Pegue O Metrô Da Meia Noite escrita por Anna B4nana


Capítulo 3
Capítulo 3




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 - Vou pedir divorcio pro seu padrasto

O que? Eles estão lendo a mente um do outro? O que foi isso? Alguém pode me ajudar? Tão estranho quanto eu, essa noticia me deixou estranhamente abismado. Tão abismado que comecei a rir.

- Do que você ta rindo Danny?

- Vocês dois... Foram feitos... Um para o outro mesmo... – Não conseguia parar de rir, as pessoas passavam e olhavam aquela cena bisonha. Um garoto de casaco, touca e calça jeans rindo que nem um louco de frente para uma moça  de roupa social muito séria e até meio assustada, sentados na praça de alimentação do shopping. Ela me olhava mesmo meio assustada e levemente desorientada.

- Diga, por que ri tanto?

- O Roberto... – Respirei fundo e tentei me controlar. Sabe, esse meu riso é um mecanismo de defesa que tenho desde sempre. Sempre que estou “em conflito” começo a rir que nem louco. – Ele quer o divorcio também. Ele falou comigo mais cedo, fomos ao mercado e fizemos as compras do mês.

- Ele te falou isso? – Agora ela tava abalada. – Por quê? O que ele te falou?

- O Primeiro me diz, porque você quer se divorciar dele?

- A distância, falta de tempo entre nós dois, tudo isso desfavorece, queria alguém pra ficar comigo em casa de vez em quando, mas ele está viajando sempre e eu, quando ele volta, estou atolada no trabalho. Isso desfavorece muito um casamento Danny.

- Ele disse isso também

- Sério?

- Aham. – Estava pensando se deveria contar da traição, mas existe um ditado que é assim “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. É um ditado muito sábio. Fiquei “brisando” enquanto ela me encarava.

- Tem algo mais?

- Prefiro não falar. Não quero me meter nisso. Por favor, não me force a falar nada.

- Está bem, não vou te forçar a fazer nada, afinal, esse casamento não tem mais salvação, não é?

Merda! Ela estava me persuadindo a falar! Porra, odeio quando as mulheres fazem isso. Fiquei encarando ela, apenas isso e ela me olhava de um jeito que os olhos diziam “me diga agora o que ele fez”. Me levantei e tive outro ataque de risos. Quase caí no chão. Ela se virou.

- Por que está tão nervoso querido?

- Calada! Eu sei o que você está tentando fazer! Eu não vou falar que o Roberto vai te trocar por outra. – Fodeu! – Aí merda. – Queria dizer que acabei de enfiar as mãos pelos pés. Decidi sair à francesa.

- Como é?

- Tia... – Fui interrompido na mesma hora

- Não, senta aí, te compro um calmante e um refri, mas me explica isso direito

- Olha, como eu disse, não quero me meter nessa história

- Danny

- Tchau tia. – Saí praticamente correndo do shopping, estava movimentado, mas não cheio, me esbarrei numas meninas que estavam na direção oposta da minha. Cara, eu sou muito burro.

De volta em casa, sabia que não ia demorar muito até que a minha tia chegasse, meu padrasto estava no sofá, lendo jornal e com a TV ligada, passei por ele correndo, alías, eu não parei de correr depois que saí do shopping.

- Hey? Por que essa correria?

- Me esquece! – Pro quarto correndo. Tranquei a porta e coloquei um cd pra tocar, bem alto. Sabia que ia ter briga e não queria me meter nisso. Afinal, já tinha feito merda demais. Um tempo depois, ele estavam discutindo mesmo, não prestei atenção mas minha tia chegou perguntando quem era a putinha dele. Vixe! De ficar tanto tempo deitado, acabei dormindo. Acordei com o celular tocando. O cd tinha parado, quem era banda que eu tinha colocado mesmo?

- Fala Seu chupador de rola! – Pedro Bear, o único que me chama assim.

- Fala aê veado! – Amizade é assim mesmo, se é verdadeira, saí xingado o melhor amigo.

- Qual foi cara, ta fazendo o que? – A voz dele tava meio alterada. Acho que tava drogado.

- Nada, por que?

- Vai ter uma festa, bebida liberada, muita garota...

- Tipo: o tipo de garota pra mim ou são aquelas que mal saíram das fraldas, o tipo pra você?

- Ha ha ha, muito engraçado. Tipo, garotas de todos os tipos.

- Que tipo de festa? – Tinha festas que íamos mas eram uma merda. Só tinha Ice e funk tocando

- Uma das boas. Com rock de verdade e álcool de verdade e garotas de verdade e sei lá o que mais.

- Onde vai ser?

- Perto da estação.

- Porra cara, é longe pacas!

- Eu sei, mas vai valer a pena. Vamos?

- Putz, que horas vai ser isso?

- Vai começar as dez da noite

- Jura? Ache que ia ser as dez da manhã

- Tu ta muito engraçado hoje em, cara.

- Eu sei.

- Então?

- Tá, eu vou

- Já é, te encontro na porta. To a fim de pegar várias e encher a cara, que tudo se foda hoje.

- O que houve?

- A vadia da bia. Ela tava ficando com um moleque que é da igreja dela.

- Ela vai à igreja cara? – Falava rindo, impossível imaginar uma garota como aquela ajoelhada e rezando. No máximo ajoelha e fazendo outra coisa.

- Vai sim, a mãe dela obriga ela a ir.

- Ah ta. Já é, te vejo lá na porta do tal clube.

- Valeu então

- Valeu. – Desliguei. Que horas eram? Cinco da tarde, se eu quisesse chegar lá as dez mesmo, teria de sair de casa as sete e pegar um ônibus e ir até a estação de metrô pra chegar na estação que vai ser a tal festa. Putz, aja dinheiro.

As coisas tinham se acalmado lá em baixo, decidi verificar. Não tinha ninguém em casa. Sozinho de novo. Ai, ai... Decido ir comer algo, afinal, nem cheguei a comer alguma coisa no shopping, só tomei um refri e nem foi todo. Fiz um mega sanduíche e uma vitamina de coisas que fui encontrando pela frente. Depois de correr o que eu corri, qualquer um ficaria com fome.

Depois de comer tudo isso, fui assistir um pouco de TV. Dormi. Acho que as pessoas dfevem pensar que eu passo muito tempo na cama ou no sofá apagado. É que eu, geralmente, à noite, estou vadiando na rua. Chego tarde em casa, as vezes chego de manhã já. Escola? Claro que sim, estudo, não sou dos melhores, mas nunca repeti de ano, mas já fiquei de recuperação várias vezes, sempre soube como estudar de última hora, tem uma menina que é nerd e ela me dá um apoio, em troca, ensino piano a ela. Mas só sei o basicão. Daí ajudo o Pedro e nós saímos bem dessa. Sabe, essa minha amizade com o Pedro é a coisa mais louca e duradoura que já tive. O moleque e eu temos o mesmo gosto, menos para garotas, pois ele é quase um pedófilo. Mas fora isso, somos praticamente irmãos. Nos conhecemos quando eu tinha uns cinco anos de idade e ele tinha uns seis. São 13 anos de amizade cara. Eu era aluno novo e ele veio me encher o saco, bati nele. Ele eram do tipo briguento, mas só tinha marra disso. Ele era o maior cagão. Na época, alías, até hoje, ele é maior que eu. Foi se aproveitar e eu acabei com o nariz dele. Depois de ele sair chorando do pátio da escola, fui pedir desculpas pra ele. É, sou meio bipolar. Ele aceitou numa boa e começamos a conversar sobre desenhos e acabamos ficando amigos. Legal né?

Quando abri o olho, já estava escuro. Sete horas. Merda, não ia dar nem pra tomar banho. Saí de casa e fui pro ponto de ônibus. Cheguei lá no clube eram umas dez e meia. O Pedro tava me esperando na porta, fumando um cigarro e uma garrafa de vodka na mão.

- Tá chorando cara? – Perguntei. Meio jeito de saber se ele ta bem. Por que quando ele chora, eu sei que a porra é séria. Só vi essa cena uma vez em todos os nossos anos de amizade.

- Chorar por vadia? Não me conhece mais não?

- Viu o que dá me trocar por essas putinhas cara? – Começamos a rir e entramos. O lugar tava bem movimentado mesmo e estava tocando KoRn quando entramos. Não sou louco por eles, mas o som deles é ótimo. Fomos direto pro bar e tinha umas garotas lindas lá. Pareciam até esperar pela gente. Chegamos mais perto e elas nos olharam, trocaram palavras e depois falaram com a gente. Boa, que será que essas meninas falam em? “Nossa amiga, olha só os guris que chegaram”, “Hum... Bonitinhos, será que pagam alguma coisa pra gente?”, “Ai, amiga, gostei daquele ali de blusa branca”, “Hum... Gracinha mesmo. Fica com ele e eu com outro”. Vai saber.

- Oi! – Disse a ruiva. Era uma ruiva e uma morena. Curti mais a ruiva, ela tinha algo selvagem nos olhos e isso estava me atraindo muito.

- Hey! – Disse o Pedro

- Oi. – Falei

- Tudo bem com vocês? – Falou a morena.

- Tudo bem gata, e vocês? – Pedro tava atiradinho mesmo e um pouco doidão já.

- Melhor agora. – Morena atirada essa em! – Quer ir dançar?

- Claro. Segura minha vodka aí, danezinho. – Ele me entregou e foi sendo puxado pro meio da pista.

- Já é, mas tu vai voltar e não vai ter mais nada. - Ele me mandou um dedo.

- Engraçado esse seu amigo. Meio atirado também

- É sim

Pedro estava sentado num canto com a morena no colo dele. A ruiva se chamava Luísa e a amiga dela se chamava Thaís. Conversamos, bebemos e rolou um beijo. Nosso e que beijo! Me deixou todo arrepiado. Ela beija bem pra caralho. Tinha gosto de vodka com um leve toque de menta. Ela chegou ao meu ouvido. E disse:

- Vamos pra outro lugar. Quero te mostrar uma coisa. – Ela sorriu maliciosamente.

Opa! Adorei essa ideia e o sorriso também. Saímos do clube e fomos para o banheiro da estação Não tinha ninguém, estava tudo deserto. Não tinha ideia de que horas eram. Entramos aos beijos, ela me levou a ultima cabine do banheiro feminino. Diferente do banheiro masculino era mais limpinho. Ela me deu leves mordidas na orelha e no pescoço. Eu disse que ela era selvagem? Beijos, lambidas, mordidas, chupões, ela me colocou sentado e começou a abrir a blusa dela. O sutiã dela era vermelho e apertado. Escondia seus dotes, que não eram pequenos. Ela sentou em cima de mim, de frente. Mais beijos, abri o sutiã dela e comecei a chupá-la. Nossa, ouvir seus gemidos me deixou louco. Adoro ouvir gemidos de mulher, mas nada exagerado, não gosto dos gritos delas. Prefiro algo baixo, como se estivesse degustando alguma coisa muito boa. Depois ela quem me chupou, até alcançar o meu clímax. Depois ela se levantou, limpou a boca e saiu ajeitando a blusa.

- Já acabou?

- Já sim, bonitinho. Adeus.

 E lá se foi a minha ruiva selvagem.


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