The Black Angel escrita por Beilschbitch
Notas iniciais do capítulo
O título é um texto judaico.
Ah, parei de postar no Nyah! Vou postar agora só aqui http://animespirit.com.br/cherryblood. Espero que me acompanhem lá ;D
- Ô Desirée! Vamos fazer o favor de andar mais devagar? Imagina que lindo seu pai ficar sabendo que você está correndo?
- Não estou correndo. Tô na velocidade certa.
- Pra mim, você está correndo.
- Não estou, Henri.
- Me explica esse oitenta por hora numa pista de sessenta?
- Ah... Foi mau.
Ela reduziu. Além de roubar meu doce, ela quer me matar?
-Achei que queria chegar rápido em casa.
- Agora eu quero chegar VIVO em casa.
- Você é difícil de agradar hein?
- É por que você não conhece a minha irmã. Qualquer coisa que você faça pra ela, ela reclama.
- Sei como é. Minha irmã mais velha exige muito de mim.
- No meu caso é irmã gêmea. Um minuto mais velha. Ela banca a mãe pra mim. E isso me deixa furioso.
- Por que?
- Não temos mãe. Por isso ela finge que é. Me manda lavar a roupa, a louça, arrumar as camas...
- Entendo...
Ficamos em silêncio.
- Vire naquela rua. – apontei, para a rua que conheço desde... Sei lá, não parei para contar.
- Beleza. – ela deu um giro no volante. Lá estava a rua onde passei minha infância querida que os anos não trazem mais! Ah. Inclua no cenário a Tucson, um cara baixinho, meu pai, um delegado que não parecia um delegado (estava parecendo um imponente advogado) minha irmã destrambelhada, meu cunhado tapado e meu amigo que de longe parecia um poste de casaco. Reparei só agora que ele vive de casaco, mesmo quase entrando no verão. Michael é um cara estranho. Mas lembrando quem é irmão dele: Gerald Tapado Way.
Estavam todos na frente da casa de Liesel. A garota e a mãe ainda não estavam sabendo. Dormir deve ser coisa de família. Estacionamos na casa do vizinho da esquerda. Atraímos a atenção. Olhares dos meus conhecidos passaram a fitar o carro. Desirée saiu do carro.
- Filha, mas, o que faz aqui?
- Vim trazer uma encomenda, pai. Aliás, duas. Seu Pavê – Correção: meu pavê – e o cara que eles deixaram para trás.
- É! - Saí do carro – Que tipo de pai esquece o filho?
- E que tipo de filho sai sem avisar? – meu pai respondeu em seu melhor tom irônico. Genética é algo incrível.
- Fui comprar doces para o senhor – imitei minha irmã, quando quer convencer alguém: olhos brilhantes, um beicinho e uma cara de quem foi abandonado e atropelado. Sim, caros amigos. ELA FAZ ESSA CARA.
- E por que demorou? – Frank estava com as mãos no bolso e seus óculos escuros nos rosto.
- A fila, o confeiteiro, o balconista – enumerei – alguém roubando o meu pavê... – olhei para a srtª Desirée
- Desculpa – ela riu – é que é o favorito do meu pai.
Agora a coisa muda de figura.
- Então tudo bem. – Eu vou lá pegar um doce que é o favorito de um cara que tem uma arma? Nem!
Fomos nos juntar aos meus entes queridos. Apenas lembrando que o Gerald deixou de ser meu ente querido quando passou a namorar minha irmã.
- Não faça mais isso! – Falei pro meu pai – Não faça barraco em uma delegacia! – me virei para Frank – E você!! – apontei para meu cunhado – Cinco centímetros e não se fala mais nisso! – ele estava abraçado a minha irmã. Quanto... Amor. Que nojinho.
- Henri! – Minha irmã chiou. Pelo amor da santa, Helena, fica na sua!
- Ué. Ele pode te abraçar e o irmão não pode beijar a menina que gosta?
Ficaram calados. Mikey tentou abafar uma risada cruel.
- Então fica na sua, boneca – Quer irritar minha irmã? Chame-a de boneca (a não ser se você for o Gerard. Aí pode até chama-la de prostituta do governo que não tem problema).
***
P.O.V. Helena
Quem teve que apertar a campainha pra avisar a Liesel foi eu. Sempre sobra para a melhor amiga. Sempre sobra pra tonta da casa azul. Sempre sobra para mim. Podia ser o namorado, o amigo, o namorado da amiga, mas não, tinha que ser eu. Eu que tinha que falar as coisas difíceis.
Eles me olhavam como se eu fosse desarmar uma bomba nuclear. O que era quase a mesma coisa.
Toquei a campainha. Estava absolutamente apreensiva. Ninguém respondeu. Toquei de novo. Nada. Meu irmão perdeu a paciência:
- LIESEL! ACORDA AGORA, SUA DESGRAÇA!
- Pelo amor de Deus, Henri! Vamos parar de zoar o barraco?
- Estou querendo ajudar...
- Mas não parece!
- Vamos calar a boca? – Frank nos silenciou – Deixa que eu...
- Que baderna é essa? – Liesel apareceu no portão de casa. – quem morreu?
Todos apreensivos. Tapem os ouvidos. Ela vai xingar em hebraico!
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