Romantic Joke escrita por jminho


Capítulo 8
Capítulo 8 - Preocupação? Fala sério!


Notas iniciais do capítulo

Nesse cap queria mostrar mais ou menos como a Bella é de verdade. Fofa, ingênua, bondosa e um pouco mimada e bobinha. Além do mais, também quis mostrar os verdadeiros sentimentos dela pelo Edward e o que eles fazem com ela (: SOOOO... ENJOY *-*.



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Edward havia ido ensaiar com a banda.
Ou de acordo com ele, havia ido “trabalhar”.
Eu peguei a chave no correio e subi correndo para tomar um banho. Aproveitei a noite e coloquei minha camisola de seda. ELA ERA ESTAMPADA COM GATINHOS E CORAÇÕES COLORIDOS. A cooisa mais fooofa que já havia visto.
Ela era meio curta, mas não me importei já que estava sozinha. Só esperava que ele não desse uma de louco e entrasse de repente pela aquela porta. Já que, conforme o recado que ele havia deixando no meu mural – o qual eu não me lembro de permitir que usasse -, Edward só chegaria no outro dia cedo.
Recebi o caminhão com as compras – coloquei meu sobretudo por cima – e preparei uma comida instantânea para mim. Comi na sala, assistindo na ENORME TV FININHA um monte de seriado e filmes. Eu parecia estar no céu. Por alguns momentos não me importei com a celulite e sorvi uns bons litros de um dos refrigerantes que Edward pegara no mercado. Nem mesmo olhei para as cervejas, já que elas eram um mal caminho para uma mulher adulta que queria se manter sóbria.
Continuei assim e me afoguei no chocolate, pensando que tudo, com certeza, daria certo.
Pensar que logo eu estaria trabalhando me deixava inquieta. Era o que eu mais esperava dês de que havia chego a Nova York. Afinal, sem ele, eu nunca teria vindo para cá, primeiramente.
Ficava me perguntando que roupa eu usaria no meu primeiro dia. Se eu fosse só de terno e cabelo preso seria capaz de me chamarem de velha. E, por mais que eu quisesse aparentar ser uma adulta de respeito, eu não queria ser uma idoooosa. TINHA UMA DIFERENÇA! Além do mais, eu seria motivo de Edward tirar sarro. Precisava misturar o adulto com o jovem. Mas... como?
Terminando de lavar a louça, corri para meu quarto. Minhas coisas já estavam lá, arrumadinhas no guarda-roupa rosa claro. Uma beleza de se ver!
Abri as portas dele e comecei a olhar. Realmente mais da metade das minhas roupas penduradas eram completamente infantis. EU ESTAVA FERRADA. Tinha que me lembrar de trancar meu quarto e levar a chave comigo para todo o lugar. Imagina se aquele louco do Edward entra e vê essas coisas? Meu quarto todo decorado, com luminária colorida e roupas fofas? Minha tentativa de parecer adulta iria para o beleléu.
Hm... vamos ver. Eu poderia usar a saia e o blazer de meu terninho cinza. Dentro, poderia colocar aquela blusinha rosa que tem a gola fofa e jogada sobre o busto. A gola ficaria bonita em cima do blazer, enquanto eu o deixava fechado até o terceiro botão, claro.
Depois, poderia colocar minhas botas rosa e prender meu cabelo em um coque. Mas para que não fique tão sério, poderia amarrar em um elástico com uma flor cinza. FICARIA LIINDO! ARRASARIA CORAÇÕES!
Ainda mais aquele monte de homens de terno. Hm... eu mal posso esperar! MUAHÁHÁ.
Porém, eu precisava me controlar. Como uma mulher madura, não poderia cair em nenhuma tentativa de sedução. Comigo era sério. Namoro só se for para se casar logo depois. Nada de romance exagerado e príncipe encantado. Nada de se perder em um amor e deixar o resto de lado. Pelo menos, era assim que eu esperava que fosse agir.
Deixando separada minha roupa no canto do armário, resolvi ir dormir. Mandei um recado de boa noite para Rose – se eu não o fizesse ela pensaria que algo aconteceu e eu fui assassinada – e dormi abraçada com um de meus ursos de pelúcia.
Ai Deus... como eu era criança. Dava até vontade de chorar de raiva.
No outro dia, resolvi acordar cedo para andar pela cidade. Me segurei para não gastar com nada. QUASE MORDI A MIM MESMA PRA ISSO. Eu mal havia começado a trabalhar e já queria gastar horrores naquelas lojas glamorosas. Então somente tomei meu café da manhã no Starbucks – enchi o estômago com café e brownie. DELÍCIA – e planejei uma rota de metrô entre meu apartamento e o trabalho. Era perto então eu não precisava me preocupar muito com o horário de chegada. E, por sorte, resolvi não comprar o jornal do dia. Na verdade, algo me dizia que eu iria encontrar notícias nas quais não queria me informar, então simplesmente ignorei e acabei gastando alguns trocados com revista de moda. Afinal, eu estava indo trabalhar em uma empresa, no departamento de moda. Claro que eu não teria O emprego. Seria somente como uma faz-tudo ou secretária. Porém, seria ótimo ter cheirinho de roupa nova por todos os lados, rodeada de gente elegante e cheirosa. O emprego da vida!
Depois voltei para casa e realizei um dos meus maiores sonhos: Sentar em meu apartamento, somente de moletom, com o cabelo amarrado de qualquer jeito, comendo a colherada um enorme pote de sorvete de flocos.
Eu sempre via isso nos filmes e ficava com vontade de fazer. Na verdade, foi bem emocionante. Quer dizer, as primeiras partes, porque depois minha cabeça só ficava me acusando falando que eu iria me tornar um botijão de gás e morrer engasgada com a minha própria saliva. Droga. Porque eu tinha que ter esses ataques pós-comilança?
Coloquei o pote de volta na geladeira e fui fazer minhas unhas. Ficar em casa não era lá muito divertido, então fiquei mais ansiosa ainda para começar a trabalhar logo.
Fiz os pés, as mãos, hidratei meu cabelo e coloquei uma máscara para a pele. Eu parecia um abacate ambulante ao me olhar no espelho com os dedos separados para que o esmalte secasse, a toca na cabeça e a máscara verde no rosto.
Ainda bem que Edward não estava aqui para me ver assim. Pensando bem, olhando-me direito eu realmente parecia uma boneca. Daquelas magrinhas, branquelas e baixinhas. Agora eu entendia o porque ele dizia que eu ficava fofa com aquelas roupas. Afinal, eu devia mesmo ficar. Droga. No fundo eu queria me vestir assim e...
Espera.
Olhei o relógio da parede. Eram quase nove horas da noite e Edward não havia chego ainda. Ele dissera que voltaria de manhã, não?
Olhei mais uma vez para meu mural e reli seu recado. O arranquei de lá, amassei e joguei no lixo. Era isso mesmo! Será que ele havia vindo para casa e eu não o encontrei? Mas eu deixei a chave na caixa do correio e tudo o mais... também não demorei passeando no centro da cidade.
Ah céus... será que aconteceu alguma coisa?
Chequei o telefone e meu celular. Nenhum recado, nenhuma carta, nenhuma notícia na TV sobre acidente de trânsito ou coisa parecida.
Meu coração começou a pular estranho. Eu estava realmente preocupada com ele! Mas por quê? Quer dizer, eu nem mesmo o conhecia direito, ele não tinha que me dar satisfações de onde estava ou... com quem estava... ou tinha?
Engoli em seco.
Eu queria saber. Será que ele tinha namorada? Bem... claro que tinha! Um rebelde daquele – que acabou me fazendo achá-lo bonito e charmoso mesmo eu não gostando desse tipo de roqueiro por me lembrar de Rob – devia ter alguém. Eu não devia me importar com isso.
Sentei-me no sofá e abri uma das revistas, esperando dar o tempo para poder retirar tudo aquilo.
Mas, mesmo passando pelas folhas cheias de coisas sobre moda, eu não conseguia me acalmar. Olhava repetitivamente para o relógio, o telefone e meu celular. E nada.
E se ele estiver mesmo com uma mulher? AI NÃO.
Quer dizer, não que eu fosse mais do que uma colega de apartamento, na qual não pode interferir em sua vida particular, mas... eu... não queria que... ele estivesse... com... outra mulher.
POR QUÊ?
DROGA!
Eu não devia me preocupar! Mas, quando percebi, já estava com o telefone nas mãos. O pior – ou melhor – é que eu não sabia o celular dele. Acabei discando para Rose. Ela atendeu logo de primeira.

– Alô Alô? Isa ou Ed? Qual dos dois pestes? – sua voz pareceu animada.
– Não me chama de peste, Rose – murmurei - É assim que você me diz 'oi'? - choraminguei.
– ISABELLA! – ela gritou – Como vai por ai? Edward está te dando muito trabalho? Ele não ficou mais com aquelas brincadeiras de gay com você, ficou?
– Não... – ri baixinho – ele até que se comportou.
– Sério? Que milagre! Parece que você está levando esse negócio de ser adulta a sério, heim? Até conseguiu acalmar a fera! Mas... tranque seu quarto de noite! Ele pode atacar!
– ROSE! – gritei, vermelha – Ele não faria uma coisa dessas! Eu acho... – sussurrei.
– Hm... quem sabe. Eu não duvido. Por mais adulta que você seja, ele ainda te vê como uma garotinha frágil que acabou de sair do ninho.
– Rose... – eu não conseguia me concentrar naquela conversa, precisava perguntar logo – Você sabe onde ele está? Quer dizer, Edward saiu ontem a noite e não voltou mais. Ele só tinha ensaio com a banda, isso não deveria demorar tanto!
– Você está preocupada com ele, Isa?
– Bom... claro – tossi – Ele é meu... colega... de apartamento. Se ele aparecer morto eu fico encrencada! Capaz de virar um dos suspeitos!
– HÁ! – Rose riu alto pelo telefone – Não se preocupe. Aquele moleque sabe se cuidar. É normal ele sumir por alguns dias.
– NORMAL? – engasguei.
– Não se preocupe. Ele está bem, tenho certeza. Amanhã cedo ele deve estar aparecendo por aí, fica tranqüila. Ele não está sozinho, tenho certeza.
– Ah... claro. Ok.

Claro que ele não estava sozinho. Ele devia estar com a namorada, logicamente.
Mas aquele idiota podia ser sincero e dizer que não iria trabalhar e sim ficar na casa da...
Megan. Isso! Devia ser o nome dela! Eu sempre via que as garotas mais bonitas de Nova York tinham nomes fortes como esse. Sim, Megan deve ser o nome dela. Loira dos peitões e pernas compridas, como a de uma aranha. Magérrima, mas no ponto certo e com cabelo estilo chanel. Que só usa marcas famosas. Rica, claro. Se veste na moda, mas adora um rebelde bonito e charmoso que poderia até ser astro de Hollywood. Ou mesmo um guitarrista famoso. Típico.
E... eu estava com ciúmes.
Merda.

– Ele deve estar com Megan, já entendi – sussurrei, ainda para o telefone.
– QUEM?
– A loira dos peitões e pernas de aranha – murmurei – Estou até imaginando! Mas que falta de respeito! Ele poderia pelo menos me avisar que chegaria tarde. Humpf, odeio esse tipo de homem.
– QUEM DIABOS É ESSA MEGAN? – Rose urrou do outro lado do telefone.
– Ele não te contou sobre ela? Patife! Ainda fica escondendo de todo mundo. Será que é amante? – fiz bico.
– É impossível falar com você, Isabella Swan! Me liga quando parar de tirar conclusões precipitadas.

Ué. Conclusões precipitadas? Mas estava na cara que era verdade!

– Mas eu só estava... – sussurrei.
– Boa noite, Isaaa – cantarolou e desligou na minha cara. Perfeito.

Acho que naquele momento eu queria enfiar um saco de pão em minha cabeça e me esconder. Não tinha motivo para ficar com ciúmes, aquilo era uma completa idiotice! Uma coisa que uma mulher madura não faria, mas nem morta!
Então simplesmente ignorei o quanto eu era idiota e fui me lavar. Eu estava renovada. Amanhã eu teria um dia cheio! Seria segunda e eu teria que acordar cedo para ir trabalhar. Ok, não tão cedo. Me disseram que eu poderia ir antes ou depois do meio-dia. Porque seria um dia para assinar uma papelada, conhecer a empresa e aprender o que eu deveria fazer. O trabalho mesmo começaria na terça. Mas lembrei-me de que Jacob queria que eu aparecesse cedo porque queria me ver logo. E também que deveria levar algo do Starbucks.
Coloquei meu celular para despertar. Eu não iria tão cedo, nem tão tarde. Uma parte de mim queria saber se Edward chegaria logo. Isso me deixava irritada.
O despertador me acordou e eu mal acreditei que conseguira dormir. Meu estômago estava embrulhado com a ansiedade e quando ouvi tocar, quase cai da cama. Ou realmente cai... não me lembro.
Rapidamente abri meu armário e peguei as roupas planejadas, correndo para o banheiro. Entrei na banheira de espuma e sais de banho. Me sentia em um paraíso ao estar deitada ali. Era tão reconfortante! Eu me sentia ótima! Não era igual a tomar uma ducha, por mais que a ducha fosse melhor na limpeza. Mas era confortável e eu fiquei com uma vontade de jogar pétalas de rosa e fingir que estava em um SPA. Porém, o tempo voou. Então, sai correndo, me sequei e coloquei minhas roupas. Já estava com o secador ligado quando meu celular tocou.
Me estiquei para pegá-lo em cima da cama. Uma mensagem.
De Rose.

"Oi dorminhoca!
Vê se para de preguiça e levanta cedo para trabalhar, maldita rsrsrs.
Estou pensando em jantarmos juntas, o que acha? Não esquece de me ligar para combinarmos. Qualquer coisa pode ser ai no apartamento mesmo rsrs.
Mande abraços pro Edward e brigue com ele por ter chego só hoje, ok? Eu não posso brigar com ele por não estar ai, mas faça isso por mim.
Te amo sua piranha. Bjs."

Sorri e voltei a secar meus cabelos.
Rose era completamente louca e era isso o que eu admirava nela.
Prendi meu cabelo com o elástico com a flor cinza e passei uma maquiagem leve. Daquelas tipo: hidratante, base, pó, lápis de olho, sombra, rímel e gloss. Nada muito extravagante, né? Cores no tom da pele e já estava bom.
Olhei-me no espelho. PERFEITO! Como... uma... boneca. Droga. Minha pele realmente parecia de uma boneca de porcelana. PORQUE DIABOS EU TINHA QUE SER TÃO BRANCA?
Preciso me bronzear urgente. Mas morro de medo de cabines de bronzeamento depois que assisti Premonição 3. CREDO! Até arrepia.
Mas, se Edward visse isso, com certeza diria que eu estava fofa. Há, só ele mesmo...
AI DROGA.
AGORA QUE CAIU A FICHA!
ELE NÃO TINHA CHEGO AINDA!
Olhei para o apartamento, silencioso. Nenhum recado na secretária eletrônica. E, pelo jeito que Rose falara, ele já devia estar em casa!
MALDIÇÃO, EDWARD!
Ele deve fazer isso de propósito, só para me ver admitir que estava com ciúmes daquela tal Megan. Jogo sujo! Mas não ficaria assim não, eu não iria me importar. Iria trabalhar sem preocupação e ele que se virasse. Além do mais, se ele preferia ficar com ela, que morasse com ela! O apartamento seria só meu. Melhor ainda.
Tossi levemente tentando me acalmar e peguei minha bolsa. Seria melhor se eu tivesse uma pasta de trabalho? Ah, eu só vou observar mesmo. Então vou ver o que as outras mulheres usam e estaria tudo bem! Se fosse o caso, compraria uma mais tarde.
Peguei a chave de casa e abri a porta.
Mas algo ainda martelava em minha cabeça. Talvez a culpa fosse daqueles dois olhos dourados, cabelo bagunçado, pele com traços perfeitos, perfume inebriante e aquele brinco prata idiota que só ficava bem nele. Merda.
Peguei um pedaço de papel, escrevi rapidamente e coloquei no mural.
Eu me arrependeria mais tarde.

“Edward,
Me ligue quando chegar. Estou preocupada.”

E foi assim que corri para comprar as coisas no Starbucks e depois peguei o metrô.
Eu ainda não entendia muita coisa daquela cidade, mas havia anotado o necessário em minha agenda. Lá estavam as estações e qual eu deveria descer e em que caminho seguir. Rapidamente cheguei na frente da empresa.
Um enorme prédio de vidro azul de tirar o fôlego.
Meu novo emprego! Eu trabalharia aqui! QUE EMOÇÃO! EU PODERIA CHORAR DE FELICIDADE!
Criando coragem para entrar, com a comida ainda quentinha em minhas mãos, eu passei pela porta da frente, onde havia vários homens de terno e mulheres super bem vestidas. Eu acertara em cheio!
Olhei novamente para meu celular. Nada.
Suspirei, coloquei no silencioso e peguei o elevador.
Seria o meu dia. Esqueça Edward e a loura peituda! Tudo ficaria bem! Perfeitamente bem!
Pelo menos eu esperava por isso.


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Notas finais do capítulo

Aceito sugestões, críticas e comentários! Pode ser por aqui, pelo e-mail (lilojm@yahoo.com.br) ou por twitter (@juliapattz). Não se esqueçam de divulgar! *-* Eu adooooro conversar e quero saber a opinião de vocês, heim? Conto com isso!
XOXO,
Júlia.



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