Anna escrita por CrazyShadows


Capítulo 3
Centro


Notas iniciais do capítulo

ESSE CAPÍTULO VAI PRO ZACHARY JAMES BAKER, OU ZACKY VENGEANCE, GUITARRISTA LINDO DO A7X!QUE VAI APAGAR AS VELINHAS HOJE! ZACKY MEU GORDO PREFERIDO TE AMO MUITO E DESEJO MT GROUPIE PRA VC CHIFRAR A GENA! TE AMO MEU BOLOTA!
(induced não fica com ciúmes, mas zv é zv, o próximo é pra vc aushausuahs)
Boa Leitura!



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– Clair eu preciso sair daqui sem ser vista por ninguém! – exclamei e Howard percebendo a agitação veio até mim.

– O que está acontecendo? – perguntou preocupado.

– Howard mil desculpas, mas precisarei deixar o serviço mais cedo... – Clair já me guiava para a saída dos fundos enquanto o homem continuava a digerir as informações que eu tinha lhe dado.

– Tome esse blusão... Amanhã quero explicações sobre isso. – assenti e sai, teria que passar ao lado da janela esquerda do estabelecimento.

Coloquei o capuz na cabeça e passei despercebida aos olhos de Chris, mas Corey não estava mais lá, ele estava fora do lugar encostado à fachada com os braços cruzados como se aguardasse alguém... Ajeitei melhor o capuz escondendo os cabelos negros e tive a magnífica ideia de atravessar a rua correndo.

O capuz saiu, mas eu continuei correndo, mesmo sabendo que há essa hora ele me perseguia... Maldita ideia... Dei a sorte de conseguir entrar num ônibus que ia para o centro e da janela pude ver o loiro tentando alcançar o veículo.

Encostei a cabeça no vidro gelado enquanto sentia o mundo rodar em meus pés... Como ele tinha a audácia de voltar após 10 anos, ele não podia ter feito isso, eu não merecia... Não...

O ônibus parou e eu desci junto com várias pessoas, o ponto estava cheio, mas nada muito exorbitante.

Devo ter vagado por horas e horas organizando os pensamentos, tentando voltar ao eixo, esquecer os olhos cansados de Corey e a expressão infeliz, eu não tinha o direito de me preocupar... não.

Quando senti minhas pernas fraquejarem chamei um táxi e o mandei para meu apartamento, o bom é que pelo menos lá eu estaria à salva, mesmo sabendo que no dia seguinte Corey estaria me esperando no café... E eu teria que inventar alguma doença, o ruim de não se ter um amigo médico é precisar de um atestado falso no serviço e não ter nenhum...

Arranquei aquele moletom velho que abrigava meu corpo e o joguei em qualquer canto do meu quarto, após um banho frio que me impedia de pensar em qualquer coisa além do gelo da água, deitei-me na cama apenas de lingerie. E sem permissão pensamentos inúteis invadiram minha cabeça.

“Amo você...”

A voz dele soava rouca sem som em minha mente, os olhos claros numa pacífica imensidão azul... Tudo tão claro...

“Amo você...”

Ouvi mais uma, duas, três... dez vezes, as palavras em minha mente... Estava delirando, um doce delírio por Corey Taylor... Onde estaria todo aquele tempo? Por quanto tempo ele esteve enterrado em sua mente?

Os olhos se fecharam e só voltaram a abrir quando a luz do dia raiou e o homem do rádio-relógio começou a falar na cabeceira de sua cama...

Não demorei em pegar o telefone e discar para Howard, inventei um resfriado e uma febre de 38º graus. Howard como sempre hospitaleiro ordenou que eu ficasse em casa e só aparecesse lá quando estivesse totalmente recuperada.

Tirei o telefone do gancho, não querendo ouvi-lo tocar nunca mais e retirei de debaixo da cama a caixa de papelão velha e empoeirada... Minhas mãos agarraram suas pontas com raiva e a arremessaram longe, a mesma se encontrou com a parede e acabou arrebentando, espalhando memórias pelo chão.

Andei até as fotos, até os bilhetes rabiscados, o autógrafo embolorado... Sentei ao lado de tantas lembranças e comecei a chorar copiosamente, querendo ele, querendo seus braços, sua respiração... Corey...

Peguei uma das inúmeras fotos em minhas mãos e a encarei por longo tempo, ele usava uma toca preta e tinha os cabelos coloridos escapando por debaixo dela, era de quando nos conhecemos... Há muito tempo...


Havia conseguido um emprego no bar próximo ao apartamento que tinha alugado, ser emancipada aos 16 anos não era tarefa fácil, apesar que um ano se acostumando a rotina de “gente grande” fazia tudo soar normal... Meu primeiro emprego era servindo bebidas a um bando de rockeiros.

Nunca fui fã, também nunca julguei o estilo musical, o bar realmente era aconchegante toda noite tocava algo novo, ao vivo, tinha certeza de que mais alguns anos e seria o ponto de encontro de Iowa!

Apenas nas noites de quinta eu não recomendava que pessoas com um o ouvidos sensíveis frequentassem o local, pois a bandas de garagem que o frequentavam tinham tara por solos pesados e gritos exagerados... Era o único dia em que eu queria fugir do bar.

A noite começou movimentada, pela primeira vez tínhamos a casa lotada, servia os pedidos aos clientes de trás do balcão... Meu chefe pedia para que eu não rodasse pelas mesas em noites de quinta...

Eram tantas vozes pedindo cervejas... Cervejas... e mais cervejas, que não tinha nem tempo de prestar atenção na letra ensurdecedora da música.

Quando finalmente o show da banda cessou, os pedidos foram diminuindo e eu tive tempo de beber de minha própria cerveja, encarei a faixa que estampava o palco “Slipknot” impresso em letras envolvidas pelo fogo, esse então era o nome da banda...

Fui interrompida pela linha de pensamentos que começava a me envolver quando alguém fez o pedido, instintivamente peguei cinco garrafas de cerveja e coloquei na frente do homem, só depois olhei para seu rosto.

Ele tinha olhos de um azul extremamente claro, cabelos em mechas azuis e roxas e ajeitava a toca preta na cabeça, por um minuto me perdi contemplando sua beleza...


Corey... Corey...”


Seu nome rodava em minha cabeça enquanto uma lágrima pendia de meu rosto e caia sobre a foto manchando nossos rostos... Dez anos e eu ainda tinha as memórias claras em minha mente, memórias mortas que havia enterrado.

Os fantasmas de meus sentimentos estavam voltando para me assombrar, todos de uma vez só, roubando minha sanidade, acabando com todo o meu processo de recuperação... Esse era Corey... Destruindo tudo de concreto em minha vida...

Deixei a foto sobre as outras e me debrucei pegando a blusa branca que usava no dia em que nos conhecemos, blusa onde ele tinha escrito seu autógrafo... Seu telefone...


– Esse é meu autógrafo... – disse sorrindo perto de minha bochecha causando cócegas.

– Não te entendo, mesmo sabendo que não ouvi se quer uma música que tocaram insiste em marcar seu nome em minha camiseta... – murmurei o fazendo rir e me encarar com os olhos claros.

– Mesmo não sendo minha fã, é bom que esse dia fique registrado de alguma forma... A propósito, esse é meu telefone. – ele anotou o número abaixo de seu nome – E como eu sei que você não vai me ligar quero o seu... – ele sorriu de canto exibindo uma covinha no lado direito de seu rosto... instantaneamente os números saíram de minha boca.

“Tudo tão natural... Tudo tão... Corey”


Levei a camiseta para o rosto manchando-a com minhas lágrimas grossas que teimavam cair, o cheiro de bolor invadiu minhas narinas e eu espirrei...

Não era o bolor que me incomodava, mas sim todas essas sensações que voltavam... que voltavam sorrateiramente destruindo cada parte de meu ser... Eu não tinha motivos para sofrer, a não ser a mim mesma.

Deixei a camiseta no chão e iria pegar um dos bilhetes rabiscados quando ouvi campainha tocar, deveria ser a vizinha irritante pedindo a porcaria da xícara de açúcar, eu seria incapaz de contar as vezes que ela já tinha vindo até aqui.

Não ia atender, mas a campainha soou uma, duas, três vezes... Levantei irritada secando as lágrimas e abri a porta num solavanco, fazendo uma rajada de vento entrar no apartamento me estremecendo.



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Notas finais do capítulo

MAIS UMA VEZ SÓ PRA MARCAR:
FELIZ ANIVERSÁRIO ZACKY V.! TUDO DE BOM MEU AMOR! QUE VOCÊ SEJA MUITO FELIZ E AINDA VIVA MT PRA TOCAR PRA CRL NO AVENGED TE AMO MUITOOOOOOOOOOOOOOOO!
___________________________________________
Eai gostaram do cap? Deixem reviews *-*
Estou mt feliz com o número de leitores aqui, pensei que teria menos!
Beeeeeeeeeeeeijos



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