu apenas assenti.

_ E você quer ter filhos comigo?_ Perguntei inseguro, não imaginando qual poderia ser sua resposta.

Bella parecia apaixonada e se entregara a mim da forma mais linda possível, mas ela poderia almejar outros relacionamentos e, dessa forma, eu seria deixado de lado.

_ Quando eu for ter filhos, eu os terei com você. Só com você._ Ela respondeu, segurando meu rosto com firmeza e me fazendo olhá-la nos olhos.

Eu poderia me perder para sempre na imensidão marrom dos seus olhos e não me cansaria jamais.

Bella era linda.

Perfeita.

E era minha.

Sorri com o pensamento e a beijei delicadamente, virando-a na cama e ficando por cima do seu corpo.

_ Eu quero ter cinco filhos._ Falei, enquanto salpicava beijos em seu rosto e ela gargalhou.

_ Cinco?_ Perguntou, arregalando os olhos e foi minha vez de gargalhar.

_ Sim, senhora. Cinco filhos e todos com você.

_ Desse jeito vamos passar a vida fazendo filhos._ Ela falou e eu sorri maliciosamente.

_ Conhece jeito melhor de passar a vida do que fazendo amor?_ Falei próximo ao seu ouvido e a escutei gemendo baixinho.

_ A- Acho que não..._ Ela gaguejou e eu a beijei com vontade._ Mas imagino que dar a luz não seja assim, tão agradável._ Ela falou aos arquejos, quando a soltei e eu sorri.

_ Estarei ao seu lado o tempo todo. Mas... É tudo que posso prometer. Infelizmente, essa parte terá que ficar pra você._ Disse e ela fez uma careta adorável.

_ Podemos renegociar o número de filhos, então?

Eu a olhei com uma expressão tristonha e ela revirou os olhos, beijando meu rosto e bagunçando meu cabelo com as mãos pequenas.

_ Certo, chorão. Cinco filhos. Mas se meu corpo nunca mais voltar ao normal e você me trocar por uma garotinha eu juro que te mato._ Falou zangada e eu ri de suas palavras.

_ Jamais irei trocá-la, meu amor. Você é única e sempre será.

Ela sorriu satisfeita e me beijou.

Depois disso, não perdemos mais nenhum tempo com palavras.

Nossa sede por prazer era muito maior do que qualquer outra necessidade, e isso ficava evidente no desespero e na profundidade dos nossos beijos, toques, suspiros e gemidos.

Eu fora sincero quando dissera que jamais iria trocá-la. Eu a amava mais do que a mim mesmo e isso jamais mudaria.

Nunca mudou, na verdade.

Sorri com a lembrança daquela tarde já tão distante e olhei para Bella, que dormia tranquilamente.

 Suspirei ao lembrar-me de todos os dolorosos caminhos que tivemos que trilhar para estarmos juntos.

Eu falara sério quando disse que jamais a deixaria. Que não queria deixá-la.

Mas a vida era cheia de surpresas e fui obrigado a me separar da única mulher que eu realmente amei.

Ela voltara e me dera uma linda família, permitindo-me realizar um dos meus maiores sonhos.

E agora, depois de tanto tempo, concluímos com fatos a conversa daquele dia.

Eu pedira cinco filhos e cinco filhos ela me dera.

Sentira um medo terrível ao vê-la caída no quarto, desmaiada e sangrando.

Ethan gritava desesperado, chamando pela mãe e Carlie e Renesmee choravam desesperada por não conseguirem fazer a mãe acordar.

Trouxe-a imediatamente para o hospital e depois de alguns exames, constatamos que nada grave havia acontecido.

Ela batera a cabeça, mas graças a Deus estava tudo bem.

E quanto ao sangramento... Bem, foi um pequeno descolamento de placenta.

Sim.

Bella estava grávida.

Sorri largamente com o pensamento e me aproximei da cama para beijar-lhe o rosto.

Minha Bella me daria outro presente lindo.

Como isso aconteceu, ainda era um mistério, já que tomamos todas as medidas preventivas para evitar uma gravidez.

Bella não queria mais filhos agora.

Seus planos eram investir na carreira e só depois disso, pensar em aumentar nossa prole.

Mas, algum plano do destino intervirá em suas decisões e fizera com que mais uma vez ela carregasse no ventre frutos de nosso amor.

Passei a mãos por seus cabelos e ela abriu os olhos lentamente, me deixando contemplar e adorar ainda mais a cor achocolatada deles.

_ O que houve?_ Perguntou com a voz rouca e eu acariciei seu rosto, dando-lhe um beijo suave nos lábios.

_ Você caiu. Não se lembra?

Ela sacudiu levemente a cabeça e fez uma careta de dor.

Eu sorri e segurei seu rosto, indicando que ela deveria manter a cabeça parada para evitar incômodos.

_ Não mexa a cabeça. Fique quietinha._ Falei baixinho e ela sorriu fracamente.

_ Não devia me deixar sozinha, nunca. Eu sou um desastre muito grande para minha própria segurança._ Ela falou, tentando fazer uma brincadeira e eu sorri de volta.

_ Eu concordo. Vou me lembrar disso de hoje em diante._ Respondi e ela fez uma careta adorável.

Ficamos em silêncio por alguns momentos e eu continuei acariciando seus cabelos e dando beijos suaves em seu rosto.

_ Vou me lembrar de vir para o hospital mais vezes. Você fica extremamente carinhoso quando estou aqui._ Ela falou baixinho e segurou minha mão que estava pousada em seu rosto.

_ Eu sou sempre carinhoso, senhora Cullen. Um verdadeiro lorde._ Falei, fingindo-me zangado e ela riu.

_ Eu sei, seu bobo. Estou brincando. Você é o melhor marido de todos.

_ Sou o único marido que você vai conhecer.

_ Sim. O único._ Ela confirmou e eu suspirei satisfeito._ Onde estão nossos filhos?_ Ela perguntou depois de alguns minutos e eu sorri largamente.

_ Depende._ Falei simplesmente e ela me olhou confusa.

_ Como assim, depende?

_ Depende de quais filhos você se refere.

_ Ora... A Carlie, Nessie e Ethan._ Ela falou zangada e eu segurei suas mãos, mal contendo minha felicidade._ São os únicos filhos que temos.

_ Eles estão em casa, com minha mãe, Seth e Alda.

_ E estão bem?_ Perguntou preocupada e eu tratei de acalmar-lhe.

_ Sim. Estão com saudades da mãe, mas estão bem. Mas... Não são os únicos filhos que temos.

Ela me olhou com estranheza e eu sorri.

_ Quer me contar alguma coisa?_ Perguntou desconfiada e eu pousei a mão sobre o seu ventre, ainda liso.

_ Sim... Quero contar que além dos três pestinhas que nos esperam ansiosos em casa, existem mais dois, bem quietinhos aqui._ Falei emocionado e ela me olhou em choque._ Dois bebês, para completar os cinco filhos que um dia você me prometeu.

Ela continuou me encarando, até que uma lágrima solitária desceu por seu rosto e ela pousou a mão sobre a minha, que ainda estava sobre sua barriga.

_ Você se lembra..._ Ela sussurrou e eu deitei a cabeça suavemente em seu peito.

_ É claro que eu me lembro. Lembro-me de qualquer coisa relacionada a você. Nunca fui capaz de esquecer nenhum dos momentos que passamos juntos. Quando você estava longe, eu me lembrava todos os dias dessa promessa e me perguntava por que Deus a tinha tirado de mim. Porque tinha me negado a chance de construir a família que eu sempre sonhei. Mas, aí você voltou e me trouxe Renesmee. O presente mais lindo que eu podia receber. E não parou por aí. Você, tão maravilhosa como é, não poderia me decepcionar, e me deu Carlie e também Ethan. Uma família perfeita. Eu sei que sou ambicioso, sempre querendo mais. Pedi a você que me desse mais filhos, mas respeitei sua vontade de tê-los daqui há algum tempo. Contudo... Você está grávida outra vez e me dará mais dois filhos. Tão lindos quanto os três primeiros, fechando um ciclo maravilhoso em nossas vidas e provando para quem quiser que uma promessa feita com amor jamais cai por terra._ Falei emocionado e ao fim, encarei seus olhos úmidos.

Ela sorriu e acariciou meu rosto suavemente.

_ Gêmeos?_ Ela perguntou e eu apenas assenti.

Sim.

Bella estava grávida de gêmeos.

Quando eu a socorrera, Nessie me pedira para que fizesse um exame na mãe para comprovar a gravidez.

Já fazia algum tempo que ela não tinha previsões, mas se tem uma coisa que eu aprendi com a vida, era não duvidar de minha pequena.

Sendo assim, quando me certificara de que tudo estava bem, pedi um exame de sangue que comprovou, poucas horas depois, que ela realmente estava grávida.

Pelos níveis de hormônios presentes no resultado, calculei que já estivesse esperando nosso filho a cerca de dez semanas.

Mas eu precisava saber se depois do tombo, tudo continuava bem, e dessa forma, fiz um ultrassom.

E tive uma surpresa mais do que agradável.

Bella não só estava grávida, como esperava dois bebês.

Gêmeos.

Não contive minha alegria e satisfação e chorei na frente de toda a equipe médica que me auxiliava, recebendo felicitações de todos os meus companheiros de trabalho.

Ela continuava desacordada, mas eu sabia que era devido aos medicamentos e também à pequena pancada que levara na cabeça, advinda da queda que tivera.

O neurologista me garantiu que tudo estava bem e então eu relaxei e tratei de ficar ao seu lado, esperando que acordasse para que finalmente eu pudesse lhe dar as boas novas.

_ Deus queira que sejam menos agitados que Ethan._ Ela falou brincalhona, me tirando dos meus devaneios e nós rimos juntos.

_ Realmente. Deus queira. Dois com aquela energia me farão envelhecer rapidinho.

Ela sorriu amplamente e, mais uma vez, acariciou o ventre.

_ Os meus filhos vêm sempre de surpresa... Acho que é por isso que são tão especiais._ Ela falou emocionada e eu beijei sua testa.

_ Eles são especiais porque nascem da mulher mais linda e perfeita do mundo. Não tinha como ser diferente.

_ Eles são especiais porque são filhos do homem mais gentil, íntegro e gostoso do planeta._ Ela respondeu, piscando lindamente e eu não contive uma gargalhada.

_ Certo, certo... Mas agora, a senhora vai dormir, porque precisa descansar. Está tarde e amanhã nossos filhos estarão com a pólvora toda lhe esperando.

Ela fez uma careta e depois sorriu, aconchegando-se melhor aos travesseiros e agarrando meu braço, que estava pousado sobre a cama.

_ Certo. Por incrível que pareça estou mesmo cansada. Há quanto tempo estou aqui?

_ Desde ontem à noite. Tivemos que mantê-la sedada para podermos realizar os exames necessários e garantir que a queda não deixou consequências graves.

_ Eu estou bem..._ Ela falou sonolenta e eu sorri de leve._ Estou com fome.

_ Durma. Quando acordar te darei algo para comer.

_ Ok. Sou uma mulher grávida, agora. Tenho que ser freqüentemente alimentada._ Ela resmungou, praticamente adormecida e eu continuei ali, velando seu sono.

A vida podia até não ser perfeita, mas estar ao lado de quem se ama com certeza a tornava melhor.

Bella e eu estaríamos sempre juntos e nossa vida seria a cada dia melhor.

Eu trabalharia incessantemente para isso.

XXXXX

Pov. Bella

6 meses depois.

_ Ethan, por favor, não faz isso. Mamãe não pode se abaixar._ Implorei, enquanto tentava arrumar os brinquedos que ele insistia em espalhar pela casa.

Ele estava a cada dia mais travesso.

Desde que entendera que dentro do meu ventre existiam irmãozinhos, ele piorara seu comportamento, antes já agitado.

Imagino que ele esteja com ciúmes por saber que em breve não seria mais o único bebê da casa.

Edward e eu fazíamos de tudo para que ele não se sentisse rejeitado, pois sempre seria nosso príncipe, ainda que tivéssemos mais filhos, mas mesmo eu sendo psicóloga e dedicando-lhe todo meu amor e atenção não conseguia entender como funcionava a cabecinha do meu pequenino.

Meus filhos eram muito complexos pro meu gosto.

Suspirei, e sorri divertida com o pensamento.

Logo meus bebês nasceriam e teríamos mais duas crianças complexas para cuidar.

_ Mamaaaãeeee...._ Ouvi o chamado de uma de minhas pequenas, que eu imaginei ser Renesmee e tentei chegar o mais rápido possível à cena da confusão.

Ethan, geralmente, atrapalhava toda e qualquer brincadeira das irmãs, mas ao invés de darem um jeito nele, eu sempre era solicitada.

Elas ficavam irritadas com as intervenções travessas do pequeno, mas jamais o maltratavam.

Na maioria das vezes, as artes eram tão engraçadas, que eu tinha que me esforçar para não cair na gargalhada e repreendê-lo como era necessário.

_ Oi..._ Falei, quando cheguei ao quarto, mas assim que vi a cena, paralisei na porta.

Carlie e Renesmee tentavam conter o riso, segurando a boca com as mãos.

Mas eu não conseguia simplesmente rir daquilo.

Ethan estava coberto de cima a baixo de pó compacto e tinha batom vermelho passado até nas pálpebras.

Eu me perguntava em que momento ele havia feito aquilo, já que acabara de sair das minhas vistas.

Mas, não era de se admirar.

Agilidade para aprontar era uma de suas muitas qualidades.

_ Ethan..._ Falei, depois de um suspiro e as meninas explodiram em gargalhadas.

_ Você tem que admitir que ele está fofo, mamãe..._ Carlie falou entre risos e eu revirei os olhos.

_ Ethan Induu..._ Ele falou e eu não resisti, e acabei rindo também.

_ Uma lindeza, bebê. _ Falei ironicamente e as meninas riram mais ainda, fazendo Ethan acompanhá-las nas gargalhadas. _ Filho... Isso não é coisa de criança, amor. Não pode mexer nas coisas da mamãe._ Falei com a voz branda, mas com firmeza, segurando-o pela mão e levando-o em direção ao banheiro.

Ele precisava urgentemente de um banho.

Edward estava no corredor e arregalou os olhos ao ver a situação do filho.

_ O que aconteceu por aqui?_ Perguntou espantado, olhando de mim para Ethan.

_ Seu filho resolveu maquiar-se._ Falei simplesmente e ele coçou a cabeça, não sabendo se ria ou se repreendia Ethan.

Por fim ele decidiu rir e pegou o filho no colo, indo com ele em direção ao banheiro.

_ Eu cuido do banho. Você da bagunça, que ele certamente fez.

Fiz uma careta e segui para meu quarto, mas quando cheguei lá, as meninas já estavam limpando todo o pó espalhado nos móveis e no tapete.

_ Você não pode se abaixar, mamãe. Deixa que a gente limpa._ Nessie falou e eu sorri agradecida.

Pelo menos alguém me entendia naquela família.

Minha gravidez já estava bastante avançada e eu não via a hora de dar a luz aos meus bebês.

É claro que não estava ansiosa pelo parto, mas queria ter meus bebês em meus braços e meu corpo de volta.

Depois que descobri que estava grávida outra vez, e dessa vez de gêmeos, minha vida mudou bastante.

Tive um pequeno descolamento de placenta em minha queda e tive que tomar cuidado redobrado nos primeiros meses, para garantir que tudo corresse bem.

Como conseqüência, tive que me afastar da livraria e adiar meus planos de fazer uma especialização.

Ficava bastante tempo confinada em casa, dedicando-me exclusivamente à minha saúde e aos meus filhos.

Carlie e Renesmee não se cabiam de alegria pelo fato de terem irmãos gêmeos, mesmo que desta vez não fossem idênticos como elas.

Eu estava esperando um lindo casal, que no momento não tinham nomes.

Segundo Nessie, deveríamos decidir quando eles nascessem.

Só depois de conhecer a feição dos pequenos, decidiríamos os nomes.

Alice ficara super empolgada em saber que eu também estava grávida.

Ela esperava outra menina, Judy, e estava super feliz, por mais uma vez, podermos dividir todos os momentos que precediam o nascimento dos rebentos.

Esme estava super empolgada com os netos e Charlie radiante por saber que teria mais gêmeos na família.

Rose nos prometera que em breve teria outro bebê, para tentar diminuir um pouco da diferença de números entre ela e o irmão, mas não acredito que ela e Emmett seriam páreo para nós.

Cinco filhos não são para qualquer um!

Edward e eu decidimos que fecharíamos a fábrica.

Na verdade, eu decidi, já que por ele, formaríamos um time de baseball.

Eu precisava investir em minha carreira e cuidar da livraria, e se continuássemos a nos procriar como coelhos nossos planos jamais seriam concretizados.

Não que nossos filhos atrapalhassem alguma coisa, mas para tudo existia um limite aceitável.

E nesse caso, cinco filhos atingiram meu limite absoluto.

Senti meus pequenos fazendo seus malabarismos dentro do meu ventre e acariciei de leve o local.

_ Oi, amores. Tudo certo por aí? Eu sei que está um pouco apertado, mas em breve vocês estarão livres. Terão que esperar apenas mais um pouquinho..._ Falei suavemente, e por incrível que pareça eles se acalmaram.

Era sempre assim.

Bastava que eu conversasse com eles, para que tudo ficasse em paz.

_ Eu acho lindo quando você conversa com nossos bebês._ Edward falou da porta do quarto e eu olhei para ele sorrindo.

_ Eles ficam calmos quando eu faço isso._ Falei e ele aproximou-se, sentando-se atrás de mim e iniciando uma maravilhosa massagem em minhas costas.

_ E Ethan?_ Perguntei baixinho, tentando conter um gemido de prazer quando Edward massageou um ponto bastante dolorido em minhas costas.

_ Assistindo desenho com as meninas. Depois do banho ele me pareceu sonolento. Eu queria fazê-lo dormir, mas ele não quis. Então nossas pequenas se comprometeram a cuidar dele. Eu deixei. Espero, só, que ele não apronte mais nada._ Edward respondeu suavemente, e eu sorri.

_ Seu filho é um anjo. Como ousa duvidar do seu bom comportamento?_ Falei brincando e Edward riu, beijando meu pescoço em seguida.

Ficamos em silêncio por um longo momento, enquanto ele apenas massageava minhas costas e salpicava beijos em meu pescoço e nuca.

_ Eu sou tão feliz. Como jamais pensei que seria... Sabe? Às vezes eu tenho medo de acordar e descobrir que tudo não passou de um sonho. Temo acordar e perceber que eu ainda estou em Boston, sem você e vivendo aquela vida vazia_ Ele falou baixinho e eu fechei os olhos, me deixando levar por sua voz suave.

_ Isso não é um sonho, amor. Você está aqui. Vive há quase quatro anos ao meu lado, tem três filhos lindo e em breve terá mais dois. Trabalha em uma cidade pequena, como sempre quis e é o melhor marido que uma mulher podia ter._ Disse baixinho, me virando para beijá-lo e ele me apertou nos braços.

_ Às vezes eu penso em como não me tornei uma pessoa amargurada e fria, já que fui criado por um homem extremamente mal. Mas aí eu penso que tudo mudou no dia em que encontrei você. Foi minha Bella que fez toda a diferença em minha vida. Foi graças a você que eu não me tornei amargurado e frio. Foi graças a você e ao seu amor maravilhoso que hoje eu sou feliz. Muito feliz.

Senti lágrimas descendo pelo meu rosto e ele as enxugou com beijos.

Edward era o homem mais carinhoso que eu já conheci.

Muitas mulheres me diziam que eu tinha uma sorte absurda em tê-lo como marido, mas elas se referiam apenas à beleza física dele, que era, sem dúvida alguma, inegável. No entanto, elas nem imaginavam o quanto tinham razão. Ele era lindo, é claro, mas isso não se comparava nem um pouquinho com suas atitudes amorosas, cavalharescas e gentis.

E ele era assim em todos os momentos.

Quando fazíamos amor, quando conversávamos, quando nos beijávamos, quando sorríamos, e até quando brigávamos.

Nossos filhos eram completamente apaixonados por eles.

Ele era um pai sensacional e era nessas horas que eu entendia sua vontade de ter tantos filhos.

_ Eu também sou muito feliz... Muito. A menina pobre e simples do Brooklyn finalmente encontrou seu lugar no mundo, ao lado de alguém único e especial, perfeito para ela. Finalmente ela teve uma família linda e unida. Finalmente ela tem um lugar para chamar de dela. Uma vida plena e maravilhosa. Com você. Tinha que ser com você._ Falei emocionada e ele sorriu, me abraçando.

Não sei em que momento peguei no sono, mas o fato era que em seus braços eu me sentia tão segura, que dormia tranquilamente em qualquer momento.

Bastava que ele me abraçasse.

Edward era perfeito.

E era meu.

Para sempre.

XXXXX

Dois meses depois.

Se alguém pedisse para que eu ficasse calma mais uma vez, eu juro que gritaria.

Eu estava calma.

Perfeitamente calma.

O fato de estar prestes a dar a luz a gêmeos, enquanto minha melhor amiga paria na sala ao lado não me deixava nenhum pouquinho agitada.

O fato de o meu marido estar com ela e não comigo, como deveria ser, também não me deixava nenhum pouquinho nervosa.

Era o trabalho dele, afinal.

Não tinha como Edward adivinhar que seus filhos resolveriam nascer no momento em que ele estivesse ajudando a pequena Judy vir ao mundo.

Eu viera apenas para conhecer Judy.

Mas, como dissera uma vez, meus filhos eram complexos demais e incrivelmente imprevisíveis.

Respirei fundo mais uma vez e Alda me olhou amedrontada.

_ Querida, acho melhor avisar Edward. Ele não vai nos perdoar se não assistir o nascimento dos filhos.

_ Calma, Alda. Vai dar tudo certo. Meus bebês vão demorar um pouquinho para nascer._ Eu falei e nesse exato momento uma contração me atingiu, fazendo-me gemer.

_ Não sei não, hein. Eles parecem bem apressadinhos._ Ela falou preocupada e eu apenas mordi os lábios, esperando a dor maldita passar.

Porque precisávamos sofrer tanto para dar à luz?

Isso não era justo.

_ Alda... Por favor, vá até a recepção e ajude Jasper. Ele vai enlouquecer em meio à tantas crianças._ Falei baixinho e ela apenas assentiu.

_ Eu vou mesmo, antes que Ethan e Julya coloquem o hospital abaixo. Mas, e você? Tem certeza que ficará bem?

_ Claro. Garanto que não vou sair daqui._ Respondi, tentando fazer graça e ela revirou os olhos, dando-me um beijo na testa e indo em direção a porta.

_ Vou avisar a Esme. Ela vai ficar maluca quando souber._ Falou já saindo para o corredor e eu não pude nem responder, já que outra contração me atingiu.

E depois disso o tempo passou rápido demais.

Em pouco tempo eu já estava na sala de partos, com àquela médica maluca me mandandoeu remar.

Quando ela entenderia que eu, simplesmente, não sabia remar, pois nunca tinha feito isso?

Edward entrou esbaforido na sala, pouco tempo antes de ouvirmos o primeiro choro do nosso bebê.

_ É um menininho lindo... Em um minuto ele vai para o colo da mamãe._ A médica falou contente, mas eu nem tive tempo de sorrir, já que outra contração tomou conta de meu ventre.

_ Força, amor. Só mais um pouquinho._ Edward sussurrou em meu ouvido, apertando minha mão e eu dei tudo de mim para empurrar o outro bebê do meu corpo.

Poucos minutos depois ouvimos um choro fininho e eu caí sobre os travesseiros, exausta, sentindo lágrimas de emoção molhando ainda mais meu rosto suado.

_ É uma menina. Que linda! Eles são perfeitos, papais. Saudáveis e extremamente lindos._ A médica falou orgulhosa e eu apenas sorri, cansada.

Edward beijou meus lábios ressecados e foi buscar nossos bebês.

Dessa vez ele não cortou os cordões, pois estava mais preocupado em me dar apoio após o parto, mas foi ele que os trouxe até mim.

Meus bebês.

Pequenos e lindos.

Um menino, tão parecido com Edward, assim como Ethan e uma menina que se parecia... Comigo.

Ela tinha a pele extremamente clara, como a minha, apesar de estar toda lambuzada de sangue e de uma gosma branca e os cabelos escuros, da cor exata dos meus.

_ Digam oi para a mamãe... _ Edward falou emocionado e eu não fui capaz de conter as novas lágrimas que molharam meu rosto.

_ Oi, bebês. Bem vindos à família Cullen._ Falei baixinho e Edward me entregou os bebês, com extremo cuidado._ Eles são tão pequenos!_ Falei preocupada e a médica, que apenas observava a cena sorriu.

_ Eles estão no peso e no tamanho certo. Foi uma gravidez dupla, então é normal que os bebês tenham um tamanho menor do que a maioria dos recém-nascidos. Faremos todos os exames pertinentes, mas posso lhes garantir que seus filhos são perfeitamente saudáveis.

Eu sorri satisfeita e beijei-os na cabecinha.

Meus bebês.

Lindos e perfeitos.

Olhei para Edward e ele sorriu feliz, me beijando apaixonado.

_ Obrigada. Eles são lindos._ Ele falou e eu sorri.

_ De nada._ Sussurrei e fechei os olhos, não conseguindo conter o cansaço.

Depois disso, eu só me lembro de ter meus bebês tirados dos meus braços, antes que eu adormecesse profundamente.

XXXXX

_ Eles são lindos, mamãe. Muito fofos._ Carlie falou, debruçada sobre o berço e eu sorri satisfeita.

Elas se recusaram a sair do hospital sem conhecer os irmãos.

Ethan, agora estava adormecido no colo do pai, mas ficara eufórico com os bebês, querendo colocar os dedinhos curiosos em cada orifício disponível dos irmãos.

Foi difícil contê-lo.

_ E Alice?_ Perguntei, preocupada e Edward sorriu.

_ Está bem. Resmungona como sempre, mas está perfeitamente bem. Ela e apequena Judy.

_ Ela é linda mamãe. Se parece com o Jake._ Nessie falou, enquanto acariciava o rostinho da irmã e Edward fez uma careta, fuzilando-a com o olhar.

_ Jake não é lindo, Nessie. Comporte-se._ Ele falou zangado, fazendo com que Carlie e Renesmee revirassem os olhos para o ciúme bobo do pai.

Esse era um fato que jamais mudaria:

Edward e sua obsessão por manter as filhas longe de Jacob.

_ Mãe... E os nomes deles?_ Carlie perguntou e eu encarei Edward.

_ Isso... E os nomes?_ Perguntei e ele sorriu, dando de ombros.

_ Não sei. A idéia de esperar foi de vocês. Vamos ver... Eles têm cara de quê?_ Edward falou e Carlie riu.

_ Isso é estranho. Mas... Eu acho que ela tem cara de... Mallory._ Carlie falou e eu repeti o nome, para ver como soava em meus lábios.

_ Gostei._ Edward falou e Nessie assentiu.

_ Eu também._ Ela falou e eu sorri.

_ Então será Mallory._ Falei decidida e todos sorriram satisfeitos.

_ Bom... Já que Carlie escolheu o nome da Mallory, eu escolho o dele. E, meu irmãozinho tem cara de... Tyler._ Nessie falou e eu e Edward sorrimos em aprovação.

_ Então, pronto. Os nomes dos nossos gêmeos estão escolhidos. Mallory Cullen e Tyler Cullen.

As meninas bateram palmas felizes e os bebês fizeram uma careta, ao terem o sono interrompido.

_ Shii...._ Eu falei com o dedo indicador sobre os lábios e elas colocaram as mãos sobre a boca, abafando o riso que saiu em seguida.

E foi assim, nesse clima harmonioso, que o nome dos nossos bebês foram escolhidos.

Mallory e Tyler.

Meus pequenos milagres e integrantes da minha mais nova onda de felicidade.