The Black Angel escrita por Beilschbitch


Capítulo 22
Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Último capitulino que posto aqui. Quem quiser continaur acompanhando, é nesse link: http://animespirit.com.br/fanfics/historia/the-black-angel-405775 ♥333
Amo vocês, leitoras ♥33
Obrigada por me acompanharem por 22 capítulos ♥
Quem começou a ler a pouco tempo ♥
Beijinhos ♥333



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            - E então, o que está pegando? – Liesel estava mais confusa que nervosa.

            - Bem, querida, primeiro se acalme.

            - Mas eu estou calma – ela olhou para Frank, atônita. – Hellie, o que foi? – Liesel me lançou um olhar de suplica.

            - Então... Poderia vir aqui fora?

***

            Não houve barraco, não houve chute, xingamento...Pelo o contrário. Apenas um silêncio desconfortável. Nos olhávamos esperando reações incontroláveis, mas o que víamos foram apenas lágrimas nos olhos de minha amiga. Apenas o silêncio. A história de um povo, perseguido desde o inicio dos tempos, principalmente na Segunda Guerra, com um símbolo que pôs medo e terror a várias nações, povos, religiões, culturas, principalmente, os judeus, estava ressurgindo em nossas mentes. Uma pessoa comum pode interpretar uma pichação como aquela como “brincadeirinha de adolescente besta”. Mas nós, principalmente eu e minha família, que conhecemos tão bem nossa amiga, achamos um verdadeiro desaforo, que não pode ficar impune.

            - Quem o foi Schwein* que fez essa scheisse*? – Ela preferiu xingar em alemão. Ou seja: cortamos o fio errado. Olhou com desprezo para a suástica.

            - É o que estamos investigando, srtª Armstrong. – disse o sr. Fisher, delegado.

            - Investiguem – ela mastigou as palavras – e quando acharem, faço questão de vê-lo.

            - Tá se metendo à justiceira, é? – meu irmão (sempre ele) resolveu por lenha na fogueira.

            - E não seria justo eu julgá-lo? – ela estava com ódio injetado nos olhos.

            - Não. – retrucou o chefe de polícia. – Você poderia ser presa ou...

            - E foi justo o que os nazis fizeram, ach?

            - E foi justo matarem o Matthew? Já parou pra pensar que o crime que cometeram contra ele poderia ter sido bem pior que uns rabiscos que fizeram? Não, por que você só pensa em você!

            - Cala a boca, seu inútil! Alguém já chamou você de pizzaiollo? Já te xingou por ser órfão de mãe?

            - Não envolva minha mãe!

            Não acredito que minha melhor amiga e meu irmão estavam discutindo assim, qual crime era pior. Senti os olhos molhados.

            - QUIETOS! – berrei, a dor na voz.

             Me olharam, com ódio. Os demais estavam chocados com as trocas de ofensas.

            - Os dois crimes são graves, caramba! Um ofende um povo e o outro causa a dor da minha família, a minha dor. Então parem de brigar!

            Silêncio na rua. Pude sentir os olhares dos vizinhos nos observando. Ah, a família Morgan criando mais uma polemica só nesse semestre! Primeiro, a filha começa a sair com um cara da alta, depois, o filho mais novo morre...

            Respirações pesadas, tensas. Nenhum comentário foi dito. Gerard fez menção de falar, mas desistiu.

            - Espera...Srtª Armstrong, quem sabe que sua família é judia?

            - Só os conhecidos... Por que?

            - Sr. Morgan, seu filho Matthew, seguia algum tipo de tendência, ou um grupo juvenil?

            - Ele se declarava punk... não era, meninos? – Meu pai se dirigiu a nós. Eu e meu gêmeo nos entreolhamos e concordamos.

            - Ah... Então a pichação não foi para essa casa. Deve ter sido para vocês. Como podemos notar, o desenho está em direção a casa Morgan. Está quase perto da divisão. Além do mais, neonazistas odeiam punks...

            - E o que o senhor quer dizer? – Meu irmão abandonou sua pose de defensor para curioso.

            - Que não foi um assassinato entre rixas entre grupos, como pensamos a princípio. Foi um crime motivado por ódio.

            - Então, vocês estavam no caminho errado, desde o começo? – Gerard indagou. Estranhei.

            - Sim, pois os fatos não ajudavam. Foram mortos somente dois jovens, e o grupo todo desapareceu. Consideramos hipóteses como execução, acerto de contas, envolvimento com drogas, entre tantos outros. Descartamos conforme a autópsia, e a investigação. E tivemos que pará-la por falta de provas. Mas parece que vamos recomeçar...

            Ficamos refletindo. Sim, parece que a teoria fazia sentido... Mas...

            - E aquela teoria da briga organizada? – Gerard perguntou novamente.

            Franzi a testa.

            - Estávamos estudando sobre. Mas acho que teremos que descartar...

            - Gerard – interrompi. – você tava sabendo da investigação?

            - Sim...

            - E você não me contou nada? – arqueei a sobrancelha.

            - Mas é por que, querida, que...

            - VOCÊ ESTAVA SABENDO DAS INVESTIGAÇÕES SOBRE A MORTE DO MEU IRMÃO – apontei para mim – E NÃO ME DISSE NADA?

            - Helena, se controle... – meu pai ordenou.

            -E o senhor também sabia e preferiu não contar? – olhei para os dois, sentindo o coquetel de ódio e desprezo tomando conta do meu paladar, formando uma careta de indignação em mim.

            - Mas preferimos te prote...

            - Proteger? PROTEGER DO QUE? – senti meus olhos se encherem d’água. Minha vista estava ficando embaçada.

            - Heleninha... – Gerard miou.

            - Não me chama no diminutivo. – senti uma lágrima salgada do mais puro mar de tristeza rolando pela minha face vermelha de raiva.-Eu vou para minha casa, onde o meu quarto não prega mentiras. – saí pisando duro, para minha casa. Ignorei os pedidos para retornar.

            - Então vocês terminaram? - pude ouvir meu irmão. Gerard murmurou alguma coisa que não entendi.

            Voei para meu quarto. Bati a porta e desabei na cama. Queria chorar até ficar com o estoque de lágrimas vazio.

            - Ô maninha... Não fique assim... – Henri, pelo menos uma vez, foi amável; ele entrou.

            - Me dê um motivo. – minha voz estava embargada.

             - Chorar causa rugas.

            - Que bom. – suspirei.

            - Oras... – ele deitou na minha cama, ao meu lado, como sempre fazia quando queria me perturbar, ou quando tinha medo. – sorria e fique linda, pois odeio ver uma garota tão linda, como eu – ele frisou – toda descabelada.

            - Tá bom... – nos abraçamos.

            Acabamos dormindo. Ele segurando meu cabelo, como sempre fazia, desde quando nascemos.


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Notas finais do capítulo

Ah, o henri criou um twitter: @HenriLeeMorgan ;D



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