Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 107
Capítulo 107 - Não Pode Ser Verdade!


Notas iniciais do capítulo

ABAIXEM AS ARMAAAAAAAS!
hahaha
Boa Leitura.



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X – x Um Mês Depois x – X

 Acordei com o barulho do telefone tocando, Gerard acordou também, mas parecia sonolento, então fui atender.

 - Alô? – atendi, olhei no relógio e eram sete e quinze da manhã.

 - Layla! Aqui é Frank! – disse a voz masculina e animada.

 - Ah... oi – respondi, sonolenta. – Aconteceu alguma coisa?

 - Sim! – ele riu, frenético.

 Um instante de silêncio.

 - Fale Frank – lembrei-o.

 - Ah sim! – ele riu.

 Ele e Diana eram perfeitos um para o outro, entravam no mundo da lua em questão de segundos.

 - É a Alice! Ela... Ela... – ele estava frenético.

 - O que aconteceu? – bocejei.

 - Ela engatinhou! – ele gritou. – Ela começou a engatinhar! Ela está engatinhando pela casa inteira! Parece um gatinho! E eu gosto de gatinhos. Ela está engatinhando, Layla!

 Demorei um tempo para absorver toda essa animação de Frank.

 - Oh, que legal, Frank! – falei, animada, mas ainda sim sonolenta.

 Conversamos por mais alguns minutos, Frank não parava de falar, parecia que passara a madrugada bebendo café e comendo doces, estava hiperativo.

 Depois de desligar, fui até a cozinha e preparei um café, estava faminta.

 - Quem era? – Gerard perguntou, chegando à cozinha e assustando-me.

 - Ah – arfei. – Era Frank... Ele queria dizer que Alice começou a engatinhar – sorri.

 - Já? – ele espantou-se.

 - Gerard, ela irá fazer um ano daqui alguns dias, já estava na hora – ri.

 - Eles crescem tão rápido – ele suspirou. – Será que Helie e Arth vão demorar para engatinhar?

 - Com certeza – respondi.

 - Não vejo a hora de eles falarem “papai” – ele suspirou novamente, sentando à mesa.

 Virei-me para ele, indignada.

 - Por que você acha que eles irão falar “papai” primeiro? Eles podem muito bem falar “mamãe” – retruquei.

 - É a lógica – ele deu de ombros. – Eles gostam mais da minha voz, então provavelmente irão falar “papai” primeiro.

 - Eu carreguei eles por nove meses dentro de mim... – comecei.

 - Oito meses e meio – ele interrompeu-me, corrigindo.

 - Que seja! – revirei os olhos. – Tenho mais direitos que você.

 - Por quê? – ele arqueou uma sobrancelha.

 - Por que eu carreguei eles por nove meses dentro de mim! – retruquei.

 - Oito meses e meio – ele me corrigiu novamente.

 - Que seja! – bufei.

 - Mas eles mexiam com a minha voz nesses nove meses – ele sorriu largamente.

 - Oito meses e meio – corrigi.

 - Que seja – ele revirou os olhos. – Eles irão falar “papai” primeiro.

 - Vamos mudar de assunto? Por favor? – pedi.

 - Claro – ele riu. – Vamos falar sobre o que?

 - Não sei – suspirei. – Você escolhe...

 - Okay – ele pensou por alguns segundos. – Qual você acha que será q segunda palavra dos bebês?

 Ele fizera isso de propósito, claro.

 - Vamos ficar em silêncio então... – sorri.

 - Chata – ele bufou.

 - Deixe-me comer, por favor? – ignorei-o, sentando à mesa também.

 - Okay – ele sorriu. – Mas quando engordar a culpa não será minha.

 Olhei para ele rapidamente, séria.

 - Está me chamando de gorda? – rosnei.

 - Não – ele arregalou os olhos. – Apenas disse que se você engordar a culpa não é minha.

 - Fale a verdade, eu estou enorme, não é? – continuei.

 - Não, Layla – ele tentou sorrir. – Você está normal.

 - Então eu não estou magra? – bufei.

 - Está – ele estava ficando assustado.

 - Mas você disse que eu estava “normal”!

 - E isso não é a mesma coisa que magra?

 - Não! Normal é metade do caminho, é estar quase gorda, é ruim! – rosnei.

 - Você está magra – ele pronunciou cada palavra lentamente.

 - Então eu não estou normal... – murmurei.

 - Desisto de entender você – ele levantou-se da mesa e foi até a geladeira.

 - Não faço nada de mais – choraminguei. – Não tenho culpa de estar gorda... De estar com fome! Eu só quero comer! – uma lágrima caiu de meus olhos.

 Gerard fechou a geladeira e ficou atrás de minha cadeira, abraçando-me e beijando o alto de minha cabeça.

 - Você não está gorda – ele disse.

 Não respondi, eu estava obesa.

 - Vamos assistir um filme? – ele perguntou.

 - Tanto faz – dei de ombros.

 - Hey, não faça assim – ele esbravejou. – Podemos assistir um filme, ficar a tarde inteira sem fazer nada...

 - Pode ser – respondi.

 - Okay, qual filme quer ver?

 - Pode escolher...

 Ele ficou em silêncio, depois ouvi uma leve risada.

 - Está rindo de que? – perguntei.

 - Só de um pensamento que eu tive... – ele riu ainda mais.

 - Fale... – pedi.

 - Só que... – ele riu novamente. – Há quase um ano atrás você teve essa mesma reação... Sendo gulosa e depois chorando.

 - Como você lembra disso? – perguntei.

 - Como poderá esquecer? – ele riu. – Você estava grávida e não sabíamos, só sei que você queria comer tudo que via.

 Sorri um pouco, ele tinha razão... Há um ano atrás eu estava sendo exatamente assim, depois descobrimos que eu estava grávida e...

 Fechei a cara.

 - Grávida? – perguntei, retoricamente.

 - É, eram os sintomas, lembra? – Gerard continuou rindo.

 Congelei... Não podia ser possível, podia?

 Gerard sentou-se novamente à minha frente na mesa.

 - Que cara é essa, Layla? – ele espantou-se.

 Encarei-o sem emoção... Ele não estava percebendo as coincidências?

 - Eu quero que você vá à farmácia para mim – falei, levantando-me rapidamente e correndo até o quarto.

 - Por quê? – ele perguntou, correndo atrás de mim.

 - Você vai comprar uma coisa para mim – respondi.

 - Okay... remédio para que? – ele perguntou.

 - Não é remédio – arfei. – Você vai comprar um... um... teste de gravidez, Gerard.

 Ele encarou-me sério.

 - O...O... O que? – ele gaguejou. – Você não precisa disso, você teve filhos há poucos meses, não pode... não pode... estar grávida.

 - É claro que posso! – rosnei. – Desde o momento em que os bebês nasceram eu já podia engravidar novamente!

 - Diz que é brincadeira... – ele choramingou.

 - Não é... – respondi. – Por favor, compra uns quatro de uma vez, quero ter certeza.

 - Não! – ele retrucou, sentando na cama.

 - Gerard... – implorei. – A gente precisa ter certeza!

 Gerard estava com uma cara de choro, devia estar prestes a enlouquecer.

 - Mas a gente já tem dois filhos... – ele murmurou. – Não precisa de mais... ainda não.

 - Infelizmente a gente não escolhe essas coisas... – respondi.

 - Okay – ele suspirou. – Eu vou ir.

 - Está bem – respondi.

 - Mas você não está grávida – ele disse, como se fosse uma ordem.

 - Okay, okay, agora vai!

 Gerard trocou de roupa rapidamente enquanto eu pensava na hipótese de eu estar grávida novamente.

 - Onde estão as chaves? – ele gritou na sala.

 - Não sei! – respondi. – Olha em cima da mesa de centro!

 - Achei! – ele gritou em resposta. – Obrigado!

 Gerard saiu, deixando-me sozinha.

 Fui até o quarto dos bebês, eles estavam dormindo.

 - Vocês não querem irmãos, não é? – perguntei retoricamente a eles.

 Coloquei minhas mãos sobre minha barriga.

 - Não existe ninguém dentro de mim! Não existe ninguém dentro de mim! Não existe ninguém dentro de mim! – repeti infinitas vezes.

 Eu não podia estar grávida novamente, era o cúmulo! Eu acabara de ter filhos, um absurdo!


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Notas finais do capítulo

IXI;
AHSUASH'
REVIEWS??
Beijos'