A Vilã Morre No Final . escrita por Liz03


Capítulo 19
19) Pode quebrar


Notas iniciais do capítulo

Capítulooooo gigaaaante : O



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Eram oito horas da manhã de sábado, eu ajudava Sofia na barraca da pescaria, minha mãe estava na barraca de doces e a Luiza já tinha chegado e estava estrategicamente ajudando numa barraca muito longe de onde eu estava. As quermesses sempre aconteciam num clube, as barracas eram montadas sobre a grama. Tendas coloridas e pessoas aninhadas abaixo delas se escondendo do sol, algumas mais eufóricas caminhavam pela grama, crianças corriam de uma lado para o outro.

– Ela ainda não chegou....- Eu falei mais para mim do que para ser ouvido

– Eu não gosto dela Tomás – Sofia largou a vara de pescar peixes de plástico – Ela bateu em você

– É eu sei, mas depois ela se desculpou e disse que viria aqui hoje explicar tudo

– Mas eu não acredito nela

Sofia foi escolher um brinde por ter pescado 5 peixinhos, e eu fiquei refletindo se eu acredita que Cortez realmente viria falar com a Luiza. Ou vai ver era o que eu queria pensar.Esperei na entrada do clube até umas 10 horas, mas ela não tinha chegado.

– Tomás?

– Oi mãe

– Filho, você não ia ser o palhaço da barraca do circo?

– É, já to indo

– Quem sabe quando você se desligar ela acaba chegando

– É. Quem sabe

Vesti a camisa rosa choque e o macacão verde com bolinhas coloridas num tamanho exageradamente grande, pintei a boca de vermelho , olhos de azul e o resto do rosto de branco. Pus um pouco de tinta vermelha nas bochechas.Quando as crianças vieram correndo na minha direção os problemas e toda minha chateação foi reduzida a um canto insignificante de mim.

– Paiaço! Paiaçooo!

– Tiooo! Ô tiooo

Fizemos brincadeira de corrida de sacos, cabo de guerra, corrida com ovo na colher, bambolê, batatinha quente 123.

– Quem quer gosta de chocolate?

– EEEEUUUU

– Quem quer brincar mais?

– EEEEUUUU

– Quem faz xixi na cama?

– EEU..

Risadas. Sofia virava para alguns e dizia “ele é meu irmão , sabia?”, e dava uma piscadinha para mim. Enquanto eu pulava corda percebi que ela estava encostada na barraca de churros. Corri até onde ela estava.

– Oi

– Oi, olha pode terminar de brincar com as crianças porque elas estão olhando de um jeito ameaçador

– Certo, você espera aí?

Ela fez que sim com a cabeça. Mais algumas brincadeiras, de cinco em cinco minutos eu checava se ela ainda estava.Quando terminei fui até lá.

–Vamos?

– Você não vai tirar a fantasia primeiro?

Talvez eu devesse trocar de roupa, mas a ansiedade não permitiria. Disse que estava tudo bem e fomos andando até a barraca onde ex- futura namorada estava. Emiliane Cortez estava com uma bermuda jeans que terminava um pouco antes do joelho, uma camiseta branca, tênis azul e um óculos escuro Ray ban, fomos andando sem falar nada. Luiza estava na barraca de tiro ao alvo.

– Posso falar com você?

– Não

– É importante – Apontei discretamente para Cortez- Ela vai explicar o que....

– Não

– Por favor

Ela se virou. Olhei para Capitã Cortez com desespero, voltei para perto dela.

– O que eu faço? Ela não quer falar comigo!

– Deixa comigo

Ela pôs a mão no bolso e tirou uma nota de 20 reais.

– Ei, loirinha! – Luiza levantou a cabeça com a boca torcida de desprezo – Quero duas armas para atirar, um pra mim e outra pra ele – Ela balançou a nota , e recebeu duas armas de brinquedo e rolhas que serviam de munição – Obrigada

Cortez estendeu uma das armas para mim, eu estava mais perdido que cego em tiroteio de tiro ao alvo mas carreguei a arma e atirei, acertei uma pipoquinha doce. Luiza pegou o brinde e me deu sem olhar diretamente para mim. A Capitã colocou todas as rolhas de uma vez na arma, como eu não sei porque só cabia uma. Ela segurou a arma com uma mão só e saiu atirando para ganhar os melhores brindes, que teoricamente eram quase impossíveis, atirando e falando.

– Escuta loirinha – Luiza permaneceu de cabeça baixa – Olhe pra mim quando eu estiver falando com você está bem? Sabe esse idiota aqui? – Ela apontou para mim – Esse imbecil gosta de você – Ela colocou a arma em cima da bancada e chegou muito perto de Luiza – A culpa daquele dia foi minha, você nunca bebeu a mais? Esse ameba está me perseguindo pra que eu lhe diga o que realmente aconteceu. E acredite me chatear não é algo saudável de se fazer...

Emiliane segurou Luiza pelos braços e encarou a nos olhos, acho que a minha vizinha favorita sentiu o impacto dos olhos verdes horripilantes, porque ela simplesmente não se mexeu e permaneceu ali com os olhos arregalados.

– ...ele entrou na piscina enquanto eu estava lá . Eu dei um soco na cara dele – Cortez olhou para mim e balançou a cabeça – Agora, se você quer fazer doce e ficar sozinha, vai pro inferno! Porque esse retardado gosta de você, gosta mesmo – Cortez respirou fundo – E então o que me diz?

Ela soltou Luiza, que olhou espantada da Capitã para mim.

– Primeiro, essa história não me convence, nem um pouco. E segundo, eu já tenho alguém, que gosta de mim, que me respeita e que não inventa histórias ridículas como essa

– O quê?! – Eu e Cortez fizemos em uníssono

E ela simplesmente foi embora, a seguimos com os olhos e ela foi se pendurar no pescoço de um cara.

– O quê....? – Dessa vez só eu fiz

– Desculpa

Eu encarei Emiliane por um tempo.E comecei a rir.

– Quer saber? Vai ver não era pra ser

– Aquela vaca! Quem ela pensa que é?

– Não fala assim...

– Não fala assim uma vírgula

Eu não me controlei, ri tanto que minhas bochechas doeram.

– Do que você está rindo? Você levou um fora sabia?

– É que você está muito preocupado com minha vida amorosa

Ela me deu dedo e saiu andando. Fui atrás.

–Espera! – É óbvio que ela não parou e esperou, mas eu continuei correndo – Você tem compromisso depois daqui? Porque já que você está aqui...

– Eu vou embora

– Eu só queria agradecer por você ter vindo e falado, vamos comer cachorro –quente?

Ela parou. Me encarou e fez que sim com a cabeça. Pedimos 2 cachorros quentes completos, com tudo que temos direito: molho, ervilha,milho, batata palha, queijo , e claro salsicha. Ela levantou o dedo e chamou o voluntário que estava de garçom.

– Cerveja

– Não...tem...

Dei uma tossidinha – Amigo, vê dois refrigerantes por favor – Quando ele foi pegar eu disse enfim – Não vendem bebida alcoólica em festas da igreja

– Mas que bosta...

Ri. E pus um pouco mais de ketchup. Cortez bebeu um gole do refrigerante e balançou a cabeça negativamente.

– Nem pensar – Ela afastou a latinha – Calouro, vamos para um lugar decente

Dizendo isso Emiliane levantou e foi caminhando. Hein? Pus a mão no bolso coloquei uma nota na mesa, peguei o cachorro quente e fui correndo atrás dela.

– Mas vamos para onde?

– Ai como você é lento , eu não já disse que vamos para um lugar decente?

– Mas...que?! – Cocei a cabeça – Precisa avisar minha mãe

– Espero no carro, você tem cinco minutos, se não vou sozinha

Saí correndo , estilo corrida com obstáculos, sabe? Só para constar eu ainda estava vestido de palhaço, tirei o macacão com bolinhas, passei uma toalha no rosto para tirar a maquiagem, vesti a calça (óbvio que me atrapalhei na hora de pôr cada perna em seu devido lugar). Falei com a minha mãe – que não entendeu muito mas compreendeu a mensagem- dei um beijo na testa da Sofia. Corri por em direção ao eclipse amarelo (resolvi ficar com a blusa rosa mesmo), corri com um relógio mental na cabeça dizendo que faltavam 3 segundos a cada passo. Mas quando eu finalmente cheguei ao lado do carro simplesmente não consegui abrir a porta. Fiquei ali olhando até que foi destravado por dentro.

– Vai ou não?

Entrei. Por fora o eclipse impunha respeito e por dentro era a personificação do próprio. Bancos de couro estilo feitos para corrida e eram pretos com listras amarelas, câmbio de marcha personalizado com a imagem de um puma dourado no topo, volante modelo esportivo de luxo, não deu tempo de reparar muito já que ela começou a acelerar, pus o sinto de segurança.

– Você acelera mesmo, né?!

– Isso? Não estou nem começando – Ela deu uma piscadela

Aí quem acelerou mesmo foi meu coração, vi postes e árvores ficarem para trás como meras manchas que passavam pelas janelas. E ela estava certa, nem começando.... A velocidade só aumentou. Fomos para um boteco que ficava quase no fim da cidade. Uma pintura amarela falhada que deixava a vista grandes manchas e partes sem tinta, uma placa de madeira tinha letras esculpidas . “Bar do Jota”. Cortez rodou a maçaneta e segurou a porta para que eu passasse.

O lugar era mal iluminado, com uma fumaça asfixiante, sentamos numa mesa para dois. Ela assoviou e levantou a mão. Um barbudo careca e com braços tatuados se aproximou.

– Diz minha patroa

– Diz Betão! – Eles trocaram um aperto de mão – Pra mim traz uma vodka com limão , das boas ein? Não aquelas porcarias que você serve pra qualquer um. E para nosso amigo...

– Uma soda por favor

Eles riram com aquele som de quando alguém manga de você, sabe como é?

– Aqui não tem isso não bebezinho – O barbudo ainda ria quando disse isso – Qual é a do franguinho chefa?

– Sabe que eu queria saber, mas pega um uísque de primeira e...

– Mas eu não bebo

– ...batata frita e dois x-tudo

Certo, fui ignorado. O “garçom” sumiu por de trás do balcão, voltou com dois copos americanos numa mão e a outra segurava pelo gargalo uma garrafa de vodka e uma de uísque, nos serviu.

– Deixo as garrafas aqui?

– Sim, pode deixar - Ela tomou toda a vodka em um só gole e fez um gesto com o dedo indicador para que ele enchesse o copo.

O barbudo abriu uma porta que ficava ao lado da estante atrás do balcão e entrou fechando-a . Pelo que eu entendi lá funcionava a cozinha. Ela bebeu mais um pouco de vodka. Eu olhei para o copo com uísque, intocado, levantei os olhos , Cortez estava me encarando.

– Prova

– Mas eu não bebo

– Só um gole – Ela fez o brinde com o copo no ar – Eu também não sou de trazer calouros aqui

Mirei um pouco o líquido alaranjado, dei uma bebericada. Tinha um gosto marcando, esquentava o corpo devido ao teor de álcool, não pude evitar uma tossidinha depois que o uísque passou pela minha garganta. Ela deu uma risadinha zombeteira.

– Não é que não agüente beber – Expliquei – Eu só não gosto, entende?

– Sim, claro – Mais um gole de vodka – Por que você entrou para o exército?

– Era um sonho de criança e queria poder ajudar mais minha família , antes eu estudava e trabalhava – Tamborilei com os dedos na mesa – Passava o tempo todo ocupado e ganhava pouco – Refletimos um pouco, eu e o uísque, decidi falar – E você?

– Questão de oportunidade

– Ah...E sua família?

– Que é que tem?

– Apoiou?

– Digamos que....minha família não é muito presente...

– Ah...entendo

Passamos um tempo assim, cada um olhando para o próprio copo o dela quase vazio o meu quase cheio.

– Eu...sinto...muito

– Não sinta – Os olhos verdes pararam em mim – Eu não sinto – Emiliane abaixou o olhar e bebeu mais um pouco

Naquele momento ela não era uma Capitã do exército com um soco destruidor e uma mira fenomenal. Era apenas uma pessoa que não queria que ninguém sentisse pena. Só uma mulher com ar triste e um copo de vodka.Aproximei minha mão da dela que estava em cima da mesa, deixei meu dedos tocarem nos dela. Ela olhou das nossas mãos para mim, senti minhas bochechas queimarem, lutei com meus instintos para deixar meus dedos onde estavam (acho que se eu tirasse a mão dali de repente ficaria mais estranho). Talvez eu até tenha tremido um pouco.

– Tomás?

– Hum?

– Por que colocou a mão aqui?

– Não sei - Tentei engolir mas a saliva não quis descer

Talvez porque eu estivesse carente a muito tempo,e com a Luiza eu criei expectativas de estar com alguém e agora estava sozinho de novo, talvez porque ela era uma dualidade maluca entre adorável e detestável.Talvez por isso e por muito mais eu me senti atraído pelos olhos verdes, vontade de abraçá-la e beijá-la até o dia amanhecer ou até ela me afastar dizendo que eu era um idiota.

– Ah eu vi que você está lendo “A sombra do vento”, está gostando?

– Até que sim- Ela levantou uma sobrancelha - Mas como você sabe?

Oooops esqueci que eu descobri isso abrindo a gaveta do quarto dela. Sorri sem graça.

– Foi o que eu pensei – Ela fez um sorriso torto – Já leu Os homens que não amavam as mulheres?

– Não, mas já ouvi dizer que é bom, to juntando um dinheirinho pra comprar ainda esse mês, quem sabe

– Eu li, tenho lá em casa , lhe empresto

– Sério? Valeu

– Quando a gente sair daqui você vem comigo até em casa e eu lhe dou

– Certo

AAAAA eu vou na casa dela. Que medo, que coisa legal... e medonha. Por um momento bizarro imaginei corpos pendurados da sala até a cozinha, um sofá vermelho e uma forca no quarto. O barbudão trouxe os sanduíches, na verdade, aquele conglomerado de pão, hambúrguer,queijo, presunto, bacon, ovo, salada e etc, fugia da classe dos sanduíches, era um monstro. O que era bom porque eu estava com fome, aquelas criancinhas animadas me deixaram cansado.Eu comi como um cavalo, fato do qual não me orgulho, e honestamente, duvidei que ela fosse comer tudo, mas pelo visto eu havia subestimado a fome dela. Ela pediu a conta.

– Ah tem certeza que é seguro você dirigir depois de alguns copos?

– Sai pra lá Tomás – Ela entregou algumas notas (claramente com um troco generoso) para o tatuado

–Olha, eu com algumas doses de vodka dirijo melhor do que qualquer sóbrio, e o que você sugere? Que eu entregue o meu carro pra você dirigir?

– É

– Ninguém. Mexe. No meu carro – Ela abriu a porta e disse do outro lado do veículo – Agora entra logo!

Não demoramos a chegar, já que fomos na velocidade bem acima da permitida. O apartamento dela ficava num prédio de luxo, área nobre da cidade, ela entrou na garagem subterrânea. Fomos pelo elevador.

– Calor, né?

– Unhum – Ela disse vendo os andares se sucederem até o último

Destrancou a porta, girou a maçaneta.Fiquei na porta esperando um sinal.

– Anda calouro!

Entrei.

– Pode sentar.

A sala era enorme e a pouca mobília ajudava nessa impressão, o sofá era bem confortável. Cortez voltou com duas taças e um livro debaixo do braço, me levantei e ajudei-a no malabarismo.

– Muito obrigada Capitã, mas eu já esgotei minha cota de bebida hoje

– Pode me chamar de Emiliane, afinal não estamos no batalhão, não seja fresco você nem o copo todo bebeu e além do mais isso é suco de maçã

Cheirei o conteúdo e depois bebi um gole, olha só ...suco de maçã. Ela se sentou e deixou o suco num centro de vidro que ficava à frente do sofá. Fiz o mesmo e fiquei segurando apenas o livro, olhei para ela, para o livro, para o suco, Emiliane, livro, suco. Emiliane, livro, suco. Emliane...

Ela envolveu meu pescoço com um braço e com o outro manteve a distância entre mim e ela.

– Eu não estou bêbada – Eu podia sentir o hálito dela, o que fazia meus estômago revirar – Mas se você disser não eu abro a porta e deixo você ir – Ela abaixou os olhos e tornou a olhar para mim – É só dizer, não. Não quero, não posso, não.

O que eu deveria dizer? Eu queria beijá-la? Sim. Eu entendia aquela mulher ? Não. Mas não foi isso que ela perguntou. Sabe, nesses momentos nunca resta muito tempo para uma reflexão racional, fiz o que meu corpo disse para ser feito. Segurei o braço dela que nos separava e tirei devagar dali, abaixei um pouco os olhos, respirei fundo, eu precisava de uma preparação para encarar os olhos verdes, lá estavam eles, brilhantes e misteriosos. Levei minha boca até a dela. E ficamos assim por um bom tempo. Emiliane se afastou um pouco.

– Vá embora – Ela disse num suspiro – Pro seu bem

– Am?

– Você deveria ir – Cortez passou a mão pelo meu rosto e a deixou no meu tórax

Fiquei examinando a mão dela, tirei meu braço da cintura de Cortez. Que confusão! Uma hora ela responde ao meu beijo e na outra diz que eu deveria sair dali?!

– Você quer que eu vá?

– Não

– Então por que...?

– Seria....melhor...pra você

Voltei a beijá-la suavemente, esperei para ver se obtinha alguma resposta negativa. Nada. Fiz um caminho de beijos da orelha esquerda até o fim do pescoço dela. Cortez não se mexeu, nem um milésimo, acho que nem respirou. Levantei a cabeça e olhei para ela. Se ela não me queria ali por que simplesmente não dizia? Capitã, quero dizer, Emiliane Cortez chegou mais perto, mordeu meu lábio inferior e me deu um beijo demorado.

Eu sei como você, leitor, é. Adoraria que eu dissesse como a temperatura na sala de repente subiu vertiginosamente, como ela tirou minha camisa e desabotoou minha calça com uma habilidade que realmente me impressionou, ou talvez, você estivesse interessado em saber que eu não dormi em casa, e que na verdade, numa das melhores noites da minha vida, eu não dormi muito. Eu sei. Eu sei que você gostaria de saber detalhes, mas a história tem que continuar, garanto que existiram noites muito mais importantes que essa. Não estou dizendo que a noite não foi fantástica, nem pensar, já disse que foi uma das melhores da minha pacata existência. Mas espere só até eu perder o medo de que ela me mande embora, de que mude de idéia, espere até eu me acostumar. Me acostumar com cada detalhe daquele corpo divinal encabeçado com olhos verdes, me acostumar com cada gesto daquela personalidade maluca, instável, amarga e apaixonante. Espere, porque esperar é um dom.




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Notas finais do capítulo

Ei, tentei fazer uma escrita mais organizada, espero que tenha ficado melhor. E aí? O que acharam dessa pegação entre a Cortez e o Tomás? Digam se gostaram desse rolo e quem prefere a Luiza de volta pode falar também o/
Um bjão, por favorzinho comentem ^^''