Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 16
Capítulo Quinze


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu, retomando minhas postagens noturnas. :D
Bem, eu ia postar esse capítulo ontem, mas não deu muito certo, então teve que ser hoje, fazer o quê.
Capítulo alias, que é SUPER DEDICADO à BrunaHIrala que me mandou uma recomendação. Cara, você é muito fofa!! A recomendação ficou muito linda!! MUITO, MUITO OBRIGADA!! Eu amei!! *-*
E cá entre nós, o Cam pode ser teu namorado, só não deixa a Lea saber. Hihih.
Cara, eu amo minhas leitoras!! *-*
Agora eu vou parar de falar por um momento - raridade - e vou deixar vocês lerem o capítulo. Espero que gostem. *-*



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Capítulo Quinze

Lucy’s POV

Olhei o oceano a minha frente, refletindo a lua cheia em suas ondas revoltas, que quebravam ao chegarem à margem. Abracei minhas pernas, descansando o queixo nos joelhos.

Olhar para o mar à noite me trazia as lembranças da minha antiga casa, quando ainda morava com meus pais e minha irmãzinha caçula, antes de decidir fazer faculdade de teatro. Todas as minhas inúmeras noites de insônia eu caminhava até a praia, que por minha antiga casa ser à beira-mar, ficava apenas alguns metros de distância, e me sentava na areia, perto de onde as ondas quebravam, enquanto olhava durante incontáveis horas somente a imensidão azul que se estendia à minha frente até o nascer do sol.

Pisquei com força, tentando afastar a súbita saudade de casa que ameaçava me consumir.

Um braço quente envolveu meus ombros, e ao olhar para meu lado esquerdo, vi Thomaz sentar-se ao meu lado.

– O que está fazendo aqui sozinha, invés de estar na fogueira como todo mundo? – Indagou ele, levando a mão direita em direção ao pescoço e passando os dedos pela pele dos ombros cobertos por uma camiseta preta.

Mirei seus olhos ambares, em seguida um sorriso tímido surgiu em meu rosto.

– Eu gosto daqui, no silêncio, sem ninguém para me interromper... Me faz lembrar de casa. – Murmurei em um tom pouco mais alto que um sussurro, com os olhos fixos nas ondas azuis cobalto. Mudei minha atenção para Thomaz que me olhava curioso.

– Você nunca me falou sua família. – Seus dedos seguiram para o ombro oposto.

– Falta de oportunidade talvez. – Dei de ombros. – Minha família é como qualquer outra: mãe, pai, irmã mais nova que apronta e coloca a culpa na irmã mais velha, no caso eu... – Soltei uma risada breve, condenando-me instantaneamente ao notar como o som saíra desajeitado.

– Vamos. Eu sei que deve haver alguma história interessante – disse Thomaz em um tom divertido, porém ele parecia-me estranhamente inquieto.

– Talvez. – Ri, porém no momento seguinte fiz uma pausa. – Você está bem? – Perguntei a Thomaz.

– Claro que estou. Melhor impossível. – Ele retirou o braço que estava por meus ombros, logo coçando este também.

– Tem certeza? Você parece estar com alergia, não sei... – Deixei a frase morrer.

Ele olhou para o braço e as manchas vermelhas que ficaram em sua pele, sumindo segundos depois, como se somente agora notasse o que estava fazendo.

– Deve ser a água salgada, ou a areia... – Murmurou, dando de ombros.

– Talvez.

Silêncio...

– Bem, não quer ir lá para a fogueira? – Pronunciou-se Thomaz, um momento depois.

– Não por enquanto. Lá tem muito barulho, muita bagunça... Quero ficar sozinha por uns minutos. – Quase me dei me dei um tapa em minha própria testa ao notar que parecia que eu o estava expulsando.

– Então eu vou ficar aqui te fazendo companhia. – Ele sorriu, passando um dos braços por meus ombros novamente. – Se você quiser, é claro. – Seu sorriso vacilou por um momento, como se estivesse com certo receio, talvez, de eu não o querer por perto.

Sorri, um pouco acanhada.

– Eu gosto da sua companhia – disse simplesmente, com um sorrisinho novamente despontando meus lábios.

Thomaz sorriu também, puxando-me para mais perto de si, abraçando-me com força como se estivesse com medo de eu fugir.

Naquele momento, eu não queria estar em outro lugar, pela primeira vez em algum tempo. Sentia-me bem, quase em casa... Como se talvez tivesse finalmente encontrado meu porto seguro.

Eu sabia que conhecia Thomaz há muito pouco tempo para estar apaixonada por ele, e sequer considerava a hipótese de “amor à primeira vista” – da qual, particularmente, achava uma bobagem -, mas de algum modo eu me sentia estranhamente bem ao lado dele, e eu gostava disso. Gostava de tê-lo por perto, saber que mesmo em tão pouco tempo havíamos criado uma verdadeira relação de amizade da qual poderia contar com ele para qualquer coisa. E isso era recíproco.

Simplesmente sentia-me apegada a ele, por assim dizer.

Inclinei meu rosto para cima, com intenção de encontrar com os olhos de Thomaz, perdidos nas ondas do mar. E como se isso tivesse peso, ele virou-se em minha direção, sorrindo brandamente.

Meu coração acelerou-se, perdendo uma batida no segundo seguinte e voltando a bombear freneticamente sangue por minhas veias. Minha respiração quente se chocava contra a de Thomaz, que estranhamente parecia encontrar-se no mesmo estado que eu.

Eu não sei exatamente o que aconteceu no momento seguinte, somente sei que logo senti os lábios de Thomaz pressionando os meus com suavidade, como se eu fosse frágil demais e ele pudesse me quebrar. Inicialmente fora apenas um toque, mas logo uma de minhas mãos escorregava por seu peito até prender-se em sua nuca, onde meus dedos fixaram-se em seus fios castanhos, em uma tentativa de aprofundar o beijo.

Somente agora havia notado que eu ansiava por esse momento.

Separamo-nos pela falta de ar, encostando nossas testas uma na outra e deixando que nossas respirações quentes e descompassadas se misturassem.

– Acho que eu já deveria ter feito isso – murmurou Thomaz de olhos fechados, em seguida os abrindo somente para me encarar.

Limitei-me a sorrir. Tinha medo que minhas palavras estragassem esse momento.

Thomaz desvencilhou um braço de mim, novamente coçando àquela mesma região do ombro direito. Porém pelo visto a alergia estava piorando, pois cada vez mais ele se coçava.

– Isso só pode ser praga da Lea – murmurou ele.

O nome de minha amiga trouxe-me algo a mente: as coisas que ela pedira para que eu comprasse pra ela. Se ela queria um momento oportuno para utilizar pó-de-mico, ela o havia encontrado.

Será que ela havia feito isso para se vingar de Thomaz?

– Por um acaso ela não esteve no mesmo lugar onde você deixou suas roupas, né? – Perguntei um tanto quanto incerta, com o pressentimento de que a resposta seria um sonoro “sim”.

– Esteve. Mas o que isso tem a ver com essa maldita alergia? – Seus dedos voltaram a tentar alcançar algum ponto de suas costas que coçava.

Não pude evitar a gargalhada que irrompeu de minha garganta.

Thomaz me olhou confuso.

Minha amiga não tinha jeito mesmo...

– Thomaz, a Lea colocou pó-de-mico nas suas roupas – respondi rindo.

Por um momento o olhar dele continuou confuso, porém no instante seguinte vi a compreensão brilhar em seus olhos. Seu maxilar travou.

– Essa garota ainda me paga! – Exclamou ele revolto, levantando-se do meu lado em um rompante e seguindo em direção à fogueira, onde Leana supostamente estaria.

– Espera por mim. Essa eu não perco por nada – disse rindo, correndo atrás de um Thomaz que ainda se coçava.

Nosso momento teria de ficar para uma outra hora, mas ainda teria seu desfecho. Eu sentia isso. Ou talvez apenas quisesse acreditar.



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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Mereço reviews?
Bem, o próximo capítulo sai no fim de semana, provavelmente lá por domingo lá por umas duas e meia da manhã, como hoje, quando eu deveria estar dormindo. :D
Acho que não tenho mais nada o que dizer, to começando a ficar com sono e isso me deixa lenta. Então... Nos vemos no próximo capítulo. :D
xoxo