Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa pela demora. Sério, me sinto culpada até agora, mas eu estava em semana de provas de final de trimestre e se eu tive tempo para respirar foi muito. :'(
Por isso o capítulo está maior hoje!! :D Não, isso é mentira. É porque eu me empolguei escrevendo e quando vi ele já estava desse tamanho.
Mas agora eu estou de volta gente!! Porque por mais que tentem, não vão se livrar de mim tão cedo. Muahahahaha. #Parei.
Bem, eu não fui muito com a cara desse capítulo, mas bem... Eu não gosto de muita coisa mesmo, então acho que a minha opinião não conta.
Bem, que tal eu parar de enrolar e ir logo ao capítulo, né?!
Espero que gostem.
Ahh, o que acharam da capa? Estou testando umas imagens novas já que eu não sei fazer capas. #Chora. Kkkkk'.



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Capítulo Dezesseis

– Seu puto, me põe no chão! – Gritei desesperada pela milésima vez, socando as costas de Cameron.

Em resposta, ele somente riu. De novo. Aquele som irritante que me dava vontade de socá-lo.

– Só se você for boazinha, Lea – disse ele divertido.

– Seu puto, seu gay mal amado, seu... VIADO! – Gritei ao sentir meu corpo chocar-se contra a areia.

O maldito havia me jogado no chão, após comer meu marshmallow. Ele quer morrer!

Ouvi as risadas de Cameron, que se transformaram em gargalhadas em seguida.

Levantei-me em um rompante, pronta para matá-lo da forma mais lenta e dolorosa possível, quando simplesmente senti seus lábios se chocando com força contra os meus. Eu tentei permanecer irredutível, porém em menos de cinco segundos ele já havia conseguido quebrar toda e qualquer barreira que eu tivesse tentado impor, fazendo-me ceder tão facilmente que fiquei surpresa.

Cameron soltou um som grave pela garganta, escorregando suas mãos pelo meu pescoço e prendendo seus dedos em meus cabelos. Rapidamente ele fez minha cabeça mudar de ângulo, beijando-me tão ferozmente que me surpreendi. Era algo urgente, novo e... talvez até mesmo perigoso. E eu gostei disso.

Minhas mãos foram em direção às costas de Cameron, arranhando estas por baixo da camisa que eu tenho certeza que deixei vergões. Cameron pareceu não se importar.

Era incrível o modo como em um momento eu poderia estar descomunalmente irritada com ele, e no seguinte, havia até mesmo me esquecido o motivo por qual brigávamos. E isso somente com o suave encostar dos lábios dele nos meus.

Cameron era meu mal mais necessário.

Suas mãos correram por meus ombros, passando por meus braços e detendo-se na base de minha coluna, escaldando minha pele enquanto apertava-me contra si. Abruptamente, Cameron içou-me do chão, fazendo com que eu ficasse cerca de vinte centímetros suspensa no ar e o principal: paralela a sua altura.

Ri, com o som saindo abafado pelo fato que a boca de Cameron ainda estava colada a minha, arrastando minhas mãos até seus ombros para que me equilibrasse.

Um som de repente irrompe meu momento com Cameron.

Parei por um segundo tentando identificar: um grito irritado, de uma voz que me é familiar. Larguei-me de Cameron, e mordendo os lábios, virei minha cabeça para o lado esquerdo, vendo subitamente Thomaz entrar em meu campo de visão, com o rosto púrpuro de raiva e as mãos coçando o próprio corpo. Uma gargalhada explodiu de minha garganta.

Cameron nos olhou confuso.

– Corre Leana! – Gritou Lucy.

Parei de rir, e por um momento, voltei meus olhos para o rosto de Thomaz. Ele estava rubro de raiva, com a mandíbula travada e os olhos brilhando com um fulgor assassino, como se pudesse me matar só com o olhar.

Oh, droga! Eu estava definitivamente fodida!

Sem mais pensar, obriguei minhas pernas a entrarem em ação e se moverem, correndo o mais rápido que podiam, porém correr na areia não é tão fácil quanto parece, e por duas vezes, quase caí.

Virei minha cabeça para trás, apenas por um momento para me certificar que Thomaz me seguia, e infelizmente, ele corria mais rápido do que eu, movido pela raiva assassina que sentia.

Por mais que eu odeie admitir, eu deveria ter escutado Cameron quando ele disse que um dia Thomaz – ou Lucy – se vingaria de mim, porém não imaginei que fosse desse modo.

Acelerei meus passos, correndo em direção a alguns pinheiros que se localizavam a beira da estrada. E ali, circundando as árvores, consegui confundir Thomaz por alguns momentos; somente o tempo necessário para eu fugir para o acampamento improvisado. Logo encontrei um local para me esconder, embaixo de um dos carros estacionados, onde o cheiro de gasolina imperava e fazia-me ficar enjoada.

– Leana! – Rugiu Thomaz.

Escondi-me mais sob o carro, enterrando-me na areia enquanto esperava que Thomaz estivesse tão irritado a ponto de não considerar a possibilidade de eu estar aqui.

Segundos mais tarde, os pés de Thomaz entraram em meu campo de visão.

– Leana! – Gritou novamente, porém não se deu o trabalho de desperdiçar mais alguns minutos procurando-me e simplesmente saiu marchando pra qualquer outro lugar.

Quando tive certeza que não havia mais ninguém por perto, tomei coragem o suficiente e saí de meu esconderijo, dando logo de cara com Cameron; e tamanho o susto, tive de levar a mão rapidamente à boca para conter o grito que ameaçava irromper de minha garganta.

– Idiota! – Sibilei, tentando mascarar o terror ainda presente em meus olhos.

Ele riu, estendendo-me sua mão e me ajudando a levantar.

– Lucy me contou o que você aprontou dessa vez. Muita coragem colocar pó-de-mico nas roupas dele enquanto ele estava por perto – comentou Cam risonho.

Ri também.

– É. Infelizmente agora Thomaz quer minha cabeça em uma bandeja.

– Eu também iria querer se isso tivesse acontecido comigo enquanto eu estivesse dando um beijo na garota pela qual eu tenho uma queda.

Estaquei por um momento, chocada com o que eu acabara de ouvir.

– O quê?! – Gritei, e instintivamente Cameron cobriu os ouvidos com as mãos.

– Não grita, sua maluca. Eles de beijaram, não vão se casar – disse cético, revirando os olhos em seguida.

Que mania irritante que ele havia pegado de mim!

– Eu sei, idiota. – Revirei os olhos. – Mas eu estou feliz pela minha amiga. Que, aliás, estou indo procurar agora para ela me contar o que realmente aconteceu – respondi, já saindo de perto de Cameron e caminhando em direção à fogueira, onde provavelmente Lucy estaria.

Mãos rodearam minha cintura, impedindo-me de continuar a andar.

– Não – disse Cameron em tom manhoso, com a boca colada no meu ouvido e a voz rouca.

Um arrepio permeou minha coluna, e eu sentia meu corpo instantaneamente entrar em combustão espontânea.

Eu podia sentir que Cameron sorria.

– Me dê um motivo para não ir – disse jocosamente.

– Porque eu não quero. – Ele mordeu o lóbulo de minha orelha.

– Que pena que você não tem poder nenhum sobre mim. – Dei um sorriso torto, virando meu rosto em direção a ele para poder ver sua expressão.

– Não? – Ele arqueou as sobrancelhas.

Mordi os lábios.

Só porque ele tinha, não quer dizer que eu fosse admitir.

– Não – disse resoluta, ou pensei ter dito, pois assim que me dei conta que minha voz havia tremido, amaldiçoei-me mentalmente.

Cameron riu.

– Idiota – murmurei soltando-me de seus braços e caminhando em direção à fogueira.

– Idiota, mas sabe que te amo – ele sussurrou em um tom doce, abraçando minha cintura e beijando meu rosto.

Instantaneamente sorri.

Eu definitivamente não conseguia ficar brava com ele.

...~{[...]}~...

Remexi-me pela décima vez naquela maldita barraca em menos de quinze minutos, tentando achar um modo confortável de me deitar ali, porém nada parecia dar certo. O lugar era pequeno, irritante e frio.

Eu definitivamente nunca mais iria a um acampamento onde teria de dormir na porcaria de uma barraca.

Virei-me para a esquerda, dando de cara com a lona, e logo vi algo remexendo-se ao meu lado.

– Cameron... – Chamei baixinho, levantando uma das cobertas e dando de cara com algo verde e nojento. – Cameron! – Gritei desta vez, engatinhando de costas para trás e batendo em Cam.

– O que foi? – Ele perguntou passando as mãos por minha cintura e abraçando-me pelas costas.

Rapidamente dei um jeito de me livrar dele, tentando abrir do modo mais desesperado que podia a maldita barraca que teimava em permanecer fechada.

– U-u-uma co-cobra – murmurei quase chorando, desistindo de tentar abrir o zíper e jogando-me nos braços de Cameron.

Ele cuidadosamente pegou o telefone e iluminou o local, revelando o monstro que se infiltrara em nossa barraca, porém eu não me permiti olhar, escondendo o rosto na camiseta de Cameron e fechando os olhos com o máximo de força que conseguia.

Eu senti ele se movimentar lentamente, e logo escutei o zíper abrir-se, então uma rajada de vento recepcionou meu rosto quando Cameron me tirou da barraca segurando-me em seu colo.

– Pode abrir os olhos – ele disse lentamente, pondo-me no chão.

Deixei meus olhos contemplarem a paisagem, constatando que realmente estava na praia, sentindo a areia passar por meus dedos dos pés e o vento chicotear meu rosto.

Cameron me soltou, fechando o zíper recém-aberto e voltando-se para mim. Ele segurou meu rosto com as duas mãos, olhando em meus olhos, preocupado.

Algumas pessoas saíram lentamente das barracas.

– Está tudo bem? Se machucou? A cobra te mordeu?

– Não... Acho que foi mais o susto – disse trêmula, passando as mãos freneticamente pelos cabelos.

Cameron me abraçou, e lentamente ouvi um suspiro aliviado fugir por seus lábios.

– Tinha uma cobra na sua barraca, Lea?! – Indagou Lucy alarmada, com os olhos tão arregalados que pareciam querer fugir das órbitas.

Somente balancei a cabeça em concordância.

– Ai meu Deus! Lea! Você está bem? Foi picada? Alguém tem um kit primeiros socorros aqui?! – Falou Lucy aos gritos, desesperada.

Ri, com o som saindo desajeitado por meus lábios.

– Eu estou bem – disse firme, sorrindo pra ela.

– Tem certeza? – Ela me olhou desconfiada.

– Tenho sim.

– Vem aqui amiga. – Lucy abriu os braços, arrancando-me de Cameron e me abraçando fortemente.

Gargalhei. Era bom ter uma amiga como ela.

Aos poucos todos foram voltando às suas respectivas barracas.

Lucy soltou-me se súbito.

– Hey, vocês não têm onde dormir agora. – Ela fez uma pausa. – Vocês podem dormir na minha barraca! – Exclamou animada, como se tivesse acabado de descobrir a solução para o aquecimento global.

– E onde você vai dormir? – Arqueei as sobrancelhas.

– Eu...

– A Lucy pode dormir comigo. Se ela quiser, é claro – pronunciou-se Thomaz pela primeira vez, atraindo três pares de olhares e ficando subitamente corado.

Eu particularmente achei uma graça, porém resolvi permanecer calada.

– Hum... Ér, pode ser – respondeu Lucy, claramente nervosa, com o rosto tomando os mesmo tons de vermelho que o de Thomaz.

– Own, que bo... – Senti uma mão cobrir minha boca e rapidamente me puxar em direção à barraca de Lucy. Logo notei se tratar de Cameron.

Pouco antes de ser empurrada para dentro da barraca, Katherine e Valerie entraram em meu campo de visão. Seus rostos demonstravam completa irritação.

Algo me dizia que as duas tinham alguma coisa a ver com a cobra que eu acabara de encontrar em minha barraca.



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Notas finais do capítulo

Então... Mereço reviews? *-*
Bem gente, o próximo capítulo sai mais para o fim de semana. E provavelmente os próximos também só aos fins de semana, porque eu entrei no teatro da escola, vou começar a fazer aulas de música e provavelmente comece um curso sobre sobre biologia florestal, eu acho. Algo do tipo... Então eu vou ficar meio sem tempo, mas sempre que der, eu atualizo a fic. *-*
Beijos pra quem fica, e até o próximo capítulo. :D