Come Back escrita por sankdeepinside


Capítulo 7
Onde tudo o que há de errado está certo


Notas iniciais do capítulo

Eae pessoas!! Dessa vez eu demorei um pouquinho, mas foram por razões que eu não pude evitar, eu estava com um mega bloqueio pra escrever o capitulo, tive que reescrevê-lo algumas vezes porque estava ficando sem rumo. Me desculpem porfa.
GEEEEEEEENTE! Vcs como sempre com aquela mania de querer me matar com um pire paque né??? Queria muuuuito agradecer à Luana Haner que recomendou a fanfic, sério eu quase dei um mortal carpado qd eu vi. Serio fico muito feliz quando vocês gostam do que eu faço, serio mesmo.
Também queria agradecer às minhas novas leitoras e suas reviews que qse me matam, um beijo também pra minhas leitoras fiéis que também me deixam muito feliz :3
Deixa eu parar de encher linguiça
Espero que gostem
Boa Leitura
Bjs



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Entrei no carro e ele deu a partida, dessa vez sem pressa, ele estava insuportavelmente bonito, era difícil até manter o foco. Do lado de fora começava a chuviscar, era sinal de que o verão estava acabando e o meu tempo estava diminuindo.

- E então, como foi o primeiro dia de trabalho?

- Foi bom, tirando a parte do furacão Brian Haner que apareceu lá querendo minha cabeça numa bandeja de prata – eu falei sorrindo

- QUE? O Syn foi lá? – Vi os nós das mãos dele se embranquecerem a medida que ele apertava com força o volante

- Calma Jimmy! Ele foi, mas ele não brigou comigo

- Ele não tinha esse direito

- Caralho Sullivan! Você é surdo? Não teve nenhum problema com o Haner, ele foi simpático

- Hum – ele pareceu acreditar – E sobre o que conversaram?

- Sobre você – eu desviei o olhar para o lado de fora da janela, sabia que ele provavelmente agora estava com um riso nos lábios.

- Sobre mim? Uau! E o que vocês falaram tanto?

- Falei do quanto você era insuportável e egocêntrico – eu falei sorrindo

- Isso não é verdade! Foi realmente sobre isso que vocês conversaram?

- Não, na verdade falamos sobre você ter ido brigar com ele por minha causa – Ele encostou o carro, mas não estava diante da casa dos Sullivan. Jimmy voltou o rosto para mim, sua expressão agora era um pouco mais séria, mas ainda era suave.

- Allie, eu assusto você?

- Não

Ele pegou minha mão e a apertou, depois ele voltou o tronco na minha direção

- Por algum motivo, que eu juro que já tentei entender, eu gosto muito de você Allie. Sei lá, eu te conheço há quanto tempo? 5 dias? E mesmo assim, parece que – ele fez uma pausa e mordeu o lábio inferior, depois retomou em um tom mais baixo – parece que eu te esperei por toda a minha vida.

Eu não sabia o que dizer, mantive minha cabeça baixa e ele prosseguiu

- Por isso eu estou tão confuso Allie, em momento nenhum eu quis usar você – ele sorriu – talvez no começo sim, mas depois de passar o dia com você eu cheguei a conclusão de que você era frágil demais pra ser usada. Não era igual as outras

- Eu não tenho cara de prostituta não é?

Ele riu

- Exatamente – ele puxou meu maxilar, me obrigando a encará-lo – Quando você falou que não queria que eu te beijasse novamente eu fiquei louco, fiquei pensando no que eu fiz pra te assustar, no que eu fiz de errado.

- Você não fez nada de errado Jimmy – eu tirei a mão dele do meu rosto – só que, você já tem uma relação com outra pessoa e eu não pretendo destruí-la

- Que relação? – ele riu amargo – Ultimamente a Lea parece que tem até torcido pra que a bomba dentro do meu peito estoure e ela fique livre. Sabe aquele cara que você viu com ela naquele dia que fui te mostrar o apartamento? – eu assenti com a cabeça – ele é fixo. Um amante fixo que mora na mesma cidade que eu! Ela nem se deu ao trabalho de esconder!

- Isso deve ser horrível pra você – eu disse em tom baixo e ele confirmou com a cabeça

 - Não sei se ainda vale a pena continuar com ela – ele segurou em meu rosto novamente, me obrigando a encará-lo, mas logo soltou e respirou fundo – Allie, eu estou disposto a acabar meu namoro com a Lea, se você quiser começar alguma coisa comigo. Você quer?

Meu coração começou a saltar, eu não queria que ele alimentasse essa esperança em mim, mas agora era tarde demais. Passei uma porção de anos da minha vida sonhando com esse momento, o cara que me fez chorar de desespero na primeira vez que o vi tocar ao vivo, que eu idolatrei tanto e que eu achei que só me amaria nos meus sonhos estava ali, quase me matando com o brilho dos seus olhos azuis, quase me sufocando com o cheiro do seu corpo e quase me fazendo implorar pra que ele me tomasse nos braços. É claro que eu o queria.

Inclinei meu corpo pra frente e deixei que minha boca tocasse a dele, os lábios dele se abriram e envolveram os meus, de maneira ávida e morna. Ele me puxou pela cintura, eu segurei em sua nuca e deslizei minha mão pelo tórax dele, com um movimento rápido ele puxou meu corpo e sentei sobre o corpo dele no banco do motorista.

As mãos dele seguravam firme em minha cintura e me prendiam junto ao corpo dele enquanto eu beijava seu pescoço. Eu nem sei se eu ainda respirava ou se eu estava morta, já não conseguia nem pensar direito, aliás, eu nem pensava. Me separei do beijo ofegante e ele sorriu pra mim. Meu deus, como se faz para não se derreter olhando pra aquele homem? A pele tão branca, os olhos cintilantes, o nariz afinado e perfeito e o sorriso, oh meu deus, aquele sorriso.

Ele deslizou os dedos pelos fios castanhos do meu cabelo e segurou meu rosto com uma de suas mãos, nós dois começamos a sorrir um da cara do outro. Dei um beijo estalado nos lábios dele e puxei o gorro de sua cabeça, voltando para o meu banco logo em seguida.

Coloquei o gorro dele em minha cabeça, ele ligou o rádio do carro e deu a partida. A chuva estava mais forte, mas não estávamos muito longe de casa. Corremos em direção à porta no meio da chuva, não ajudou muita coisa, pois tanto ele quanto eu acabamos encharcados. Acendi a luz da sala e dei de cara com Max jogando Call of Duty.

- Oi Max, por que estava jogando no escuro? – Olhei ao redor da sala tudo estava uma bagunça

- Oi Allie – Estou jogando já a tarde inteira, anoiteceu, mas não levantei pra acender a luz

- Nossa! Quanta preguiça hein Maximillian?

- Como foi o primeiro dia de trabalho? – Max perguntou sem tirar os olhos da TV

- Foi legal

- Hum – Só então ele se deu conta da presença de Jimmy ali – Sullivan? Tudo bom cara?

- Tudo sim

- Quer jogar?

Essas foram as palavras mágicas. Os dois então se juntaram no sofá e começaram a discutir sobre o jogo, como eu estava muito cansada acabei indo dormir cedo, estava feliz.

 **

- Saiu com o The Rev ontem né?

- Sim – eu falei sem conseguir esconder o sorriso que se formou no meu rosto

- Espero que não se arrependa – Sam falava enquanto atava o avental junto ao corpo

- Não vou me arrepender – eu falei séria, mas ele mantinha um sorriso brando no rosto

- Por enquanto que os problemas não começaram é difícil que se arrependa mesmo, com todo o dinheiro e fama que ele tem dá pra aproveitar muita coisa. Mas vamos ser realistas Alison, o Sullivan, o Haner e o Seward são famosos na cidade não só pela banda, mas também por uma série de coisas. O Baker e o Sanders, nem tanto. Mas os outros três são chaves de cadeia. Aconselho que se prepare, porque o seu mar de rosas pode virar um tsunami.

- Por que você se importa em falar todas essas coisas pra mim? Você nem me conhece!

Ele pegou a bandeja sobre o balcão e depois deu dois passos para perto de mim, tinha um sorriso arrogante no rosto.

- Não sei, acho que fui com a sua cara – ele jogou um chiclete na própria boca e saiu rindo, ele era simpático, apesar de sempre ter um tom negativo em tudo que dizia e de as vezes me parecer muito sombrio. O que ele disse ficou martelando um pouco na minha cabeça, mas depois concluí que era só destilação de veneno da parte dele.

O restante da semana passou de forma tranquila, o trabalho era cansativo, mas Jimmy sempre vinha me buscar à noite. Max passava as tardes com a cara enfiada em algum livro de física quântica, já que suas férias estavam quase no fim, logo ele teria que voltar para Wisconsin e eu ficaria sozinha naquela casa enorme. Ele agora não dava mais importância ao fato de eu ter voltado no tempo, tudo estava indo perfeitamente bem. Mas todo mundo já sabe que quando as coisas andam bem demais...

Estava dormindo quando ouvi um barulho muito alto que me despertou, pareciam gritos. Levei alguns segundos para entender o que estava acontecendo.  Me levantei e olhei pela janela do quarto.

- Oh meu deus! – eu desci as escadas com pressa, mas assim que cheguei do lado de fora Max já estava lá.

- Vai embora! – Ele tentava conter a mulher bêbada que esperneava e o arranhava tentando se soltar do corpo dele

- NÃO! AQUELA VADIA TEM QUE ME PAGAR!

- O que está acontecendo aqui? Leana?

O olhar dela se voltou para mim, os olhos dela transbordavam de ódio, fúria e vingança.

- VOCÊ! SUA PUTA DESGRAÇADA! EU VOU TE MATAR!

- Volta pra dentro de casa Allie, agora! E liga pro Jimmy!

Eu estava assustada, ela gritava histérica, chutava, mordia, e arranhava Max, falando uma porção de barbaridades sobre mim, me chamando de tudo quanto é tipo de coisa e repetindo o tempo todo que ia me matar. Fiquei imóvel.

- ALISON VOCÊ TA SURDA? – Max já estava vermelho, então recuei e entrei correndo dentro de casa, peguei o celular e liguei chorando para Jimmy, mas quem atendeu foi Matt

- Allie?

- EU PRECISO FALAR COM O JIMMY AGORA, SHADOWS! A DOIDA DA LEANA TA FAZENDO UM ESCANDALO AQUI NA PORTA DE CASA!

- Ele esqueceu o celular aqui em casa, mas eu e a Val estamos indo até aí.   

 Olhei para Max tentando conter aquela doida, quanto tempo levaria pra que Matt chegasse? Não dava pra esperar.

Corri para o lado de fora outra vez, mas dessa vez fui em direção à garagem. Quando cachorros brigam, algumas pessoas costumam jogar água para separá-los. Bom, eu sempre achei que a Leana era uma cachorra mesmo.

A mangueira era grande o suficiente, foi apenas uma questão de segundos para que Leana parasse de machucar Max. A água a atingiu com tanta força que ela caiu no chão e engasgou um pouco.

- ISSO É PRA VOCÊ APRENDER A NÃO INVADIR A CASA DOS OUTROS, SUA VAGABUNDA!

- Essa casa não é sua!!! E vagabunda é a sua mãe sua desgraçada! – ela então se levantou do chão, eu larguei a mangueira, estava muito disposta a quebrar todos os ossos daquela cachorra, mas Max logo me puxou pela cintura

- Você ta maluca mulher?

Olhei para Leana, os cachos caramelo do cabelo estavam desmanchados pela água, a maquiagem derretida, ela também tremia de frio, mas também estava louca para me machucar, eu podia ver nos olhos dela.

- Lea! – Um carro parou diante da casa e Valary saltou correndo, e então quase que automaticamente Leana começou a chorar – Calma Lea, o que veio fazer aqui a essa hora?

- Ela acabou com a minha vida Val

- Claro que não Lea, a Alison não tem culpa.

Ela chorava muito, soluçava, estava fazendo um drama enorme e eu era a madrasta malvada. Matt também desceu do carro, assim que viu Leana molhada tirou o casaco e deu para que ela se enrolasse

- Vai com ela pro carro Val, eu já vou – Valary sorriu brevemente pra mim, quase que pedindo desculpas pela bagunça da amiga e arrastou Leana para o carro, mas antes de entrar eu jurei ter lido nos lábios dela um ‘Eu vou te matar’.

- Me desculpe por isso Allie

Balancei a cabeça mostrando que não me importava com o que acontecera

- Relaxa, só espero que ela não faça isso outra vez

- Espero que não, mas a Lea é uma mulher de sangue quente, não sei se dá pra garantir. E você cara, ta tudo okay? – ele se virou para Max

Meu pobre amigo foi o que mais saiu danificado nessa bagunça toda, Max estava molhado, tremendo de frio, sem camisa, o peito muito arranhado, em alguns lugares sangrava um pouco, algumas marcas de mordidas nas mãos e nos ombros.

- É, ta tudo okay, tirando os rasgões que essa maluca abriu em mim – ele riu

- Me desculpem pelo que a Lea fez, acho que ela ta muito amargurada ainda com o fim do relacionamento com o Jimmy e acabou bebendo demais.

- Essa mulher tem que ir pra um hospício! – eu falei aborrecida

- De todo jeito nós vamos levá-la para casa agora – Matt se despediu de nós dois e depois entrou no carro, levando aquela vadia para longe.

- O que diabos você tem na sua cabeça Alison? – Max reclamava enquanto secava os cabelos molhados com uma toalha – Você ia mesmo cair no braço com aquela mulher?

- Mas é claro! Você acha que eu vou ficar ouvindo desaforo dela e apanhando?

Ele soltou uma gargalhada histérica

- Allie você é muito franguinha, aquela mulher te derruba só com o silicone dela

Me joguei no sofá e respirei fundo

- Claro que não Max! Bem que você falou pra eu não me meter na vida deles

- Eu não disse nada! Foi o Max babaca que disse.

Eu ri

- Ele é um grande babaca, com certeza! – meu semblante ficou um pouco mais sério – Max, aquele cara lá do restaurante me falou algumas coisas outro dia, disse pra eu me preparar que andando com o Jimmy eu ia ganhar um monte de problemas. Será que isso é verdade?

- Isso é obvio Allie, não vê o que a McFadden aprontou aqui hoje? Além do mais, os caras são de uma banda rock! Eles não são do clube de catecismo. Mas olha, eu confio neles, são grandes amigos, apesar de meio doidos, eles são os meus ídolos. Não vejo nenhum problema em você namorar um deles.

Eu sorri, havia um motivo pra ele ser meu melhor amigo e eu fiquei feliz por ele me lembrar disso.

- É, eu acho que estou me preocupando a toa.

- Você só tem que se preocupar com aquela doida da Leana, ela me pareceu uma mulher bem desequilibrada.

- Se ela vier eu dou uma surra nela!

- Aham, sei, quem é Mike Tyson perto de você?

- Seu babaca

**

Já estava quase amanhecendo, mas pra minha sorte amanhã era domingo. Dormi até as 14h. Acordei meio perdida, meu corpo inteiro parecia que estava possuído por uma força magnética que me prendia na cama, quando me levantei me arrastei até o banheiro, meu rosto estava marcado pelo lençol, um pouco inchado e meu cabelo idêntico a aquelas escovas de limpar vaso sanitário, de tão arrepiado. Depois que escovei os dentes desci para comer alguma coisa ainda de pijamas e como a minha vida é pagar mico, paguei mais um quando vi que Jimmy estava ali.

- Uau, Bob Esponja! Que lindo

Max soltou uma gargalhada histérica quando me viu ficar roxa de vergonha

- JIMMY!

- Oi Allie

Eu pulei nos braços dele, mesmo com o pijama vergonhoso do Bob Esponja, eu o amava tanto e queria aproveitar cada segundo que eu tivesse com ele, ainda mais porque o mês de agosto estava voando.

- O que veio fazer aqui?

- Vim jogar videogame com o Max

- Como assim com o Max??? E eu?

Os dois gargalharam

- Só estou brincando, troca de roupa que eu quero te mostrar uma coisa – ele fez uma pausa – a não ser que você queira levar o Bob Esponja com a gente

Eu mostrei o dedo do meio para ele e corri para o banheiro, tomei um banho rápido e coloquei uma calça jeans, peguei uma camiseta do Max do Ramones e vesti, peguei um boné dele também e coloquei virado pra trás, calcei um par de tênis e logo desci as escadas em tempo quase recorde.

- Tchau Max, vou sair com o Jimmy

- Okay...EI? QUE ROUPA É ESSA?? Alison volta aqui com a minha roupa!

Tarde demais, quando ele gritou isso eu já tinha batido a porta, saltei dentro do carro e Jimmy deu a partida, ele gargalhava.

- Você está parecendo um menino

Olhei pelo retrovisor e dei de ombros. Meu rosto estava um pouco mais bronzeado e eu estava engordando um pouco, era engraçado porque ele me levava pra comer e beber tanta besteira, eu estava muito bem na verdade.

- Me desculpe pelo que a Lea aprontou ontem, se eu soubesse teria vindo

- Tenho a impressão que se você tivesse no meio as coisas só seriam piores.

- Ela te machucou?

- Ela não teve chance

 Nós dois sorrimos e ele parou o carro na frente de um condomínio, me puxou pela mão e me levou até uma das casas, nós entramos, ele jogou as chaves sobre o balcão e fechou a porta

- Bem vinda à minha residência – antes que eu pudesse olhar para qualquer coisa na casa ele me puxou rápido pela cintura e me beijou, ele era bem mais alto do que eu e beijá-lo era como fazer alongamento, mas era uma sensação que eu não conseguia me acostumar nunca, era uma sensação boa demais.

Quando nos separamos ele me puxou pela mão e me levou até um dos cômodos, e lá estava ela, enorme e brilhante, a bateria. Eu empaquei na porta

- Espera aí que eu tenho que registrar esse momento – puxei o celular do bolso – anda faz uma pose aí – Mais rápido do que eu pude prever ele puxou o aparelho da minha mão

- Me dá a porra desse celular aqui sua descarada, quer tirar foto logo hoje que eu não estou penteado? Só tiro se você tirar junto comigo, com essa sua roupa de 50 Cent.

No fim acabaram saindo na foto Jimmy, um prato da bateria e eu. Estraguei a foto, confesso. Me sentei no chão diante da bateria e antes de começar a tocar ele olhou pra mim

- Allie, você lembra do dia em que nós fomos almoçar e a gente meio que ‘descobriu’ um ritmo? – eu confirmei com a cabeça, naquele dia sem querer eu reconheci o ritmo da Nightmare, mas é claro que ele não precisava saber disso. Deixei que ele prosseguisse – Então, aquela batida não saiu da minha cabeça e eu resolvi levar ela pro estúdio, os caras gostaram e a gente ta compondo em cima dela, ainda não ta toda pronta, mas eu quero que você veja como está ficando, pode ser?

- Claro – senti um arrepio percorrendo a minha espinha, estava muito emocionada, quantas pessoas teriam essa mesma oportunidade?

Então ele começou, a parte que ele tocou não era bem do inicio da música, era a parte do refrão, estava um pouco diferente, mas eu reconheci e fiquei sorrindo feito uma babaca enquanto ele batia rápido nos pratos. Quando ele acabou olhou pra mim ofegante e um pouco suado

- E então?

- É maravilhosa! – uma lágrima queria escorrer pelo meu rosto, respirei fundo e olhei para o alto tentando segurá-las.

- Hey, qual o problema? – ele se levantou e veio caminhando até mim, estendeu a mão para que eu me levantasse

- A música, eu gostei muito dela

- E porque está chorando?

- Não estou chorando não seu babaca – esmurrei o tórax dele e ele me abraçou forte.

- Tudo bem então, caiu um cisco selvagem no seu olho – nós rimos e depois ele me arrastou para a sala, me empurrou no sofá e se jogou sobre mim, fiquei encarando os olhos azuis dele por alguns segundos, ele era uma criatura tão fascinante, tão bonita, se eu tivesse a inteligência do Max eu criaria uma máquina que congelasse o tempo, ai eu poderia ficar olhando para aqueles olhos pro resto da minha vida. Pena que eu nasci burra.

Os olhos dele foram se fechando devagar e os lábios dele foram se abrindo em direção aos meus, não me acostumaria nunca com a mágica que era aquela sensação da boca dele junto à minha. As mãos dele deslizaram para debaixo da camiseta enorme do Ramones, era geladas em contato com a minha pele morna, e a medida que subiam iam arrepiando cada pêlo do meu corpo. Senti quando ele envolveu meus seios e os beijos foram ficando mais vorazes, mais excitantes a cada toque.

Alguém pode me fazer o favor de congelar o tempo? 


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Notas finais do capítulo

Cof cof pode ser que tenha sequiço so proximo capitulo cof cof.
Espero que tenham gostado
Bjs :)