The Wizards War escrita por Anna Bassan


Capítulo 28
Malas Prontas


Notas iniciais do capítulo

Peço mil desculpas pela demora !! As faculdades estão roubando meu tempo, mas estou focada em completar o primeiro volume do The Wizards' War logo ! A história já está formada, só basta por a mão na massa e passar todos os capítulo finais para vocês ! =)
Também quero AGRADECER A TODOS PELA PACIÊNCIA ! E continuem acompanhando a nossa heroína Lydia !

Bem, eis aqui o capítulo de hoje:
Neste capítulo vocês verão a despedida de nossa heroína de Cammelot e conheceram mais sobre a mitologia que criou o este mundo caótico que Lydia foi predestinada a concertar ! =)



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VRUMMMM!!! Uma rajada de vento monstruosa surge na ponta do bastão mágico de Lydia e arremessa Lohan para longe. Lydia se surpreendeu, pensou em fugir... Não passou pela sua mente que algo assim pudesse acontecer, não teve a intenção de jogar o irmão há mais de dez metros de distância dela. Ela arfou, até sentiu seu coração saltar pela boca.

Agora já estava desesperadamente correndo até onde seu irmão parecia estar nocauteado no chão. Antes que pudesse chegar até ele, algo lhe chamou a atenção. Era Merlin.

__ Acalme-se águia. Você não o matou. O licantrope está apenas descansando. __ disse o Mago de vestimentas azul petróleo.

__ O lican... O quê ? __ perguntou a jovem enquanto endireitava o rosto de Lohan em seus braços.

__ Licantrope. Significa lobisomem, é uma palavra para definir a espécie de seu irmão. Nós, seres mágicos, __ explicava Zeth enquanto olhava para Merlin. __ como vocês humanos nos chamam, temos nosso próprio linguajar. Talvez já esteja na hora da garota conhecer um pouco mais do outro tipo de sangue que corre em suas veias. Não se preocupe, velho mortal, vou ensinar o que puder para ela.

__ Não se preocupe, soldado Zeth. Confio em você, e afinal sou o último Mago, devia ter um pouco mais de fé me mim. __ agora voltado para Lydia, Merlin volta a falar. __ Está na hora de abrir o pacote que lhe enviei mais cedo, minha jovem. Mas antes, preciso fazer uma pergunta. Mesmo sem entender ou usar os poderes de um Mago, ainda assim você pretende ir ?

__ Sinto muito Merlin, eu não posso ficar aqui e aprender o a sabedoria que tem para me oferecer... Não enquanto exista um povo que precisa da minha ajuda. __ ela responde.

__ Tão nobre quanto ao nosso Rei Arthur. __ arfou o mago. __ Pode abrir o pacote agora.

Sem hesitar, Lydia pega o embrulho de sua bolsa e o abre rigorosamente. “Um livro ?Mas por quê um livro ?” pensou a jovem. Mas no mesmo instante, pensou em uma outra pergunta:

__ Merlin ! Isto é... o Diário de Flameu ?

Com um sorriso no rosto, Merlin a responde:

__ Digamos que este é o seu diário. Poderá escrever o que quiser nele, todos seus pensamentos, angustias, tudo que você achar novo e relevante. Se você realmente se empenhar em ensiná-lo sobre você e o mundo que consegue ver, ele irá te ajudar quando menos esperar. __ o mago aponta para a fechadura lateral do livro, estende a mão e faz surgir um anel forjado junto a um cristal esbranquiçado diante dos olhos de Lydia. __ Com isto em mãos, poderá utilizar seu diário, passar suas experiências com o simples toque em uma página. Além disso, ele também vai ajudá-la o máximo que puder.

__ Muito obrigada, Merlin.__ no mesmo instante em que agradecera, um novo mistério surgia por sua mente. __ Mas então onde está o Diário de Flameu ? Quero dizer, eu nunca o vi, ainda...

__ Ele está em um esconderijo muito seguro. Mas não precisa se preocupar Lydia, você já está protegendo o livro, está cumprindo seu dever. E quando estiver pronta para concluir sua missão, você saberá como chegar até ele.__ o velho mago observou o sorriso longo e tímido que marcava as bochechas rosadas de Lydia, e percebeu mais uma vez o quanto parecia injusto uma menina receber tal destino como sua única opção de vida. Foi então que Merlin se lembrou de mais um “presente”. __ Antes que eu me esqueça, tenho um encanto que fará com que não te reconheçam tão facilmente. __ disse ao apontar para as asas fechadas de Lydia. __ Mas não podemos fazê-lo aqui. Sigam-me.

Zeth e Lydia seguiram o mago até um estábulo próximo a sua rota de fuga. Assim que entram, Merlin ergue as mãos, fazendo com que as portas e as janelas se fechem em um mesmo sopro rígido e frio. Logo depois, o mago pede para a menina se virar de costas para ele.

A garota nem pensou em hesitar, afinal, qualquer um poderia descobrir que ela era a Escolhida, agora que suas asas ficavam totalmente à mostra. Lydia se virou e puxou seus cabelos para frente e esperou pelo suposto feitiço de Merlin terminar.

Foi uma experiência dolorosa, era como se garras afiadas estivessem perfurando suas costas. Podia jurar que conseguia sentir sangue escorrer pelas feridas, mas quando teve coragem suficiente para olhar, percebeu que Merlin nem sequer estava tocando em sua pele. Mas quem a fazia tremer de dor era ele, sem dúvida, Merlin segurava sua varinha e, de acordo com o movimento de sua mão, traços marcavam as costas de Lydia e se interligavam, formando uma espécie de desenho que Lydia não conseguia distinguir. Em uma fração de segundos, a dor parou.

E então a jovem sentiu que suas asas não estavam mais “lá”, como se tivessem desaparecido.

__ Eu criei um símbolo para lacrar suas asas, assim ninguém saberá de imediato quem você realmente é. E não se preocupe, para libertá-las e escondê-las novamente é só você se concentrar como eu já lhe ensinei. Fiquei a noite toda pensando em algo especial que a definisse bem, e parece que eu consegui. Espero que goste, águia !

Com um estalar de dedos, Merlin fez aparecer uma nuvem em frente a Lydia, e nela se refletia a imagem de suas costas. A marca era incrível, composta por linhas sinuosas, que a faziam lembrar de caules e folhas, capaz de preencher quase toda parte de cima das costas. Era como se a pele Lydia tivesse sido costurada por fios de prata de diversos tamanhos. Após observar mais atentamente, Lydia notou elas formavam um enorme símbolo, o qual ela parecia conhecer muito bem.

__ Isto é uma flor ? __ pergunta a jovem.

__ É um lírio. Esta flor simboliza sua a coragem e determinação. Mas também é capaz de simbolizar a pureza e a gentileza, características que fazem parte de quem você é, Lydia. Esta flor te representa por completo, por isso você se chama Lydia. O lírio capaz de florescer antes do tempo, e semear esperança para todos. __ diz Merlin.

__ Lírio... Lydia... E você só precisou de uma noite inteira para assimilar os dois, apesar de toda a sua idade. Parabéns, velhote feiticeiro. __ zomba Zeth, com um sorriso torto.

Mas como sempre, Merlin sempre tem uma resposta a dar:

__ Zeth, acalme-se. Em questão de instantes, vocês estrarão longe daqui, e mais perto daqueles que você ama. __ Zeth arfou de constrangimento a notar o quanto aquele Mago realmente sabia de tudo. Voltando para Lydia, Merlin voltou a falar. __ Bem, além disso, decidi usar o prata para que ele pudesse refletir a cor de cobre que percorre em seus cabelos. Você gostou certo ? Não creio que seja possível que eu tenha errado.

Lydia deu uma risada baixa ao notar o tamanho do ego daquele velho vaidoso, que parecia ser tão singelo.

__ Eu adorei Merlin. Este símbolo me faz lembrar do que a Astrides sempre me dizia... O quanto eu me parecia com um lírio, e ela sempre fazia um buquê para mim na época em que floresciam... __ ela se interrompe com uma nova dúvida. __Astrides me nomeou assim, mas e Genebra ? A minha mãe, qual foi o nome que ela escolheu para mim ?

__ O mesmo. Graças a mim, é claro. Se não fosse por mim, você provavelmente se chamaria Maryrose ou algo do tipo. Mas quando eu olhei para você eu pude ver... Vi seus pais felizes, juntos, em um enorme campo de lírios brancos. E depois, o campo se inundou de sangue, e seus pais se tornaram cinzas...__ antes que pudesse continuar a contar seu sonho, o mago notou a dor no rosto de Lydia de tristeza.

Ele espera até a garota volte a respirar normalmente, e prossegue sua fala:

__ Logo depois, eu vi uma garotinha ruiva com olhos vazios e sérios, ao lado de Astrides, sua filha, e um lobisomem. Aquela garotinha segurava um lírio e também havia uma sombra demoníaca cercando-a, assombrando-a, como a pior das maldições que alguém possa imaginar. Bem, e foi graças a essa visão que eu pensei nesse nome, e sua mãe o adorou.

De repente, a porta de entrada do estábulo é bruscamente aberta. Mas, Lydia logo percebeu que não era nenhuma ameaça.

__ Ainda me lembro daquela noite, o senhor escolheu o nome dela antes que a própria mãe pudesse pensar em um. __ era Arthur, com um traje simples e rasgado, parecia que tinha saído de um treinamento, e como sempre, estava com sua Escallibur presa a cintura.

Ele apareceu bem atrás de Lydia. Ela se assustou a ponto de dar um pulo antes de se virar para ele, afinal, o rei era uma das pessoas que estavam na lista de quem não podia saber que ela fugiria. Naquele instante ela piscou, imaginando que as próximas palavras que ouviria seria: Você, mocinha, não irá a lugar nenhum. Ainda precisa de treinamento.”

Bem, talvez desta vez ela estaria enganada.

__ Você é mesmo filha de Genebra. Tão teimosa quanto ela, e quando a minha esposa queria algo, não havia nada neste mundo que a fizesse mudar de ideia. E, bem, já que você parece estar decidida do que quer faze, não vou mantê-la presa aqui. Você quer fazer o que o seu coração acha que é o certo, e essa coragem para tornar tudo isso realidade é algo que eu realmente aprecio e respeito.

Lydia ficou paralisada. Realmente não sabia o que dizer, ou fazer, em sua presença. Ela ainda não tinha certeza, mas às vezes se pegava pensando que o que a fazia congelar diante do Rei era o fato de ser filha do amante de sua Rainha. Ela simplesmente não conseguia compreender como aquele homem tinha a capacidade de “aturá-la”, e sempre se dirigir à ela com um sorriso sincero.

Antes que pudesse tentar reagir de alguma, ou qualquer maneira, Arthur ergue sua espada e pede para que Lydia se ajoelhe. Escallibu, estava agora sob o ombro esquerdo de Lydia.

__ Pelo poder à mim investido, eu, Rei Arthur, o Justo de Cammelot, abençoo a Escolhida, Lydia Crouch, a uma vida de pura coragem e honestidade em busca da paz.__ disse o Rei enquanto passava a Escallibur para o outro ombro da jovem. __ Eu, agora, a nomeio: Amazona Crouch. A primeira amazona de Cammelot. A primeira da Távola Redonda.

Lydia o olhou surpresa, não sabia o que dizer, apenas conseguia olhá-lo, não estava acreditando que aquilo estava acontecendo. Agora, a espada de Arthur pairava sob a testa da jovem.

__ Agora, Lydia Crouch, você é um membro de nossa sociedade. Cammelot é oficialmente sua casa agora. Pode se levantar, Lydia. Você é uma de nós agora, e ninguém poderá te renegar aqui.

Lydia se levanta, reverencia o Rei e o agradece:

__ Muito obrigada, Magestade. Eu nem sei como posso lhe agradecer...

__ Você só precisa retornar para casa quando resolver seus assuntos com os abissais. __ ele responde.

__ Não se preocupe, eu irei voltar, Arthur. E espero que quando eu voltar, eu poderei ouvir mais histórias sobre minha família e meu passado. __ Lydia sorri para Arthur, e depois se volta a falar com Merlin. __ Nós precisamos ir agora. Antes que o meu irmão acorde. Obrigada por tudo Merlin. __ disse a jovem, com um enorme sorriso no rosto, ela se aproximou e o abraçou. __ Até breve.

__ Faça uma boa viagem, pequena águia. Mas antes disso, me dê seu pulso. Este será meu último presente. __ disse Merlin ao apertar o pulso de Lydia, ele aproxima seu rosto e assopra sobre o pulso.

Lydia sentiu um arrepio na espinha, e quando olho para se pulso viu um belo bracelete de prata, composto pelos mesmos traços que agora marcava em suas costas, porém o que mais chamava sua atenção era a pedra azul bruta que cintilava como um sol gélido. A pedra tinha tantos desníveis que parecia ser extremamente áspera, e ao olhar mais de perto, Lydia pôde ver um símbolo por dentro da pedra, que lhe parecia familiar... E era. Foi então que ela percebeu que seu Winx estava completo.

__ Ele sempre este aí, dentro de você. Eu mesmo o coloquei através de um dos meus feitiços no instante em que nasceu. Ele sempre esteve te protegendo. Achei que assim seria mais seguro do que um colar. Eu a chamei até aqui para compreender a sua tarefa, e o seu passado desde o início. Lydia, eu sinto que você está pronta, então faça o que você sente ser o certo. Volte sã e salva. Cammelot é a sua casa. __ disse o velho, retribuindo o abraço.

Zeth também se despediu, pegou dois cavalos, um ele entregou para Lydia. Amarraram seus pertences e suprimentos nas celas dos animais, a jovem coloca sua nova capa e cobre o rosto com o capuz. Ambos montam em seus cavalos e os guiam para fora dos portões de Cammelot.

O vento que se debatia em seu rosto, o modo como o sol reluzia a paisagem a frente, tudo parecia renová-la. Como se tudo estivesse se tornado mais leve, era como a primeira inspiração após um longo período presa embaixo d’água. Como se suas forças estivessem sendo renovadas a cada instante, a cada nova cavalgada, cada vez mais perto de seu destino, de Oreon.

Já não se podia enxergar as grandes torres de Cammelot, toda aquela terra generosa parecia estar tão distante a ponto de parecer ser uma mera ilusão dos pensamentos de Lydia. Já era noite, e agora, cada cavalgada de seu cavalo parecia uma sinfonia arrastada, e seus olhos ficavam cada vez mais cansados. Mas após de se pegar caindo no sono, Zeth parou seu cavalo.

__ É, pelo o que posso ver, já está na hora da donzela descansar. Vamos parar por aqui. __ falou Zeth ao descer do cavalo.

__ Estes metais nas minhas costas estão me matando... Mas não se preocupe Zeth, amanhã de manhã já estarei melhor.

__ Ou talvez daqui há duas semanas. Não é fácil para nenhum soldado ser costurado depois de um corte fatal, o que dirá então para uma garota indefesa. __ antes que pudesse acrescentar algo, Lydia arremessou sua bolsa de suprimentos em Zeth. __ Puxa, acalme-se garota. Você é uma garota, sabia disso ?

__ Eu sei, é claro que sei ! Mas já estou cansada de ouvir as mesmas brincadeiras, e eu não sou indefesa. Entendeu agora ?

__ Entendi... Lydia. Só pensei que você fosse um pouco mais divertida, você sempre ri alto com aqueles quatro assassinos...

__ Não os chame desse jeito. Eles não são assassinos, eles fazem parte da minha família.

__ Bem, é assim que todos os chamam, certo ?

Antes que perdesse a paciência novamente, Lydia se lembrou do motivo que apertava o coração sarcástico de Zeth. Respirou fundo, e tentou reconfortá-lo:

__ Vai dar tudo certo, nós vamos chegar a tempo. E ela estará esperando por você, Zeth.

O tritão corou e se calou por um instante. Não tinha mais nenhum interesse em tirá-la do sério com suas brincadeiras. Afinal, ela estava realmente focada em resgatar os abissais assim como ele. Agora ele pode ver toda a coragem e a seriedade que se transmitia pelos misteriosos olhos acinzentados da jovem. Sem delongas, Zeth sacudiu a cabeça e disse:

__ Então, nós vamos dormir lá em cima. __ e apontou para uma árvore acima de suas cabeças.

__ Lá em cima ? Na árvore ? Mas... Por quê ?

__ Não estamos mais no território de Cammelot, a proteção de Merlin não pode nos alcançar agora. E esta floresta não é um lugar seguro. Não mais...

__ O que você quis dizer com isso ? Você não veio por aqui antes ? Para chegar em Cammelot ?

__ Não. Eu usei o último portal de Atlântida para chegar em Cammelot.

Zeth olhou para a garota e percebeu o quanto ela não entendia o ele estava dizendo. O tritão suspira, tenta se esclarecer:

__ Um portal é algo que nós transporta de um lugar à outro em questão de segundos. Nós, abissais, usamos as águas sagradas de Poseidon para criar os nossos sete portais. Cada um para cada mar descoberto até os dias de hoje.

__ E o que aconteceu com os portais ? Por que não podemos usá-los agora?

Zeth riu instantaneamente da situação. “Ela é realmente curiosa, como uma criança aprendendo a andar e conhecer o mundo.” Ele pega sua mochila e a põe sob os ombros.

__ Vamos logo subir nessa árvore. E então eu te conto.

__ Está bem.

Sem hesitar, Lydia amarra as rédeas do cavalo ao redor do tronco, pega seus pertences e pula em direção ao centro da árvore. Ela pega impulso e salta para o galho mais resistente da árvore. Zeth faz o mesmo.

__ Então... me conte o por quê que nós não podemos usar seus portais. __ ela insiste.

__ Pelo simples fato de que os Sete Portais estão sendo vigiados pelos servos daquele demônio bastardo. Aquele que vocês o chamam de Goddrick. Mas não se preocupe, passarinho. Nós podemos criar uma entrada.

__ Como ?!

__ Nós precisamos de duas coisas. Primeira : uma escama de Leviatã. E segunda : um abissal, afinal só uma criatura dos mares pode criar um portal para Atlântida.

__ Então nós já temos uma coisa garantida... Mas quanto tempo isso levar ? Não podemos demorar mais do que três dias !

__ Não se preocupe com isso. Nós temos tempo suficiente. Pois, nós não podemos enfrentar o Leviatã, Hércules o matou para conquistar Atlântida há gerações atrás. Porém, existe um lugar onde ele guardou as memórias dessa... Grande, honra. E o nosso guardião, Poseidon coletou sete escamas do mostro e assim, ele criou os Sete Portais, para que as diversas tribos abissais se tornassem uma reino, unido e fiel uns aos outros. Nós estamos indo para onde o filho humano de Zeus escondeu um de seus maiores troféus agora, e não estamos muito longe, amanhã já estaremos lá.

__ Me parece que os abissais começaram a odiar os homens por causa da vitória de Hércules. __ dia Lydia.

__ Não, Hércules fez o que era certo. Obedeceu o pai, e nos libertou daquela criatura perversa. O problema foi o que veio depois, seus sucessores, os homens que guardam os troféus de Hércules. Com o passar do tempo, os abissais passaram a acreditar que há mais de nós além dos mares que conhecemos, por isso eles... __ Zeth é interrompido.

__ Precisavam dos restos do Leviatã, para criar novos portais. E eles não conseguiram ?

__ Não conseguiram. E esta foi a razão pela nossa guerra interminável contra os humanos. Não contra todos, apenas os humanos de Alcmenis, o reino onde escondem as glórias de Hércules. O Rei Arhtur apareceu para intervir, era o seu dever como o Guardião dos Homens, mas o povo de Alcmenis era muito orgulhoso para deixar uma guerra acabar sem um vencedor. Arthur não teve escolha, renegou proteção para eles, exilou o reino de Alcmenis, e seu mago Merlin pôs um feitiço para que nenhum abissal pudesse chegar perto daquele reino.

Havia uma série de perguntas, mas Lydia não se atreveu a falar desta vez. Podia ver a tristeza nos olhos daquele tritão que lhe parecia inabalável um minuto antes. Pela primeira vez, a jovem pôde ver como era o olhar de uma nação derrotada.

Zeth respirou fundo, olhou para o céu e contou as estrelas que podia enxergar. Depois de uns minutos, voltou a olhar para os olhos vazios e cinza de Lydia. Notou o quanto aquela garota se importava com o seu povo, assim como ela se preocupava com os humanos. “Ela é realmente a Escolhida.” Pensou, estava na hora de mostrar-lhe o seu mundo. Observou os ombros tensos da garota e achou um tema perfeito para iniciar seu “ensino”:

__ Pensei que você usaria suas asas. Fiquei... surpreso, pela sua força de vontade. Se é que posso chamar suas habilidades assim.

__ Sim, você pode Zeth, a questão é que eu ainda não confio nessa nova parte que se apoderou de mim.

__ Se a Milady continuar assim, nunca será capaz de voar. E o pior, seu poder, que lhe foi dado pelo Criador e regido pela Natureza, desaparecerá.

__ Do que está falando ? Que poder é esse ?

__ É a nossa magia, que ganhamos após o nascimento. O ganhamos por estarmos evoluindo.

Lydia não conseguia compreender, seus mestres nunca tinham tido algo parecido. Mas conseguia sim se lembrar das histórias para dormir que Astrides contava, histórias sobre o surgimento de guardiões e dos seres mágicos.

__ Evoluindo ? Como ? E, o que os tornam diferentes dos outros ?

Antes que pudesse respondê-la, Zeth ouviu ruídos ao norte da floresta. Ele olha para a jovem, que no mesmo instante percebe que a conversa seria adiada.

Há uns vinte metros da árvore, podiam ver uma cavalaria cercando três carroças. Nelas estavam dezenas de animais mortos, e atrás de cada carroça tinha uma fila de mulheres acorrentadas. Estavam todas encapuzadas, muitas com sangue fresco escorrendo pelas costas e pernas, algumas nem conseguiam ficar de pé. Lydia sabia o que estava acontecendo. O homens de algum reino estavam fazendo o que seus mestres chamavam de Caça Vermelha. E ela também sabia o que era o certo a fazer. Lydia desce da árvore e monta em seu cavalo. Zeth a segue e a puxa pelo braço.

__ Aonde você pensa que vai Lydia ? Não podemos fazer nada a respeito deles, um dia todos pagarão pelos seus erros, e evoluirão por isso.

__ Eu fui aconselhada a fazer o que é certo. Este é o meu dever. E é isto o que farei.

Lydia esconde o rosto com seu capuz e puxa a rédeas, fazendo com seu cavalo corra em disparada para o destino da caravana. Indo ao encontro de mais uma missão. Uma missão que nem o Destino previa que Lydia um dia iria escolher.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e continuem acompanhando este primeiro volume da vida de Lydia. E não percam o próximo capítulo do TWW ! O que é a Caça Vermelha ? O que Lydia fará ? E qual é o plano malicioso da compassa de Goddrick, Lâmia ? E quando isso acontecerá ?
NÃO PERCAAAA ! kkk =)

Continuem juntos comigo, e recomendem para seus amigos !
pretendo realmente ir a fundo com esta história, com o apoio de vocês eu sonho em publicar os livros do TWW !!
MAIS UMA VEZ, OBRIGADA PELA PACIÊNCIA !
VOCÊS SÃO INCRÍVEIS ! BJOS ;*



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