Anna escrita por CrazyShadows


Capítulo 4
Brenna


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Primeiro quero agradecer a todos os reviews! Estou muito feliz! Não pensei que teria tantos leitores nessa fic, até porque a categoria do Slipknot não é muito "movimentada" ahahahh!
Mais um capítulo para vocês!
Boa Leitura!
- Cap pra induced, apesar dela não ter comentado no capítulo anterior sabe... ¬¬ -



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- Anna! – exclamou a figura de cabelos vermelho fogo que estava parada na minha frente, ela se empoleirou em meu pescoço.

- Oi Brenna. – respondi sem empolgação enquanto a arrastava para dentro e fechava a porta com o pé.

- Sua idiota! Eu vou te matar! – ela disse me soltando e transferindo tapas em meu corpo.

- Ai isso dói mulher! – segurei seus braços tatuados, e notei que ela havia adquirido mais desenhos ao longo do tempo.

- É pra doer mesmo! Você foi embora... Não me deixou nem um número de telefone, nem um endereço pra mandar cartas... Senti sua falta... – ela murmurou se afastando de mim e me abraçando de novo.

- Eu também senti sua falta doida. – a apertei mais contra mim aspirando o cheiro de colônia suave que exalava de seu corpo. – Mas eu não te deixei nenhum contato porque sabia que o Corey era capaz de te torturar se soubesse que você sabia sobre o meu paradeiro...

- E ele me torturou, mesmo sabendo que eu não sabia... Anna o Corey ficou tão mal, ainda  está... – meu coração se apertou e eu a guiei para o sofá, nos sentamos ao lado.

- Como você descobriu meu endereço? – ela me repreendeu com o olhar por ter mudado de assunto.

- Com a mulher da lanchonete, disse que precisava cuidar de você... – ela sorriu envolvendo suas mãos nas minhas.

- E como você sabia que eu inventei que estava doente? – perguntei arqueando umas das sobrancelhas.

- Você pode ser um enigma para o Corey, mas eu sei muito bem que após seu re-encontro com ele Howard não te teria no trabalho tão cedo... Acontece que Corey estava transtornado demais para pensar em qualquer coisa que não fosse você, assim nem se deu conta de descobrir seu endereço. – agarrei suas mãos engolindo as lágrimas quando o nome dele fora pronunciado. – E você andou chorando... Conheço esses olhinhos vermelhos, venha cá. – ela me puxou para um abraço e um soluço escapou de meus lábios.

- Bre, como os meninos estão? – perguntei me soltando dela e admirando seus lindos olhos maquiados.

- Eles estão bem... Ficaram muito putos quando você foi embora, e ainda mais quando viram Corey ficar enfiado na merda de um quarto por uma semana... Nunca conseguimos recuperá-lo inteiramente, e você sabe que é a única que pode fazer isso.

- E você sabe muito bem que eu não vou fazer isso... Ele devia ter seguido com a vida dele, e arrumado uma bela esposa, como eu fiz... – ela riu.

- Que eu saiba você está mais solteira do que qualquer uma nessa cidade... Deixe de ser boba, tanto eu como você sabemos da realidade. – me perdi nas tatuagens de seu braço direito.

- Que realidade? – perguntei sem emoção.

- A realidade de que vocês separados não são nada. – fechei os olhos que ardiam pelas lágrimas choradas mais cedo  e tentei ignorar a “realidade”.

- E você e o Paul como estão? – perguntei mudando a rota de assunto, ela bufou e desistiu de manter o papo.

- Estamos bem, ele está feliz que irá ganhar um filho! – ela sorria.

- Um filho? – perguntei atônita e ela assentiu com um sorriso enorme. – Meu Deus Bre! Parabéns! Parabéns! Quantos meses? – perguntei olhando para seu ventre e ela acariciou o mesmo delineando a pequena barriga em seu corpo magro.

- Três.  – respondeu com os olhos brilhando.

- Meus parabéns, sério... – sorria olhando para as mãos que seguravam a barriga recém-formada. – Quer tomar algo? Conhecer o apartamento?

- Aceito os dois! – respondeu se levantando e me seguindo até a cozinha.

- Suco...ou refrigerante? – perguntei com a cabeça enfiada na geladeira velha.

- Suco. – enchi um copo de suco de laranja para ela e saímos da cozinha, indo para o quarto.

- Esse é meu quarto, eu sei bem simples, mas dá para o gasto. – falei olhando para o quarto de paredes brancas, cama decorada por lençóis azuis claro e um criado-mudo branco com o rádio relógio em cima.

- É lindo Anna, sua cara! – exclamou bebericando do suco e ao terminar de mostrar o pequeno apartamento para ela, voltamos para a sala. – Eu vi aquelas coisas no chão... Depois você vem me dizer que superou... Está escrito idiota em minha testa? – ela perguntou arqueando uma das sobrancelhas. Suspirei.

- Peguei essa caixa hoje de manhã... – o celular dela tocou.

- Espera um pouco. – ela revirou a bolsa e pegou o celular nas mãos.

“Oi”...

“Não, eu não sei...” ela olhou para mim demonstrando desespero no olhar.

“Certo, me ligue qualquer coisa.”...  “Também te amo”

- Era o Paul...  – murmurou guardando o aparelho na bolsa. – Ele queria saber se eu tinha te achado...

- E por que você mentiu para ele? – perguntei surpresa.

- Não direi o seu paradeiro, até que você me dê a real explicação do que te fez ir embora... – aconcheguei-me no sofá. – Mas agora preciso ir, eles estranharam meu sumiço, voltarei logo. – assenti e a acompanhei até a porta.

- Tchau Brenna ... – sussurrei enquanto depositava um beijo em sua face – Tchau pequeno Gray. – disse abaixando e beijando sua barriga.

- Tranquila viu, não contarei nada a ninguém... Fique bem Anna. – ela acenou de dentro do elevador.

  Entrei fechando a porta atrás de mim e escorreguei ali mesmo até o chão, bati com a cabeça repetidas vezes na superfície atrás.

  Cada célula de meu corpo implorava por Corey, cada pensamento meu gritava ignorando sua existência.

  Um conflito interno se iniciava. Um conflito pior do que a Guerra Fria, um conflito que eu conhecia... E que voltava a mil por hora abalando minha alma.

  Levantei me escorando na porta, e fui andando em passos lentos para o quarto, chegando ao recinto cai de joelhos ao lado das fotos espalhadas...

  Peguei um bilhete rabiscado, um de muitos que ele sempre me deixava, mas esse era especial, esse tinha sido o primeiro bilhete que ele tinha me deixado após nossa primeira noite juntos.

“Sai para comprar café... Mais um defeito meu, não sei preparar... Não saia da cama até que eu volte.

p.s. Adorei a noite Srta. Anna Elise.”

  Eu lembrava perfeitamente daquela noite, como se tivesse vivenciando-a agora mesmo, as mãos dele em meu corpo, o nariz roçando em meu pescoço os beijos molhados... A voz rouca... Tudo presente em minha mente.

  Contorci-me no chão amassando o pedaço de papel na mão... Desejando ter os dedos ágeis me tocando, a respiração ofegante em meu colo, a língua quente enrolando-se a minha... Querendo Corey... Como eu o queria.

  Imagens da noite começaram a me perturbar e eu realmente não sabia se isso era algo bom ou ruim de lembrar... Senti uma fisgada nos pulmões com a primeira lembrança... 


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Tem algum Hater por ai que não gosta da Brenna? Olha gente não tenho nada contra ela viu... Mas sei lá, nunca se sabe.
Vejo vocês nos comentários!
Beeeeeeeeijos



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