- AAAAAAAAAAAAAH!!!!!! - Nós gritamos. Soltei minhas mãos das deles e cobri meu rosto com elas. De repente, eu atingi o chão. Mas não estava duro. Era... macio. Olhei para baixo e vi que estava sentada em cima do Nico.

- Ai meus deuses, desculpa! - Eu disse, levantando-me de cima dele. Ele não disse nada. Acho que estava meio bravo comigo. 

Estávamos em um corredor escuro, com algumas tochas acesas nas paredes. Percy disse que ia explorar melhor o lugar, andando pelo corredor escuro, até sumir nas sombras. Olhei para Nico e percebi que sua camiseta estava toda suja de sangue na área da barriga. Me aproximei dele e levantei sua camisa.

- Nico, como fez isso? - Perguntei, observando o corte enorme em seu abdômen, que sangrava. Parecia bem profundo.

- Foi um espinho. Ma-mas não tá doendo. - Ele disse, abaixando a camiseta.

- Nico! Porque não nos contou? É claro que deve estar doendo. Muito. - Eu disse. Estava um pouco brava e triste.

- Não é importante. Porque você se importaria? - Ele disse, enquanto eu levantava de novo sua camiseta para examinar o ferimento. Nos sentamos no chão, ele encostado na parede e eu em sua frente.

- Porque eu... - Hesitei. - Porque eu te amo.

Ele olhou nos meus olhos por um momento, mas depois desviou o olhar, obviamente sem acreditar em mim. Eu segurei seu rosto, obrigando-o a olhar para mim. Eu o beijei. Começamos suavemente, e quando percebi, estávamos deitados no chão, nos beijando furiosamente. Parei de beijá-lo antes que aquilo passasse dos limites.

- Deixa eu cuidar disso. - Eu disse, referindo-me a seu machucado. Revirei minha mochila em busca de néctar. Rasguei um pedaço da minha camiseta, molhei com néctar e levantei a blusa de Nico, revelando o enorme corte em seu abdômen. Ele gemeu um pouco quando eu passei o pano com néctar.

- Arde. - Ele disse, fechando os olhos.

- Calma, já tô acabando.

Continuei passando aquilo em seu abdômen, até o ferimento cicatrizar-se completamente.

- Valeu, Han. - Ele disse, abaixando a camisa. Lancei-lhe um sorrisinho. Ficamos em silêncio até que Percy apareceu.

- Não achei nada lá atrás. Vamos para frente, agora. - Ele disse.

Andamos pelo corredor escuro. Nico estava na frente, eu no meio e Percy atrás. Até que vimos uma pessoa no fim do túnel, próxima a uma porta.

- LILLY! - Gritou Nico. - LILLY! VOCÊ TÁ AÍ?

Sem resposta.

Chegamos mais perto e reconhecemos o rosto da pessoa. Era Lilly. Antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, ela disse:

- Vamos embora daqui.

Percebi que estávamos em frente a uma porta de madeira aberta. Dentro da sala não havia nada. Apenas algumas tochas na parede, assim como o corredor.

– Espera, que sala é essa? – Eu disse, entrando na sala.

– Han, se eu fosse você eu não... - Começou Lilly, mas antes que pudesse terminar de falar, a porta se fechou com um estrondo, me deixando sozinha lá dentro.

- AI MEUS DEUSES, SOCORRO!!!!!!!!! - Eu gritava histericamente, certa de que iria morrer.