AMBER P.O.V

Não demorou muito mais até chegar finalmente o horário da minha consulta, entrei na pequena sala cumprimentando o senhor de óculos e jaleco branco sentado a minha frente.

“Ah! Amber! Sente-se” ele apontou para a cadeira em frente a sua mesa. “E então? Como tem passado esses dias com a fisioterapia e descansando com sua família?” ele continuou.

“Está indo tudo muito bem, mas eu realmente espero voltar logo para a Coréia.” Respondi sinceramente.

“Isso dependerá das suas atuais radiografias e de você mesma.” Respondeu-me sorrindo e pegando o envelope com as minhas radiografias e as comparou. “Parece que seu tornozelo está perfeitamente bem novamente Amber, você por algum motivo se recuperou mais rápido do que eu esperava.”

Mal acreditei no que eu estava ouvindo, eu deveria preparar todas as minhas coisas para voltar para o dormitório, chegaria em um dia em que eu tenho certeza que não haverá ninguém por lá e acabarei fazendo uma surpresa estando de volta tão rápido e sem avisar ninguém além do nosso empresário que eu implorarei pra me buscar no aeroporto sem contar para nenhuma das garotas do grupo.

“Mas antes de você começar a fazer seus planos de voltar Amber, eu quero ver se seus movimentos não ficaram limitados e quero que você seja sincera se sentir alguma dor. Vamos fazer alguns movimentos assim você pode me dizer se sente alguma dor.” O doutor interrompeu meus pensamentos e apontou para o canto da sala onde tinha alguns degraus e uma maca.

Após ele me fazer forçar o tornozelo com vários exercícios como subir e descer os degraus eu não senti nenhuma dor, a minha alegria fora aumentando a cada movimento bem sucedido sem um pingo de dor.

“Sente alguma coisa?” Perguntou-me no ultimo exercício.

“Nada.” Respondi sinceramente e quase pulando de felicidade.

“Então eu acho que você já pode voltar para a Coréia e trabalhar normalmente, só que você precisará ter um certo cuidado para não acontecer novamente, tudo bem?” Ele disse sorrindo ao ver minha felicidade transparecendo.

“Eu prometo tomar muito cuidado” Eu disse parecendo uma criança jurando cuidar de algo que não é seu.

Sai do consultório a pessoa mais feliz do mundo, não que eu não quisesse mais ficar perto dos meus pais ou algo do tipo, mas de certa forma eu queria estar de volta perto dos meus amigos na Coréia. No caminho de volta para a casa dos meus pais eu fui combinando tudo por telefone com o meu empresário e implorando para que ele não contasse a nenhuma das garotas que eu estaria de volta, pois seria tudo uma surpresa.