Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 21
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Tcharans!Toquem as trombetas porque tem mais um capitulo!



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Os fogos de artificio estavam espetaculares. Explodiam em cores como laranja, roxo, dourado, azul, verde.


_ Uma guerra? – Sarah gritava sob o barulho das explosões. – Ninguém me disse que era uma guerra!


_ Sentimos muito. – gritou Hermione. – Também não sabíamos.


_ Na verdade, - falou Percy. – a gente tinha uma leve suspeita.


Todos no grupo o olharam feio. Claro que sabiam que tudo ia acabar em guerra, mas não queriam assustar a nova integrante tão rápido.


_ Já são mais de meia-noite. – Nico olhou no relógio. – Talvez não devêssemos ir para o hotel e já partir para Hogwarts.


_ Ai, meus deuses! – falou Gina, já acostumada com os olimpianos. – Vocês não entenderam ainda. Nós não temos chance alguma. Ok, temos a arma, mas os estudantes de Hogwarts que não estão no último ano vão ter que sair do castelo. Ficaremos com um exercito de 200 bruxos não muito bem preparados contra um exercito imenso de monstros gregos e Comensais da Morte super preparados e que usam magia negra! – a ruiva estava um pouco desesperada.


_ Bem, você própria não é do último ano, irmãzinha. – disse Rony.


_ Mas nesse caso é diferente. – interrompeu Annabeth. – Eu tenho uma ideia, mas isso significa não descansar.


_ Diga. – falou Harry.


_ Vamos aparatar para o acampamento Meio-Sangue, convocar os campistas e sátiros. – explicou a loira. – Talvez Quíron consiga convocar os centauros e podemos chamar as Caçadoras...


_ Não! - interrompeu Sarah. – Não colaboro se elas estiverem envolvidas.


_ Eu sou uma Caçadora. – interveio Thalia.


_ Mesmo? Você não possui aquela aura estranha... Já se interessou por algum garoto?


A filha de Zeus arregalou os olhos para Dino, assustada, depois, virou-se para Annabeth.


_ Está ficando maluca. – disse Thalia, nervosa.


_ Totalmente. – falaram Annabeth e Dino ao mesmo tempo.


A filha de Artémis apenas deu de ombros e continuou:


_ De qualquer forma, existe um grupo separado de Caçadoras que me perseguem, mesmo que elas não apareçam, não posso me arriscar.


_ Mas tem que fazer isso. – interrompeu Hermione. – Não entende? O mundo vai acabar!


Sarah os olhou. Todos suplicantes, mas foi a expressão de Nico, que parecia levemente desapontada, que fez a diferença:


_ Tudo bem.


_ Incrível. – sorriu Gina. – Vamos aparatar, logo. Destino?


_ Montauk, no final de Long Island. Uma colina com um grande pinheiro onde está pendurada uma pele de carneiro dourada, vigiada por um dragão gigante. – descreveu Percy, sonhador.


_ Apertem minhas mãos. – pediu Rony.


E eles sumiram, deixando restos de salgadinhos e balas e perdendo os belos fogos de artifício.




_ Sabe uma coisa que eu acabei de lembrar, - Gina disse tranquila enquanto ajudava Thalia a se levantar. – nós, garotas, ganhamos a aposta.


_ Aposta? Que aposta? – Harry fingiu.


_ Você sabe. – Hermione acotovelou o bruxo.


_ Tudo bem. – Dino finalizou. – Eu admito que as garotas são melhores, no quesito de encontrar pessoas em um parque de diversões lotado.


_ Eu até discutiria, - Thalia riu. – mas temos uma missão a cumprir, apesar de vocês ainda nos deverem uma semana de favores.


_ Acho que vou vomitar... – gemeu Sarah, no chão. – Essa coisa de aparatar é horrível!


Nico a ajudou a levantar.


_ Você se acostuma.


O grupo estava encima de uma colina verde, próximo de um pinheiro com algo brilhoso em um dos galhos. No escuro, um par de olhos verdes brilhantes os espreitava.


_ Lumos. – Rony tremeu diante da visão dos olhos. – Rabo... rabo... Rabo Córneo Húngaro!


_ Se acalma! – pediu Travis e, depois, se dirigiu ao dragão. – Tudo bem, Peleu. Sou Travis, eles estão comigo. Relaxa.


Surpreendentemente, Peleu pareceu dar um sorriso e se encolheu nas sombras.


_ Não sabia que levava jeito com dragões. – Nico ficou deslumbrado.


_ Na verdade, só com Peleu mesmo. Eu e Connor o treinamos. Afinal, não se sabe quando precisaremos de um dragão para afugentar campistas roubados ou filhas de Afrodite passadas para trás.


_ Faz sentido. – admitiu Percy.


Enquanto isso, Annabeth convocava a entrada dos bruxos.


_ Já podemos entrar, os chefes de chalé podem dar autorizações para entradas irregulares. – ela sorriu orgulhosa.


Os semideuses apenas a ignoraram, por ali, todos eles eram chefes de chalés, mas isso não vinha ao caso.


Apesar de ser de madrugada e estar escuro, o Acampamento tinha mesmo aquela aura aconchegante de sempre.


_ Temos que correr. – Nico avisou. – As harpias devem estar patrulhando.


Nesse exato momento, um berro cortou a noite, parecia uma mistura assustadora de mulher com galinha.


_ Vamos. – Thalia os conduziu na direção da Casa Grande.




_ E foi isso tudo que ocorreu. – finalizou Annabeth.


O pobre Quíron havia sido acordado no meio da noite, a cara amassada de sono e as olheiras profundas eram prova disso, para ouvir uma história cheia de reviravoltas e que terminava com uma súplica:


_ Precisamos de um exercito de campistas, ninfas e Caçadoras e, se possível, precisamos... – Nico engoliu em seco para dizer isso. – dos Pôneis de Festa.


_ Meus parentes vão adorar ajudar e os campistas, ninfas e Caçadoras também. – falou o centauro. – Mas vocês precisam descansar. Sei que está em cima da hora, mas vocês podem partir assim que o sol raiar. Daqui a umas 3 horas. Fiquem com os quartos da Casa Grande. Os semideuses devem pegar armaduras no Arsenal e todos vocês devem se alimentar, mas não quero que sejam vistos pelos campistas, podem atacá los. Quando eu explicar a eles a situação, vocês já devem estar em Hogwarts.


Os garotos apenas concordaram, estavam todos exaustos para discutir outro plano. Todos começaram a se dispersar, quando Quíron chamou Annabeth:


_ Annie, - a loira se aproximou. – estou orgulhoso de você.


A loira arqueou as sobrancelhas.


_ Está? – ela desconfiou e o centauro apenas confirmou com a cabeça. – Não percebe o rumo das coisas? Nem conseguimos ir para o colégio dos deuses...


_ E não desistiram. Por isso me orgulho.


Ela andou pela sala, refletindo, sentou-se no sofá.


_ E como poderíamos? Tem tantas vidas em jogo.


_ Muitos teriam desistido. É praticamente uma missão impossível.


_ Já percebemos. Estão todos contra nós, até a profecia.


_ Peça ajuda aos deuses.


_ Mas e a Sarah?


_ Se salvarem o mundo, Artémis não poderá fazer nada, mas se não... Bem, não adiantaria nada mesmo.


_ Tem razão, é uma boa ideia. – a loira sorriu. – Você é como um pai para mim, sabia?


_ E você como uma filha. – o centauro acariciou os cabelos da loira.


A filha de Atena se deitou no sofá mesmo e adormeceu com o toque de Quíron, que, depois, a cobriu com uma manta.


_ Bons sonhos, minha querida. Essa pode ser nossa última
noite tranquila.





Annabeth acordou com sussurros vindos da janela próxima ao sofá.


_ É ela mesmo?


_ O que será que aconteceu?


_ Minha santa mãe! O corte de cabelo dela está horroroso! Será que nesse lugar que ela estava não tinha nem um único salão?


_ Drew, qual é o seu problema, querida?


_ Deixa ela, Silena! Sua irmã é gostosa.


A filha de Atena se levantou e esfregou os olhos. Soltou uma risadinha.


_ Connor, Silena, Drew, eu sei que estão aí fora.


A porta da frente da Casa Grande se abriu e entraram as duas filhas de Afrodite e o irmão mais novo de Travis.


_ Oi, Annabeth! – Connor sorriu afetado. – Não sabíamos que estava aqui.


_ Eu ouvi o papo sobre o meu cabelo. – a loira olhou diretamente para Drew. – É que ele foi cortado por uma górgona que queria uma peruca e eu estou a dois meses sem ir ao salão. É assim que missões funcionam. Saberia se fosse digna de uma, não é, querida?


Drew já ia abrir a boca para responder a altura do ataque, mas sua meia-irmã interrompeu:


_ Annie! Estávamos com saudades de você. –a líder do chalé de Afrodite foi abraçar Annabeth.


_ Estávamos? – debochou Drew, depois, ela partiu para a provocação. – Eu estava é com saudades do meu Percy, com aquele corpo e aqueles braços...


A loira tentou partir para cima, mas Silena a segurou.


_ Travis está aqui? – perguntou Connor com esperanças.


_ Está. – disse Annabeth. – Mas não pode vê-lo agora. Temos que ir. Acho que vocês tem que ir tomar café, certo?


Então ela se levantou e se dirigiu ao interior da Casa, os deixando sozinhos na sala.


_ Tem algo muito errado. – sussurrou Drew, mas depois deu de ombros. – Os deixem com seus segredos, não me interessa em nada.


E a filha de Afrodite foi embora. Silena e Connor se entreolharam, preocupados, mas a seguiram.




Depois de trocarem de roupa, colocando jeans e blusas simples, os onze escolhidos para a missão receberam uvas e pães de Quíron, devoraram em segundos.


_ É melhor vocês irem agora. – alertou o centauro. – Já está ficando tarde para que os alunos mais novos de Hogwarts evacuem o castelo.


_ Tem razão. – Thalia concordou de boca cheia. – Hermione, guarde nossas armaduras na sua bolsinha, por favor.


A bruxa assim o fez, deixando Quíron impressionado.


_ Uau. Este aí é um bom truque.


_ Como vai chegar a Hogwarts? Que eu saiba, o único jeito é por King Cross. E isso seria meio estranho. – perguntou Rony.


_ Eu tenho um amigo lá dentro, mais especificamente: Dumbledore.


_ Sério? – Percy se assombrou. – Sabia dos bruxos o tempo todo?


_ É, eu sabia. – riu o centauro. – Agora, aparatem logo. E, Annabeth, não se esqueça da ideia que eu lhe dei.


_ Pode deixar. – a loira concordou.


No instante seguinte, eles desapareceram. Restou apenas Quíron.


_ É hora de convocar os meus campistas para a guerra de suas vidas.




Os Escolhidos apareceram na frente dos portões de Hogwarts.


_ Tudo bem. – Sarah estava caída no chão. – Me deem licença, eu preciso vomitar.


A garota de cabelos prateados engatinhou, apressada, para trás de uma árvore.


Os outros semideuses, já acostumados, apenas se levantaram.


_ Que estranho... – Hermione agarrou as barras de ferro do portão e puxou. – Está aberto.


_ E sem vigilância. – Dino concordou.


_ Pensamos nisso depois. – disse Rony. – Vamos entrar.


Sarah terminou o que estava fazendo e se juntou ao grupo, que atravessou os jardins correndo o mais rápido que aguentavam.


Gina estava na frente, chegou ao salão e empurrou a porta com força. O que não foi um ato discreto, pois, naquele momento, os estudantes e professores estavam almoçando.


O salão se calou assim que eles surgiram na porta.


_ Oi... – a ruiva sorriu muito sem graça.


Dumbledore e Severo se levantaram da mesa. Foi um silêncio matador.


O grupo resolveu se aproximar dos professores, passaram pelas mesas dos estudantes, que os observavam com olhos de águia.


_ Professor... – Harry se dirigiu a Dumbledore. – Adoraríamos lhe explicar nossa situação. É uma história realmente engraçada...


_ Mas não temos tempo. – interrompeu Percy. – Tem um exército a caminho do castelo.


Ouviram-se pelo salão exclamações de medo.


_ Como saberemos que o que falam é verdade? – Snape os atacou.


Nesse exato momento, Hagrid entrou no salão gritando.


_ Os alarmes de Hogsmead foram soados. Um exército de mil soldados está a duas horas de seu destino, Hogwarts. – os Escolhidos olharam para Severo com uma maldade divertida. – Tive a informação de que não há apenas Comensais da Morte. Dizem que há gigantes, monstros mitológicos gregos e adolescentes de armaduras de bronze e armas medievais.


_ Expliquem. – Minerva McGonagall pediu ao grupo de jovens desgrenhados a sua frente.


_ Já dizemos que não dá tempo! – se adiantou Nico. – Vocês tem que evacuar o castelo.


_ Só os mais velhos devem permanecer. – falou Thalia.


_ Nos deem um motivo para lutar. – pediu Neville e se ouviu murmúrios de concordância.


_ O inimigo não é apenas Voldemort. Tem um titã com ele. E se não o determos... Bem, será o fim de tudo que conhecemos, participaremos da
nova era mundial que será marcada por sombra, medo e tudo que vocês podem pensar que é ruim. – Annabeth estava implorando. – Por favor, ajudem a gente a impedir isso.


Todos se entreolharam e começaram a aplaudir, de pé alias.


A loira sorriu e Percy passou o braço pelos ombros dela.


_ Muito bom, Sabidinha. – ele sussurrou no ouvido dela.


_ Obrigada, Cabeça de Algas. Tenho que fazer uma coisa importante.


Então, ela saiu correndo para o banheiro mais próximo, deixando o filho de Poseidon com cara de tacho, e retirou do bolso um caco de espelho.


_ Ok... – ela bufou. – Atena. Atena. Atena. Convoco-te, responda minha dúvida.


Demorou um pouco, mas os olhos cinzentos da deusa apareceram no espelhinho.


_ Filha? – a deusa perguntou. – Estou no meio de uma reunião com os outros olimpianos.


_ Ótimo, me deixe vê-los.


_ Mas... Ah, tudo bem!


A cara da deusa sumiu e seus passos foram ouvidos através do espelho.


_ Zeus, temos uma nova participante na reunião.


_ Annabeth? – Poseidon se levantou.


_ Oi, Senhores e Senhoras Olimpianos, a exceção de Hera.


_ Zeus! – a rainha do Olimpo se enraiveceu. – Vai a deixar falar assim comigo?


_ Cale a boca, querida. – o deus do céu a ignorou. – O que quer, filha de Atena?


_ Cronos está vindo para Hogwarts com um exército imenso. Precisam nos ajudar.


_ Por que? – perguntou Hades.


_ Porque o titã é seu inimigo número 1 e, se ele ganhar a guerra, ele vai destruir o Olimpo!


_ É um bom motivo. – foi Afrodite quem disse, ela estava mais bela do que nunca. Tinha cabelos pretos, pele bronzeada e olhos super verdes, iguaizinhos aos do Percy.


_ Vamos votar. – interferiu Apolo. – Quem é contra nossa ida a batalha de Hogwarts?


Hera, Hades, Deméter e Hefesto levantaram as mãos de imediato.


Annabeth riu, estava radiante.


_ Nem você, Ares? – ela perguntou.


_ Você sabe... eu adoro uma boa batalha. – ele tirou os óculos, revelando pálpebras em chamas.


_ Sr. D? – a loira se voltou para ele.


_ Ainda quero infernizar Peter Jacob por um tempo. – disse o deus em sua blusa havaiana brega.


_ Quem é a favor? – Zeus falou, já levantando o braço.


Ele, Atena, Poseidon, Afrodite, Apolo, Artémis, Ares, Dionísio e Hermes votaram.


_ Acho que vencemos. – Afrodite olhou para Hera, desafiadora.


_ Vou convocar todas as minhas Caçadoras. – Artémis avisou.


_ Vamos nos preparar para a batalha! – Poseidon ergueu seu tridente.


_ Perfeito, filha. – Atena sorriu.


_ Obrigada, mãe.


A imagem do espelho desapareceu.




Percy, Nico, Thalia, Sarah e Travis estavam vestindo suas armaduras quando a loira entrou no Salão Principal.


_ Consegui mais reforços.


_ Legal. – Travis sorriu. – Quem?


_ Os deuses olimpianos.




Os bruxos estavam junto de Dumbledore.


_ Terão que me explicar tudo mais tarde. – ele pediu. – As barreiras de Hogwarts já foram colocados, desligamos o anti-aparador e convocamos a Ordem da Fênix.


De repente, houve uma explosão.


_ Chegaram. O exército inimigo já está aqui.



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Notas finais do capítulo

Rewiensssssssss



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