Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 102
Capítulo 102 - Tentando Uma Segunda Chance


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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Gerard’s P.O.V.

 Era ela ali, na minha frente. Há quanto tempo eu não a via! Já se faziam quase sete anos de sua morte, foi a pior perda de minha vida, um dos motivos que fizeram-me entrar em depressão.

 - Vovó – sussurrei, levantando-me rapidamente.

 Ela sorriu, gentil e alegre, exatamente como eu me lembrava dela.

 Vovó usava um vestido em tom bege, parecia antigo também, mas ela me via, ao contrário das outras pessoas naquele lugar, ela podia me ver e estava feliz por isso.

 - Gerard – ela disse, com sua voz doce que eu sentia tanta falta.

 - Há quanto tempo! – quase gritei de tanta felicidade.

 - Para você, sim – ela sorriu. – Já eu o via diversas vezes, meu querido, você não sabe quantas vezes lhe visitei nestes anos que se passaram.

 - Eu estava com saudades – comentei.

 - Eu sei – ela me olhou com tristeza. – Mas essa é a ordem natural das coisas.

 - Por que você está aqui? – perguntei.

 Ela ficou em silêncio, sua face perdeu o sorriso de antes e ela encarou-me séria.

 - Gerard... – ela começou. – Fui mandada aqui para... lhe buscar, meu querido.

 Fiquei confuso. Ela viera me buscar... Para onde?

 - Como assim? – questionei.

 - Você foi ferido... – ela parecia realmente triste. – Não era para ser agora... mas acabou acontecendo e parece que você não irá suportar.

 - Eu vou morrer...? – deduzi, mas ainda assim não conseguia acreditar.

 Ela concordou com a cabeça, triste.

 - Mas eu tenho filhos, vovó – retruquei. – Eles precisam de mim... Layla precisa de mim... Mamãe precisa de mim!

 Sua expressão ficou ainda mais triste e desolada quando falei de mamãe, ela podia imaginar a dor que mamãe sentiria com minha morte, com a morte de seu filho mais velho, deixando dois filhos ainda bebês e uma esposa viúva.

 Tentei me aproximar dela, mas ela lançou-me um olhar autoritário – que eu nunca gostara, pois nunca combinara com minha avó Elena – que ela lançava-me quando eu fazia algo errado quando pequeno e falou:

 - Não toque em mim, Gerard! – ela parecia nervosa.

 - Por que não? – insisti.

 Estranhei isso, minha avó estar se esquivando de um toque meu, depois de tantos anos sem nos vermos ela não queria que eu me aproximasse.

 - Se você tocar em mim não terá mais volta, você irá comigo, para sempre – ela pareceu deixar uma lágrima cair.

 Afastei-me rapidamente, voltando à minha posição inicial.

 Vovó Elena colocou as mãos na testa, parecia pensar em algo muito, muito importante. Eu lembrava-me dessa expressão, ela a fazia quando algo estava muito errado e ela era obrigada a resolver rapidamente.

 - Você não tem muito tempo – ela disse, olhando-me rapidamente.

 - E o que devo fazer? – perguntei.

 - Eu não sei, eu... eu vou voltar sem você, acho que isso basta para que você volte – ela parecia confusa.

 - E se não for? – desesperei-me.

 - Gerard, eu não sei! – ela quase gritou.

 Ela deu alguns passos para trás, dando-me um sorriso leve.

 - Espere! – falei, precisava perguntar algo.

 - Sim? – ela deu-me atenção novamente.

 - Como eu... – não consegui continuar, apenas gesticulei com a cabeça para a casa, onde estava acontecendo o meu... velório.

 - Brendon matou Layla nesta vida, você descobriu, Gerard, e o matou... Logo depois a namorada dele, Malu, contratou alguém para lhe matar – ela explicou rapidamente.

 Malu. Arfei ao entender a história. Era a mesma coisa que acontecera agora, Malu era namorada de Brendon... Agora eu podia entender tudo.

 - Adeus, Gerard – ela sorriu.

 - Adeus... – sussurrei, mas eu sabia que ela ouvira.

 Vovó desapareceu como em uma nevoa densa, que foi se dispersando aos poucos. Ajoelhei-me novamente ao lado da lápide de Layla... fitando as letras novamente.

 Nesse momento senti algo se aproximar de mim, olhei assustado para trás e pude vê-la, usando um vestido de época, negro, que contrastava exatamente com a palidez de sua pele. Seus cabelos negros presos levemente para trás.

 Ela sorriu, ajoelhando-se ao meu lado.

 - Layla... – arfei, surpreso.

 - Olá – ela respondeu, envergonhada.

 - Espera... – fiquei assustado. – Você também morreu?

 Ela riu, o mesmo som adorável de sempre.

 - Eu não sou a... sua Layla – ela respondeu. – Eu sou a Layla de duas encarnações antes dela...

 Isso era realmente muito confuso.

 - Quantas Laylas existem? – perguntei.

 - Muitas – ela riu. – De todas as épocas que você possa imaginar. Assim como existem diversos Gerards de outras encarnações suas... Um deles é o que acaba de morrer.

 - Seu namorado... – deduzi.

 - Tecnicamente... – ela sorriu. – Estávamos prometidos um ao outro, até Brendon atrapalhar tudo.

 Brendon. Atrapalhara nossas vidas desde outras encarnações.

 - Todos nós temos um anjo da guarda, sabia? – ela disse, animada.

 - Sério? – questionei, rindo.

 - Uhum – ela riu. – Digamos que eu fui encarregada de ser o novo anjo da guarda da sua Layla. Antes era Shelly, mas ela não está mais disponível, pois foi levada por Brendon para outros planos...

 - Shelly? – fiquei confuso, eu lembrava-me deste nome.

 - A história é longa, e nós não temos muito tempo – ela balançou a cabeça. – O que importa é que você também tem o seu anjo da guarda, e apenas ele poderá decidir se você irá voltar.

 Anjos da Guarda, a cada minuto essa conversa ficava mais estranha.

 - E quando ele chega? – perguntei, segurando um pouco a risada nervosa.

 Ela parou, perdendo a expressão e ficando séria.

 - Ele já está aqui...- ela sussurrou.

 Nesse momento senti um arrepio na espinha, e um leve vento soprou em nossos rostos.

 - Olá – uma voz feminina e doce falou atrás de nós, viramos rapidamente e eu pude ver a feição feminina e desconhecida que me fitava com um leve sorriso.

 Ela usava um vestido parecido com o de Layla, também negro; tinha cabelos castanhos e olhos cor de chocolate, além da pele extremamente branca.

 - Meu anjo da guarda? – perguntei e ela.

 - Sim – ela sorriu, achando graça. – Prazer, me chamo Luana e fui encarregada de cuidar de sua vida.

 Encaramo-nos por alguns instantes.

 - Você nunca me dera trabalho, Gerard, surpreendi-me quando fui chamada... Duas vezes no mês! A última vez que eu fora convocada foi há sete anos quando você entrou em depressão...

 - Desculpe... – falei, quase como uma pergunta.

 - Tudo bem – ela deu de ombros. – É o meu trabalho.

 A encarei, confuso. Ela não faz o gênero de um anjo da guarda, pensei.

 - Eu sei – ela respondeu, como se tivesse lido meus pensamentos. – As pessoas esperam garotos com roupas brancas, com uma harpa, cachinhos dourados e auréolas na cabeça – ela revirou os olhos. – Eu realmente não faço esse gênero.

 - Vamos ao o que interessa – Layla falou.

 - Tem razão – Luana, meu anjo da guarda, concordou. – Quais os seus motivos para voltar?

 - Você é meu anjo da guarda, deve saber que eu tenho dois filhos bebês e uma esposa, sem falar nos meus pais e no meu irmão – respondi.

 - Hum... – ela murmurou, pensando. – Eu vou ser penalizada por isso... – ela fez uma expressão triste. – Mas é minha obrigação.

 Não entendi nada, e antes que eu pudesse perguntar, ela e Layla sumiram. Logo depois, uma grande escuridão cobriu meus olhos, senti meu corpo caindo em um buraco sem fim, não lembro-me de nada depois disso.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS?
-x-
Awwwn eu sou o anjo dele UHAUSSHUAUSH'
-x-x-
Gente, a fic está chegando ao fim... =/ Mas se vcs quiserem, talvez eu faça uma segunda temporada =)
-x-x-
AAAAAAAAAAAAAAAH ~SURTA~ DAQUI HÁ DUAS HORAS EU VOU PRO MEU PRIMEIRO DIA DE AULA! ~MORRE~ UMA ESCOLA NOVA, SOZINHA, ALUNOS NOVOS, HORÁRIO NOVO... ALGUÉM ME MATA? PLEASE?
-x-x-
Me Desejem boa Sorte.
Beijos'