A Vilã Morre No Final . escrita por Liz03


Capítulo 28
28) Obras sempre tem problemas com encomendas


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii, sei que andei sumida : ( mas agora volto com um capítulo que , pessoalmente, eu acho que está legal e tenho a leve impressão que vocês terminaram mais curiosas do que começaram hehe Por favor, suas pestinhas queridas, comentem.



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José Pierre Polle. Encarregado de contrabandear armas , ultimamente a encomenda ou chega com atraso ou não chega, serviço mal feito, funcionário inútil. É meu dever portanto dispensá-lo. E com dispensa entenda morte. 43 anos descendência alemã, pele branca, cabelos loiros, olhos azuis. Casado com uma francesa a 8 anos, duas filhas a mais velha tem 5 anos, a mais nova 2. Moram numa rua pacata, uma casa típica de classe média. Um andar, jardim bonito, carro legal. A esposa é uma eficiente corretora de imóveis, que pensa que seu marido é funcionário de uma firma.  Atualmente estão na Suíça. Às 21 horas ele ainda estava no armazém, afastado da cidade. Arrumava a mercadoria que estava atrasada em 2 meses, achava que o mesmo receptor viria pegar as armas e entregar o dinheiro.

Desci do carro, destravei a Glock 45, pus na cintura, bem visível presa na parte de dentro da calça.  Entrei.  Ele , que estava empacotando revólveres e fuzis, virou subitamente com minha presença. A íris azul foi coberta pela pupila dilatada, a boca abriu um pouco e ele gaguejou qualquer coisa, pôs a mão na cintura para pegar a arma, mas antes disso eu já mirava no meio da testa dele, Pierre levantou os braços em sinal de rendição e tentou falar mais uma vez.  Falei em inglês:

- Oh I can’t believe  - digo me aproximando do homem com o semblante apavorado - Eu venho lhe visitar e é assim que você me recebe?

- Cortez.... - a voz saiu como um sopro, a respiração já lhe faltava -  O que você...?

- O que? – brinco um pouco com a arma antes de continuar – Ah você não sabe o que estou fazendo aqui? Bem, vim lhe visitar, não ficou contente? – observo gotas de suor surgirem em sua testa, mãos ligeiramente incontroláveis, orelhas vermelhas, ficando nervoso - Könnten Sie mir bitte helfen? Você pode me ajudar por favor?  

- Posso – Ele passa a mão pela testa para limpar o suor – O que você deseja?

- Hum...Você não sabe? Eu quero algo que você tem. Advinha.

Silêncio. Pierre percorre com os olhos o armazém na busca de algo para se defender, para a infelicidade dele a arma está na minha mão mirando a cabeça dele. E para maior desespero ele sabe que eu não hesitaria em atirar e só não fiz isso ainda porque quero a caixa preta com informações sobre fornecedores de armas e histórico de negócios. Imagine se esses dados parassem em mãos erradas, a agência teria no mínimo que se explicar a alguns governos. E é óbvio que a tal caixa preta não está assim fácil de se encontrar, afinal é um tipo de garantia que ele tem, ele vive enquanto não soubermos onde ela está.  Polle estala o pescoço e diz por fim:

- Você sabe que eu não vou dizer, não sabe?

Não respondo, sorriu. Percebo o medo invadir seus olhos azuis.

- E você sabe que eu tenho como fazer você falar não sabe?

- SE TOCAR NELAS EU MATO VOCÊ, OUVIU BEM? – Pierre dá uns passos em minha direção – MATO. VOCÊ.

Também me aproximo dele, seguro-o pela borda da camisa polo, encosto o cano da arma na testa dele. Falo com o tom de voz normal, aproximo minha boca de sua orelha direita encosto meus lábios em seu lóbulo.

- Ei, ei,ei – sorriu mais um pouco e sinto o corpo dele enrijecer – Com quem pensa que está falando?

Ele respira fundo e diz enfim: - De- desculpe, eu...elas são tudo o que eu tenho eu...

- Você não tem nada. Nada. Ouviu bem? -  Me afasto de sua orelha para olhá-lo diretamente nos olhos – Elas não sabem quem você é. Ich habe Hunger. Estou com fome – Empurro-o sem tirar a mira de sua cabeça . Respiro fundo e passo a mão pela barriga – Como você é mal educado, não vai me convidar para jantar na sua casa?

Polle respira fundo e por uma fração de segundos parece analisar suas possibilidades. Como não há nenhuma ele responde um “Claro, está convidada”. Vira-se para fechar as caixas com as armas, veste o casaco e entra no carro, vou seguindo com meu BMW alugado. Chegamos na casa.  Um carro preto e outro prata estão na garagem, ele parece hesitar ao perceber que sua vaga na garagem já está ocupada, por fim resolve estacionar próximo a calçada, faço o mesmo, escondo a arma na bolsa e, só por garantia, coloco uma faca entre a pele e a bota.  Pierre examina a placa do carro preto parado na sua vaga.Vou até ele.

- Quem está aí?

- Não sei

- Conta outra

- Não sei, não é de ninguém que eu conheço, verdade

Olho para ele de soslaio. Seguimos até a entrada, ele destranca a porta entramos. 20:30 p.m e a sala estava com seus acentos ocupados.

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06:00 a.m Estico os braços e as pernas . Bocejo.  Batidas na porta interrompem meu ritual de recém-acordado. Levanto cambaleante passo a mão pelo rosto para despistar o sono. Abro a porta, Alex e Tolói sorriem.

- Vamos – Ela entra e senta-se no sofá – Prometeste que ia desta vez

- Eu....

- E não aceitarei negociações, gajo . é vai e pronto

Olho para Tolói que puxa uma cadeira e pisca para mim. É, não tem jeito. Vou até o banheiro e pego uma roupa pelo caminho, já do outro lado da porta falo:

- Posso saber ao menos para onde nós vamos?

- Surpresinha – Ouço a portuguesa falar – Vamos a um sítio especial , garanto que tu gostarás

- Se dizes – sorriu e escovo os dentes

- Ah e pega teu passaporte

- Vamos sair do país?

- Não, imagina

Meus amigos riem do outro lado da porta. Alex nos disse que tinha aproveitado uma promoção relâmpago da TAP e conseguido 3 passagem até Lyon na França, mas não ficaríamos por ali , já que, ela tinha um amigo em  Berna, na Suíça. Fomos então de trem de Lyon até a cidade.

Eu devo dizer que Berna é linda. E definitivamente estava usando a roupa errada, o vento era frio e eu quis parar em algum lugar para comprar um agasalho mas já eram 14:00 p.m e eles estava com fome. Paramos num restaurante e depois de devidamente alimentados seguimos às 16:00 p.m para conhecer a cidade. Alex já tinha estado ali e nos levou em lugares ótimos tanto para visitar quanto para comprar coisas. Comprei um suéter para mim e um para mandar para minha mãe, para Sofia comprei um gorro rosa onde se lia Bern.

19:30 p.m paramos para tomar um licor numa espécie de taverna.

- Alex, obrigado mesmo por nos proporcionar tudo isso – Tolói disse depois de um gole no líquido esverdeado sabor menta

- Ora não por isso – E sorriu com aqueles olhos amendoados que mais pareciam amanteigados, na verdade, pareciam deliciosos.

Deliciosos?

Que raios de definição é essa?  Tomás, Tomás , Tomás.....

- Sabe – ela põe para trás da orelha uma mexa do cabelo. Cabelos castanhos cacheados (como diria uma legítima portuguesa “em caracóis”) – Chamei meu noivo, ele não pôde vir, e em tão pouco tempo vocês já são grandes amigos, nem foi difícil de decidir – sorri e toma um gole generoso do licor de pêssego

- Você também é uma grande amiga – passo o polegar por seu ombro e sorriu – Sério, se não fosse você nossa adaptação não teria sido tão fácil, né Tolói?

- É sim

 20:00 p.m fomos caminhando pelas ruas da cidade. Pegamos um ônibus. Alex nos explicou que esse amigo fora seu vizinho em Brandenburg cidade próxima a Berlim. Ela havia alugado um carro prata por telefone, foi dirigindo, fiquei no banco de trás.

- Será que não fica feio nós chegarmos assim para jantar na casa na casa do seu amigo de penetras – Tolói disse brincando mas falando sério, a brincadeira foi um pretexto

- Claro que não ora bolas, esse gajo me deve muitos jantares – ela diz sorrindo – Ele não sabia cozinhar e sempre ia jantar no meu apartamento

Às 20:15  p.m chegamos a casa de José Pierre Polle, mas ele ainda não tinha voltado do trabalho.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acham? Lembrem de comentar por favor : )