O Erro de John Winchester escrita por AngelSPN


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

As vezes o que parece certo aos nossos olhos, é errado para a vida.



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O mundo parecia ter se tornado minúsculo para aquele homem caído de joelhos, com o olhar perdido para o teto de um lugar amaldiçoado. Lembrar todo aquele horror que passou no quarto de Sam quando tinha seis meses de vida, fez as últimas forças de o caçador desabar. 

Azazel estava deliciando-se com aquela situação de tortura, mas estava na hora de acabar com o resto de esperança do caçador, estava na hora de tirar mais um pedaço de John. Foi quando a típica e única melodia começou a tocar naquele lugar sombrio. Smoke on the water – Deep Purple, era o celular de Dean, iluminando o lugar bem aos pés do olho amarelo.

                - Ora, ora, ora...o que temos aqui...- Falou pegando o telefone, sorriu ao ver quem estava ligando. – Hey John, quer dizer oi para seu filho caçula? Ou quer lhe contar uma longa história de mentiras e de cilada que você mesmo armou? – O telefone continuava tocando ( http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2WX_4FNoto4#! ).

                - Olá, Sammy...há quanto tempo!- Azazel falava pausadamente.

                - Quem é? Onde está Dean? – Sam não queria ter a maldita confirmação, mas seu sangue gelou ao ouvir aquela voz tão medonha e sarcástica.

                - Bom..digamos que seu irmão está...ocupado neste momento. – E o demônio olhou para cima, mostrando seu sorriso vitorioso.

                - Onde está, meu irmão seu desgraçado? Quem é você? – Sam estava a ponto de explodir, passou nervosamente os dedos entre os cabelos negros.

                John assistia, seus olhos estavam prestes a saltar pelas orbitas. Nem que fosse a última coisa que faria nessa sua vida miserável, daria um fim neste monstro. Mas a consciência de John estava terrivelmente assombrada pelas suas atitudes inconseqüentes. Quem seria realmente o monstro?

                - Bem, Sam. Seus irmão está...digamos pregado...é talvez essa seja a palavra certa...ou..- Uma longa pausa na voz do maldito angustiava ainda mais o caçula.

                - Ou o quê? – Sam agora estava a caminho da saída de seu apartamento, daria um jeito de encontrá-los.

                - Você quer mesmo saber? Não irá gostar do que irá ouvir, mas assim você se lembrará de mim. Dean está no teto, pronto para ser devorado pelas labaredas do inferno, assim como sua bela mãe, e quer saber mais, seu papai está aqui, assistindo tudo novamente.

                - Demônio! – Agora Sam havia destruído parte de sua mobília, não sabia como e nem importou-se com o poder que resultou em uma explosão de lâmpadas, vidros, espelhos. Dean estava nas mãos dele, estava prestes a morrer...ou já estaria morto!

                - Humm, sinto uma força dentro de você, onde esse poder estava adormecido? – Azazel sentia, era como se fosse palpável o ódio do garoto por ele e um crescente poder se expandia, mesmo a distância.

                - Eu juro, eu te mato...- Sam sussurrava, não havia lágrimas, apenas um ódio profundo.

                - Pode ser, Sam....pode ser. Mas você servirá aos meus propósitos, e sem Dean em meu caminho...você será apenas meu! Além do mais...vou te contar uma bela história, não é John? – A cabeça do velho caçador estava abaixada, não moveu nenhum músculo, Azazel saboreava cada segundo.

                - Do que você está falando? – Responda seu miserável!

                - Já que John está...digamos...paralisado..seu pai está muito abatido com sua deserção e...

                Um grito ecoou no ar, rápido como uma fera. John foi para cima de Azazel, que pego de surpresa deixou o celular cair, o corpo que ele habitava estava tomado por cortes profundos da lâmina de John, e como um bárbaro selvagem cortou a garganta de seu adversário. Viu a fumaça negra sair pelos orifícios causados pela sua adaga. Infelizmente não era o fim de Azazel, mas ouviu um estrondo bem a sua frente. O corpo desfalecido do filho e a voz de Sam gritando ao telefone.

                Sam podia ouvir os gritos aterradores do pai, era indescritível, era sobrenatural. Um animal acuado lutando pela sua vida, pela vida de seu filho. Ouvia-se repetidamente o som da lâmina perfurando a carne de alguém, de Azazel.

                John estava banhado em sangue, se ali tinha um homem, não se podia ter certeza. Não deu atenção para o telefone e os gritos que vinham dele. Havia apenas um ser nesse mundo que lhe importava neste momento, Dean!

                John o segurou como uma criança de colo, chorava copiosamente, soluços que pensava não existirem eram como berros.

                Sam estava atordoado, não sabia o que estava ocorrendo. Ouvia os desabafos do pai, ouvia seu choro desesperado. Sam não conseguia mover-se, ficou rouco de tanto gritar e esbravejar, ninguém lhe ouvia. Chutou a mala que estava em seu caminho, derrubou a mesa e as cadeiras. Nada mais importava, havia perdido sua alma, seu motivo de continuar vivo. Havia perdido seu irmão.

                John apenas embalava o filho em seus braços, não atinava a fazer mais nada, aquele caçador, de sangue frio, aquela armadura de aço que o cobria desapareceu, era apenas um pai, um pai que queria seu filho de volta. Desta vez era o celular de John que tocava, uma, duas, três vezes...caiu na caixa de mensagem.

                - John, é o Bobby. Onde vocês estão? Porque não atende esse maldito telefone? Me liga assim que ouvir essa mensagem!

                John saiu, daquele transe ao ouvir a voz de Bobby, estava com tanto medo que fosse Sam. Atendeu antes que o velho caçador desligasse.

                - Bobby! Eu...eu...Dean..ele...está...- As palavras lhe faltavam.

                - John! Onde vocês estão? Diga que vou buscá-los, homem!

                John falou o local e ouviu o som repetido do celular. Bobby havia desligado, não queria saber por telefone o que acontecera, sabia que pelo estado de John, algo muito sério aconteceu. Entrou no carro, e saiu em disparada. Estava a meia hora do local, parecia uma eternidade, uma angustiante espera. Seu celular tocou, não olhou apenas atendeu.

                - Alô! – a voz ríspida saiu sem perceber.

                - Bobby, é o Sam...- a voz era calma...terrivelmente calma.

                - Sam, não posso falar agora, seu pai me ligou parece que se feriram e..

                - O demônio, Bobby. Ele pegou meu irmão...ele...

                - Filho, seja o que for, estou chegando. – Bobby controlava o nervosismo, tinha que manter a sanidade. Se fosse como Sam estava lhe contando, as coisas haviam sido pior do que imaginava. Deu a localização de onde estavam para Sam e desligou o telefone. Havia finalmente chegado ao destino.


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Notas finais do capítulo

Espero seus comentários...não nego que estou em dúvida quanto ao final desta história. Torço que gostem! Beijos