Romantic Joke escrita por jminho


Capítulo 3
Capítulo 3 - O lado princesa.


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeeeeeeente, espero que estejam gostando dos banners que estou colocando em cada capítulo! Cada imagem representa o que acontece no cap, espero que esteja ficando bom rs. Mudei a capa também, para ficar mais NANA do que Twi rs. Vamos dizer que só roubei os nomes e um pouco da personalidade fisica dos personagens de Twilight. O resto é mais NANA mesmo ODIHASOIHDOAIHSD'. Enjoy *-* ♥.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/178481/chapter/3


Meu celular estava congelado.

Quer dizer, ele havia travado dês de que entrei no Starbuks! Eu não acreditava que aquela porcaria havia me deixado na mão bem quando eu estava em Nova York!
Obrigada Sr. Destino! Obrigaaaaaaada.
Desmontei-o ali mesmo, no meu colo, no taxi. Resmungando algumas coisas enquanto jogava algumas peças para lá e para cá. O pior foi reparar no cara que me olhava pelo retrovisor. Ele devia pensar que eu era uma Alienígena ou algo do tipo.
Reprimi o impulse de lhe mostrar a lingua, infantilmente. Além do mais, eu era uma adulta! Devia é empinar o nariz e dar de ombros.
Tentei fazer isso.
Mas, quem me dera se eu fosse!
Talvez, um Alien não precisasse se esconder atrás de uma personalidade diferente todo momento e lidar com uma paixão dolorosamente impossível. Talvez um Alien também tivesse uma melhor tecnologia do que o tijolo que eu segurava nas mãos.
Quer dizer, eu nem sabia o porque eu ainda estava com aquele troço! Eu tinha um iPhone, mas ele não era dois chipes. E esse era o problema. Minha melhor amiga, Rose, tem uma operadora e outros amigos meus tinham outra. É uma confusão! Eu mal consigo me lembrar dos dois números!
Droga.
Olhei para os dois chipes em minhas mãos. Qual eu deveria escolher?
Peguei o da mesma operadora que o da Rose. Além do mais, eu precisava falar com ela urgente! Precisava gritar euforicamente junto com alguém. EU ESTAVA EM NOVA YOOORK. MUNDO, ME AGUARDE!
O coloquei e esperei que ligasse.
Encostei minha testa no vidro enquanto olhava a movimentação na rua. Os prédios iluminados passavam rapidamente por mim. Não conseguia ver árvores em lugar nenhum ali – onde eu morava via toda hora -, mas todas as pessoas se vestiam bem e a maioria parecia atrasada para algo. O trânsito às vezes se tornava péssimo, às vezes fluía. Eu não sabia descrever a sensação de estar ali. Era meu sonho há tempos, algo que eu não conseguia explicar.
Porém, meu sonho era quebrado a medida que vários cartazes de RJ apareciam diante de meus olhos.
Tentei desesperadamente prestar atenção nas lojas. Cada uma mais linda do que a outra! Com roupas floridas, coloridas, ou rosas! Bem femininas! Eu poderia ser chamada de patricinha, mas eu não era. Gostava de rosa e colocar flores no cabelo. Quer dizer, gostava de enfeitá-lo de vários jeitos e maneiras diferentes.
Acreditem, eu ficava beeem fofa!
Porém, isso é passado. Hoje me contento com um terninho e o cabelo solto ou em formato de coque.
Será que estou exagerando? Levando muito a sério? Será que estou enganando a mim mesma com isso?
Suspirei e peguei novamente o Iphone, esperei um pouco e comecei a digitar os números.
Ai, anda Rose! Eu estou quase MORRENDO tendo que guardar esse segredo por tanto tempo!
Será que ela choraria de emoção?
Ah sim, com certeza choraria! Posso até ver a cena! QUE FOFA!
TU... TU... TU... TU...
TU... TU... TU... TU...
Está falando sério que ela não vai atender?
TU... TU... TU... TU...
Vamos Rose! Vaaamos! Eu mal me agüento com a notícia. Preciso te contar logo!

- Alô? Quem é? – uma voz apressada soou pela linha - Isa?
- Rose! – quase gritei – Até que enfim consegui...
- Isa? Isa? – a voz dela parecia sumir aos poucos – Estou passando por um túnel. É você?
- Sim! – murmurei – Sou eu!
- Isabella? Eu não estou conseguindo te ouvir! O que você queeer?
- Você já saiu do túnel?
- O que?
- ROSE! VOCÊ JÁ SAIU DA DROGA DO TÚNEL OU NÃO?

Droga. Eu havia gritado.
Olhei para frente, o taxista me encarava com os olhos esbugalhados como um peixe, do retrovisor.
Pedi desculpas baixinho, me sentindo corar e coloquei o celular de volta na orelha, afastando uma mexa que tinha caído na frente de meu rosto. Eu nem estava prestando atenção na rua! Queria ver para decorar o caminho depois.
Ah... eu estava completamente perdida nessa cidade. Mas eu estaria perdida em NY! Não há nada mais elegante que isso!
Chegava a ser honra!
Será que eu venerava esse lugar de mais?

- Não grita, maldita! – ela urrou do outro lado – Acabei de sair do túnel e isso perfurou meus tímpanos! – suspirou – O que você está fazendo? Da onde está falando?
- Desculpe – sorri – Estou super animada!
- E porque tudo isso? – ela riu – Você vai se casar com um milionário que vende botões de terno?
- Até parece! – Rose tinha uma personalidade bem diferente, o que me fazia sentir segura. Eu era bem bobinha perto dela e somente ela sabia de toda aquela máscara sobre ser adulta – Vendedor de botões? Aff.
- O que então? Saiba que tenho uma reunião daqui a pouco! Aquela descabelada da minha chefe acha que pode ficar me colocando em plantões e não me pagar em folgas ou dinheiro. Eu ainda vou arrancar aquela peruca que ela chama de cabelo. Sabia que ela é meio que careca? – ela riu alto – Aquela lá nem cabelo tem, imagina moral!
- Rose... – sussurrei, tentando chamar sua atenção. Quando ela quer conversar, ela não para. O que eu gosto, porque às vezes não falo muito. Mas agora era importante.
- Imagina que outro dia ela me fez trabalhar bem no aniversário da minha mãe!
- Rose...
- E pior! Ela ainda...
- Rose! Eu estou indo para o seu apartamento! – disse, animada – Podemos nos encontrar lá depois da sua reunião?

Houve um silêncio absurdo. Tanto que eu achei que ela havia desligado. Mas ainda assim podia ouvir o barulho de carros do outro lado da linha.
Foi no mesmo instante que o taxi parou, em frente a um amontoado de prédios enormes e lindos. Quase engasguei com a minha própria saliva ao admirá-la. Sério!
Era esse prédio enorme? Eu ia morar em um apartamento desses?
OH MEU DEUS! QUE LINDO! QUE LINDO!
Estou em uma mansão!

- Você está em Nova York? – ela sussurrou.
- S-sim – gaguejei – E estou em frente ao prédio – tentei me recuperar – Oh, meus céus, Rose! Estou me sentindo uma princesa! Ele é tão lindooo!
- O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AI?

Me afundei no banco do taxi.
Essa não era a reação que eu esperava.
Cadê o choro de felicidade, Rooooose?
Eu nunca gostara dessa forma que ela falava comigo. Eu me sentia uma criança e ela uma mãe muito mal humorada. Era como se eu tivesse feito algo realmente errado. Mas, desta vez, eu não entendia o porque.

- O que eu fiz? – sussurrei.
- Você escondeu de mim que viria para cá! Precisava me avisar!
- Mas eu queria fazer surpresa. E olha... eu estou com a chave! Eu fiz uma cópia daquela vez que você passou em casa e...
- Cara, Isa! – ela bufou – Você não é adulta nem aqui nem na china! Você não vê? Parece mais uma criança do que adulta. Porque continua fingindo?

Droga.
Eu realmente havia feito isso, não? Eu realmente estava deixando que tudo ficasse transparente de mais. Havia minhas malas... várias e de tons de rosa. Havia meu iPhone, cheio de adesivos coloridos de flores e coração. Havia o fato de que me comparei com uma princesa, igual a uma criança após ler um livro de contos de fadas.
E também havia a roupa que eu estava naquele momento...
Saia curta e blusa de frio brancas. Botas de salto e cachecol rosa. Tirando meu cabelo... amarrado em duas marias-chiquinhas no topo da cabeça e presilhas de coração.
Droga, eu era uma criança! Eu era uma jovem idiota e boba! Uma jovem-extrovertida-bobinha-mimada.
Mais uma maldição do Sr. Destino. Aqui em NY, eu esquecia de me esconder atrás do meu eu adulto.
Mas, eu não havia percebido. Aquilo não havia me magoado até que Rose falara. Ela sabia que aquilo me machucava e mesmo assim o fazia.
MALVAAAAAAAADA.

- Isa... – suspirou de novo, parecendo cansada – Desculpe, ok? Só me faça um favor: fique quietinha ai no apartamento. Não arrume nada. Leve as malas e deixe na sala, está bem? Estou indo agora para ai. Não saia por nada!
- Está bem – sussurrei – Estou te esperando.
- Amo você, sua louca.

Sorri.

- Eu também, sua chata.

E desliguei.
Mesmo estando imensamente feliz, eu sabia que Nova York me aguardava um momento bem ruim. Ruim o suficiente para que eu me sentisse errada, como se eu fosse imatura e como se fosse acabar na mesma fossa em que meus pais se enfiaram. E me levaram junto.
Mas eu estava decidida!
Chegaria em casa e mudaria de roupa urgente! Colocaria meu terninho, esperaria Rose e nós sairíamos de noite para comer alguma coisa e conhecer a cidade. Depois, eu me prepararia para o trabalho e tudo estaria bem. Tudo!
Me aguarde, Sr. Destino!
Paguei ao taxista para que ele subisse as malas. Quer dizer, eu estava somente com uma e mal conseguia andar. Meus saltos pareciam que iriam entortar e eu cairia de cara no chão.
O que eu trouxe aqui, Deus?
Por sorte, pegamos o elevador – enorme, por sinal – e subi apressadamente para o apartamento.
O prédio era grande e inteirinho de vidro. Tinha a recepção mais decorada que já havia visto. Cheio de flores, cascata, etc. Eu mal podia acreditar que Rose havia me alugado aquilo, me cobrando um preço bem pequeno.
Eu estava... ME APAIXONANDO POR ESSE APARTAMENTO!
Abri a porta rapidamente e entrei.
AH CÉUS! Era realmente ENORME. Algo que caberia umas... cinco de mim mesma. Havia uma sala grande com um sofá de veludo vermelho, uma TV na parede – que mais parecia uma tela de cinema -, flores para todo canto. Havia um jardim dentro do apartamento! Um jardim! Com cascata, pequenas árvores e mais flores. Bichinhos de porcelana.
Ah, eu não podia acreditar!

- Pode colocar ai – sussurrei – Obrigada!

E foi assim que o taxista foi embora, ainda me encarando como se eu fosse um ET.
Corri pela casa aos pulos, animadíssima! Tinha de tudo! Até um enorme computador e notebook. Eram quatro quartos. Três com suítes. TRÊS!
Uma cozinha do tamanho da minha casa anterior, uma varanda e um terraço no qual eu podia ver todo mundo lá embaixo!
E... AI MEU DEUS. Tinha uma banheira em um dos banheiros que os pés tinham o formato de patinhas de gato.
FOOOOOOOOOOOOOOOOOFO!
AI QUE SONHO! QUE SONHO! EU ESTOU SONHANDO!
Pulei no sofá! Que delícia!
Eu mal podia acreditar que tudo aquilo iria ser só meu! Um dos quartos era um escritório e eu já podia imaginar colocando todos os meus livros lá e todas as minhas coisas do trabalho! Poderia me organizar ali. E meu quarto seria rosa e branco! Inteirinho! Cheio de luminárias, puffs e bichinhos fofos!
Quer dizer, ninguém viria na minha casa. E mesmo se viesse, eu podia dizer que um dos outros quartos mais sérios era o meu, na verdade!
Ah, eu podia colocar meus DVDs na prateleira branca e vermelha da sala. Onde havia rosas em cima! Que lindo!
Também poderia...
E foi assim que a campainha tocou.
Olhei para a porta.
Será que Rose já havia chegado? Eu imaginada que ela estaria bem nervosa por eu não ter avisado. Mas passaria, não?
Me levantei aos saltos.

- Já vaaaaai – gritei.

Abri a porta.
Rose deveria estar ali, parada com as mãos na cintura e com o rosto em reprovação. E eu daria um abraço nela.
Mas não era.

Ouvir Wish – Olivia Lufkin
Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=4Gw3gRGvunc
Download: http://www.4shared.com/audio/X_Rk4QRS/OLIVIA_inspi_REIRA__trapnest_-.htm

Na verdade era um homem. Um homem com os cabelos escuros - não pretos, mas escuros - desarrumados e roupas pretas. Tinha um brinco de prata em uma das orelhas e o rosto era... lindo. Ele era lindo.
E usava um boné. Um boné velho e surrado que me fazia lembrar de alguém... alguém que agora eu não sabia o nome porque estava pasma de mais para respirar ou pensar.
Seus olhos eram claros. Dourados. Iguais aos de... Rob.
Ai... me lembrei do nome. Claro.
Meu coração pulou e meus olhos arderam. Algo se inchou em meu peito e eu fiquei sem saber o que fazer. Minhas mãos tremiam.
Ele não tinha o direito de fazer me lembrar dele.
Mas não era Rob, era?
Não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aceito sugestões, críticas e comentários! Pode ser por aqui, pelo e-mail (lilojm@yahoo.com.br) ou por twitter (@juliapattz). Não se esqueçam de divulgar! *-* Eu adooooro conversar e quero saber a opinião de vocês, heim? Conto com isso!
XOXO,
Júlia.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Romantic Joke" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.