Sol, Lua e Estrelas escrita por Ruki


Capítulo 4
III - A Chave


Notas iniciais do capítulo

foi mal a demora... apreciem o capítulo!



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Stella examina cada detalhe do diário. Infelizmente ela precisava de uma chave para abri-lo, mas mesmo revirando o porão inteiro, não encontra a chave. Já estava tarde e Stella precisava acordar cedo no dia seguinte.

Ela vai ao banheiro e toma um banho quente para relaxar. Vai à cozinha e faz um sanduíche rápido, pois não tinha comido nada desde que chegara em casa. Depois de comer, escova os dentes, coloca seu pijama e liga o ventilador, mas se lembra que ele estava quebrado.

– Não posso me esquecer de consertar essa coisa. – sussurrava enquanto pegava no sono em sua cama.

Enquanto isso, não muito longe dali, em uma área meio isolada da cidade, havia uma mansão, onde ninguém se atrevia a chegar perto, pois havia boatos de que era assombrada. Essa mansão já era velha. O portão de alumínio já estava todo enferrujado e fazia muito barulho quando a abriam. O jardim era mal cuidado. Havia algumas flores no meio de tanto mato, e ele já estava invadindo a passarela que dava acesso à mansão. A fachada da mansão estava descascada e alguns pedaços apareciam os tijolos.

Muitas pessoas não acreditavam na assombração, mas ninguém tinha coragem de chegar perto. Porém, lá moravam dois jovens. Entre esses dois jovens, havia uma intriga de muitos anos, antes mesmo deles nascerem. Por isso, eles foram criados como inimigos. Esses dois eram como fogo e gelo. Não podiam ficar juntos. Pelo fato da mansão ser muito grande, eles quase não se cruzavam, o que facilitava a vida dos dois. Porém, hoje foi uma exceção.

– Você não presta mesmo, não é? – Disse um pouco aborrecido um garoto aparentemente de 16 anos, loiro com a pele levemente bronzeada.

– Do que você está falando Auren? – respondeu Yue com grosseria. Afinal, ele estava ocupado lendo um livro quando Auren entrou no seu quarto sem bater.

– O que você planeja com aquela humana? Por que você alterou a memórias de todos menos a dela? Você não sabe as consequências disso? – disse Auren como se fosse um pai dando um sermão para um filho

– Sinto lhe informar, mas ela é imune a essa mágica. Eu lancei o feitiço em todos daquele colégio. Por alguma razão ela não foi afetada.

– Ora, então você não é forte o suficiente para alterar a memória dela? – disse Auren provocando-o – Por acaso o dia que você lançou esse feitiço era uma noite de lua minguante?

Yue fecha o livro com força.

– Então por que não tenta enfeitiçá-la você mesmo? – disse Yue com raiva – Se você conseguir, eu desisto dessa missão e viro o seu servo!

– Então acho melhor já ir se acostumando a me chamar de senhor Auren. – disse enquanto saia do quarto de Yue batendo a porta.

– Idiota. – diz Yue voltando a ler seu livro.

– Otário. – diz Auren quando bate a porta.

Stella acorda cansada. Não é para menos, tinha ficado a noite toda no porão. Ela resolve tomar um banho gelado pra ver se acordava. Hoje era o dia de “monitorar” o colégio nas horas de almoço e intervalo. Como de costume, Francis vai pedir comida à dona. Depois de se arrumar, Stella vai à cozinha, coloca comida para o gato e faz se café da manhã: pão com ovos e leite com chocolate. Depois, escova os dentes, pega sua mochila e vai para o colégio.

Durante o trajeto, ela não parava de pensar em onde poderia encontrar a chave para o diário de sua mãe. Tinha que estar em algum lugar daquela casa. Quando chegar em casa, procurarei em outros lugares.Tenho que saber o que tem lá! Pensava para si mesma.

Stella chega ao colégio, a aula começa e chega a hora do intervalo. Ela é surpreendida quando vai se reunir com outros monitores, e vê que o garoto loiro que falou com ela no dia anterior estava lá.

– Certo, agora que a Stella chegou, eu vou com ela monitorar o corredor dos primeiros anos. – disse Auren puxando Stella pelo braço.

– Es-espere! – disse Stella em vão, pois ele continuava a puxá-la.

Eles passam pelo corredor dos primeiros anos e vão para debaixo da escada que dava acesso ao corredor dos segundos anos. Auren cerca Stella contra a parede com uma das mãos.

– E-ei, o que você está fazen...

– O que você viu de estranho na escola? – disse interrompendo Stella.

– B-bem, tem o Yue e você... Todos agem como se vocês fossem conhecidos...

– Tem certeza de que você nunca nos viu? – Disse Auren encarando Stella.

Os olhos de Auren eram um tipo de cor de mel penetrante. Ela tinha a sensação de que seria engolida por eles a qualquer momento. Como os olhos de Yue; pensava ela. Logo atrás deles, havia dois garotos do primeiro ano correndo pelo corredor. Aparentemente estavam apostando corrida. Stella se solta de Auren e vai atrás deles.

– Vocês dois! Não corram nos corredores! – grita Stella.

– Ih, lá vem a chata – disse o primeiro.

– Não esquenta, até parece que ela poderia nos alcançar. – disse o segundo.

Pronto. Stella havia sido provocada. Ela é uma garota muito orgulhosa e odeia quando alguém diz que ela não conseguiria fazer algo. Stella corre atrás deles e consegue alcançá-los.

– Eu disse... – diz ultrapassando-os – Para não correrem... – diz parando na frente deles, mas eles não param de correr – Nos corredores! – diz estendendo os braços, fazendo com que eles batam os pescoços neles e caiam.

 – Fui clara? – diz Stella bravamente.

– S-sim... – disseram em coro no chão.

Stella volta para onde Auren estava. Ele estava um pouco surpreso pelo o que ela acabou de fazer.

– Você é bem habilidosa, não?

– O que eu posso fazer... para ter a bolsa de estudo eu preciso fazer o meu trabalho bem feito.

Auren fica observando Stella duvidosamente. Será que eu consegui alterar a sua memória? Pensava. Stella percebeu o olhar dele sobre ela.

– O que foi?

– Não é nada Stella.

– Bem, o intervalo já está quase terminando, é melhor voltarmos... er... Desculpe, eu não sei o seu nome...

– Como assim Stella... Meu nome é Auren, esqueceu?

– Desculpe, mas isso não funciona comigo. Bem, depois continuamos nossa conversa.

A aula recomeça, acaba e todos vão embora. Stella vai pra casa com a ideia de procurar a chave do diário de sua mãe. Se fosse um daqueles cadeados vagabundos, que normalmente vêm junto com eles, ela mesma o arrombava. Mas era um dos bons, daqueles usados para proteger um cofre.

Ela chega em casa e vai procurar a chave em lugares onde ela não tinha procurado ainda. Ela vai procurar no quarto que costumava ser dos seus pais. Lá havia uma cama de casal, que estava sem lençóis e sem travesseiros. De cada lado da cama havia um criado mudo. Estava um pouco empoeirado. Stella começa por eles. Infelizmente lá só havia alguns papéis e documentos velhos.

Então ela procura no guarda-roupa. La ainda tinha várias roupas dos seus pais. Stella não via vantagem em tirá-las de lá, por isso ainda estavam lá. Sem sucesso e sem alternativa ela decide procurar no banheiro. Era o único lugar que ela não tinha procurado ainda. Obviamente sem sucesso ela vai para o seu quarto.

O quarto de Stella ficava no segundo andar. O chão era feito de tábuas de madeira. No quarto ela tinha uma cama de casal, que ficava no meio da parede em frente à porta. Do lado direito do quarto havia uma sacada que dava a vista da rua que era em frente a sua casa. Do lado esquerdo havia uma estante de madeira que tinha vários porta-retratos, bichos de pelúcia (que Stella não sabia onde guardar), livros, mangás e objetos variados.

Apesar de sua casa ter dois andares, era pequena. No máximo três pessoas poderiam morar lá. Havia dois quartos, ambos no segundo andar. A cozinha ficava junto com a sala. Era separada apenas por um pequeno balcão.

No quarto, Stella com raiva por não ter encontrado a chave, chuta seu tênis que estava perto da sua cama. Por um erro de cálculo, ela acaba chutando o chão, ralando o seu dedão.

– Merda! – gritava agonizada pela dor.

Porém, quando ela vê o lugar onde ela tinha chutado, uma das tábuas de madeira do chão estava fora do lugar.

– Mas o que...

Stella empurra a tábua, e vê que tinha um buraco, no qual estava uma chave.


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Notas finais do capítulo

Seria essa a chave do diário de Ster? O que teria nesse diário a ponto de Ster esconder a chave tão bem?



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