Por Um Segredo escrita por Bruna Diniz


Capítulo 39
Capítulo 39: Pertencer


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vcs...
E não será o último...
rsrsrsr
Boa leitura!!!



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Pov. Bella

Quando você pensa que os problemas lhe deram paz, mais assombrações surgem do seu passado para lhe atormentar.

Por que, pelo amor do bom Deus, essa mulher tinha que cruzar nosso caminho no aeroporto?

Estava tudo indo bem.

Eu e Edward estávamos felizes.

Faltavam poucas horas para podermos encontrar nossos filhos e retomar nossa vida com tranquilidade.

Respirei fundo e olhei irritada para a tal Tânia que encarava Edward como se tivesse sob o poder de algum encanto.

Ele estava evidentemente sem graça e apertava minha mão com força, como se estivesse me pedindo para manter a calma.

Um pedido difícil de ser atendido no momento.

Muito difícil!

_ Senti saudades, querido. Você sumiu. Nunca mais o vi em Boston._ A loira falou enquanto alisava descaradamente o peito de Edward e eu senti meu sangue ferver além dos limites da paciência.

Como ela ousava tocar meu marido daquela forma na minha frente?

Senti meu rosto esquentar com o que eu sabia ser puro ódio.

Ciúme. Cruel e certeiro.

Edward e Tânia já tiveram um relacionamento, e vê-la perto dele, olhando-o e tocando-o, me causava uma fúria cega.

_ Eu não moro mais em Boston, Tânia. Eu..._ Ele tentou explicar, mas ela o interrompeu com a voz enjoada, colocando o indicador sobre seus lábios.

Senti vontade de arrancar aquele dedo com uma mordida.

Edward afastou sua mão, como se o contato o queimasse, mas ela era insistente, e continuou alisando seu tórax.

Maldita!

_ Aquela velha senhora... Alda. Ela me disse que você estava morando perto de Seattle. Edward, ela foi bem grossa comigo. Disse para que eu não o procurasse mais, porque você estava casado e feliz e tinha filhos. Imagine! Faz pouco mais de um ano que eu não o vejo. Como é possível que tenha se casado e tido filhos em um período tão curto de tempo? ..._ Ela falava apressadamente, soltando risinhos e acariciando, ainda, o peito de meu marido.

Aquilo já era demais pra mim!

Tirei sua mão atrevida do peito de Edward e a encarei com um olhar que eu julgava ser mortal.

_ Pois é. Ele não mora mais em Boston. Edward casou-se, tem filhos e vive muito bem longe de tudo. Comigo._ Falei rispidamente e ela me encarou assustada, mas logo seu rosto assumiu uma expressão esnobe.

_ Tânia, quero apresentá-la a minha esposa, Isabella Cullen._ Edward falou após um suspiro, apertando ainda mais minha mão. Era a forma que ele encontrara de me pedir calma, pois sabia que eu já estava a ponto de arrancar a cabeça dessa loira maldita.

Os olhos de Tânia arregalaram-se ao ouvir meu nome e ela deu um passo para trás, mortalmente pálida.

_ Isabella? Isabella Swan? Mas ela não estava morta?_ Perguntou incrédula e eu ri.

Deus!

“Lá vamos nós de novo.”

_ Não, querida. Eu estou bem viva. Isso eu posso garantir._ Falei sarcástica e ela encarou Edward outra vez, me ignorando e me deixando ainda mais irritada.

_ Mas Carlisle me disse que..._ Ela limpou a garganta e me olhou rapidamente._ Ele disse que ela havia morrido em um acidente e que eu poderia...

_ Não diga o nome desse homem em nossa frente, Tânia._ Edward pediu um pouco alterado, interrompendo-a e foi minha vez de apertar sua mão, pedindo-lhe calma._ Esqueça qualquer coisa que meu pai tenha lhe dito. Bella não morreu e está casada comigo. Temos filhos juntos e somos muito felizes.

Ela ficou em silêncio por um tempo e depois soltou um suspiro cansado.

_ Bem... _ Tânia estava visivelmente nervosa. Imagino que fazia um tremendo esforço para não perder a compostura._ Não vou mentir. Odiei a notícia._ Ela riu sem graça e suspirou. Tinha que admitir que ela era bastante corajosa. _ Tinha a esperança de me tornar sua esposa um dia. Sou apaixonada por você desde criança... _ Ela me encarou por um momento e depois soltou mais um suspiro dramático._ Mas, desejo-lhes felicidades, então. A vocês e aos “filhos” de vocês. Eu... Tem alguma notícia de Rosalie?_ Perguntou de repente, mudando de assunto e evitando que eu arranhasse sua cara de pau.

Tive a impressão, pela forma como ela pronunciou a palavra filhos, que ela duvidava que minhas crianças fossem mesmo filhos de Edward.

Eu sempre escondi Renesmee, Rosalie e Esme mantiveram Carlie afastada de todos, Ethan nascera cerca de dez meses após meu casamento e imagino que, na cabeça dela, Edward estaria criando filhos de outro homem.

Seria capaz, caso ela soltasse outra bobagem como essa, de realizar exames de paternidade e fazê-la engolir o resultado.

_ Minha irmã e Emmett ainda estão na Suíça. Dentro de poucos meses serão pais._ Edward respondeu contente, ao referir-se a irmã.

Era sempre assim agora.

Ele sentia-se satisfeito por Rosalie ter conseguido realizar o sonho de tornar-se mãe e finalmente conseguir formar uma família.

E eu me sentia feliz por ela, também.

Apesar de tudo, Rosalie merecia ser feliz ao lado do marido e dos filhos dela.

É claro que minha satisfação vinha do fato de que tendo bebês, ela colocaria Carlie definitivamente no papel de sobrinha, deixando minha pequenina em paz.

Não me sentia culpada por pensar assim.

Fiquei mais tempo do que podia sem minha filha e gostaria de ter uma vida normal ao seu lado.

_ Nossa... Que bom! Ela sempre quis ser mãe._ Tânia falou e eu notei o quanto ela era artificial.

Apesar de bonita, ela soava falsa.

Não havia sinceridade em seus gestos e palavras, mesmo tratando-se de alguém que ela dizia ser sua amiga.

_ É verdade. _ Edward concordou e passou o braço delicadamente por minha cintura, me trazendo para próximo do seu corpo._ Bom, Tânia. Foi um prazer vê-la outra vez, mas precisamos ir para casa. Estamos morrendo de saudades das crianças._ Edward falou, estendendo a outra mão para cumprimentá-la. Ela me olhou por um momento, como se me odiasse e aceitou, finalmente, a mão que Edward lhe estendia, em um cumprimento polido.

_ O prazer foi meu. Fico feliz em saber que você está bem, Ed. E... Prazer em finalmente conhecer a dona dos sentimentos de Edward. Faça-o feliz._ Ela falou dirigindo-se a mim e eu abri um sorriso sarcástico.

_ Pode deixar. Eu o farei muito feliz._ Disse simplesmente, me apertando ao corpo de Edward.

Ela tentou sorrir, mas a mim, pareceu mais uma careta.

_ Bem... Adeus._ Tânia falou e andou em direção às salas de embarque._ Ah..._ Virou-se como se só agora se lembrasse de algo importante._ Eu sei que não gosta de falar sobre isso, mas... Sinto muito pelo seu pai. De verdade. Apesar de tudo, ele sempre foi legal comigo._ Ela falou e depois de encará-lo por mais um tempo, virou-se e foi embora.

Edward respirou fundo e fitou meu rosto.

Parecia apreensivo.

Depois da minha reação explosiva sobre a brilhante ideia dele e de Alice, ele estava receoso sobre o que eu faria após esse encontro.

Edward estava com medo de mim e eu quase ri com esse pensamento.

Quase.

_ Vamos?_ Ele me perguntou e eu apenas assenti.

Não estava muito a fim de conversas no momento.

XXXXX

_ Eu... Bella, eu sinto muito. Jamais imaginei que pudesse encontrar Tânia depois de tanto tempo._ Edward falou, quando já estávamos no carro em direção a Forks.

Ficamos a maior parte do tempo em um silêncio tenso.

Não que eu estivesse com raiva dele por ter encontrado com a ex-namorada, mas eu precisava de um tempo para colocar os pensamentos em ordem.

_ Não faz tanto tempo assim. Pelo que ela disse, pouco mais de um ano. Um tempo bem menor do que o período em que ficamos separados._ Falei suavemente e o ouvi suspirar.

Ele não disse mais nada e eu o observei por um momento, enquanto ele dirigia concentrado na estrada.

_ Vocês namoraram?_ Perguntei de repente e o vi se retesar no banco.

Ele suspirou pesadamente, e cheguei a imaginar que ele não fosse me responder.

Mas depois de uns minutos ele começou a falar com a voz suave.

_ Não exatamente. Nunca chegou a ser oficial. Quando você “morreu”..._ Ele deu um sorriso irônico ao proferir essas palavras.__... Depois de um tempo, eu resolvi dar uma chance à Tânia. Como ela mesma disse, era apaixonada por mim desde a infância. Mal não poderia fazer. Carlisle e Esme aprovavam o relacionamento, então eu decidi investir nele. Mas durou até eu descobrir que sua morte havia sido forjada e você estava viva em algum lugar do planeta.

Fiquei calada por uns minutos, remoendo suas palavras e tomando coragem para as próximas perguntas.

_ E você a levava até sua casa em Boston?_ Perguntei, mal disfarçando o ciúme na voz.

Eu e ele havíamos feito amor naquela casa.

Em sua cama.

Era difícil imaginá-lo com outra mulher no mesmo lugar.

_ Tânia é uma pessoa extremamente grudenta. Ela dizia que queria cuidar de mim e por isso freqüentava bastante minha casa. Eu estava em período de residência no hospital e quase não ficava lá._ Ele me olhou de lado e deu mais um sorriso irônico._ E não, Bella. Eu nunca transei com ela naquela casa. E nem em casa nenhuma._ Ele falou, pousando a mão em minha perna e de alguma forma, eu sabia que ele dizia a verdade.

_ Ela aceitava namorar sem fazer sexo?_ Perguntei em dúvida e ele riu abertamente, agora.

_ Tinha que ser nos meus termos, Bella, ou não seria de forma nenhuma. Eu ainda não estava pronta para tocar outra mulher. Ela chegou reclamar algumas vezes, mas eu estava irredutível e ela acabou se convencendo.

Sorri satisfeita ao imaginá-la implorando por sexo.

Eu nunca precisei implorar, mas gostei de saber que ela precisava.

Apesar de linda, rica e devidamente aprovada pelos pais de Edward, Tânia ficara de lado e eu fora a escolhida.

A noite ficou mais bonita depois desta constatação.

_ Eu te amo. Você sabe disso, não sabe? Não existe outra mulher além de você. Você sabe disso também, não sabe?_ Ele me perguntou e eu o olhei sorrindo.

_ Sei. E eu também te amo. Muito. E nunca existiu outro homem além de você. Exceto Ethan, é claro._ Inclinei-me em sua direção e lhe dei um beijo demorado no rosto.

Ele abriu um sorriso satisfeito e depois disso ficamos em um silêncio agradável por toda a viagem.

Eu não via a hora de ver meus filhos e estar com toda minha família ao meu redor.

Estava ansiosa com o reencontro e o caminho parecia maior a cada minuto.

Fechei os olhos e me recostei no banco, tentando dormir para fazer o caminho passar mais depressa e para aplacar um pouquinho da saudade que comprimia meu coração.

Foi muito bom conversar com Edward sobre a loira atrevida de sua ex-namorada.

Eu não duvidava do seu amor por mim, mas algo dentro de mim ainda me fazia sentir-se insegura quando outras mulheres se aproximavam.

Precisava encontrar a cura para esse problema, caso contrário duvidava que poderia ser realmente feliz.

O ciúme era um sentimento corrosivo em qualquer relação.

Mas eu jamais deixaria que um sentimento bobo como esse estragasse nosso amor e nossa felicidade.

Jamais.

XXXXX

_ Como ele está grande!_ Falei admirada, olhando para o bebê sorridente em meus braços.

Ethan estava enorme.

E lindo.

Beijei seu rostinho macio, sentindo seu cheirinho suave e não fui capaz de conter as lágrimas de felicidade por tê-lo novamente em meus braços.

_ Bella, você está chorando?_ Edward perguntou alarmado e eu apenas assenti de leve.

Ele balançou a cabeça, sorrindo de lado e me abraçou, dando um beijo em minha testa.

_ Ele está conosco outra vez. Não precisa chorar. Sorria._ Edward falou e eu sorri em meio às lágrimas.

Sim, ele estava comigo e eu jamais o deixaria outra vez.

Nem mesmo por outra lua de mel maravilhosa como a minha.

Continuamos encarando nosso bebê e a saudade que oprimia meu coração começou a se acalmar.

Tínhamos passado primeiramente na casa de Alice, pois sabíamos que Ethan estaria lá e eu queria levá-lo para casa comigo.

Ela nos recebeu sorridente, mas eu ainda não a havia perdoado pela greve de sexo forçada que ela me fizera passar.

Vi quando ela e Edward trocaram um olhar significativo, mas sabia que ela não me diria nada agora.

Aguardaria o momento em que eu não seria capaz de fugir de seus argumentos e explicações.

_ Ele se adaptou muito bem ao meu leite. Só tivemos problemas na primeira noite. Ele parecia decidido a não dormir sem a mãe. Mas depois ficou tudo certo._ Alice falou sorridente, enquanto segurava a pequenina Julya em seus braços.

_ Que bom que ele aceitou o seu leite. Não quero dar mamadeira a ele tão cedo._ Falei, enquanto passava minha mão suavemente em seus fios de cabelo. Ele mamava em meu seio com vontade e me encarava com seus lindos olhos verdes tão idênticos ao de Edward.

_ Ele é um bebê muito calmo. Não se parece nem um pouco com a Julya. Nem parecia que tinham dois bebês aqui._ Jasper falou, enquanto nos observava com Ethan e segurava Jacob pelos ombros.

_ Meu bebê é perfeito, Jass..._ Falei e todos riram.

Edward lançava olhares mortais para Jacob a todo o momento e a cena seria engraçada se não fosse trágica.

Dei um cutucão em seu braço, sinalizando que seu comportamento já estava ficando constrangedor e ele me olhou sério.

 Jacob era filho do casal que cuidara do nosso bebê enquanto viajávamos em lua de mel e merecia ser bem tratado dentro de sua própria casa. E em qualquer outro lugar. Ele era apenas um acriança, afinal.

E era filho da minha melhor amiga.

Ou quase, porque ainda não havia decidido se ela seria destituída do cargo depois do que fizera.

Alice me olhou durante toda a noite, certamente tentando detectar como estava o meu humor, mas eu tratei de ignorá-la.

Entenderia-me com Alice depois.

Esperamos Ethan terminar de mamar e fomos embora.

Eu estava louca de saudade das minhas pequenas e não via a hora de estar finalmente em casa.

Agradeci Alice e Jasper por terem cuidado do meu filho, mas não me demorei muito com as palavras.

Eu praticamente quicava no banco no caminho até nossa casa de tanta ansiedade.

Eu não via a hora de abraçar minhas princesas.

Já estava bastante tarde, mas eu tinha certeza que elas estariam nos esperando acordadas. Seria difícil fazê-las dormir quando sabiam que nós estávamos voltando.

Conhecia muito bem minhas filhas e sua imensa ansiedade.

Chegamos logo em casa e antes que alcançássemos a porta, Nessie e Carlie apareceram sorridentes, correndo em minha direção.

Eu ri e me abaixei, recebendo minhas filhas em meus braços.

Edward havia previsto essa recepção calorosa e por isso se ofereceu para trazer Ethan no colo, me deixando livre para abraçar Nessie e Carlie.

_ Minhas pequenas... Que saudades!_ Falei, enquanto apertava seus corpinhos e sentia o cheiro de seus cabelos.

_ Vocês não podem mais sair sem a gente. É muito ruim ficar sem papai e sem mamãe._ Nessie falou chorosa e me deu um beijo no rosto.

A noite estava fria e por isso eu tratei de arrastar minhas pequenas para dentro.

Esme e Alda nos receberam com alegria e eu me senti completa por finalmente estar em casa e ter meus filhos comigo.

_ Elas se comportaram muito bem, Bella. São meninas ótimas._ Esme falou orgulhosa e as meninas sorriram radiantes.

_ Eu sei, Esme. Elas são duas verdadeiras princesas._ Falei, as beijando no rosto.

Edward entregou Ethan para Alda e veio até as meninas, beijando-as e abraçando-as.

Eles sentaram-se no colo do pai e ficaram ouvindo a descrição que ele fazia do Rio de Janeiro e de nossa lua de mel.

É claro que ele pulou todos os momentos inapropriados para menores de dezoito anos.

Alda preparou uma torna deliciosa e a comemos, todos juntos, ao redor da mesa, conversando e rindo.

Ethan prestava atenção em tudo, deitado em meu colo e por vezes eu o apertava em meus braços.

Ele acabou adormecendo em meu seio e eu decidi que já era hora de todos dormirem.

As meninas diziam que não, mas era notável que estavam bastante cansadas, pois não eram acostumadas a ficarem acordadas até tão tarde.

Pouco tempo depois, despedimo-nos de Alda e Esme, colocamos nossas pequenas na cama e fomos para nosso quarto.

Carreguei um pequeno berço portátil que estava no quarto de Ethan e o coloquei ao lado da minha cama, para facilitar meu atendimento noturno ao meu bebê.

Tomei um banho rápido e vesti um pijama grosso, devido ao frio.

Olhei-me no espelho e fiz uma careta para minha imagem.

Estávamos nos aproximando do fim do ano e as temperaturas estavam despencando.

Sentiria falta do calor exorbitante do Rio.

Lá, dormíamos com o menor número de roupas possível e não sentíamos frio algum.

Deitei sob os cobertores pesados e me debrucei sobre Edward, que já estava deitado há algum tempo.

Ele beijou meus cabelos e me apertou mais em seus braços.

_ Prefiro quando você dorme nua._ Ele falou com a voz rouca e eu ri.

_ Eu também prefiro, mas aqui a temperatura não ajuda muito. Além do mais, estou muito cansada. A viagem foi longa e essa diferença de fuso horário mexe com qualquer organismo._ Falei baixinho enquanto dava um beijo em seu peito desnudo.

_ Pode dormir, amor. Mas, a temperatura não é desculpa. Tenho certeza que dou conta de te aquecer.

_ Eu não duvido disso. Você sempre foi capaz de aquecer todos os cantos obscuros do meu corpo e da minha alma._ Disse com a voz sonolenta e ele me apertou mais em seus braços.

_ Eu te amo, Bella. Demais.

_ Eu também te amo._ Respondi com a voz sonolenta e a última coisa da qual me lembro é do beijo suave que ele deu em meus lábios.

Depois disso, me entreguei ao meu tão merecido sono.

XXXXX

Um mês depois.

Olhei o último cliente da livraria sair da loja e suspirei cansada.

Hoje o dia tinha sido extenuante.

Já fazia algum tempo que eu voltara para a livraria.

Eu e Alice revezávamos no expediente.

Meio dia para cada uma.

Era o tempo máximo que eu conseguia ficar afastada de Ethan e das meninas.

Edward não gostara nada da ideia de me ver trabalhando outra vez, mas eu fora irredutível.

Não seria apenas uma dona de casa, dedicando-me exclusivamente ao marido e aos filhos.

Não que eu não gostasse de desempenhar esses papéis.

Pelo contrário.

Eu adorava cuidar da minha família.

Mas eu precisava me sentir útil.

Ser algo além de mãe e esposa.

Acho que toda mulher precisa ser bem resolvida nos diferentes aspectos da vida.

No aspecto amoroso, familiar, social e profissional.

Dirigi-me à porta na intenção de trancá-la, mas antes que eu chegasse lá, a porta foi aberta e vi um homem entrando.

Tive que conter um gemido de desgosto.

Não que eu não gostasse de atender aos clientes da loja, mas esse já estava me irritando com suas investidas.

Ele vinha à livraria quase todos os dias e não se cansava de declarar sua paixão.

Respirei fundo e o encarei séria.

Ele estava sorrindo e trazia uma rosa em suas mãos.

_ Boa tarde, Isabella. Não contive o impulso e passei por aqui para alegrar o seu dia com essa rosa._ Ele falou, me estendendo a rosa e eu ergui a mão hesitante, aceitando a flor.

_ Obrigada, senhor Volturi._ Falei polidamente e ele fez uma careta ao ouvir o tratamento formal.

_ Já pedi que me chame de Alex, Bella. Por favor._ Pediu-me com um sorriso.

_ Certo... Alex. Obrigada.

Seu sorriso alargou-se e ele se aproximou, tocando meu rosto.

Suspirei e afastei seu toque com minha mão esquerda, tentando colocar minha aliança em evidência.

Mas, ele parecera não notar e desde que me conhecera, não ligara para o fato de eu ser casada e mãe de três filhos.

Alex era o novo juiz da cidade e viera à livraria pela primeira vez em busca de um livro sobre código penal.

Fora o meu primeiro dia de trabalho depois da licença à maternidade e assim que me vira, ele não me deixara mais em paz.

Edward ainda não sabia disto, mas eu tinha certeza que baixaria um tornado em minha casa assim que ele descobrisse.

_ Você está linda hoje. Na verdade fica mais bonita a cada dia._ Ele falou com a voz galante e eu andei estrategicamente para trás do balcão.

_ Alex... Eu... Obrigada, mas... Eu sou casada e..._ Tentei falar, mas ele aproximou-se do balcão e colocou um dedo sob meus lábios.

_ E onde está esse marido misterioso? Jamais o vi com você. Ele deveria estar ao seu lado, protegendo-a e cuidando para que outros homens não a tomem dele._ Falou com a voz baixa e eu, mais uma vez afastei sua mão.

_ Meu marido trabalha, senhor Volturi. E ele não precisa estar sempre ao meu lado, pois não preciso de babás. E quanto a outros homens... Ele não precisa se preocupar, pois o único homem a quem eu amo, é ele.

Alex me olhou por um momento e depois suspirou, endireitando o corpo.

_ Procurei por uma mulher durante muito tempo. Agora que encontrei uma que me agradou em demasia não vou desistir. Continuarei voltando aqui todos os dias, até que você se convença que eu a farei muito mais feliz do que qualquer homem nesse planeta.

Dito isso, ele beijou minha mão que estava pousada sobre o balcão e se afastou, me deixando plantada no lugar, atônita.

“Mais essa agora!” _ Pensei exasperada e fui pisando duro trancar a porta, antes que outro maluco aparecesse.

Deus!

Será que um pouco de sossego era pedir demais?

XXXXX

Edward estava me olhando estranho durante todo o jantar.

Eu ficara irritada desde a visita de Alex Volturi à livraria, e estava pensando seriamente em me afastar alguns dias, para ver se ele me esquecia.

Cara maluco!

Agora que minha vida havia entrado nos eixos, tudo que eu não precisava era de um louco dizendo-se apaixonado por mim e querendo disputar meu amor com meu marido.

Renesmee também me encarava a todo o momento e eu já estava ficando nervosa com tantos olhares.

Perdi a fome e me levantei, pegando Ethan dos braços de Alda e me dirigindo às escadas.

Ninguém falou nada, e o silêncio tenso continuou reinando no ambiente depois que eu saí.

Troquei a frauda do meu bebê e o amamentei, colocando-o no berço assim que ele dormira.

Fui para meu quarto e Renesmee me esperava deitada na cama.

_ Você está brava, mamãe?_ Ela perguntou com a voz suave e eu me sentei ao seu lado, fazendo com que ela se deitasse sobre minhas pernas.

_ Não, meu anjo. Só estou um pouco estressada._ Falei baixinho, enquanto acariciava seus cabelos compridos.

_ É por causa do juiz?_ Ela perguntou inocentemente e eu revirei os olhos.

É claro que ela sabia sobre isso.

O que Renesmee Cullen não sabia?

Suspirei e a virei no meu colo, para olhá-la nos olhos.

_ Como sabe sobre isso?

Ela mordeu os lábios, em gesto herdado de mim, e me encarou.

_ Eu sei de tudo, mamãe. A vovó Marie me conta.

Respirei fundo e engoli o nó que se formou em minha garganta ao pensar em minha avó.

Adoraria tê-la ao meu lado em um momento como esse.

_ Não fica triste, mamãe. Aquele homem logo encontra uma namorada e te deixa em paz. Não vai acontecer nada. Sabe por quê?_ Ela perguntou, enquanto acariciava meu rosto.

_ Por que, meu bem?_ Perguntei já com os olhos cheios de lágrimas.

_ Porque você ama o papai e vocês vão viver juntos para sempre._ Ela falou com a voz suave e se ergueu para beijar meu rosto._ Tem mais irmãozinhos para nascer ainda._ Ela falou rindo e eu a acompanhei.

Edward entrou no quarto nesse momento e nos olhou com cautela.

_ Querida, Carlie está lhe chamando para assistir desenho._ Ele falou, dirigindo-se a nossa filha e Nessie pulou do meu colo, correndo em direção à porta.

_ Te amo, mamãe..._ Ela gritou, já no corredor e eu ri.

_ Também te amo, amor. Muito._ Gritei de volta e foi a vez de Edward sorrir.

Ele me olhou mais uma vez e ficou sério de repente.

_ Tem algo para me dizer, Edward?_ Perguntei quando o vi dirigindo-se ao banheiro, e ele se virou me encarando.

_ Alex Volturi te lembra alguma coisa?_ Edward me perguntou e estreitou os olhos em minha direção, cruzando os braços e encostando-se no batente da porta.

Suspirei e me levantei, andando até ele e parando a sua frente.

_ Claro que me lembra. Como se esquecer de um chato que vai atrás de mim todos os dias, me dizendo estar apaixonado?_ Perguntei, irritada e me arrependi na hora das minhas palavras, assim que vi Edward ficar vermelho como uma pimenta e fechar os olhos.

_ Eu vou matar esse cara! Nem ligo que ele é a bosta do juiz da cidade. Ele não vai ficar atrás da minha mulher e sair impune disto._ Ele gritou irritado e passou as mãos pelos cabelos.

Carlie e Renesmee apareceram na porta nesse momento, assustadas com o grito do pai, e eu fui depressa fechá-la.

Não queria que elas presenciassem o pai em um momento de raiva.

Pedi desculpas com o olhar as duas e fechei a porta suavemente.

_ Edward, acalme-se. Você não vai matar ninguém. Não há motivos. Ele se diz apaixonado, mas eu só amo você._ Falei com a voz mais baixa, aproximando-me dele outra vez e tentando acalmá-lo.

_ Esse cara é um desgraçado. Eu o ouvi falando de você para Jasper. Bella, ele disse que quer conquistá-la. Que a deseja como esposa. Eu o odeio. Não posso permitir que ele fique repetindo essas sandices por toda cidade._ Ele gritou mais uma vez.

_ São só isso mesmo, Edward: sandices. Ele jamais me terá como esposa, porque eu pertenço a você. SÓ A VOCÊ. Entende isso?_ Perguntei, passando a mão pelo seu rosto e olhando dentro dos seus olhos.

Ele suspirou e me abraçou apertado.

_ Tenho tanto medo de perdê-la. Medo de que você encontre alguém mais interessante, alguém que a faça mais feliz e que lhe proporcione uma vida melhor._ Ela falou contra meus cabelos e eu o apertei mais em meus braços.

_ Ninguém, jamais, me fará tão feliz quanto você me faz. Pode ter certeza disto. Eu te amo. Só a você. Não irei trocar a felicidade de estar ao lado da nossa família por nada. Eu prometo._ Disse, beijando-o nos lábios.

_ Não me deixe. Nunca. Eu já fui obrigado a viver sem você e sei que isso não é possível. E quanto a esse homem... Se ele insistir eu darei um jeito nele. Ninguém pode ficar investindo em mulheres casadas e sair impune._ Ele falou zangado e eu ri.

_ Não se meta em encrenca por nada, amor. Não tem necessidade de brigar com Alex, se eu não ligo para o que ele diz. E...

_ Alex, Bella? Que intimidade é esta?_ Ele perguntou irritado e eu revirei os olhos.

_ Senhor Alex Volturi, amor. Ele insiste para que eu o chame de Alex. Mas essa é a única intimidade que eu tenho com ele. Fique calmo.

Ele me olhou sério e depois me beijou.

Imagino que para deixar claro quem é o único homem da minha vida.

Ouvimos uma batida tímida na porta enquanto ainda nos beijávamos e nos separamos, ofegantes.

Carlie e Renesmee abriram a porta e olharam para nós, preocupadas.

_ Tudo certo?_ Carlie perguntou baixinho e eu e Edward rimos.

_ Sim, minha princesa. Podem ir assistir os desenhos de vocês._ Falei, me aproximando e acariciando o cabelo das duas.

Elas sorriram lindamente e se afastaram correndo.

Olhei de volta para Edward e ele ainda parecia disposto a continuar a discussão.

_ Já chega por hoje, por favor. Não precisa ter ciúmes. Não acontecerá nada. Palavras de Renesmee Cullen. Segundo ela nós ainda não tivemos todos os filhos.

Ele sorriu com a menção de filhos e me abraçou outra vez.

_ Certo. Mas se esse cara continuar te rodeando, terei que tomar providências._ Ele falou decidido.

E eu não tinha dúvida alguma que ele tomaria as providências necessárias para afastar Alex de mim.

XXXXX

_ Nessie, volte aqui. Já chega de tantos biscoitos!_ Falei, enquanto Renesmee e Carlie assaltavam a prateleira de biscoitos no supermercado.

_ Mas, mamãe... Precisamos de opções. Um de cada sabor._ Ela argumentou e eu revirei os olhos.

Essa menina tinha respostas para tudo!

Continuei empurrando meu carrinho tranquilamente, enquanto minhas pequenas saltitavam pelo corredor.

Edward estava perdido em algum lugar do mercado, carregando Ethan que já estava um pouquinho irritado de ficar deitado na cadeirinha.

Trombei de repente nos pés de alguém, e olhei rapidamente para a pessoa, querendo perdi-lhe desculpas.

Mas me calei assim que olhei para o dono dos pés.

Alex Volturi.

Já fazia dias que eu não o via e trombar com ele no supermercado, onde Edward também estava não era uma boa ideia.

_ Isabella... Que prazer em revê-la. Já estava com saudades._ Falou com a voz suave e eu soltei um suspiro audível, olhando ao redor em busca das meninas.

_ Boa tarde, senhor Volturi._ Falei educadamente e desviei o carrinho dele, avançando apressadamente pelo corredor.

_ Espere._ Ele gritou e me alcançou, me segurando pela cintura.

E para meu desespero, Edward apareceu nesse momento.

Fechei os olhos com força e me soltei do aperto de Alex, indo para a frente do carrinho e ficando entre ele e Edward.

_ Algum problema, amor?_ Edward me perguntou com a voz perigosamente calma.

_ Nenhum. Apenas esse cliente veio me cumprimentar. Vamos?_ Perguntei amedrontada e ele estreitou os olhos para Alex.

Gemi baixinho.

Edward não ia desistir assim tão fácil de confrontar o homem que estava lhe tirando o sono nos últimos dias.

Ele passou a ir todas as tardes na livraria e só saía de lá quando meu expediente acabava.

Eu temia que isso o prejudicasse no hospital, mas ele disse que não havia tornado-se chefe à toa.

Esperava que ele tivesse razão.

_ E esse cliente, por acaso, é o senhor Alex Volturi?_ Perguntou e Alex sorriu zombeteiro, me fazendo odiá-lo naquele momento.

_ Sim, sou eu mesmo. E você é?...

_ Edward Cullen, o MARIDO de Bella._ Edward falou seco e eu estremeci.

Tudo o que me faltava nesse momento eram dois homens atarracados no chão de um mercado, brigando por mim!

_ Ah... É você o marido que deixa sua esposa trabalhar, enquanto deveria ficar em casa dedicando-se aos filhos? É você que permite que outros homens se aproximem dela porque não sabe cuidar de uma dama como deveria?_ Ele perguntou irônico e eu o olhei com raiva.

Que história era essa agora?

_ Escute aqui, meu senhor, pois eu vou falar apenas uma vez._ Edward falou irritado, tentando controlar a voz._ Bella É minha. Sempre foi e sempre será. Passamos por muitos problemas para estarmos juntos e não vamos permitir que qualquer um estrague nossa felicidade e a felicidade de nossos filhos. O senhor deseja se casar? Pois muito bem! Existem milhares de mulheres solteiras no mundo. Procure a sua, pois a Bella já tem dono! Ela trabalha porque quer e eu cuido muito bem dela. Muito melhor e de uma forma que você jamais fará.

Alex ficou olhando-o por um tempo, e quando estava a ponto de revidar as palavras de Edward, Renesmee apareceu não sei de onde e tocou-lhe no braço.

Olhamos atentamente para nossa bonequinha e eu fiquei na expectativa de que de sua boca sairia minha salvação.

E torcendo por isso, pois caso contrário teria que separar uma briga dentro de poucos minutos.

_ Moço?_ Ela chamou e Alex a olhou atentamente, suavizando a expressão._ Deixe minha mamãe em paz. Ela não irá ficar com o senhor, porque ela ama muito o meu papai e eu e meus irmãos precisamos dos dois juntos. Um dia, se você esperar, vai ter uma esposa bem bonita. Mas minha mamãe já é esposa do meu papai e não pode ser a sua também._ Ela falou com a voz suave e Alex a encarou por longos minutos.

Depois de um tempo ele nos olhou atentamente e afastou-se sem dizer nenhuma palavra.

Esperava, apenas, que ele não voltasse.

Pude notar que Edward tremia de raiva e eu temi que ele tivesse um AVC.

Carlie nos olhava assustada, mas Renesmee parecia tranquila.

Suspirei e peguei Ethan adormecido dos braços de Edward, colocando-o de volta na cadeirinha.

_ Fique calmo, amor. Tenho certeza que ele não vai mais voltar a me perturbar._ Falei, enquanto passava a mão suavemente por seu rosto vermelho.

_ Acho bom mesmo, se não sou capaz de assassiná-lo._ Falou com os dentes travados e eu fiquei em silêncio, recolhendo a mão e voltando a empurrar o carrinho.

Terminamos nossas compras e fomos direto para a casa, sob os protestos das meninas que cobravam nossa promessa de irmos todos a pizzaria.

_ Iremos outro dia, pequenas. Prometo._ Falei, enquanto Edward dirigia em absoluto silêncio, perdido nos próprios pensamentos.

Chagamos em casa e enquanto ele e Alda descarregavam as compras, eu fui dar banho em Ethan e prepará-lo para dormir.

As meninas foram tomar banho também, emburradas por terem o programa da noite cancelado.

Edward não apareceu para jantar e eu fiquei preocupada sobre as consequências do confronto entre ele e Alex.

Mas sabia que ele precisava de um tempo para pensar.

Muitas mulheres podiam sentir-se envaidecidas por terem a atenção de muitos homens, mas a mim, essa situação incomodava imensamente.

Não precisava da atenção de outros homens, apenas do meu marido.

O único homem que eu realmente amava.

Coloquei as meninas na cama, após termos assistido um filme de comédia e depois de amamentar Ethan mais uma vez, fui para meu quarto, encontrando Edward deitado em posição fetal na cama.

Dirigi-me para o banheiro, escovei os dentes e vesti meu pijama, indo para o quarto em seguida e deitando-me ao lado de Edward.

_ Amor?_ Chamei baixinho e ele continuou imóvel._ Edward?

Toquei seu ombro de leve e ele virou-se de frente para mim.

Notei que ele chorava.

Não disse nada.

Apenas me aproximei do seu corpo quente e encaixei meu rosto em seu pescoço, apertando-o em um abraço.

Ficamos assim por um longo tempo.

_ Qual o problema?_ Perguntei baixinho e ele me apertou mais ainda.

_ Medo. Esse é o problema._ Ele respondeu e eu senti mais lágrimas molhando a pele do meu pescoço.

_ Medo? Do que?

_ De perdê-la. Descobri que não posso lidar com outros homens ao seu redor. Eu lhe fiz sofrer. Você pode ser feliz ao meu lado, mas teve que percorrer caminhos muitos árduos para encontrar a felicidade. E nenhum desses outros homens lhes fez mal algum. Estou em desvantagem.

_ Esses caminhos árduos só me fizeram dar mais valor ao que temos hoje. Não vejo desvantagem nisso._ Falei com a voz suave e ele me encarou.

_ Bella... Você é bonita demais para ficar solta por aí. Hoje foi Alex, mas eu sei que ainda vou ter que enfrentar muitos homens atrás de você. Não sei se serei capaz de vencer a todos. E eu sou ciumento demais para sua segurança. Minha vontade é trancá-la em casa, para que apenas eu te veja, te toque, sinta o seu cheiro...

Eu sorri e beijei seus lábios.

_ Edward... Pare. Eu também queria trancá-lo em casa para evitar que todas àquelas enfermeiras atrevidas te rodeiem. Queria deixá-lo em casa para não ver todas as criaturas fêmeas da cidade, com mais de quinze anos o encarando e desejando-o. Você sabia que muitas mulheres inventam doenças apenas para serem consultadas pelo doutor Cullen? E eu lido com isso. É preciso. Estamos em uma sociedade e situações como essas são absolutamente normais. Precisamos apenas confiar no nosso amor. Somos humanos, sujeitos a erros, mas nosso amor é invencível. Ele saiu vitorioso sobre todos os problemas pelos quais passamos e vai alcançar muitas outras vitórias. Eu lhe garanto.

Ele me olhou por um momento e depois suspirou cansado.

_ Eu penso que todos os homens são como Carlisle. Sem caráter, sem princípios e que jogam sujo para alcançar seus objetivos. Tenho medo que eles usem de estratégias inescrupulosas para te conquistar e consigam tirá-la de mim. Como eu já disse antes, não sou capaz de viver sem você._ Falou perturbado e eu sorri, compreensiva.

_ Ninguém será capaz de nos separar, amor. Você é inseguro por ter sido criado por um homem mal com Carlisle, mas não pode deixar que essa insegurança o perturbe. Eu te amo. Muito. Só a você. Tive muitas oportunidades de ter outros homens, mas eu recusei a todas, porque depois de você ninguém mais me interessou. Alex foi apenas uma inconveniência. Nada mais. Ele é rico e bonito, mas eu não o amo.

Ele suspirou e me encarou, zangado.

_ Ele é bonito?_ Perguntou, fazendo um bico adorável e eu revirei os olhos.

_ Edward!_ Protestei e ele sorriu malicioso.

_ Ele pode até ser bonito, mas duvido que possa satisfazê-la como eu. Duvido que ele possa fazê-la gritar de prazer, implorando por mais._ Ele falou presunçoso e eu gargalhei, sentindo o sangue tomar conta do meu rosto, deixando-o vermelho.

_ Eu também duvido. Apenas um homem vigoroso como você é capaz disso. E eu sou uma mulher exigente... Bastante criteriosa nesse aspecto._ Respondi entrando na brincadeira e ele me abraçou, me virando na cama e ficando por cima do meu corpo.

_ Isso vai soar machista, eu sei, mas nesse momento vou fazer amor com você para marcar território. Você é minha. Só eu posso tocá-la, beijá-la, amá-la._ Ele falou com a voz rouca, retirando meu pijama pela cabeça._ Só eu posso fazer filhos com você.

_ Ótimo. Pois eu também vou marcá-lo como meu. Quero que suas ex-namoradas, as enfermeiras assanhadas e suas pacientes malucas saibam que a única que pode tê-lo, tocá-lo, beijá-lo e amá-lo sou eu._ Falei, enquanto também tirava sua camiseta.

Ele sorriu sedutor e em pouco tempo estávamos nus, rolando pela cama, em uma sintonia perfeita.

Pertencíamos um ao outro de uma forma irremediável e eterna.

Nada atrapalharia nossa felicidade.

Jamais.


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Notas finais do capítulo

E então: O que acharam?
Muitas leitoras criticaram o ciúme que Bella sentia de Edward e eu resolvi que ele deveria passar por uma mesma situação.
Lembrando que os homens são bem mais infantis ao lidarem com esse tipo de situação...
Mas eles foram maduros e resolveram o problema como um bom casal apaixonado deve fazer.
Espero que vcs tenham gostado...
Quero muitos comentários, galerinha...
Por favor!
Obrigada a emma_nuela, Pietra Swan, claudiamon35, amandavb,
joizy, JuhRodrigues, fran_silva e Jedxas pelas recomendações...
Espero que venham muitas outras... =D
Queria convidá-los para ler minha nova fic: https://www.fanfiction.com.br/historia/241654/War_Of_The_Broken_Hearts.../
Garanto que não vão se arrepender...
Preciso de umas visitinhas por lá também e como vejo que PUS foi muito bem aceita, peço que recebam essa com carinho também.
Prometo não decepcioná-los.
Quanto a Eu, você e nosso amor, preciso reformulá-la, mas em breve voltarei a postá-la. Prometo.
Beijos e até o próximo capítulo...
(Faltam apenas mais 4... =/)
Até mais!