Por Um Segredo escrita por Bruna Diniz


Capítulo 12
Capítulo 12: Sedução


Notas iniciais do capítulo

Tam, tam, tam, tam....
Galerinhaaa...
Espero que aprovem o rumo que a história vai tomar a partir de agora...
Beijos e boa leitura...



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Pov Edward:

Isabella Swan, definitivamente, tinha o dom de me enlouquecer!

Depois da batalha de vontades que se travara no quarto, ela conseguira escapar das minhas mãos e agora eu estava ali, nu e sozinho.

Pelo jeito teria que dormir no sofá.

Olhei para o móvel e fiz uma careta.

Não foi dessa forma que imaginei minha noite de núpcias terminando.

É claro que eu poderia arrombar a porta do quarto com facilidade, entrar lá e fazer valer meus direitos de marido.

Mas que satisfação isso me traria?

Não conseguia me imaginar forçando quem quer que fosse a ter relações comigo.

Nem mesmo Bella.

Nem mesmo em nome da vingança que eu planejei por todo mal que ela me fez.

Suspirei e passei a mão pelos cabelos, irritado.

Eu ainda a desejava.

Deus, como eu a queria!

Vê-la nua, depois de tanto tempo, levou minha excitação a níveis exorbitantes.

Só de lembrar, já ficava excitado.

O sexo entre nós sempre fora delicioso.

Antes de conhecê-la eu já havia me deitado com algumas garotas. Afinal eu era um cara com mais de vinte anos e não podia continuar virgem para sempre.

Não era um maníaco por sexo, mas precisei iniciar uma vida íntima para não virar motivo de chacota entre os garotos da faculdade.

Eu gostava de sexo, é claro.

Mas depois de fazer amor com Bella, jamais quis outra mulher.

Éramos perfeitos juntos.

As coisas aconteciam naturalmente entre nós.

Bastava um beijo para que em seguida começássemos a nos despir e nos amássemos loucamente.

E nessa noite, contava com o auxílio desse desejo desenfreado para consumar meu casamento.

Mas ao que parece o tiro saiu pela culatra.

Me enrolei na manta que cobria o sofá e me deitei olhando para o teto.

Eu gostaria de estar lá com ela, amando-a.

Ou melhor, fazendo sexo com ela.

Amor não tinha nada haver com isso.

Embora, os velhos sentimentos que eu nutrira por ela tenham se manifestado de forma indesejada quando a vira vestida de noiva.

Ela estava adorável.

O vestido se aderira como uma segunda pele em seu corpo delicado. O cabelo castanho caindo como uma cascata de cachos sedosos ao redor dos ombros. Os olhos brilhantes, a boca vermelha, as mãos pequenas e frias...

Naquele momento eu não me sentia um homem traído, enganado e sedendo por vingança. Eu era apenas um garoto fascinado pela beleza de uma deusa.

Eu realmente estava feliz em torná-la minha esposa.

Com ela ao meu lado poderia proporcionar a minha filha a família que nunca teve. Poderia protegê-las.

Do que, eu ainda não sabia, mas não tardaria a descobrir.

Fazia mais ou menos uma semana que eu chegara em casa e ouvira Bella ao telefone.

Ela respondia seu interlocutor com monossílabos e parecia muito nervosa.

No início imaginei que ela estaria tramando alguma coisa, mas quando me aproximei mais vi que ela chorava.

_ Por favor, não faça isso. Eu não tenho culpa. Foi uma coincidência. Apenas estávamos no lugar errado e na hora errada.

De quem ela estava falando?

_ Não! Deixe-o em paz. Eu vou dar um jeito.

Ela estava sendo ameaçada. Disso eu tinha certeza.

Mas por quem?

Quem deveria ser deixado em paz?

Quem ela protegia?

_ Toque nele ou em minha filha eu juro que o mando pro inferno!_ Disse enquanto batia o telefone com força e colocava o rosto entre as mãos. Pude ouvir os seus soluços desesperados.

_ Quem era ao telefone?_ Perguntei enquanto me aproximava.

Ela deu um pulo ao ouvir minha voz e me encarou assustada.

_ Vai começar a ouvir atrás da porta agora?_ Perguntou irritada enquanto enxugava as lágrimas.

_ Quem era, Bella?

_ Não te interessa!_ Ela gritou e se levantou, seguindo apressadamente para as escadas.

_ Claro que interessa. Ouvi quando disse para quem quer que fosse não tocar em Renesmee. Portanto, me interessa. Tudo o que tem haver com minha filha me interessa._ Disse enquanto a seguia em direção ao quarto.

_ Por favor, Edward, me deixe sozinha. - Disse se sentando a beirada da cama.

Eu a fitei por um momento e a angústia que vi em seu olhar me comoveu.

Fui para sala, deixando-a sozinha. Precisava descobrir quem a ameaçava e por que.

Algo me dizia que tinha haver comigo e se fosse assim era meu dever protegê-la.

Dois dias antes do casamento meu pai me ligara. Ele estava furioso.

_ Você é um irresponsável, Edward. Como sai assim, sem dar satisfações à diretoria do hospital onde trabalha? Têm pacientes que dependem de você! Você tem um nome a zelar!

Ouvir a voz de Carlisle trouxe a tona todo o ódio q desprezo que eu sentia por ele desde que era um menino.

_ Não se meta em minha vida!

_ Me meto sim. Não posso deixar que jogue sua carreira no lixo por uma...

_ Uma, o que? Do que está falando Carlisle?

Ele ficara em silêncio e depois, mais calmo, pedira para que eu voltasse logo ou acabaria perdendo o emprego.

Não respondeu minha pergunta. E algo me dizia que podia ser ele a estar ameaçando Bella e se fosse assim ele teria que se ver comigo. Dele, eu sabia que precisava protegê-la. Carlisle era a pior espécie de homem e Bella, mesmo com sua personalidade forte não conseguiria detê-lo.

Mas eu queria dar-lhe mais que minha proteção essa noite.

É claro que ainda não tinha desistido dos meus planos de vingança.

O inferno que lhe prometi estava sendo minuciosamente preparado.

Mas como eu dissera a ela, o desejo que sentíamos não tinha nada haver com isso.

Mas primeiro, eu precisava convencê-la desse detalhe. Precisava fazer-lhe aceitar-me em sua cama.

Só assim eu seria capaz de calar o meu corpo sedento do seu calor e da sua suavidade.

xxxxx

Acordei com os raios do sol entrando pela janela. Eu realmente dormira no sofá.

Em minha noite de núpcias.

Certamente se alguém tivesse apostado comigo há alguns meses atrás eu teria rido e chamado a pessoa de louca.

Mas quando se tratava de Bella, eu perdia qualquer aposta.

Levantei-me e percebi que estava todo dolorido.

Inferno!

_ Dormiu bem?

Olhei para o corredor e Bella me encarava sorridente. Vestia a camisa que eu usara no dia anterior e estava encostada na parede com os cabelos em desalinhos e o rosto suave.

Gostaria de saber que roupas estavam na valise que Alice mandara, pra Bella não querer vesti-las.

_ Maravilhosamente bem!_ Respondi ironicamente._ Cansou de se esconder?

_ Pois é. Agora que amanheceu acho que você se tornou inofensivo.

_ Eu não teria tanta certeza._ Disse enquanto me aproximava. Ela não recuou. Continuava me encarando com aquele ar de desafio e divertimento._ Posso ainda querer torná-la minha.

_ E eu posso querer não impedi-lo._ Disse sedutora.

Essa declaração enviou uma corrente de excitação pelo meu corpo.

A encarei desconfiado.

_ E posso saber o motivo da mudança?

_ Eu apenas provei meu ponto. Disse que nada aconteceria noite passada e nada aconteceu. Mas não disse nada sobre a manhã seguinte.

Ela falava calmamente. Mas eu não estava nada calmo. Seu cheiro floral chegava até mim e me enlouquecia.

_ Eu posso não estar interessado agora.

Ela deu de ombros. A camisa escorregou revelando a pele deliciosamente pálida do pescoço e do ombro.

_ Eu duvido que não esteja. Mas se não estiver... Problema é seu. Tenho certeza que vou sobreviver a uma rejeição. Mas entenda: Se me quiser..._ Ela se aproximou para sussurrar no meu ouvido._ Vai ser quando eu quiser e nos meus termos.

A segurei mais próxima de mim.

_ E se eu não concordar com os seus termos?

_ Vai passar o resto dos dias dormindo no sofá._ Ela me encarou com os olhos escuros e mordeu os lábios, para não sorrir.

Esse gesto fazia meu membro doer de tanto desejo.

Pelo visto ela acordara de bom humor e resolvera me provocar.

Não parecia em nada com a gatinha assustada que eu beijei dias atrás na cozinha.

Ela estava no comando, agora. E estava adorando cada minuto, pelo visto.

Que se dane quem estava no comando!

Eu a queria.

Agora!

_ Eu concordo.

Ela riu e se afastou.

_ Ótimo.

_ Ei!..._ A segurei pelo braço, virando-a pra mim._ Onde vai?

Ela sorriu maliciosamente.

_ Para o quarto. Sabe que eu não gosto de transar no sofá.

Eu respirei fundo.

“Concentração, Edward!”

_ Vai mesmo me deixar fazer sexo com você?

Ela sorriu vitoriosa.

_ Isso, Edward. Você aprendeu. _ Disse cruzando os braços sobre o seio._ Você pode me manter ao seu lado, me chantagear, me levar ao inferno como prometeu... Mas o que vai acontecer naquele quarto, só acontecerá quando eu permitir.

_ Bella...

_ Schiii..._ Ela colocou o indicador em meus lábios._ Já disse: É pegar ou largar... Eu vou permitir que me toque. Serei sua mulher. Mas as coisas acontecerão nos meus termos.

_ Você está sendo injusta. Não tem o direito de fazer exigências depois de tudo o que fez.

Ela apenas sorriu.

E o que eu podia fazer?

Tinha que confessar que quando ela agia assim, independente e mandona, me fazia desejá-la ainda mais.

_ Decida-se. Minha vontade tem limite. Se ela se for, nada de sexo.

Olhei-a seriamente e mandei as boas intenções para o inferno.

Segurei com força seus ombros e a beijei.

“Está aí sua resposta, Sra. Cullen.”_ Pensei enquanto saboreava o doce dos seus lábios.

Mais tarde discutiríamos esses termos absurdos.

Agora meu corpo clamava pelo dela e eu não podia esperar.

Nossas bocas se moviam em um beijo sôfrego.

Como era bom beijá-la.

Fui andando, empurrando seu corpo lentamente até a cama.

Minhas mãos ganharam vida própria pelo seu corpo.

Subiam e desciam por suas curvas macias, enquanto eu a beijava alucinado na boca, no rosto, nos olhos, no pescoço.

Ela suspirava e passava as mãos pelos meus cabelos.

Eu a deitei sobre o coxão macio e puxei a camisa que ela vestia, rasgando-a. Ela usava uma minúscula calcinha branca e nada mais.

E qualquer pensamento coerente abandonou minha mente dando lugar apenas aos instintos.

Beijei seus seios e ela gemeu, se aconchegando ainda mais a mim.

Seus seios eram perfeitos. Foram feitos especialmente para meus lábios e mãos.

Seu corpo era a minha perdição.

Eu gemi desalentado.

Deus! Como resistir a ela?

Tirei sua calcinha e os meus dedos longos a invadiram intimamente.

Ela era quente e macia, e estava deliciosamente úmida.

_ Gostosa..._ Sussurrei em seu ouvido.

Ela estava com os olhos fechados e mordia os lábios com força enquanto eu continuava invadindo-a com os dedos. Gemidos baixos escapavam por sua boca deliciosamente vermelha.

Eu a beijei. Nossas línguas se enroscavam como se tivessem vida própria.

Ela mordia meus lábios e me abraçava com força, denunciando seu desejo.

Desci meus lábios mais uma vez por seu rosto afogueado e cheguei aos seios novamente.

Passei a língua pelos mamilos intumescidos e depois os mordi delicadamente.

_ Edward... Oh Deus!_ Ela balbuciava enquanto se contorcia abaixo de mim, ansiosa.

_ Você tem um gosto maravilhoso, Bella. Gosto de pecado!_ Disse enquanto sorria e continuava com as carícias.

Era assim que eu a queria. Entregue. A mercê do meu corpo. Minha!

Tinha que confessar que a desejei em meus braços no momento em que a vira naquele hotel.

Independente de qualquer vingança, seu lugar era ali. Comigo.

Segurei suas mãos acima da cabeça e me posicionei sobre seu corpo.

Beijei-a outra vez. De mil maneiras diferentes, até que ambos estivéssemos trêmulos e ofegantes.

De repente ela segurou em minhas mãos e com apenas um impulso inverteu nossa posição na cama.

_ Eu estou no comando hoje, Edward Cullen.

A visão de Bella nua, sobre meu corpo também nu, com os cabelos bagunçados, o rosto afogueado e os olhos baços de desejo era esplêndida.

Ela poderia fazer o que quisesse desde que continuasse ali comigo.

Suas pequenas mãos começaram a passear por meu corpo e ela ia distribuindo pequenos beijos pelo meu peito, descendo em uma trilha úmida por meu estômago, meu umbigo, e...

Eu a segurei pelos cabelos antes que ela tocasse meu membro e a encarei.

_ Bella..._ Disse em um tom de advertência.

Ela me olhou de volta e passou a língua pelos lábios. Inclinou-se lentamente e beijou meu pescoço.

_ Eu quero você dentro de mim... Agora!_ Sussurrou em meu ouvido.

Eu a virei outra vez sobre a cama e a penetrei, soltando um gemido de prazer.

Em quantas mulheres eu havia procurado seu rosto? Quantas vezes tentara sentir seu cheiro? Em quantas garotas frívolas procurara o prazer que sentira apenas com o seu corpo?

Deus! Não existia nada melhor do que estar envolto pelo seu calor, me movendo lentamente dentro dela, ouvindo seus gemidos e seus suspiros, fazendo eco com os meus. Sentindo sua pele se arrepiar de prazer. Seus braços e pernas me rodeando, aumentando a proximidade dos nossos corpos suados. Ela se movia comigo, num impulso e recuo delirante.

Aumentei o ritmo das investidas e em pouco tempo caíamos de lado exaustos e ofegantes, atingidos pelo orgasmo mais incrível de nossas vidas.

Eu a olhei por um momento e me senti completo. Feliz.

Balancei a cabeça de leve e tratei de enviar para longe esses pensamentos.

Independente do que tinha acontecido naquele quarto eu ainda a faria pagar por ter me afastado de Nessie.

Ela ficou em silêncio por um longo momento.

Peguei o lençol embolado e a cobri. Não que eu não gostasse de vê-la nua, mas, como sempre, queria protegê-la.

Levantei o rosto atento quando a escutei fungando. Pude ver lágrimas descendo dos seus olhos.

_ Porque está chorando?

_ Porque foi tudo tão perfeito... Como antes. _ Ela sorriu tristemente e se virou para me olhar._ Choro de saudade por um tempo que não vai voltar.

_ A culpa é sua por esse tempo ter acabado.

_ Talvez. Deveria ter lutado pelo que sentíamos.

_ Porque fugiu Bella? Porque disse que voltaria e nunca mais eu a vi?

_ Nunca vai me perdoar, não é mesmo?

Se me fizessem essa pergunta a duas semanas atrás, a resposta seria não.

Mas agora eu já não sabia de nada.

_ Se eu entendesse os seus motivos, talvez.

Ela não disse nada.

Levantou as mãos e tocou meu rosto.

_ Fugi por amor._ Ela sussurrou suavemente.

Eu segurei suas mãos em meu rosto e fechei os olhos.

Porque ela tinha que falar por incógnitas?

_ Você escondeu que estava grávida, Bella. Não me deixou participar da sua gravidez, do parto, não deu uma chance a nossa outra filha, me negou a convivência com Nessie... Por quê?

_ Para protegê-los.

Eu me irritei.

_ De quem? Do que?

_ Eu vou te contar. Mas não agora. Preciso que confie em mim primeiro.

_ Vai ser difícil confiar em você de novo.

_ Eu sei. Mas mesmo assim vai ter que esperar.

Uma idéia surgiu em minha cabeça.

_ Façamos um acordo então: Você me conta seus motivos e eu tento entendê-los e perdoá-los.

Ela me olhou por um momento.

_ Vai desistir de sua vingança contra mim?

_ Se me apresentar à pessoa que a merece mais que você, talvez.

Ela continuou me olhando. Levantou-se da cama e vestiu-se com a camisa rasgada que estava no chão. Depois, aproximou-se de mim e estendeu a mão.

_ Fechado! Mas tem uma condição.

Eu suspirei.

_ Que condição?

_ Só te conto depois que voltarmos a Boston. Até lá, sem perguntas.

Segurei suas mãos para selar nosso novo acordo.

Isso seria interessante.

Ela sempre fora capaz de derrubar as barreiras do meu coração.

Mas dessa vez eu seria cauteloso.

Só esperava não me arrepender desse acordo.

Tudo que eu menos precisava na vida era de outra decepção.














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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Pessoal, sexo pra mim é algo assim, doce e delicado...
Nada de violência e palavrões...
Eles se amaram, mas Bella continuou no comando.
Foram nos termos dela que o transa aconteceu...
A partir de agora os mistérios vão começar a ser revelado...
Ela ainda vai sofrer bastante, mas em troca, vai amolecendo o coração de Ed...
Agradeço os comentários, elogios e críticas...
Escrevo para vocês...
Beijos e até o próximo capítulo