Our Song escrita por Zoey Thompson


Capítulo 31
Amizades inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem lol



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Acordei com os olhos ardendo. Tateei a cama a procura do celular e o achei embaixo do travesseiro. Eram 14h:47min. Nossa, eu dormi. Levantei cambaleando e fui pro banheiro. Larguei o celular na pia e entrei debaixo do chuveiro com roupa e tudo. Só depois que despertei mesmo é que percebi que estava de roupa. A tirei preguiçosamente e tomei meu banho. Sai do chuveiro, me enrolei na toalha e escovei os dentes. Fui pro quarto e abri o armário. Peguei uma skinny preta, um all star que vem até metade da minha canela, preto também, uma blusa do linkin  park preta e um casaco preto e azul escuro. Peguei um lápis azul e passei, depois passei delineador, rímel, sombra preta esfumaçada e arrumei o cabelo, no caso, baguncei-o. Sai de casa andando sem rumo, só andando. Estava tão distraída que não vi que tinha uma pessoa vindo na minha direção. Trombei com a pessoa e cai de bunda no chão. –Mas que merda! –Exclamei irritada. –Me desculpe, eu não te vi. –Falou a menina. Quando ela levantou a cabeça eu arfei. Era ela, a tal Nicolle. –Então, como é seu nome? –Perguntei sorrindo.  Por um estranho motivo, eu não conseguia ficar com raiva dela, eu sabia que ela não tinha culpa. –Nicolle Schimdt. E o seu?-Perguntou sorrindo. –Thalia, Thalia Grace. –Falei levantando do chão e estendendo a mão para ela. Ela pegou a minha mão e levantou. –Obrigada. –Agradeceu. Dei de ombros. –Então você parecia bem distraída. –Comentei. –Ah é, eu ia encontrar um amigo. Estava pensando nele. –Falou sorrindo, parecia feliz. –Mas você parecia triste. Aconteceu alguma coisa? –Perguntou aparentemente preocupada. Eu sentia que podia confiar nela. –Problemas na família. –Murmurei deixando de sorrir. –Bom, eu não sei se você está afim, mas nós podemos tomar alguma coisa e conversar. –Falou compreensiva. –Mas você vai sair com o seu amigo, não quero atrapalhar. –Falei sorrindo tristemente. –Não atrapalha, eu posso sair com ele amanhã. –Falou sorrindo. Dei de ombros e começamos a caminhar. –Então que lugar você sugere? –Perguntei. –Ah, eu ia dizer para irmos a Starbucks, mas algo me diz que não devemos ir para lá. Então nós podemos ir ao Coffe’s Mether. É uma cafeteria que tem no subúrbio, mas é muito boa. O próprio Mether atende. –Falou rindo. Sorri agradecida e pedi um taxi. Ela deu o endereço e nós seguimos até lá. Paguei o taxi e desci atrás dela. O lugar era pequeno, mas aconchegante. Nós entramos e nos sentamos numa mesa ao fundo. Logo um senhor de, talvez, 60 anos chegou na mesa. –Nicolle, mon cher. Quem é sua amiga? –Perguntou sorrindo. –Ahn, Oi Mether, esta é Thalia. A conheci hoje. –Falou sorrindo. –Hum, então eu vou trazer o especial para sua amiga? Pode ser? –Perguntou se virando para mim. –Hã, claro. –Falei sorrindo. –E pra você mon cher? O mesmo de sempre? –Perguntou para Nicolle. –Claro. –Respondeu rindo. Ele assentiu e saiu apressado. –Você vem sempre aqui? –Perguntei surpresa. –Ah claro, eu moro a dois quarteirões daqui. –Falou descontraída. –Ah. Entendo. –Falei. Continuamos conversando enquanto esperávamos nossos pedidos. Descobri muita coisa sobre ela como, ela morava em um bairro classe media, morava com o irmão mais velho, o pai tinha morrido em um acidente e a mãe tinha abandonado ela e o irmão quando ela tinha quatro anos. Ela estuda numa escola perto daqui e trabalha nos fins de semana aqui com o Mether. –Mas e você? Me conte sobre você. –Pediu. –Ah bom, eu moro hã, eu moro no residencial que tem atrás da NY Library Public, perto da Lincon Center.. Moro com o meu pai Zeus Grace, meu irmão está fazendo faculdade na Harvard. Estudo na Goode High School. Ah sei lá. Acho que é isso. –Falei tentando não dar detalhes. –Ah, acho que pra um dia de amizade já esta bom. –Falou rindo. Mether chegou com os nossos pedidos e logo saiu, nos deixando sozinhas. –O que é o seu? –Perguntei. –É um Chococcino, morangos e pão de mel. –Falou. –E a sua?-Perguntou. –Hã, acho que é Chococcino, mousse de chocolate com pedaços de morango e canudinhos de chocolate ao mel. –Falei com agua na boca. Ela riu e começou a comer. Ataquei meus canudinhos quase chorando de prazer ao comer. –Nossa, meu irmão me dava isso quando eu tinha uns oito anos. E esse é muito melhor. –Falei começando a comer o mousse. Estava tudo delicioso. Assim que terminamos de comer, nós pagamos e saímos. –Então quer ir à minha casa? –Perguntou me olhando. –Ah, pode ser. –Falei. Nós seguimos até a casa dela, era de um azul fraco, dois andares. Era aparentemente grande. Entramos na casa. A sala era linda, de uma simplicidade incrível, mas linda. Os moveis eram escuros, fazendo contraste com as paredes com de marfim. –Vem conhecer o meu quarto. –Falou me puxando escada a cima. Entramos numa porta qualquer. O quarto dela era o mais estranho que eu já tinha visto. Ele era verde, com uma cama, um guarda roupa, e uma mesa, todos brancos. E só. –Você se mudou agora? –Perguntei confusa. –Não. –Respondeu dando de ombros. –Eu não gosto de muita coisa no quarto. –Falou. –Ah tá. –Falei ainda confusa. Ela riu, provavelmente da careta que eu estava fazendo. –Eu tenho que ir. Meu pai já me ligou umas nove vezes, e a minha melhor amiga também. –Falei triste. Foi realmente divertido passar o dia com ela. –Ah, bom, tudo bem. Eu não queria ficar sozinha aqui. –Falou fazendo careta. –Dorme lá em casa. –Falei sorrindo de canto. –Eu posso? –Perguntou sorrindo. –Claro, assim eu chamo Annabeth, minha amiga, e te apresento. –Falei levantando. –Tá. Pode ser então. –Falou. Abriu uma mochila e socou umas roupas lá dentro. –Estou pronta. –Falou rindo. –Nossa, você é mais rápida que eu. –Falei rindo. Ela piscou e saiu pela porta, eu a segui, é claro. Saímos da casa e andamos até a estação de metrô. Pagamos as passagens e nos acomodamos no banco. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Annabeth.

De: Thalia G.

Para: A. Chase

Estou indo pra casa, dorme lá hoje? Vou demorar, mas daqui uns 25 minutos eu estou lá.

Beijos, não fura comigo. *-*

Não demorou nem dois minutos e ela respondeu.

Para: Thalia G.

De: A. Chase

Onde você se meteu? Eu fui à sua casa duas vezes e seu pai disse que você estava mal e tinha saído cedo, fui à casa do Nico e você não estava lá. Quando você chegar você vai me explicar tudo direitinho. Eu vou sim.

Beijos.

Sorri desanimada e guardei o celular. –Então Tha, posso te chamar assim? –Perguntou. –Claro, desde que eu possa te chamar de Nick. –Falei rindo. –Pode claro. –Falou. Encostei minha cabeça no vidro e fechei os olhos. –Você me parece desanimada. –Falou casualmente. –É porque eu estou. –Falei sorrindo. –Então porque está sorrindo? –Perguntou enrugando a testa. –Não sei, acho que minha antiga personalidade não me deixa chorar. –Falei rindo. –Antiga personalidade? –Perguntou ainda mais confusa. –É eu não sou sempre uma flor de pessoa. Aconselho a ficar longe de mim quando eu estiver irritada. –Falei dando de ombros. Ela me olhou confusa, mas se encostou ao vidro e fechou os olhos. Sorri e fiquei mexendo no celular enquanto não chegávamos. Se passaram uns quinze minutos e eu guardei o celular. Cutuquei Nicolle e ela abriu os olhos. –Chegamos? –Perguntou. –Mais ou menos. –Falei baixinho. Eu já havia percebido que tinha um grupo de garotos nos olhando. –Como assim? –Perguntou confusa. –Depois eu te explico. –Falei. O metrô parou e nós descemos. Não me surpreendi nem um pouco ao ver os garotos descerem juntos, mas senti medo. Nicolle me empresta o seu celular, o meu está sem bateria. –Pedi urgentemente. –Claro. –Falou alheia a tudo. Disquei o numero do meu pai. No segundo toque ele atendeu. –Alô, pai? –Perguntei com a voz falha, os garotos aumentaram o passo. Puxei Nicolle pelo braço e ela me olhou confusa, apontei para trás e ela olhou, quando me olhou de volta estava lívida. –Thalia, o que aconteceu? onde você se meteu? –Meu pai perguntou. Nem me lembrava mais dele. –Pai, pode me buscar na quinta avenida? É meio urgente, ok, na verdade, é muito urgente. –Falei vendo um beco logo a frente. –Me explica Thalia. –Falou aflito. –Porra pai, não dá, só posso dizer que tem alguns garotos me seguindo. –Falei nervosa, ele estava tão nervoso, que nem me xingou por falar palavrão. –Estou indo. –Falou e desligou o telefone. Atravessei a rua com Nicolle na minha cola e parei na frente de um pequeno restaurante. Os garotos pararam quando nos viram na frente do restaurante e fizeram caretas. Suspirei aliviada e sorri minimamente. Os garotos continuaram lá, parados nos olhando. Vi o carro preto passar e estacionar cinco metros a frente deles. –Vem. –Falei puxando Nicolle e atravessando a rua. –Você ficou maluca? –Nicolle sussurrou apavorada. –É meu pai. –Murmurei. Os garotos sorriram sinistramente e se aproximaram, mas entancaram ao ver o enorme homem, vulgo meu pai, sair do carro. –Thalia? Você está bem? –Perguntou tirando os óculos. O que eu não sabia era pra que usar óculos escuros à noite, mas tudo bem. –Sim, estou ótima papai. –Murmurei ainda segurando o braço da Nicolle. –Ela vai junto? –Meu pai perguntou a olhando de cima a baixo. Ela se mexeu desconfortável ao meu lado. –Vai sim. Por quê? Algum problema? –Perguntei trincando os dentes. –Não, claro que não. –Murmurou com sarcasmo. Bufei e entrei no carro, puxando Nicolle comigo. Peguei o celular do meu pai sem ele ver e mandei um mensagem pra Annabeth.

De: Zeus Grace

Para: A. Chase

Hey Annabeth, oi. Sou eu, Thalia. Então, eu estou indo pra casa, esteja lá daqui a quinze minutos, okay? Não se atrase.

Eu te amo amiga. ;D

P.s: Não responda.

Mandei a mensagem e coloquei o celular no lugar, claro, depois de apagar a mensagem. Nicolle me olhava constrangida. –Que foi? –Perguntei baixinho. –Tudo bem, você me disse que seu sobrenome era Grace, mas podia dizer que era “A” família Grace. –Murmurou. –E isso faz diferença? Um nome ridículo, em minha opinião. –Falei, bufando irritada. Ela me olhou e deu de ombros, confusa. –Esquece isso, tá bom? Meu sobrenome não importa, eu sou só a Thalia. –Falei suspirando. –Tudo bem, é só que, bom, seu pai é Zeus, ele é muito famoso, eu sempre te imaginei como uma patricinha mimada que não liga pra ninguém, e você é totalmente o oposto disso. –Falou envergonhada. Desviei o olhar para a rua e não respondi. Chegamos em casa e eu a levei para meu quarto antes que meu pai falasse alguma coisa. –Uau! –Exclamou quando chegamos ao meu quarto. Sorri e coloquei as suas coisas na minha cama. –Eu já volto, se quiser, sei lá, tomar banho, mexer no computador, pode mexer, eu vou falar com o meu pai. –Falei indo até a porta. –Tudo bem, eu vou tomar banho. –Falou indo para o banheiro. Desci as escadas e fui para a rua esperar Annabeth. Olhei para o portão, nada de Annabeth. Eu disse para ela vir em quinze minutos. Passaram-se vinte e cinco minutos quando o carro dela apareceu. –Mas onde é que você estava? –Perguntei quando ela desceu do carro. Quando ela apareceu na minha frente eu tive um ataque de risos. Ela estava com a boca vermelha, o cabelo bagunçado e arrumando a roupa. –Você e o Percy só pensam em se agarrar? –Perguntei rindo. Ela corou, mas riu. –Não, a gente pensa em musica também. –Falou descarada. –Argh, vocês me dão nojo seus pervertidos. –Falei com cara de nojo. –Ok, porque me chamou aqui? –Perguntou tirando a mochila do carro. –Ahn, eu estou com uma pessoa lá em cima, e quero te apresentar ela, mas antes eu quero explicar algumas coisas pra você. –Falei sentando na escada. –Ok, pode falar. –Falou sentando ao meu lado. –Bom, eu conheci a Nicolle hoje, lembra a garota do Nico, a do shopping? E bom, eu simplesmente não consegui não ser amiga dela. Agora eu entendo porque o Nico se apaixonou. –Murmurei. Não podia correr o risco de alguém ouvir. –Thalia, não me diga que é ela lá em cima? –Annie perguntou chocada. –É, é ela lá em cima. E você vai entender também quando a conhecer. Eu só queria te dizer isso. –Falei com um suspiro. –Mas Thalia, por quê? –Perguntou confusa. –Não sei bem, mas eu sinto que devo ser amiga dela, que devo dar essa chance para Nico e deixar ele conhecer ela, só assim ficarei de bem comigo mesma. –Sussurrei olhando para o chão. –Ahn, ok, eu vou conhecer ela. –Disse desconcertada. –Beleza. –Falei sorrindo. –Vamos entrar? –Perguntei levantando. –Ah, claro. –Falou levantando comigo. Abri a porta e deixei ela entrar. Ela passou e eu entrei atrás dela, fechando a porta. –Thalia, pode me explicar o que foi aquilo? –Meu pai perguntou parando na minha frente. –Hoje não pai, hoje não. –Falei desviando dele e subindo as escadas. –Oi tio Zeus. –Annabeth falou me seguindo. –Olá Annabeth. –Meu pai falou cordial. Subimos as escadas e encontramos Nicolle sentada na cama de pijama me esperando. Olhei para Annabeth e suspirei, sua expressão era de indiferença. Me atirei na cama, ia ser uma noite longa.


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Notas finais do capítulo

Eu, particularmente, acho que tá uma bosta. Mas enfim...



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