Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 82
Capítulo 82 - Fãs


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Bem, nesse capítulo a Amanda e a Aline entram, mais a Aline, já que a Amanda só vai aparecer um pouquinho *mas vou fazer ela aparecer mais aos poucos, não posso colocar todos de uma vez :(*
Boa Leitura :)



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 Acho que acabei cochilando no vôo, acordei com Mikey me cutucando.

 - Acorda Bela Adormecida, hora de desembarcar – Mikey disse, batendo em meu rosto.

 Esfreguei meus olhos rapidamente e me levantei, espreguicei-me rapidamente e desembarcamos.

 Mais uma vez passamos pela gritaria dos fãs, mas agora fora menos tumultuado. Pegamos nossas malas na esteira e fomos até o saguão.

 Algumas garotas nos abordaram – eram quatro meninas que deviam ter entre quinze e dezoito anos, usavam camisetas da My Chemical Romance e uma delas carregava um pôster nosso. Elas pediram autógrafos educadamente, então as atendemos rapidamente.

 - Mikey, eu te amo – uma delas falou para Mikey, o abraçando rapidamente.

 Ela tinha cabelos loiros, lisos e compridos, tinha pele e olhos claros, era mais ou menos da altura de Frank.

 - Obrigado, querida – Mikey disse, sem jeito, abraçando-a também. – Qual o seu nome?

 - Angela – ela sorriu.

 - Frank! – uma outra pulou no pescoço de Frank, abraçando-o com força. Ela tinha cabelos ruivos e longos, era magra e mais ou menos da mesma altura que ele.

 Frank a abraçou também, sorrindo simpaticamente.

 Outra garota abraçou Ray, pedindo-lhe um autógrafo também. Ela era alta e tinha cabelos encaracolados – mas menos volumosos do que os de Ray, claro. Ela tinha olhos com de avelã e pele queimada de sol. Era bonita também.

 Ainda havia outra ali, eu estava lhe dando um autógrafo. Ela era um pouco mais baixa que eu, tinha pele branca, olhos pretos e cabelos lisos da mesma cor, seu sorriso era encantador e angelical, sem falar nos olhos levemente puxados, que a deixavam encantadora.

 - Você é o melhor cantor do mundo – ela disse, um pouco tímida, enquanto eu lhe dava o autógrafo.

 - Obrigada, é exagero de sua parte – sorri para ela.

 - Claro que não! Você é de mais! – ela riu um pouco.

 Terminei de escrever e lhe entreguei a agenda preta com rabiscos em caneta vermelha. Ela a pegou e sorriu para mim novamente.

 - Posso bater uma foto? – ela pediu, seus olhos estavam brilhando.

 - É claro! – respondi, puxando-a para o meu lado.

 Ela entregou uma câmera digital para uma de suas amigas e me abraçou levemente. Batemos a foto e ela pegou a câmera novamente, olhando como havia ficado.

 - Ficou legal, obrigada – ela disse.

 - De nada – sorri.

 - Ah, parabéns pelo casamento e pelos bebês – ela disse, sorrindo mais ainda. – Layla é muito bonita! Imagino que os bebês também devem ser maravilhosos, já que os pais são tão bonitos assim.

 - Oh, obrigado! Sou suspeito para falar, mas eles são lindos mesmo – falei, procurando meu celular no bolso de minha jaqueta.

 Peguei=o e o liguei rapidamente, procurando uma foto de Arth e Helie.

 - Você é a primeira fã a vê-los – falei baixinho, mostrando-lhe a foto.

 - Ah, que honra! – ela riu um pouco. – Eles são lindos! Parecem com você!

 - Obrigado – falei novamente, guardando o celular. Percebi que ainda não havia perguntado seu nome, uma grande falta de educação minha. – Desculpe não ter perguntado ainda, mas qual o seu nome?

 - Me chamo Aline – ela respondeu.

 - Quantos anos você tem, Aline? – perguntei.

 - Tenho dezessete anos – ela sorriu novamente.

 Antes que eu pudesse falar algo, Frank disse:

 - Acho que precisamos ir, Gerard! Já são quase onze horas da noite, essas meninas precisam ir para casa.

 - Ah, mas já? – a menina que abraçara Frank, que agora sabíamos que se chamava Amanda, disse.

 - Vocês são novas, precisam dormir para sonhar com a gente – Mikey riu.

 - Sendo assim... – Amanda deu uma risada leve, dando de ombros. – Obrigada pelo autógrafo, Frank!

 Virei-me novamente para Aline, que me fitava sorrindo.

 - Bem, Adeus – sorri.

 - É... – ela desanimou um pouco.

 Estendi os braços para ela e nos abraçamos rapidamente.

 Nos despedimos delas e fomos em direção à saída do aeroporto, pegamos o mesmo táxi – já que morávamos perto um do outro, o trânsito na frente do aeroporto era caótico como sempre.

 - Amanda é uma flor! – Frank disse. – Tão fofinha!

 - Aline também é querida, ela até disse que Layla e os bebês eram lindos, geralmente as meninas falam mal de Layla – dei uma leve risada.

 O táxi estava começando a andar, ainda estávamos em frente ao aeroporto, tudo estava movimentado, quando pude ver duas figuras femininas e andando há cerca de uns cinquenta metros dali. Uma era morena e a outra era ruiva, seriam Aline e Amanda?

 Sim, eram elas, as mesmas roupas, pude ver a agenda preta nas mãos da menina de cabelos negros.

 Assim que abri a boca para falar aos outros sobre elas, as coisas aconteceram rápido.

 O trânsito começou a andar, Aline não pareceu perceber e foi em direção a rua, para atravessá-la, Amanda tentou segurá-la, mas não conseguiu. Apenas pude ver a cara de desespero de Amanda, ouvir o estrondo alto vindo há alguns carros a frente de nós.

 Ela havia sido atropelada.

 Os carros pararam novamente, o taxista bufou e buzinou longamente. Alguns motoristas dos carros a nossa frente saíram e foram até o local do acidente que acabara de acontecer.

 - Oh Deus! – arfei.

 - O que houve? – Frank tentava ver, esticando o pescoço. – Espera aí, aquela lá na frente, chorando, é a Amanda, não é?

 - Sim – falei, abrindo a porta do carro. – E a Aline foi atropelada.

 Antes de pensar, saí do táxi e fui até lá, me achei responsável por ela, afinal, elas estavam ali especialmente por causa de nós.

 Ouvi os outros vindo atrás de mim logo depois, cheguei até o local e pude ver a menina inconsciente.

 Ela tinha alguns cortes nos braços, um na sobrancelha e seus cabelos negros estavam sobre seu rosto.

 Passei pelas pessoas e aproximei-me dela.

 - Aline – chamei, segurando sua mão.

 - Gerard? – Amanda se assustou ao me ver ali. – O que vocês estão fazendo aqui?

 - Ora, vocês estavam aqui por nossa causa, é meu dever ajudar – Mikey disse, se aproximando também.

 De repente pudemos ouvir sirenes se aproximando, uma ambulância parou rapidamente e paramédicos saltaram dela, correndo até Aline.

 - O senhor é o que dela? – um deles me perguntou.

 - Hum... – pensei rapidamente. – Amigo, eu acho.

 Eles a examinaram rapidamente e logo a colocaram em uma maca.

 - Você tem o endereço dela, ou um contato para que possamos informar os pais dela? – Frank perguntou a Amanda.

 - Tenho o celular do pai dela, mas não sei se ela irá atender agora – ela disse, secando uma lágrima. – Ele está no trabalho, mantém o celular desligado.

 - Droga – falei.

 Eles precisavam que alguém maior de idade fosse com ela, Amanda era a única conhecida, mas tinha menos de dezoito anos.

 - Eu vou – falei.

 Entrei na ambulância antes que pudessem contestar algo.

 - Ligue para Layla e diga que eu vou demorar um pouco, eu ligo para ela assim que puder – disse para Frank.

 - Okay – ele respondeu apenas.

 Eu admito, não sabia ao certo o que estava fazendo, mas era o certo, já que ela não tinha ninguém ali.

***

Layla’s P.O.V.

 Eu estava nervosa, roendo minhas unhas. Eram onze e dez da noite e nada de Gerard, eu não sabia se ficava com medo de algo ter acontecido, ou de ele chegar e algo acontecer a mim.

 De repente o telefone tocou, corri para atender.

 - Alô?

 - Layla, aqui é Frank – disse a voz masculina.

 - Ah, olá – respondi.

 - Gerard mandou avisar que irá demorar para chegar, aconteceram algumas coisas aqui no aeroporto, mas ele lhe explica daqui a pouco, quando ligar para você.

 - Okay... – disse, sem entender.

 - Ah, como estão os bebês? – ele mudara o tom de voz, estava animado agora.

 - Estão bem... – eu não estava entendendo nada.

 - Legal! Bem, nos vemos amanhã, tchauzinho – ele disse.

 - Tchau – desliguei.

 Estava mais tranquila, Gerard demoraria para chegar e eu tinha mais alguns minutos de vida, mas estava confusa e preocupada com o que acontecera para fazer com que ele se atrasasse.

 Cerca de meia-hora depois meu celular tocou. Fui atender, era Gerard.

***

Gerard’s P.O.V.

 Chegamos ao hospital e Aline foi encaminhada a exames, tive que assinar alguns papéis como “responsável” pela entrada dela no hospital, pelo menos até que conseguissem entrar em contato com os pais dela.

 Fiquei na sala de espera por alguns minutos, resolvi ligar para Layla.

 - Oi – ela atendeu rapidamente.

 - Oi, amor – falei.

 - Onde você está? O que aconteceu? – ela estava nervosa.

 - Calma – tentei tranqüilizá-la. – Estou bem, na verdade, uma fã minha foi atropelada na frente do aeroporto e não havia ninguém responsável por ela lá, então eu a acompanhei até o hospital.

 - Você está maluco, Gerard? – ela teve um ataque. – Você nem para avisar isso? Mandou Frank apenas dizer que demoraria?

 - Layla, Frank não saberia explicar, ele não viu o acidente, então resolvi apenas mandá-lo a deixar tranquila – tentei acalmá-la.

 - Eu vou até aí – ela disse, se acalmando.

 - Não, os bebês devem estar dormindo – falei.

 - Não, eles estão acordados e eu vou até aí – ela rosnou.

 - Okay, mas toma cuidado, não vai bater o carro – brinquei um pouco.

 Ela ficou em silêncio por alguns instantes.

 - Estou brincando – falei.

 - Nos vemos daqui a pouco – ela disse sem emoção, desligando.

 Estranhei a reação de Layla, mas apenas dei de ombros e fiquei ali esperando.

 Poucos minutos depois o médico – que coincidentemente era Dr. Hill – veio até mim.

 - Ela está bem – ele sorriu. – Teve apenas alguns arranhões superficiais, deve ter desmaiado mais pelo susto do que por algum ferimento.

 - Graças a Deus – suspirei.

 - Ela perguntou quem a ajudara, falei que foi você e ela entrou em pânico – ele riu. – Uma fã?

 - Sim – ri também.

 Nesse momento Layla apareceu ali, empurrando os dois carrinhos de bebê com Arth e Helie. Ela parecia irritada e apreensiva.

 - Oi meus amores! – disse, abaixando-me para olhar para os bebês, eles estavam acordadinhos, o que me deixou feliz. – Oi amor – falei, dando um beijo rápido em Layla.

 - Oi – ela sorriu levemente.

 - Olá, Layla – Dr. Hill a cumprimentou com um aperto de mão.

 - Olá! – ela sorriu novamente, agora mais largo.

 - Como estão grandes esses bebês! – ele disse, acariciando a bochecha de Helie. – São lindos!

 - Sim – Layla concordou.

 - Ficaram uma bela mistura do papai e da mamãe – ele riu.

 - Todos dizem que são mais parecidos com Gerard – Layla riu.

 - Ah, acho que são parecidos com os dois – ele sorriu.

 Não gostei, eles estavam animados de mais e falando que meus filhos não eram idênticos a mim, isso não era legal.

 - Ah, Gerard, Aline disse que queria lhe ver, para agradecer – Dr. Hill falou.

 - Ah, obrigado! – agradeci.

 - Aline? – Layla perguntou, sem entender.

 - A menina que eu socorri – respondi.

 - Ah – ela disse apenas.

 - Bem, vou vê-la rapidamente – falei.

 - Okay – ela deu de ombros.

 Dr. Hill me acompanhou até o quarto de Aline, ela se encontrava acordada, tinha alguns curativos nos braços e um na sobrancelha, mas parecia estar bem.

 Ela arregalou os olhos ao me ver.

 - Olá – sorri, aproximando-me dela.

 - Oh Deus, então é verdade – ela riu.

 - Pois é – ri também. – Você me assustou, garota.

 - Desculpe – ela sorriu torto. – De uma hora para a outra os carros começaram a andar e eu não percebi.

 - Amanda explicou – falei.

 - Amanda está ali? – ela ficou confusa.

 - Não, ela foi para a casa dela, mas ela ia tentar falar com seu pai para ele vir aqui – expliquei.

 - Não acho uma boa ideia – ela ficou nervosa.

 - Por quê?

 - Eu fugi de casa para poder ir ver vocês – ela disse, sem-graça.

 - Isso é ruim – falei, unindo minhas sobrancelhas.

 - Eu sei, mas meus pais não deixavam eu ir, eles não gostam muito de rock – ela explicou. – Acham “má influência” – ela fez as aspas no ar.

 - E você foge de casa, fazendo eles acreditarem ainda mais nisso – acabei rindo.

 - É, não pensei nisso – ela também riu. – Espera aí, você não foi para sua casa?

 - Não...

 - Oh, não precisava ter ficado aqui, Layla deve estar preocupada, você precisa ver seus filhos... – ela ficou nervosa.

 - Layla está aqui também, com os bebês – interrompi-a.

 - Ela deve estar irritada – ela riu novamente.

 - Não – menti um pouco, Layla estava irritada, mas acho que não era por causa disso.

 Conversamos por mais alguns minutos, mas logo Dr. Hill disse que eu devia sair, a mãe de Aline havia chegado ali.

 - Nos vemos por aí – disse a Aline enquanto saía.

 - Okay, até mais! – ela acenou levemente.

 Cruzei com a mãe de Aline no corredor, mas não conversamos, ela parecia preocupada e brava ao mesmo tempo.

 Fui novamente até a sala de espera, Layla estava lá embalando os dois carrinhos de bebê e conversando com Dr. Hill. Eu nunca gostei muito dessa grande amizade dos dois, mas não falaria nada, afinal, era profissional – pelo menos eu achava que era.

 Dr. Hill se despediu de nós rapidamente e fiquei sozinho com Layla.

 - Vamos? – sorri.

 - Tanto faz – ela disse, nervosa.

 - Está tudo bem? – acabei rindo de sua reação.

 - Sim – ela deu de ombros.

 Assumi o carrinho de Arth e fomos em direção à saída do hospital, andamos em silêncio até o estacionamento, andamos tranquilamente, havia uma brisa leve, tranqüilizante.

 Passamos por alguns carros, continuei caminhando, até que percebi que Layla havia parado, olhei para ela, ela estava parada, olhando para o chão, seus olhos assustados.

 - O que houve? – perguntei.

 - Precisamos conversar – ela disse, séria.

 - Okay, vamos até o carro e conversamos lá – sorri, estendendo uma de minhas mãos para ela.

 - Já chegamos ao carro – ela respondeu.

 Olhei em volta, não conseguia ver o meu Audi.

 - Não, ele não está aqui – falei, confuso.

 - Sim, está – ela disse, olhando para o carro preto ao seu lado.

 Acompanhei seu olhar, era um carro grande, preto brilhante, porém, estava arranhado e amassado. Demorei para entender o que ela falava, aquele carro mutilado, amassado, arranhado, detonado... era o meu Audi!


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Notas finais do capítulo

uhsuhasuhas' Qual será a reação do Gee ao ver o carro dele mutilado?? kkkkkkkkkk'
Beijos Killjoys'