Por Um Segredo escrita por Bruna Diniz


Capítulo 20
Capítulo 20: Crueldade


Notas iniciais do capítulo

O pov de Carlisle como eu prometi...
Galerinhaa...
Estou adorando os comentários e as teorias...
Bella está doente?
Bella está Grávida?
Quem é Carlie?
Esme sabe sobre as Gêmeas?
Pensem, pensem, pensem...
rsrsrsrsrsrs
Beijos e boa leitura



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Pov Carlisle:

Eu observei enquanto Edward carregava uma Bella desacordada em direção ao andar superior.

Eu tremia de ódio.

Não era para as coisas terem acontecido assim.

Bella ainda deveria estar em Forks, quietinha em sua casa somente a minha espera.

Chegaria um dia que ela cederia aos meus caprichos e se tornaria finalmente minha.

Não me lembro bem quando esse fascínio por ela começou, mas esse desejo me incomoda dia e noite.

Na primeira vez que a vi ela estava no estacionamento da faculdade encostada em Edward e sorria para ele. Linda. Desejável.

O seu corpo, cabelo, o seu sorriso me enviaram uma onda de desejo por todo corpo e imediatamente eu soube que queria tê-la pra mim. De todas as formas possíveis.

E isso não era amor.

É claro que não!

Essa droga de sentimento não existia. Era uma invenção da sociedade para acorrentar idiotas.

Eu já havia me acertado com a família Denalli para o casamento entre Edward e Tânia e certamente o namoro dele com a bela estudante de psicologia seria um empecilho para meus planos tão bem elaborados.

Tratava-se de um contrato milionário. A rica família do Alaska deveria pagar algo como um dote e Edward seria um dos herdeiros assim como as três filhas biológicas da família, Tânia, Kate e Irina.

Era um arranjo perfeito.

Mas ele tinha que se apaixonar.

Inútil!

Não era contra relacionamentos, mas desde que estes se mantivessem ao nível físico.

Sexo era maravilhoso, mas sem misturá-los com essa baboseira idiota de amor.

Apesar de que Bella era um conjunto quase irresistível.

Sorri com o pensamento.

Comecei uma investigação a seu respeito e descobri coisas bastante interessantes.

Órfã de mãe, ela vivia com a avó Brooklyn enquanto o pai, que nunca a quisera na verdade, mudava-se de cidade em cidade ocupado com seu trabalho de policial.

Sua mãe fora enfermeira em um hospital em New York e ao que parecia tinha tido uma infinidade de amantes, assim como seu pai.

Sua avó, Marie Swan tentava poupá-la dos passados sujos de seus pais, mantendo-a longe dos dois.

A mãe de Bella, Renée, tinha AIDS e morreu com uma pneumonia quando sua filhinha completara seis anos.

É claro que ninguém contara esses detalhes sórdidos a Bella. Precisavam poupá-la.

Bellinha possuía até mesmo irmãozinhos espalhados por outros territórios americanos, filhos dos inúmeros relacionamentos de seus pais.

E depois sou eu que não preto!

Pelo menos nunca fiz filhos com mais ninguém, ao não ser Esme.

Eu nunca a amei, é óbvio.

Sua fortuna imensa me chamara atenção no momento em que a conheci e foi isso que me fez tentar conquistá-la.

Uma das únicas herdeiras de uma tradicional família britânica, Esme Watson era a chave para que eu, um pobre coitado, deixasse a miséria de vez.

Meu querido sogro, um homem muito tradicional e, graças aos céus, machista, não julgava que as filhas fossem capazes de conduzir sua fortuna e a passou para as mãos de seus genros. Eliane, a irmã mais nova de Esme, casou-se com um tapado e este não entendendo nada de negócios, passou tudo para minhas mãos.

Eu lhes dava uma gorda pensão para que não me enchessem a paciência, mas era só.

A fortuna Watson agora era do papai Cullen aqui.

Consegui transformar meu nome em uma lenda americana.

Alguém que não era nada se tornou um dos homens e profissionais mais requisitados nos Estados Unidos.

Um garoto que apanhava dia e noite e cujo os pais amaldiçoavam por ter nascido.

Um nada que tornara-se um homem de sucesso.

Que tinha uma família.

Não muito tradicional, mais ainda sim uma família.

Aos meus filhos eu conferi uma educação exemplar.

Excelentes escolas, professores qualificados, amigos cuidadosamente selecionados e finalmente... Harvard.

Apostei todas as minhas fichas em Edward.

Planejei cuidadosamente sua vida.

Queria um filho forte, um homem de fibra e um profissional exemplar.

Alguém como eu, para seguir meus passos.

Mas Bella chegou para atrapalhar meus planos.

Maldita!

Rosalie era uma patricinha fútil, mas geralmente sua mente funcionava na mesma sintonia que a minha.

Ela chegava ser diabólica às vezes e eu a adorava por isso.

Já fazia anos que ela estava na Suíça e, para falar a verdade, eu sentia até saudades de suas manias e caprichos.

Ela casara-se com Emmett, um playboy mimado, também herdeiro de uma pequena fortuna.

Eu até gostava dele e sabia, que com o seu gênio, mesmo com sua beleza, Rosalie não conseguiria coisa melhor.

Minha família, incluindo meus filhos, deveria ser bem relacionada e no mínimo casar-se bem, mas é claro que Edward desobedeceria às regras.

Envolvera-se com uma pobretona, que mesmo sendo incrivelmente gostosa, não lhe traria futuro nenhum.

Bufei exasperado.

E agora ele sabia sobre Renesmee.

Sorri ao pensar nela.

Aquela garotinha era um encanto.

Mesmo eu que não criava laços, tinha que admitir que ela me conquistara.

Muitas vezes eu a ameacei, para poder fazer com que Bella se rendesse as minhas vontades, mas eu jamais seria capaz de fazer-lhe mal.

Machucaria Edward, Esme e até Rosalie. Mas ela não.

Talvez Nessie fosse a única pessoa de quem eu gostava verdadeiramente.

E essa história absurda de outra filha?

Eu nunca soube que Bella tinha tido gêmeas, então, que merda era essa?

Tinha entrado em contato com todos os hospitais do país para saber se Bella realmente tinha morrido. Ofereci até mesmo algum dinheiro para quem a encontrasse.

Algo me dizia que ela não tinha morrido naquele acidente tão minuciosamente planejado.

Sabia perfeitamente bem que a tal Sammy e aquele idiota do James podiam falhar no serviço que lhes encomendei e eu precisava de garantias.

O carro com que eles viajaram estava sabotado e quando adquiriram uma maior velocidade, não puderam frear.

Coitadinhos!

Morreram.

Mas não levaram Bella para o inferno junto com eles e quando ela quase morrera no parto o médico responsável por ela me contatara em busca, é óbvio, da recompensa oferecida.

Quis ir imediatamente para a fria cidade de Forks, mas alguns problemas me impediram, inclusive o sumiço misterioso de Esme com um tal homem.

Até hoje eu não sei que homem é esse e nem o que ele queria.

Mas o fato é que tive que esperar ter notícias de minha digníssima esposa para poder ir atrás de Bella. Ela viajara para Suíça e eu só ficara sabendo semanas depois.

Quando cheguei ao estado de Washington, Bella acabara de trazer Renesmee do hospital, e então eu conheci minha linda netinha.

E descobri que ainda desejava Bella em minha cama.

Muito.

E as chantagens novamente começaram. E eu não me arrependia de nenhuma delas.

Mas aquela velha irritante atrapalhou meu caminho enquanto pôde.

_ Ouse tocar em minha neta e saberá o que é a fúria de uma mãe.

Ela me dissera uma vez quando me vira tentando agarrar Bella.

Eu ri de sua cara, mas a verdade era que ela conseguiu me deixar com um pouco de medo.

Tentei ser mais discreto possível em minhas investidas até que, para minha sorte, a velha morreu.

Desejo que nesse momento ela esteja sentada confortavelmente no colo do capeta.

Gargalhei com o pensamento.

Descuidei de Bella apenas alguns meses e isso foi tempo suficiente para ela voltar a Boston e me meter nessa confusão.

Quando descobrira que Edward a tinha encontrado, eu quis matá-la.

Imbecil!

Ela não podia jamais ter voltado a Boston.

Tentei entrar em contato com ela, mas aquela sua amiga irritante, a tal Alice, frustrava todas as minhas tentativas.

E então eles se casaram e com certeza Edward conseguira mais uma vez o que eu nunca tive a oportunidade de fazer: transar com ela.

Sentia um ódio mórbido dentro de mim.

Uma inveja destrutiva.

E o que foi essa libertação de Esme?

Só de lembrar eu tinha vontade de assassiná-la.

Como ela ousava me desafiar daquela forma?

Eu sabia que devia ter continuado com os antidepressivos.

Gostava muito mais dela caladinha e dopada.

Sai da biblioteca e fui silenciosamente em direção ao andar superior.

Aparentemente Bella estava passando por algum problema de saúde e eu queria ver com meus próprios olhos o que estava acontecendo.

Sem contar que precisava lhe passar uns recadinhos.

Vi quando Esme saiu do quarto de Edward e rapidamente me esgueirei até lá.

E lá estava ela, deita e inerte na cama, a minha mercê.

_ Desgraçada. Acha que se livrou de mim? Está enganada._ Sussurrei em seu ouvido._ Pensa que eu não posso machucá-los? Pois se engana. Eu ainda posso. E antes que me pergunte isso não é apenas uma ameaça. É um fato. Prepare-se para sofrer as conseqüências.

Esse amor idiota que ela sentia por Edward sempre fora meu maior aliado.

Ela fazia qualquer coisa para protegê-lo.

_ Sei que pode me ouvir, vagabunda. Terá notícias minhas em breve.

Acariciei seu rosto, desejando fazer o mesmo em seu corpo todo.

Saí rapidamente do quarto e me dirigi para garagem.

Tinha que sair para não perder o prumo.

Não queria ter que enfrentar Edward outra vez.

Estava sem paciência.

Mas quanto ao que eu disse a Bella...

Isso era uma verdade incontestável.

Não largaria o osso assim tão fácil.

As coisas podiam ter se complicado agora que Edward sabia da verdade.

Mas tudo bem!

Eu não tinha pressa.

Vingança é um prato que se come muito frio.

E Bella pagaria muito caro por ter burlado as regras do jogo.

Muito caro!


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Notas finais do capítulo

Um pouquinho da mente sinistra de Carlisle pra vcs...
Ele é uma pessoas difícil...
Mal...
Ambicioso...
Mas td história precisa de um vilão...
Espero que tenham aprovado...
No próximo teremos muita emoção...
Eu prometo...
E gente, adoro os comentários. Não respondo tds mas tenham a certeza de que eu leio cada um...
Obrigada!
Fico contente que estejam gostando...
E obrigada também a quem recomendou a fic...
Beijos!
E até o próximo...