Yuiitsu No Kokoro escrita por Sumire Haruka, tsuki


Capítulo 2
Demônio


Notas iniciais do capítulo

Bom, a K_Rinn não entrou no msn, mas eu tinha falado com ela sobre quando agente ia postar o próximo cap, e ela disse depois do natal, então, aqui está .-. Apoveitem...
POV Len!



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Estava no carro, com a Miku dirigindo, irritada, por eu não ter contado que eu tinha visto a tal camponesa. Será que eu tinha realmente apenas me confundido? Eu será que era uma alucinação? E eu tinha realmente dormido na minha cama, no quarto? Essas perguntas estavam me atormentando, de repente, Miku me olha preocupada, acho que ela percebe que eu estava incomodado.


– O que foi amor? Você está tão quieto...- Falava ela com um tom de preocupação na voz, logo percebi que ela estava tentando esconder que estava preocupada por ainda estar irritada comigo...


– Não é nada...- Falei, tentando acreditar nas minha próprias palavras. Eu sabia que não era nada, pelo contrário, era algo realmente muito importante, mas que eu realmente não sabia como explicar para ela.


O resto do caminho do hospital até em casa ficamos em silencio profundo, ninguém dizia nem uma “A”, quase nem respirávamos...


Chegamos em casa por volta das 15:30, a Miku estacionou o carro e logo desceu apressada, parecia que nem olhar para a minha cara ela queria. O jeito era deixar passar, pois eu sabia que mesmo eu pedindo desculpas, ela não iria me desculpar, mas sim, falar um monte para mim...


Sai do carro e fui até a porta de casa, hesitei em abri-la, pois sabia que uma hora, teria que enfrentar a “fera”, mas era necessário. Abri a porta e não vi ninguém na sala, achei estranho pois a Miku sempre fica na sala vendo TV quando estamos brigados. Chequei os quartos, banheiros e nada. Comecei a entrar em panico, ela não estava em lugar nenhum!


– MIKU! MIKU! MIKUUU! - Gritava desesperadamente, quando de repente olhei pra o relógio, ele estava parado, até aí, tudo bem, mais eu fui olhando os outros pela casa, todos estavam parados, não poderia ser mera coincidência , poderia?


– O que foi amor? - Uma voz diferente me chamou, me virei e vi a Miku


– Quem é você?- Falei com um tom surpreso.


– Sou eu, Len, querido...- Ela já estava com a voz normal, corri para abraça-la - Onde você estava?


– No jardim...- Mas eu podia jurar que ela tinha entrado...


Os dias foram passando monotonamente, apenas uma vez ou outra eu tinha alucinações, via a camponesa e mais frequentemente do que as alucinações, era ver uma mulher de cabelo castanho me observando, fora isso era tudo “normal”, Miku ia trabalhar (eu estava impossibilitado, por causa da cirurgia, ia ficar um mês assim) nada de ruim tinha acontecido, as noites eram boas, até completar uma semana de que eu estava em casa.


A Miku foi trabalhar mais cedo pra variar e eu estava sozinho vendo TV, quando resolvi ir para a cozinha pegar algo para eu comer, quando escuto alguém me chamando para o quarto de hóspedes, uma voz feminina, larguei o pacote de salgadinhos, que eu tinha pego, em cima da mesa e segui a voz, quando eu me aproximo do quarto, o meu peito dói, uma dor inexplicável, insuportável, indescritível. Ignoro a dor e abro a porta devagar, e quando entro, vejo uma mulher de cabelos castanhos até o ombro, roupa preta, com um sorriso sádico no rosto.

– Olá, meu nome é Meiko.


– Como entrou aqui?! - Só não gritei por que a dor no meu peito aumentava cada vez mais.


– Você... - E ela com uma elegância que nunca tinha visto caminhou até ficar bem próximo ao meu rosto, eu sentia sua respiração. Ela sorriu ainda mais sádica.


– Ore...Ore... Parece que quanto mais perto eu chego mais dor você sente - E tocou meu rosto, a dor era tanto que eu já não aguentava mais ficar em pé então deixe-me cair no chão, ela pisou na minha barriga.


– Então me deixa pensar, você esta tendo alucinações certo? - Como ela sabia?


– E você também sente as vezes uma vontade imensa de machucar sua esposa certo?


– NÃO! Eu nunca faria isso!


– Ah... Que pena, achei que estava num estagio avançado, mas pelo que posso ver sua mente esta deteriorando aos poucos - Bufou revirando os olhos.


– Como assim? Do que esta falando?


– Você... Recebeu o coração de um anjo... Mas, seu corpo não é "bom" o bastante para suportar a carga...


– Como assim carga? Você é louca?!


– Ah, bem, é que o coração de um anjo é muito puro, na verdade incrivelmente puro e você meu jovem, não é puro o bastante, você vai fazer esse coração corromper...


– QUE MERDA É ESSA TODA QUE VOCÊ FALA?


– Hum, bem, você não deveria chamar de merda, algo que pode te salvar... - Como assim salvar?


– Não se sinta solitário, só crianças podem suportar a carga de um anjo... Ou um ser humano bastante bom e puro e... Bem... Esse tipo de ser humano não existe né?


– VAI JÁ EMBORA DAQUI! AGORA!


– Ok, mas quando precisar... E eu sei que vai... Até o dia do funeral - Acenou sumindo por fim... O que estava acontecendo? Eu estava ficando louco? E de que funeral era aquele que ela falava?


Eu mataria... Não, eu nunca seria capaz de matar Miku...Antes mesmo que notasse eu havia desmaiado no chão do quarto...


Acordei na minha cama de casal, olhei o relógio, era de madrugada, a Miku estava na cadeira dormindo. Dei um sorriso bobo e fui até ela..


– Ei, acorda, Ei... - Falei cutucando ela


– 'Nhooo', só mais 10 minutinhos - E começou a babar...


– Olha! Estão dando alho-poró grátis! - Me afastei e tapei os ouvidos de imediato.


– ONDE?! - Ela levanta da cadeira rapidamente - Ah! Querido, você está acordado. Que bom! O que ouve com você?


– Eu... - Pensei em contar, mas não, como eu poderia? Contar que talvez eu mate ela? - Eu escorreguei e caí...- Eu dei aquele sorriso bobo para ela


– Hum... - Acho que foi só o que ela conseguiu formular diante de minha desculpa esfarrapada, senti que pela voz dela, ela não estava totalmente convencida

– Bom, vamos voltar pra cama? - Ela fala sorrindo como sempre, retribui.


Acordei, olhei a hora e o calendário, era sábado, 7:30, olhei para o lado e a Miku não estava. Resolvi por uma roupa e descer. Na escadaria, sinto o cheiro do café da manha, que bom! Eu estou morrendo de fome! Acabei de descer todas as escadas, quando de repente vejo um corredor de uma igreja, cheio de sangue, uma menina de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo do lado esquerdo, eles eram grandes, iam até a cintura, ela estava chorando ao corpo de alguém que julguei ser o pai dela.


Começo a andar, tento me aproximar dela, mas quanto mais eu me aproximo, mais a imagem fica distante, quando de repente, um buraco escuro abre e me engole...


Escuridão e mais escuridão, era isso que eu via, era isso que estava me envolvendo naquele momento, eu estava caindo, parecia tão profundo, eu não conseguia enxergar nada, não podia sentir, estava solitário, quando uma imagem vem a minha cabeça, era de uma menina de cabelos loiros, que vinham a té o ombro, tão bonitos, ela usava um vestido, nele estava escrito “Rin”, aquela figura me encantara, ela era tão linda que quando a imagem desapareceu, gritei para chama-la, mas minha voz não saia, pelo contrário, eu ouvia alguém me chamar...Era Miku


– LEN! LEN! ACORDA! - Volto a realidade de uma forma bruta, como se minha alma voltasse até meu corpo correndo.


– O QUE VOCÊ QUER? - Gritei com ela, mas essa não era minha intenção, acho que estava nervoso por conta daquela menina que eu vi, tão linda, mas que desapareceu tão rapidamente...


– L-Len... - Os olhos dela começaram a lacrimejar, oh não! Eu fiz ela chorar!

– BAKA! - Ela correu para o quarto e nisso, uma vontade me consumiu, era estranha, não era uma vontade de consola-la, mas sim algo mais aproximado de um sentimento de matança...

NÃO! NÃO! KAGAMINE LEN! O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO?!


– Miku, venha cá quero falar com você – As palavras mal saiam, estava cada vez mais consumido pela aquela vontade. Ela abriu a porta num instante...


Do nada tudo começou a escurecer, nem ao menos eu conseguia levantar meu rosto, respirava pesadamente...


– O-o que v-v-ocê esta fazendo?... LEN! LEN! – Podia ouvir os gritos de Miku, algo quente percorrer minhas mãos e gritos, só gritos. E tudo foi voltando ao normal, mas eu sentia que havia perdido muito tempo. Então pude ver, tudo estava sujo de sangue, o corpo de Miku sem vida no chão, a faca nas minhas mãos...


O que... O que estava acontecendo?!

Abri meus olhos arfando... Eu estava apenas alucinado? Olhei para minhas mãos e lá estava a faca, Miku abriu a porta me olhando curiosa e com raiva.


– O que você quer? Vai me matar por acaso?! – Perguntou brava cruzando os braços...


– Não, pare de falar coisas desse tipo!


– Então não venha encher minha paciência! – Bufou e fechou a porta com força na minha cara. Fui para o quarto de hóspedes que tínhamos, sentia meu corpo pesado e meu peito voltava com aquela dor insuportável...


Será que o que aquela mulher disse, era realmente verdade? Não... Toda aquela conversa e até mesmo a mulher deveriam ser coisas da minha cabeça.


Mas ela era tão real...


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Notas finais do capítulo

É isso manolos, nós não abandonamos a fic só por postar outra ù.u
Espero que tenham gostado e espero reviews em? XD
Neko