Por Um Segredo escrita por Bruna Diniz


Capítulo 33
Capítulo 33: Respostas


Notas iniciais do capítulo

Olá galera...
Nem vou mais me desculpar pela demora...
rsrsrsrsrs
Espero apenas que vocês não fiquem bravos com isso...
Faço o que posso para postar o quanto antes, mas ultimamente ando com um bloqueio...
Espero que esse capítulo seja bem explicativo e que todos entendam minhas razões para deixar que Rosalie atirasse em Edward...
Espero que gostem...
Boa leitura...



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Pov. Edward

Eu nunca seria capaz de entender o dom da vida.

Jamais conseguiria saber o que nos mantém presos a terra, respirando, falando, comendo, sorrindo, amando...

Explicações médicas e biológicas a parte, a vida seria sempre um intrigante mistério.

Para mim, trata-se apenas de um fio pequeno e misterioso que nos prende a terra e que pode se romper a qualquer momento.

Desde pequeno eu não via sentido em viver.

Minha família sempre fora uma desilusão e eu nunca gostei de estar vivo.

Em meus momentos de raiva, eu me indagava o porquê de eu ter nascido.

Até que um dia eu a conheci.

Meu anjo real.

Minha vida...

A teoria que prega que você não nasce à toa é a mais pura verdade.

Eu nasci para amá-la.

Para ser feliz ao seu lado.

Tantas coisas se impuseram no nosso caminho, mas conseguimos vencê-las.

Uma a uma.

Juntos.

Tudo o que eu sempre desejei, alcancei ao seu lado.

Uma família.

Linda.

Perfeita.

E foi por causa desse amor e dessa família que eu resisti à morte.

Seria muito mais fácil me entregar.

Muito mais fácil desistir.

Mas em todos os momentos eu me lembrava dela.

Bella.

Eu não poderia deixá-la.

Não poderia deixar nossos filhos.

Abandonar nossa vida.

Abandona a minha vida, que depois de tanto tempo ganhou um sentido.

Não sei exatamente quanto tempo fiquei desacordado.

Tudo que me lembro é da sua voz ao meu redor, me implorando para voltar pra ela.

Eu sabia bem o que ela estava sentindo.

Passei por isso quando ela entrou em coma.

A cada minuto, a cada hora, a cada dia eu ficava mais desesperado para tê-la bem ao meu lado outra vez.

Eu precisava dela para continuar vivendo.

Assim como ela precisava de mim.

Éramos duas metades que se completavam e não existiam meios de vivermos separados.

Abri meus olhos lentamente e olhei ao redor.

A luz cegava meus olhos, fazendo-os arderem, mas eu continuei forçando-os.

Aparentemente estava sozinho no quarto do hospital.

Sentia meu corpo todo dolorido e minha boca estava seca.

Levei minha mão lentamente até a barriga e pude sentir o curativo sob o tecido da camisola.

Eu realmente havia levado um tiro e lembrava-me claramente do que tinha acontecido.

Rosalie ficara alucinada com a morte de Carlisle.

Acusara Bella de ser a culpada por nosso pai estar preso.

Eu tentei controlá-la, e até pensei que Emmett tivesse conseguido levá-la embora.

Mas ela voltara e tentara agredir Bella.

E eu jamais permitiria que alguém machucasse minha mulher.

Nem mesmo minha irmã.

Não me arrependia de ter levado o tiro em seu lugar.

Faria tudo outra vez se fosse para salvá-la.

Para protegê-la.

Para mantê-la ao meu lado.

Olhei calmamente para os aparelhos que monitoravam meus sinais vitais e vi, com certo alívio, que estava tudo bem.

Virei meu rosto em direção a porta no momento em que ela se abriu e minha mãe entrou.

Esme parecia abatida, mas abriu um imenso sorriso ao me ver acordado.

_ Edward, meu filho. Que bom vê-lo acordado._ Falou, enquanto aproximava-se e me dava um beijo na testa.

Franzi o cenho ao me lembrar da última vez que vira minha mãe.

Ela estava aos prantos e abraçava-se a Seth como se sua vida dependesse daquele contato.

Seth era meu melhor amigo e, definitivamente, não seria fácil aceitar uma relação amorosa entre ele e minha mãe.

Sempre que Seth se referia a Esme eu notava que ele falava dela com um carinho exagerado.

Associava isso ao fato dele ter crescido sem mãe e ver em Esme a figura materna que ele não teve.

Mas ao que parecia, não era amor materno que ele sentia por minha mãe.

Seth gostava de Esme da forma que um homem gosta de uma mulher.

E eu teria uma dificuldade absoluta em aceitar isso.

Suspirei e continuei em silêncio.

Ela me encarou por um momento e deu um passo atrás, hesitante.

_ Deve estar se perguntando onde está a Bella._ Ela sorriu sem graça._ Consegui convencê-la a ir para casa descansar. Mas imagino que ela já deve estar voltando. Não consegue ficar muito tempo longe de você.

Eu assenti de leve e fechei os olhos.

Realmente eu queria saber onde estava minha esposa.

Odiava ficar longe dela.

_ Filho... Eu... Sobre Seth..._ Eu a olhei sério, e ela se calou, soltando um suspiro pesado.

Minha cabeça girava e eu simplesmente não sabia o que dizer a ela.

Não sabia o que pensar sobre isso.

A porta se abriu de repente e um Seth sorridente entrou. Mas seu sorriso morreu nos lábios assim que me viu acordado.

_ Olha só que retornou para os vivos._ Ele disse enquanto se aproximava para verificar os aparelhos que controlavam meus sinais vitais.

Seth evitou ao máximo encarar a mim ou minha mãe e eu podia notar o quanto ele estava desconfortável.

_ Nos deu um susto e tanto, hein amigão!_ Ele disse sorrindo, mas evitando me encarar._ No entanto, você está ótimo. O tiro foi certeiro, mas conseguimos retirar a bala a tempo. Você perdeu bastante sangue e tivemos que fazer uma transfusão de emergência. Ficou desacordado por vários dias, recuperando as forças, mas tenho certeza que agora sua recuperação será imediata. Logo poderá voltar para casa. Para sua família.

Eu respirei fundo e assenti.

Mas continuei calado.

_ Por Deus, Edward, diga alguma coisa!_ Minha mãe pediu alterada e eu e Seth a encaramos.

_ Esme, fique calma._ Seth pediu, aproximando-se e colocando as mãos sobre seus ombros.

Estreitei meu olhar em sua direção e mais uma vez não disse nada.

Tinha medo das palavras que poderiam sair dos meus lábios.

Não queria, de forma alguma, ofendê-los.

Apesar de tudo, estavam à minha frente, meu melhor amigo e minha mãe.

Mereciam o mínimo respeito de minha parte.

De repente, a porta se abriu e Bella entrou.

Seu rosto se iluminou ao me ver acordado e seus olhos encheram-se de lágrimas.

_ Edward... Amor._ Ela veio apressadamente para a beirada da cama e me abraçou, deitando a cabeça em meu peito, alheia a tensão instalada no quarto.

Ela chorava copiosamente e eu a abracei, acariciando seus cabelos e sentindo seu cheiro maravilhoso. Único.

_ Shii... Está tudo bem._ Eu disse baixinho, tentando consolá-la.

_ Eu tive tanto medo de perder você. Medo de que você me deixasse._ Ela dizia fungando e eu vi Seth e minha mãe saindo discretamente do quarto, nos deixando a sós.

_ Eu jamais a deixaria, meu amor._ Falei baixinho, obrigando minha voz a passar por minha garganta dolorida.

Ela ergueu a cabeça e me encarou.

_ Eu te amo. Mais do que minha própria vida. Esses foram, sem dúvida, os piores dias da minha existência. Teve momentos que pensei que você não fosse se recuperar._ Ela disse emocionada e em seguida me deu um beijo suave nos lábios.

Senti-la assim tão próxima a mim era o paraíso.

Agora sim, a vida voltava ao meu corpo.

_ Quantos dias eu fiquei desacordado?_ Perguntei, enquanto acariciava seu rosto.

Ela inclinava a cabeça em direção a minha mão, aumentando nosso contato.

_ Cinco dias._ Ela falou baixinho.

Eu respirei fundo e fechei os olhos.

Cinco dias.

Muitas coisas poderiam ter acontecido durante esse tempo.

_ Carlisle..._ Falei baixinho e Bella me encarou séria.

_ Já foi enterrado. Queriam esperar que você se recuperasse, mas eu achei melhor assim. Como você estava sob cuidados médicos, eu assumi as rédeas da situação e preferi que o velório e o enterro fossem realizados sem interrupções e nas datas certas.

Eu assenti e senti lágrimas escorrendo do canto dos meus olhos.

Apesar de tudo, Carlisle era meu pai.

Era o homem a quem eu deveria amar, mas fora a pessoa que eu mais odiara e desprezara nesse mundo.

Na verdade, eu não entendia se eu chorava de pesar ou de culpa, por ter desejado sua morte por tantas vezes.

_ E Rosalie?_ Perguntei incerto, querendo saber das consequências dos atos impensados de Rosalie.

_ Rosalie está presa._ Bella declarou e eu a encarei assustado.

_ O que?_ Perguntei em um fio de voz.

_ Ela foi presa por ter atirado em você. Como você não acordava, a polícia preferiu mantê-la sob vigilância. A verdade é que sua irmã está desequilibrada, Edward. Emmett está tentando transferi-la para uma casa de repouso, mas a polícia está dificultando o processo.

Eu suspirei e coloquei meu braço livre sobre os olhos.

Sentia minha cabeça girar.

Minha irmã estava presa.

Deus!

Em que momento minha família havia se perdido assim?

_ Está bravo?_ Bella perguntou baixinho, afagando meu cabelo.

_ Estou chocado. Jamais imaginei ver minha irmã na cadeia por ter me dado um tiro.

_ Ela foi acusada por tentativa de homicídio. Eu nem sei dizer de onde a polícia surgiu, só sei que enquanto você estava sendo operado, sua irmã estava sendo presa._ Ela falou com voz suave e eu engoli em seco.

Tudo o que estava acontecendo ainda era surreal demais em minha cabeça.

Bella me olhou por longos momentos e depois descansou a cabeça sobre meu peito.

_ Seu pai não teve a presença da família no velório, Edward. Nem dos filhos, das netas ou da esposa. Ninguém foi prestar-lhe uma homenagem.

Eu senti um aperto no peito ao ouvir isso e a apertei mais contra mim.

_ Um homem que fez tudo o que Carlisle nos fez, merecia terminar só. Não sei se ele pôde ver isso, mas tenho certeza que se tratou do castigo perfeito._ Disse com voz suave, tentando redimi-la de possíveis culpas.

Não queria que Bella se sentisse responsável pela solidão do meu pai em seus últimos momentos.

Ela fungou no meu peito e me encarou com os olhos marejados.

_ Apesar de tudo, eu senti muita pena do seu fim.

Eu afaguei seu rosto e a aproximei de mim para dar-lhe um beijo nos lábios.

_ Não sinta. Como disse, ele apenas colheu o que plantou. Eu gostaria de ter estado lá, não para homenageá-lo, mas para oferecer-lhe algum respeito. Afinal de contas, ele era meu pai. Mas o fato de eu estar aqui, é culpa dele. Carlisle semeou o ódio e a discórdia entre sua família e o resultado só poderia ser esse.

Bella assentiu e me deu um beijo leve na fronte, descendo o rosto para curva do meu pescoço e aspirando meu cheiro.

Apreciei nossa proximidade e a apertei mais contra mim. Seu cheiro de frésias me invadiu e em meio a tantos problemas, senti a paz me envolvendo.

_ Suas filhas estão mortas de saudade. Não veem a hora de o papai voltar para casa._ Bella falou sorridente, a voz abafada contra minha pele e eu não pude conter a onda de felicidade que me invadiu ao pensar em minhas pequenas.

_ Eu também estou com saudades e espero, sinceramente, voltar logo pra casa. Pode parecer irônico, mas eu odeio hospitais.

Bella riu da minha declaração e se afastou um pouco, abrindo a bolsa e tirando de lá um papel dobrado, que eu reconheci como sendo a carta que Carlisle me deixara antes de morrer.

A encarei por um momento e ela me ofereceu o papel.

Já não sorria.

Pelo contrário.

Estava mortalmente séria.

_ Estava entre suas coisas no dia em que levou o tiro e Seth me entregou. Mas eu não li._ Justificou-se.

Eu sorri de leve e segurei a carta entre os dedos.

_ Poderia ter lido.Não teria problema._ Falei, desdobrando o papel e analisando a caligrafia perfeita de Carlisle.

_ Foi algo que seu pai deixou para você. Tem certas coisas, que nem mesmo as esposas devem mexer. E essa era uma delas._ Bella declarou e afagou meus cabelos.

_ Quer ler?_ Perguntei lhe oferecendo o papel.

Ela negou com a cabeça e mordeu os lábios.

Bella estava com medo do que estava escrito ali, mas por incrível que pareça, não havia motivos para se preocupar.

_ Posso ler para você?

Ela deu de ombros e sentou-se a beirada da minha cama.

Olhei para o papel e comecei com voz suave:

Edward,

Eu sei que jamais fui o pai que você e Rosalie esperavam.

Jamais fui o marido que sua mãe sonhou.

Jamais fui o pai que você amou, mas eu sempre torci pelo seu sucesso.

Desde que nasceu, eu sonho com seu diploma e com seu futuro brilhante.

A verdade é que eu nunca amei sua mãe.

Acho que nunca amei ninguém.

Gostava dos meus filhos, mas não sei se algum dia os amei.

O sofrimento que seus avós me infligiram fez de mim uma pessoa amargurada. Cruel.

Tudo que fiz foi movido por esse instinto maléfico, dominado pelo ódio que sempre alimentei por minha família.

Preso aqui nesse lugar horrível, eu comecei a refletir e resolvi lhe contar umas verdades.

Em muitos momentos da minha vida eu senti orgulho de ser o seu pai.

Senti orgulho de ter filhos tão lindos e inteligentes.

Mas esse ódio que me movia, sempre superou qualquer sentimento.

Mesmo nos melhores momentos, ele estava ali.

Era o meu mais fiel compaheiro.

Quando você começou a namorar a Bella, eu quis matá-lo, pois não era assim que eu havia planejado sua vida.

Você deveria ser médico, casar-se com Tanya Denali, unir nossas fortunas e me dar netinhos.

Mas quando eu conheci a tal namorada, não pude evitar desejá-la.

No fundo, eu entendi o porquê da sua obsessão.

Eu entendi porque você a amava.

Ela era linda, doce, suave...

Tudo que um homem poderia querer.

Tudo que eu sempre procurei de uma forma desesperada.

E daí que ela era uma menina?

E daí que você a amava?

Movi céus e terras para tê-la ao meu lado.

Para consegui-la.

Mas ela jamais me quis.

Penso que mais essa frustração me deixou louco.

Obcecado.

Mas não me arrependo do que fiz.

Eu sempre enxerguei em Bella minha chance de ser feliz.

Na época, eu não pensava dessa forma, é claro.

Associava-a com sexo.

Mas sei que em meu inconsciente era isso que eu queria.

Seu amor.

Já à minha adorável netinha eu sempre dediquei um sentimento puro.

De verdade.

Talvez, Renesmee, tenha sido a única pessoa que eu amei realmente.

Sem reservas.

Fiquei surpreso quando descobri sobre a gêmea.

Carlie.

Torço por sua felicidade.

Sinceramente.

Assim como sempre torci pela felicidade de Nessie.

Torço pela sua felicidade também, filho.

Não posso prometer deixá-los em paz.

Afinal, são os culpados pelo que estou vivendo hoje.

Mas, se puderem escapar de mim e do meu inevitável desejo de vingança, sejam felizes.

Ame sua Bella como eu jamais poderei fazer.

Cuide dos seus filhos, em especial da minha Nessie.

Proteja sua irmã e mantenha sua mãe longe daquele seu amigo.

Diga a ele que quando eu sair daqui tratarei de castrá-lo.

Maldito!

E jamais abandone a medicina, Edward.

Cumpra pelo menos uma das minhas vontades.

Quando testemunhar em meu julgamento, diga a verdade.

Eu aguento ouvir, numa boa, suas declarações de ódio.

Mas saiba que eu sairei em breve desse lugar.

De um jeito ou de outro.

Eu, Carlisle Cullen, sempre venço.

Ah... E quando fizer amor com Bella, sinta-se lisonjeado por saber que faz algo que eu sempre desejei fazer.

Ardentemente.

E fique com Deus, se é que ele existe.

Até logo, querido filho.

Do seu querido pai...

Carlisle Cullen

_ Seu pai era louco._ Bella disse chorando, assim que li as últimas palavras.

Reler esta carta foi tão difícil quanto da primeira vez.

O ódio que eu sentira a vida toda por meu pai, desde que descobri sua falta de caráter, fora amenizado por suas palavras.

Mas jamais seria extinto.

Eu não era capaz de perdoá-lo.

_ Sim. Ele era. Mas agora, Carlisle está morto e nunca mais teremos eu nos preocupar em fugir dele ou de suas loucuras.

Ela assentiu e limpou as lágrimas com as costas das mãos.

_ Jamais entendi a obsessão que ele mantinha por mim. Seu pai não me amava. Era apenas desejo. Ele era movido pelo desafio de me considerar proibida.

_ Talvez. Não é o que ele diz nessa carta, mas eu gosto de acreditar que tudo não passava de desejo. Odeio a ideia dele desejá-la, mas gosto menos ainda da ideia dele amá-la.

Ela suspirou e deitou, novamente, a cabeça sob meu peito.

_ Não importa quantos me desejem, ou quantos me amem. Eu fui e serei, sempre, sua.

Eu sorri com sua declaração e beijei seus cabelos.

_ Só minha._ Disse baixinho.

Dobrei a carta novamente e a coloquei sobre a mesa que ficava ao lado da cama.

Faria de tudo para esquecer o conteúdo escrito nesse papel.

Carlisle não merecia nem mesmo minhas lembranças.

Ficamos um tempo em silêncio e Bella ergueu a cabeça, me encarando.

_ Agora que acordou, a polícia vai entrar em contato com você para saber o que fazer com sua irmã.

Eu suspirei e fechei os olhos com força.

Pensar em Rosalie fazia com que meu peito se apertasse com uma dor estranha.

Não gostava de imaginá-la presa.

_ Se eles querem saber se prestarei queixa sobre o tiro, a resposta é não. Quero apenas que Rosalie receba o tratamento adequado para voltar a ser a garotinha adorável que um dia eu conheci.

Bella suspirou e me encarou seriamente.

_ Apesar de desejar que sua irmã pague pelo que fez, eu não podia esperar outra atitude de você. Sempre soube que não teria coragem de registrar queixa contra sua irmã.

Eu sorri e acariciei sua mão que repousava sobre meu peito.

_ Rosalie já foi uma garota encantadora. Somada a sua incrível beleza, ela era maravilhosa. A desastrosa relação dos nossos pais e sua pouca humildade fizeram dela essa pessoa desequilibrada e histérica. Minha irmã merece uma chance de ser feliz, e eu quero dar isso a ela. É o mínimo que eu posso fazer.

_ E quanto à sua mãe?_ Bella perguntou de repente e eu estreitei meu olhar em sua direção.

_ Há quanto tempo sabe sobre isso?_ Perguntei desconfiado, me referindo a relação de Esme e Seth.

_ Seth me contou no dia que você levou o tiro. Jamais desconfiei que Esme e Seth namorassem._ Ela respondeu e eu não tive dúvidas quanto a sua sinceridade.

Eu fechei os olhos e levei minha mãe até a testa.

_ Não sei se concordo com isso. É muito estranho pensar neles juntos. Se beijando, se abraçando...

Bella me encarava compreensivamente e eu me senti incentivado a continuar meu desabafo.

_ Ele é meu amigo, Bella. Esme é minha mãe. Eu não consigo conceber a ideia de vê-los juntos.

_ Acho que terá que se conformar, amor. Nesse tempo que esteve internado, pude acompanhar o entrosamento dos dois e posso garantir que eles estão super apaixonados. Acho difícil separá-los.

Eu fechei a cara e encarei o teto.

Está aí uma coisa que eu jamais imaginei acontecendo: ver meu melhor amigo namorando minha mãe.

Não saberia quanto tempo eu levaria para aceitar essa situação.

Isso contrariava todas as minhas teorias e crenças.

Talvez eu estivesse sendo antiquado e machista, mas esses pensamentos eram inevitáveis.

_ Você fica lindo quando está bravo._ Bella sussurrou e me beijou outra vez nos lábios.

Eu correspondi a carícia, mas continuei calado, imerso em pensamentos.

Definitivamente, minha vida era muito complicada!

XXXXX

_ Papai, dói muito levar um tiro?_ Renesmee me perguntou, com sua voz suave enquanto eu a colocava na cama.

Já fazia alguns dias que eu havia saído do hospital e graças aos céus conseguimos estabelecer uma rotina normal outra vez.

Ainda que continuássemos em Boston, afastados da escola e trabalhos, nossa vida seguia seu curso com relativa estabilidade.

Olhei para Carlie deitada ao lado da irmã e ela me encarava curiosa, certamente a espera da minha resposta.

_ Na verdade eu não sei querida. Não senti dor nenhuma. Apenas desmaiei._ Expliquei calmamente.

Eu realmente não saberia explicar se um tiro causava muita dor.

Pelo menos não me lembro de ter sentido nenhuma.

Elas me encaravam com seus olhinhos castanhos penetrantes e eu senti uma onda de ternura me envolvendo.

Como eu amava minhas pequenas.

_ Você disse que ia voltar papai, mas não voltou. Tive medo que você morresse._ Nessie falou com a voz chorosa e eu acariciei seus cabelos dourados.

_ Desculpe, querida. Eu sei que prometi. Mas juro que fiz de tudo para voltar. Todas as vezes que pensei em desistir, eu me lembrei de vocês e da sua mãe e lutei para continuar vivo.

_ O vovô Cullen disse que você não ia voltar nunca mais. Eu tive medo. Não queria ficar sem meu papai outra vez. Eu, Carlie e Ethan precisamos de você._ Ela falou baixinho, limpando as pequenas lágrimas que desciam por seu rosto com a costa da mão._ A mamãe precisa de você.

Senti lágrimas escorrendo por meu rosto e não fiz nada para evitá-las.

Minha filha era uma criança maravilhosa, e com suas palavrinhas simples, acabava de dizer que me amava e não podia ficar sem mim.

Preferi não levar em conta o fato de o meu pai ter dito que eu não voltaria.

Era melhor não pensar nisso agora.

Tinha certeza que não gostaria de saber como meu pai se comunicava com Renesmee.

Debrucei-me sobre os corpos pequenos das minhas filhas e dei um beijo em cada uma, as abraçando em seguida.

_ Prometo não deixá-las jamais, minhas pequenas. Ficarei ao lado de vocês, para protegê-las e amá-las enquanto eu tiver vida.

Elas me abraçaram com seus bracinhos pequenos e permanecemos unidos por longos minutos.

Quando as soltei, ambas estavam sonolentas e eu saí do quarto de fininho, indo em direção à sala onde Bella me esperava.

Minha linda e tentadora esposa estava deitada sobre o sofá, com os olhos fechados e com as mãos envolvendo o ventre volumoso.

Bella acabara de entrar no sexto mês de gestação e eu não via a hora de ter nosso bebê nos braços.

Desta vez eu estaria ao seu lado em todos os momentos e nem ela, nem meu filho sofreriam qualquer tipo de dano.

Minha família permaneceria bem e unida enquanto eu vivesse.

Sentei-me a beirada do sofá e acariciei seus cabelos.

Ela parecia bastante cansada e eu me sentia culpado por isso.

Se não fosse minha família complicada, Bella não sofreria tanto.

Ela abriu os olhos lentamente e me encarou com um sorriso nos lábios.

Eu me inclinei sobre seu corpo e a beijei.

Bella sempre seria irresistível para mim.

Quanto mais eu a tinha, mais queria dela.

Era como uma droga.

Ela suspirou quando nossos lábios se separaram e se encostou em meu peito.

_ Passagens compradas, amor. Voltamos para Forks no fim de semana._ Declarou contente.

Eu assenti de leve e beijei seus cabelos.

_ Certo. É tempo suficiente para acertar todas as pendências acerca dos bens da minha família. Quando formos embora, não quero voltar a Boston tão cedo.

_ Nem eu. Quero finalmente viver nossa vida tranquila em Forks. Eu, você e nossos filhos.

A apertei mais entre meus braços.

_ Assim será, meu amor. Acho que agora, finalmente, teremos paz.

Ela riu e se virou em meus braços me encarando.

_ Eu realmente espero que sim. Mas..._ Ela deixou a frase morrer e continuou olhando em meus olhos.

_ Mas..._ A incentivei.

_ Edward, você não pode continuar ignorando sua mãe para sempre. Ela e Seth precisam de um voto de confiança. Afinal, não cometeram nenhum crime.

Eu fiz uma careta ao ouvir o nome desses dois indivíduos.

No dia em que tive alta, Seth teve uma séria conversa comigo.

Na verdade foi mais um monólogo, onde Seth falava e eu ouvia.

Explicou-me que nunca quis agir de má fé comigo, e que sempre respeitou o fato de Esme ser minha mãe.

_ Edward, eu sei que provavelmente você me odeie nesse momento. Mas, cara... Eu amo sua mãe. Tenho certeza, que não existe no mundo outro homem, melhor que eu, para fazê-la feliz.

Eu o encarei sério e permaneci em silêncio.

Não conseguia, simplesmente, manter uma conversa civilizada com Seth.

Minha vontade era agredi-lo.

_ Esme e eu jamais desrespeitamos o seu pai. Não queríamos ter problemas e por isso decidimos esperar pelo divórcio para podermos assumir uma relação. Mas as coisas se encaminharam dessa forma, seu pai morreu, e..._ Ele suspirou, aparentemente cansado, e passou as mãos pelos cabelos._ Eu não vou desistir. Você pode até mesmo me odiar, mas eu continuarei amando sua mãe. E nós vamos nos casar. Você e Rosalie querendo ou não. Esme merece ser feliz e eu estarei ao seu lado para garantir que ela seja.

Dito isso ele saiu do quarto e eu não o vi mais.

Esme veio me ver várias vezes depois que eu saíra do hospital, mas eu também não conseguia tratá-la naturalmente.

Eu sempre desejei que minha mãe fosse feliz.

Ela tinha uma vida miserável ao lado de Carlisle e eu gostaria que ela encontrasse o amor ao lado de um homem de verdade.

Mas tinha que ser meu melhor amigo?

Tinha que ser uma cara que tinha a idade para ser seu filho?

Suspirei irritado e encontrei novamente o olhar de Bella que ainda estava pousado sobre mim.

_ Eu preciso de tempo. Essa história ainda é muito recente para eu absorvê-la._ Declarei irritado.

Bella suspirou e afastou-se um pouco de mim, sentando-se contra o encosto do sofá.

_ Você é muito teimoso._ Declarou irritada e eu não pude deixar de sorrir.

Ela ficava ainda mais linda quando estava brava.

_ Não é teimosia. É cautela. Preciso avaliar se esse relacionamento é mesmo o melhor para minha mãe.

_ Edward, você não é o pai dela. Sua mãe está sendo muito paciente com você. Esme não precisa de sua permissão para nada. Ela é adulta e vacinada. Dona de si. Você é apenas o filho dela. Alguém de quem ela quer apoio. Apoio para ser feliz.

As palavras de Bella invadiram minha mente e, mesmo contrariando todo o meu lado machista, eu sabia que ela tinha razão.

Esme pedia apenas meu apoio, mas era esse justamente que eu não conseguia oferecer.

_ Como você reagiu quando seu pai casou de novo?_ Perguntei de repente.

Bella me encarou por uns momentos, e suspirou, como se fosse doloroso tocar nesse assunto.

_ Eu... Bem... Eu não gostei da ideia. Charlie nunca havia sido um bom marido para minha mãe e o fato de formar outra família, que não incluía nem a mim e nem minha filha me magoou bastante. Mas, hoje entendo que foi melhor assim. Todos precisam de um companheiro e com Charlie não é diferente.

Eu assenti e continuei encarando-a.

Segurei suas mãos e entrelacei nossos dedos.

_ Eu sei que Esme merece ser feliz. Não sou contrário a ela refazer sua vida. O que me incomoda é o fato de ser com o Seth. Poxa, ele é o meu melhor amigo. Imagine se Charlie, ao invés de ter se casado com Sue, se dissesse apaixonado pela Alice. Qual seria sua reação?

Bella empertigou-se no sofá e arregalou os olhos.

_ Pensando por esse lado... Seria bem estranho._ Ela suspirou e aproximou-se novamente de mim._ Mas tente ser compreensivo. É a felicidade da sua mãe e a de Seth que importa. Deixe de lado seus preconceitos, suas ideias machistas. Esme está sofrendo com seu afastamento. Com sua frieza. Deixe-a saber, que a ama e que a apoiará independentemente de quem ela escolher. Seja ele um velho ou um garoto como o Seth.

Eu tomei Bella novamente em meus braços e beijei seus cabelos.

_ Prometo tentar. Vai ser difícil, mas eu farei isso por você e por ela.

_ Isso já basta. Basta para provar o homem maravilhoso que você é.

Eu sorri e a apertei entre meus braços.

Bella era capaz de tirar de mim reações inesperadas.

Eu não deveria ceder, mas por ela eu faria qualquer coisa.

Desistiria de qualquer preconceito.

De tudo.

XXXXX

_ Bom, Dr. Cullen, é isso. Você e sua irmã são os únicos herdeiros da fortuna do seu pai. É claro que metade de tudo continua sendo de sua mãe e enquanto ela viver vocês não terão acesso a esse dinheiro, ao não ser que ela queira.

Assenti em entendimento e olhei discretamente para Bella que permanecia calada ao meu lado.

Fomos convocados pelo advogado do meu pai a comparecer em seu escritório para a partilha de bens.

Emmett fora representar Rosalie, que estava internada em uma casa de repouso e Esme viera acompanhada de Seth.

Vê-los chegando juntos, fora muito difícil para mim, mas com o apoio de Bella eu me mantive tranquilo e consegui até mesmo cumprimentá-los.

O rosto da minha mãe iluminou-se quando, depois de muitos dias, eu conversei normalmente com ela.

Bella me encarou contente com minha atitude e eu soube estar agindo de maneira correta.

_ Existe uma propriedade na cidade de Forks que Carlisle exigiu que fosse passado para os nomes das netas: Renesmee Swan Cullen e Carlie Swan Cullen. Sem contar que existe uma imensa soma em dinheiro depositado em um banco na Suíça no nome das duas meninas. Elas terão acesso à quantia no momento em que completarem dezesseis anos. Como pais, Isabella Swan e Edward Cullen, terão apenas que garantir a manutenção do imóvel e da conta corrente.

Olhei pasmo para Bella e ela encarava o vazio com os olhos assustados.

Como assim Carlisle deixara uma fortuna a parte para nossas pequenas?

Olhei a quantia depositada no banco que estava escrita em um papel e quase cai da cadeira.

Tratava-se de muito dinheiro.

_ Não podemos, como pais, recusar essa herança?_ Bella perguntou ao advogado.

_ Sinto muito. Tudo o que consta nesse documento são apenas das gêmeas. Apenas elas podem decidir o que fazer com sua herança.

Bella assentiu de leve e suspirou.

Assinamos todos os papéis e em poucos minutos fomos liberados.

Nosso voo estava marcado para a manhã seguinte e eu não via a hora de voltar para o aconchego de Forks.

_ Edward._ Ouvi a voz grave de Emmett me chamando e me virei para olhá-lo.

_ Olá, Emmett. Tudo bem?_ Perguntei estendendo a mão e ele aceitou meu cumprimento.

Notei que Bella nos observava do canto da sala onde conversava com minha mãe e Seth.

_ Tudo indo._Emmett me respondeu e me encarou seriamente._ Sua irmã quer vê-lo. Sei que você vai viajar amanhã, mas Rosalie pediu para que fosse visitá-la. E ela quer que leve a Carlie também.

_ O que?!? Nem pensar._ Ouvi a voz de Bella próxima a mim e me assustei._ Minha filha não chegará perto da Rosalie. Não quero que ela corra risco algum.

Emmett a olhou com raiva por um momento e passou as mãos pelos cabelos, nervoso.

_ Rosalie cuidou de sua filha por um longo tempo. Carlie jamais correu riscos ao seu lado. Então eu peço que a deixe visitar minha esposa. A presença de sua filha poderá ajudar na recuperação da minha esposa.

Bella me olhou amedrontada eu a abracei pelos ombros.

_ Conversarei com minha esposa, Emmett. Prometo visitar Rosalie antes de Voltar a Forks. Quanto a Carlie... Eu e Bella decidiremos. Juntos.

Ele assentiu e afastou-se sem dizer mais nada.

Encarei Bella e toquei seu rosto.

_ Rosalie adora Carlie. Acho que sua presença será importante para a recuperação da minha irmã.

Ela suspirou e encostou a cabeça em meu peito.

_ Eu tenho medo. Sua irmã está desequilibrada e eu temo que ela venha a machucar minha pequena. Eu não suportaria se outra tragédia chegasse para atrapalhar a felicidade da nossa família._ Ela falou chorosa.

_ Nada vai acontecer, amor. Eu prometo. Ficarei o tempo todo ao lado de Carlie e se você quiser poderá ir conosco.

Ela me olhou incerta e depois assentiu com um suspiro.

_ Ok. Mas eu irei também. E minha filha não sairá do meu lado._ Falou decidida.

Concordei em silêncio e encarei minha mãe por cima da cabeça de Bella.

Esme havia acompanhado toda a discussão e pelo visto aprovava nossa decisão.

Esperava, apenas, que novos problemas não surgissem.

Tudo que eu precisava no momento era de paz.

XXXXX

_ Mamãe, o que os filhos das tias são nossos?_ Renesmee perguntou à Bella enquanto seguíamos para o hospital onde Rosalie estava internada.

Bella me olhou confusa e encarou Nessie pelo retrovisor.

_ São seus primos, meu anjo._ Respondeu simplesmente.

Nessie assentiu de leve e ficou em silêncio pelo resto do caminho.

Chegamos à casa de repouso que ficava afastada do centro movimentado de Boston e entramos, todos em silêncio.

Emmett nos esperava na recepção e sorriu assim que viu Carlie agarrada a minha mão.

_ Que bom te ver, minha pequena. Tia Rosalie vai adorar saber que você veio visitá-la.

Carlie sorriu suavemente e continuou agarrada ao meu braço.

_ Eu vou entrar primeiro e depois venho buscá-las._ Falei encarando minha esposa, que assentiu em concordância.

_ Papai?_ Renesmee me chamou assim que eu dei o primeiro passo que me levaria em direção aos quartos. Me virei para olhá-la.

_ Sim, meu amor. Diga._ Falei me abaixando a sua frente.

_ Não brigue com ela, se não meu priminho ficará triste.

Prendi a respiração por um momento e olhei assustado para Nessie e depois para Bella.

_ O que?_ Perguntei aturdido.

_ Tia Rosalie está grávida. Logo eu, Carlie e Ethan teremos um priminho.

Bella arfou e eu a encarei preocupado.

_ Como sabe disso meu anjo?_ Bella perguntou com a voz sumida.

_ O vovô Cullen me contou ontem._ Nessie falou simplesmente.

Levantei-me lentamente e olhei para cada membro da minha família presente na sala.

Emmett parecia terrivelmente assustado.

Bella chorava e se agarrava a Carlie, que permanecia em silêncio olhando atentamente para irmã.

Renesmee estava aparentemente tranquila, como se a revelação que acabara de fazer fosse a coisa mais normal do mundo.

E eu estava...

Eu nem sei como estava.

Carlisle estava morto.

Como era possível que ele contasse qualquer coisa a Nessie?

Olhei novamente para Bella e percebi que ela me escondia alguma coisa.

Deviam existir explicações coerentes para essas adivinhações de Nessie.

Respirei fundo e acariciei os cabelos dourados da minha pequena.

_ Prometo que não vou brigar com ela, amor. Sua tia e..._ Pigarreei nervoso._ E seu primo estarão bem.

Virei às costas e segui em direção ao quarto.

Normalidade.

Era tudo o que eu precisava.

Mas pelo visto era o que eu jamais teria.

Sorri de lado e continuei meu caminho.

“Minha família era a melhor!”_ Pensei ironicamente.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, é isso...
A partir de agora sem tragédias...
Prometo...
Mas como eu disse, o que aconteceu com Edward era necessário.
No próximo capítulo entenderemos o porque Rosalie agiu assim e conheceremos o outro lado da sua personalidade.
Com esse incidente, eu pude dar um destino adequado a nossa pseudo vilã.
Eu realmente PRECISAVA fazer isso.
Para quem não concorda, sinto muito e só posso prometer que agora nossos queridos serão felizes.
Estamos bem perto de conhecer o Ethan, galera...
Preparem os corações.
Ele é fofo!
E vem mais crianças por aí...
Mais do que tds imaginam...
Agradeço de coração tds os comentários e o fato de Por um segredo, sendo minha primeira fic, ter sido tão bem aceita.
Muito obrigada!
Eu, infelizmente, não tenho como responder tds os comentários, mas volto a repetir que leio cada um deles e como diria uma das minha autoras preferidas, eles são o combustível do autor.
Até o próximo, moçada...
Comentem bastante!!!