- Acordem seus preguiçosos, isso aqui tem cara de hotel? – mamãe apareceu batendo tampas de panelas. Alguém acordou com os ovos virados hoje. – Eu disse acordando! Brian! Merrie! Agora! – e saiu na direção do quarto de Tom.

Suspirei pesadamente. Odeio quando ela acorda de mal humor. Insuportável. Brian, do meu lado, só ria da situação.

- Bom dia. – deu um beijo em minha bochecha. Olhei para ele de canto de olho. – Ok, só dia.

- Odeio quando me acordam feito animal. – bufei. – Porcaria de casa!

- VÁ ARRANJAR OUTRA ENTÃO! – mamãe berrou, me retrucando.

Levantei da cama e marchei em direção ao banheiro. Droga de casa.

- Ei, não me deixa aqui com a tua mãe e tampas de panelas. – Brian levantou correndo, vindo em minha direção na hora que mamãe entrou no quarto.

- Ah, levantaram até que enfim! Onze horas! Ninguém me ajuda nessa casa! – e saiu novamente. Pude ouvir um “THOMAS, VOCÊ ACORDE AGORA OU TE TIRO DA CAMA NA BASE DA FACADA!”

- Meu Deus, ela vai matar alguém hoje. – Brian riu. Soltei uma risadinha. – E pelo jeito, não foi a única a acordar de mau humor. – sorri de lado.

- Vou pro banho.

- Vou junto!

- Brian Elwin Haner Jr. Você dê mais um passo em direção ao banheiro e perde o que tem no meio das pernas. – lancei um olhar significativo para Brian e entrei no banheiro.

- To na seca aqui porra. – ele resmungou, mas fingi não ouvir.
Mereço isso? Meu namorado reclamando que tá na seca. Certo que dês de que começamos a namorar ele não vê uma “diversão” a um bom tempo, mas... Mas é que... Ah, foda-se. Não me sinto confortável com a cena, ok. Só de imaginar Brian e eu... Numa cama... Sem roupas e... Erm... Fico com vergonha na mesma hora.

Sei que é ridículo, não consigo mudar esse pensamento! É uma merda, ou, quando finalmente sinto que, não, dessa vez consigo. Vem alguém e atrapalha tudo, tipo Thomas naquela vez, que estava passando mal. Revirei os olhos. Que porcaria.

Como não havia ligado o chuveiro ainda, podia ouvir Syn reclamando do lado de fora. Era algo como “Sabe... Namorar é legal, mas chega um momento em que o cara quer mais porra. Desgraça. To aqui precisando de ajuda e minha namorada, do outro lado dessa porcaria de porta, provavelmente tomando banho e... Nossa, que merda. Pensamentos me deixem em paz, por favor. Preciso sair daqui... Gente do céu olha o que acabei de pensar”. Acabei rindo. 

- Gates. – chamei, abrindo uma fresta da porta.

- Sim senhorita. – respondeu em seguida, senti-o perto da porta. Abri mais um pouco. Encarei-o por um momento, rindo.

- Escutei realmente o que acho que ouvi? – ele riu envergonhado.

- Droga, você ouviu? – gargalhou e suspirou em seguida. – Pois é.

- Hmm... Por que não me disse que estava com probleminhas? – suspirei, rindo.

- Ah... Sei lá. – olhou pra mim esperançoso. – Vai resolver meu problema?

- Vou. – ele sorriu. Soltei um risinho. – Mas não agora. – e fechei a porta na cara dele.

Lamento, tive que fazer isso ok. A cara dele quando falei que não seria agora foi épica. Mas, por favor né, minha mãe em casa. Aquela lá entra no meu quarto a qualquer momento. Não imagino minha mãe vendo suposta cena. Acabei rindo. E finalmente, entrei debaixo daquela água quente maravilhosa. Esqueci de todo o resto.

- Merrie sai logo dai, também preciso de banho. – Syn berrava e batia na porta. De fato, creio que estava há uma meia hora ali. A água estava tão boa.

- Credo, que pressa. – sai do banheiro enrolada na toalha. Brian parou e encarou-me. – Que foi?

- Que fo... QUE FOI? – lançou-me um olhar incrédulo. – Vá colocar uma roupa antes que... Argh. – entrou no banheiro e bateu a porta.

Joguei-me na cama e comecei a rir. Ele havia até ficado vermelho, coitado.

Me vesti rapidamente com qualquer coisa que encontrei no guarda-roupa e desci as escadas. Mamãe estava na cozinha fazendo o almoço, mal cheguei lá e me lançou um olhar de ódio.

- Acordou finalmente? – revirei os olhos.

- Mãe faz favor né. – Tom entrou na cozinha logo em seguida, me abraçando por trás. Sorri.

- Que cena romântica, agora me ajude aqui. – largou o pano nas mãos de Tom e a colher na minha. – Você enxuga a louça e você cuida das panelas. CADÊ O BRIAN? Ele vai limpar a casa!

Soltei uma gargalhada.

- Ta tomando banho. E ta toda apressada por quê? Posso saber?

- Tenho um encontro com velhas amigas, é à uma hora. ONZE HORAS E NADA DO ALMOÇO! MEU DEUS! – subiu as escadas correndo. Jurei que ela ia tropeçar me enganei.

- Cheguei! – Syn berrou, descendo as escadas. Mamãe havia ido tomar banho então nós três estávamos sozinhos na cozinha.

- E vai limpar a casa antes que minha mãe te mate. – Tom concordou balançando a cabeça.

- O quê?

- Ah, Brian, ai está você! – ela apareceu, descendo as escadas de cabelos molhados. Gente, como essa mulher consegue tomar um banho tão rápido assim? Só pra lavar o cabelo já demoro meia hora. – Você pode limpar a casa para mim, querido? Marie e Thomas te ajudam, É CLARO! Não é, amores?

- Sim. – Tom e eu resmungamos ao mesmo tempo, sorri para ele. Brian olhou pra mim, depois Tom e por fim voltou o olhar para mamãe.

- É claro. – sorriu. Aposto dez reais que foi o sorriso mais forçado que ele já deu. Qual é, todo mundo odeia limpar a casa.

- Marie sai dai. Ta fazendo tudo errado. Meu Deus imagine quando for morar sozinha. Imagine se vocês se casarem – olhou pro Syn. – Vai matar você de fome!

- MÃE! – protestei. – Sei cozinhar ok? Você que acha defeito em tudo.

Subi as escadas batendo o pé. Brian veio atrás de mim.

- Virei faxineiro agora? – falou, bufando e sentando na ponta da minha cama. Ri.

- Awn imagine você de avental. – comecei a gargalhar alto. Andei em direção à porta e discretamente, ou seja, para Brian não ver, tranquei-a. – Então. – andei em sua direção.

- Que foi? – revirei os olhos. Brian podia ser tão lerdo quando queria. Como consigo lidar com isso todos os dias? Credo. Aproximei-me mais e sentei em seu colo, de frente para ele. Já imaginou tudo né? Então.

- Ai Brian, você é muito lerdo. – suas mãos passeavam por minhas coxas. Agradeço por estar de shorts, minha segundo opção era colocar um vestidinho.

- Até segundos atrás você disse que não iria rolar. – depositou um beijo em meu queixo.

- Disse que não iria rolar porque mamãe estava em casa. – encarei-o. – Mas ela vai sair... E podemos nos livrar de Thomas rapidinho, então... – ele sorriu malicioso.

- Você anda muito safadinha senhorita Merrie.

- Ué, não sou sua namorada? – mordi a bochecha dele.

- Faz sentido. – concordou com a cabeça. Dei uma risadinha. Se havia como ficarmos mais próximos então Brian certamente estava tomando conta disso. A cada segundo me puxava para mais perto dele, nossos troncos estavam colados. Encarar aqueles olhos era a parte mais difícil do processo. Eles me deixavam instigada, desesperada e excitada ao mesmo tempo.

Aqueles olhos despertavam sensações em mim que nada no mundo conseguia promover. Era me perder ali dentro que experimentava sentimentos novos. Esquadrinhei cada canto daquele rosto com os olhos e a mão. Syn fazia careta constantemente porque queria rir e me fazia sorrir o tempo todo.

- Já aviso que sou totalmente inexperiente no assunto. – confessei, corando. Ele riu.

- Posso cuidar disso. – encarei-o sorrindo.

Alguém bateu na porta e aposto dez reais como foi minha mãe. Levantei do colo de Brian e andei até a porta, não antes de ouvir um suspiro frustrado do mesmo. Soltei uma risadinha antes de abrir a porta.

- Diga. – coloquei a cabeça para fora. Lá estava ela, me encarando sorridente. Revirei os olhos.

- Almoço pronto.

- Já?

- Se você olhar para o relógio que fica do lado da cama verá que agora é exatamente meio dia e meio. – ela zombou.

- Ah. Ok, já vamos. – fechei a porta, mas ouvi mamãe rir do outro lado da mesma. Chata. – Almoço pronto.

- Ah, mas eu quero comer outra coisa... – ele me olhou maliciosamente. Revirei os olhos.

- Cala a boca Gates, vamos logo.

Almoçamos rapidamente e logo em seguida mamãe saiu. Thomas e Brian lavaram a louça e secaram, enquanto varria a casa. Depois Thomas tirou o pó e Brian foi limpar os quartos. No fim, limpamos a casa toda em duas horas. Graças a Deus tínhamos o Syn, se não teria levado pelo menos umas quatro horas.

Depois que tudo estava devidamente limpo e em seu lugar, dei a ideia para Thomas de sair, dar uma volta. Até liguei para Jimmy, Matt, Zacky e Johnny. Mandei-os sair com Thomas e Jimmy sacou na hora quais eram os planos, me chamando de safada e coisas do gênero. Mereço né.

Ele saiu lá pelas quatro horas e então Brian e eu estávamos finalmente sozinhos. Porém Brian dormia no sofá enquanto perambulava pela casa.

Levou muito tempo até Syn acordar. Creio que a faxina matou o coitado. Hm.

- Nossa finalmente. – falei, me jogando em seu colo logo em seguida. – Estava aqui sem fazer nada e sem ninguém para conversar. – fiz bico. Ele riu e me deu um selinho.

- Sabe o que acho?

- Hum...

- Que não vai rolar hoje.

- Por quê?

- Ah, qual é Marie. Qualquer um percebe que você está se roendo por dentro de medo. Deixa pra outro dia, sei lá. – acariciou meu rosto.

Agora me respondam vocês. Existe namorado mais perfeito que esse? Pelo menos comigo. É fato que as garotas que Brian havia pegado antes de mim eram todas umas vadias e ele agia como o cafetão, mas ele havia mudado muito. Às vezes, confesso, sinto falta do meu Synyster Gates, se ele queria assim, porém, não havia nada que pudesse fazer para mudar. 

Encarei-o.

- Gates. – chamei sua atenção.

- Diga.

- Eu. Você. Agora.

Foi o que bastou. Syn me pegou no colo e então subiu escada a cima em direção ao quarto. Chegando lá, não deu nem tempo pra muita coisa. Ele trancou a porta e me colocou na cama. Logo em seguida já estava por cima, distribuindo beijos por toda a extensão do pescoço e colo. A única coisa que conseguia fazer no momento era passear minhas mãos por suas costas maravilhosas. Aquelas costas eram tipo o paraíso. Bem do jeito que gostava: fortes e definidas.

Quando consegui uma brecha tratei de inverter as posições e fiquei por cima, me vingando prontamente dos beijos e provocações que havia recebido anteriormente. Lá estava eu explorando aquele pescoço e peitoral maravilhoso. Tudo era simplesmente perfeito, ainda mais numa situação como essa. Paraiso se resumia a isso, não é? Hm.

Na oportunidade que teve Brian simplesmente tirou minha blusa e jogou em algum canto qualquer do quarto que nem ao menos vi qual foi. Mas, afinal, o que isso me interessava agora? Prontamente tirei sua camiseta e quando pisquei já estava somente de lingerie enquanto Brian estava de calça, me senti injustiçada. 

- Certeza? – perguntou. – Porque não estou acostumado a parar depois que começo.

- Brian... – encarei-o – Se não quisesse não estaria aqui. Anda logo com isso.

E por fim, estávamos sem nenhuma peça de roupa, continuando com a provocação. Até que ele não aguentou mais e, bom, todos sabem o que aconteceu.

Estávamos sentados no sofá da sala assistindo a qualquer filme que encontramos na TV. Como o dia estava bem fresquinho, obviamente eu me encontra debaixo das cobertas agarrada ao Brian. Qual é to com frio ta bom. 

- Sabe o que eu to com vontade de comer? – perguntei, olhando para cima a fim de ver ele.

- O quê?

- Sorvete. – sorri feito uma criança.

- Mas tu não tá com frio?

- Sim, mas é exatamente o melhor jeito de tomar sorvete. Quando ta frio o sorvete fica uma delicia. É a melhor sensação do mundo. – ele riu, fiz bico.

- Você vai me fazer sair só pra comprar sorvete? – perguntei, fiz bico. Isso sempre conquista qualquer pessoa. Sério. Ele revirou os olhos. – Ta bom, eu vou.

- EBA! Napolitano, mas tu sabe disso. E não demora.
Enquanto ele estava fora, fui em direção à cozinha a fim de fazer um brigadeiro. Frio me da fome ta bom? Não me julguem. Tive que desligar correndo porque o telefone estava tocando, sorte que o brigadeiro já tava pronto.

- Alô?

- Fala minha gatinha.

- ZACKY! O que você quer porpetinha lindo?

- Que tal sairmos hoje? Ir ao pub de sempre, curtir um pouco e tal. Gates ta aí né?

- Ele saiu agora, mas já deve estar voltando.

- Ok. Que tal lá pelas oito?

- Pode ser.

- O Tom vai junto ok? Convidei-o.

- No problem. A Becky vai? – Zacky riu do outro lado da linha.

- Vai.

- Hm. Zacky Baker, você está apaixonadinho?

- Quem sabe! Enfim, tenho que desligar. Beijo amor da minha vida.

- Beijo paixão. – Nesse momento Brian entrou pela porta e ficou me olhando, só pra zoar tive que brincar com a cara dele. – Oh Deus, Brian chegou! Tenho que desligar Zacky, ele não pode saber do nosso relacionamento. – Brian riu e Zacky também.

- Vish. Beijo sua gostosa.

- Beijo gostoso. Te amo.

- Também.

Olhei pra sacola que estava na mão do Syn e sorri.

- SORVETE! – pulei no pescoço dele enquanto o mesmo gargalhava.

- Vai me esmagar.

- MAS É SORVETE! – e comecei a beijar cada centímetro do rosto dele enquanto Syn continuava rindo feio uma hiena. – Ah, e eu fiz brigadeiro!

- BRIGADEIRO? Ai meu Deus, como te amo. – comecei a rir. Ambos interesseiros. Que tipo de relacionamento era esse?

Soltei-me dele e fui até a cozinha buscar a panela com brigadeiro, que por sorte já estava fria então ninguém ia se queimar. Peguei duas colheres e partimos em direção ao sofá. Pote de sorvete e panela a postos e lá fomos nós devorar todas aquelas delicias bem ali na nossa frente. Gorda? Ah ta.

- Cheguei! – Tom berrou, entrando feito uma idiota pela porta

- Oi panaca. – resmunguei, rindo.

- Vocês vão né? Quero sair! Por favor, diz que vão.

- No pub? – Brian perguntou, Thomas assentiu. – E eu tenho cara de quem recusa bebida? Por favor né.

Ficamos papeando até umas sete horas quando decidi que já era hora de tomar um banho e me vestir. Eles continuaram a papear. 
Enfiei-me de baixo do chuveiro, mas não estava nem um pouco a fim de demorar, então o banho foi rápido o suficiente para lavar o cabelo e o corpo, nada de mais.

Pegue uma blusa do Metallica, uma daquelas que fica caída no ombro, sabe? Então. Coloquei um short jeans que sabia exatamente o quando Brian ia resmungar. Afinal, o short era curtíssimo do tipo de só aparecer à barra desfiada do short porque a blusa tampava todo o resto. Mas qual é! Gosto de short curto.

Sequei o cabelo rapidamente, fiz uma maquiagem básica que constava de lápis e sombra preta e pus meu vans preto.

Desci as escadas correndo e pulei no colo do Brian no momento em que cheguei na sala.

- Curto demais. – dei risada.

- Sabia que você ia reclamar. – beijo na bochecha. – Mas não vou trocar. – ele me olhou de mau humor, dei risada. – Pra que vou trocar se tenho um homem forte e mal humorado do meu lado? Se alguém vier de gracinha tenho até pena do sujeito.

Ele riu.

- Vamos? – Tom perguntou pulando feito um idiota no sofá.

Chegamos ao pub oito e quinze, só pra dar uma quebradinha no horário combinado. Todos já estavam lá numa mesa gigantesca que eles pegaram para caber todos. Sai correndo em direção ao Zacky e abracei-o.

Tenho uma paixão enorme pelo Porpeta ta bom? Todos são meus melhores amigos, todos mesmo. Mas o Porpeta E o Jimmy são meus xodós. Não deixem o Brian saber disso.

- Oi paixão. – Zacky disse, beijando minha bochecha em seguida.

- Já tá agarrando minha namorada Vengeance? Mal cheguei.

- Tua namorada que não vive sem mim ok? Não tenho culpa.

- Pois é né. – Jimmy disse, senti uma direta pra mim. Levantei do colo do Zacky e andei até o Jimmy.

- Eai gostoso vem sempre por aqui? – falei, lançando meu melhor olhar sedutor. Ele riu e depois me mandou um olhar mais sedutor ainda.

- Só quando sei que você vai estar aqui também, delícia.

- Nossa então vem. - e pulei no colo dele pra poder agarrar ele.

Todo mundo na mesa estava rindo enquanto eu mordia o Jimmy que se acabava de rir e me pedia pra parar.

- Que fogo. Gates, o que tu fez com ela hein? – Matt perguntou, lançando um olhar malicioso pro Brian que fez uma cara de cafajeste. Me arrepiei toda.

- Nem te conto.

- NÃO BRINCA! – Johnny berrou, olhando pra mim e depois pro Syn. – Sério?

Revirei os olhos.

- Ai anão, você é tão lerdo às vezes.

- Tu quis dizer sempre né? – Jimmy perguntou.

- É, mas não quis ofender.

- Vamos parar de falar, CADÊ A BEBIDA?

Começamos a beber e, como sempre, todo mundo já estava louco. As devidas “namoradas” chegaram um tempo depois então ninguém ali estava sozinho. 

Teve umas piriguetes que lançaram uns olhares de interesse pro Gates e obviamente o Sullivan não perdeu tempo pra me zoar e me perguntar se eu não ia “Detonar com a cara das recalcadas”. Brian me segurou o tempo todo junto dele enquanto mandava o Jimmy calar a boca.

Thomas, pela primeira vez, saiu da mesa pra caçar. Sim! Meu irmão foi caçar! O orgulho foi tremendo, devo confessar. Todo mundo bateu palmas enquanto ele ia em direção a uma garota da qual ele havia olhado por, pelo menos, meia hora. Não vi mais ele pelo resto da noite.
Fomos embora do pub quando já estava sendo fechado. Todos para suas devidas casas, exceto Brian, é claro, que ia dormir lá em casa. A ultima coisa que lembro é de capotar na cama e depois, nada.

Acordei no dia seguinte recebendo milhões de empurrões e beijos ao mesmo tempo. Abri os olhos e encarei a pessoa que ousava incomodar meu sono. Ah sim, Brian.

- Hm. – resmunguei. Ele riu. – Me deixa dormir.

Brian gargalhou, ah ok, agora virei bozo.

- Não sabe que dia é hoje?

- Hm. – parei para pensar. Como vou saber que dia é hoje? Estava dormindo! Neguei com a cabeça.

- Vou te ajudar. – e sorriu me olhando fundo nos olhos. – Feliz Aniversário!

Droga, tinha totalmente esquecido disso.