– Alice... – chamei-a. Ela me encarou e depois voltou a fitar o teto. Me aproximei mais da cama e ela virou seu corpo na direção oposta.

– Boa noite Justin! – ela disse ríspida e depois fechou os olhos.

– Boa noite Alice... – sussurrei dando-lhe um beijo no topo da testa. Voltei para o sofá cama, que ultimamente têm sido uma benção para mim, pois a poltrona que tinha aqui antes era quase impossível de dormir e tentei arrumar uma posição boa para ficar... Alice queria dormir, e eu não iria insistir em nada, nem tocaria no assunto se ela não quisesse, só queria ter uma chance, mais uma chance de poder dizer tudo o que sinto por ela, e saber se ela sente o mesmo por mim...

POV ALICE ON

Não sabia o que estava acontecendo comigo, o beijo de Justin havia me deixado desconcertada, mas meu Deus, o que foi aquele beijo? Porque eu estou me sentindo assim tão... Feliz? Era para eu ter parado assim que aquela palhaçada começou, mas é que estava tão bom... Seus lábios macios nos meus, o toque de suas mãos em meu corpo. Ele tinha pegada, e muita. Mas a melhor parte foi que com apenas um beijo ele me deixou nas nuvens, simplesmente não tinha como eu não corresponder. E agora aqui estou eu, deitada na minha cama, pensando em como aquele beijo foi bom e errado ao mesmo tempo. Como eu estava confusa quanto aos meus sentimentos. Mas principalmente em como o beijo que ele me deu foi melhor que o do sonho. Foi real e simplesmente aconteceu... Imagino o que teria acontecido se Marta não tivesse nos interrompido... Ele me queria, aquilo estava escrito em seus olhos mel, eu só não sabia o quanto e a que ponto ele chegaria para me ter. Não entendo como isso é possível... Ele gostar de mim...

Justin dormia feito um anjo ao lado da cama, e como já tinha abusado demais do meu coração hoje, não achei que olhá-lo mais um pouco fosse fazer muita diferença. Já eram 03h30min da madrugada e o sono não vinha para mim. Aqueles olhos mel que agora estavam fechados, aqueles lábios rosados entre abertos e aquele cabelo castanho bagunçado me pareciam muito mais atrativos que o escuro, pois com certeza seria só isso que veria quando fechasse meus olhos para dormir. Ele estava ali, ao meu lado, como pode ser tão lindo? Deus, que garoto é esse? Porque me sinto estranha ao seu lado? Será que Marta esta mesmo certa? Eu estou apaixonada por ele? Repassei o beijo em minha mente como se fosse um filme que eu pausava e dava play, replay...

Pude escutar Justin sussurrar meu nome enquanto dormia. Não era Aline, Patrice, Clarisse ou qualquer outro nome. Sua voz rouca foi clara ao pronunciar as palavras. ALICE! Foi isso que saiu da boca daquele garoto. Alice...

POV ALICE OF

Enquanto no hospital, Justin sonhava com Alice, a garota que havia tomado seu coração, Alice sorria feito boba depois de escutar o garoto que á pouco a beijou, dizer seu nome enquanto dormia, em seu quarto, Jullie, pensava e repassava seu plano para ter Justin em seus braços. Já tinha pensado em mil coisas diferentes, mas optou pela qual o loiro não teria escapatória. Ela nunca fora assim, mas também nunca ninguém a rejeitou daquele jeito. Na verdade, nunca NINGUÉM a rejeitou antes. Só por isso, ela achava que tinha que ter aquele garoto...

Jullie sabia que a melhor amiga já havia acordado, ainda não tinha ido visitá-la, mas do jeito que Alice tinha o coração mole, logo a perdoaria...

Jullie á pouco havia tido uma idéia, e agora a mesma se achava um gênio. Ela poderia unir o útil ao agradável. Ganharia o perdão da amiga e teria o garoto desejado, em uma só noite! Ela teria de ser rápida, pois soube que Alice logo sairia do hospital, cerca de duas semanas. Duas semanas para Jullie conseguir tirar seus pais de casa pelo fim de semana todo. Duas semanas para organizar uma festa de boas vindas á Alice. Duas semanas para se preparar para SUA noite. Duas semanas...

POV JUSTIN ON

– Justin! – Alice gritava enquanto me sacudia. Acordei assustado.

– Que foi? Esta tudo bem? – perguntei pulando do sofá.

– Comigo sim, mas com você eu já não sei. – ela riu e me entregou um aparelho que agora eu percebi que esgoelava. Tirei meu celular de suas mãos, sorri para ela e atendi.

– Cadê você, Justin? – Scooter gritava

– No hospital! – falei como se aquilo fosse óbvio, e era.

– Esqueceu que hoje você tem uma entrevista? – ele perguntou nervoso. Puta merda. Esqueci totalmente.

– Quanto tempo eu ainda tenho? – perguntei já me levantando e colocando os tênis. Alice me olhava e soltava risinhos debochados.

– Dez minutos. Espero você em frente á gravadora. Ryan levará uma roupa para você. – ele disse enquanto eu já recolhendo minhas coisas.

– Ok. Já estou indo. – disse e desliguei o telefone colocando-o no bolso traseiro.

– Muito encrencado? – Alice perguntou ainda rindo.

– Um pouco. – admiti. - Tenho que ir agora, mas assim que terminar a entrevista eu volto, ta? – perguntei e ela concordou com a cabeça. Ela estava tão mais bem humorada hoje... Diria que até mais bonita com aquele sorriso no rosto, se é que isso é possível. Dei um beijo em seus cabelos e ela riu. Sai daquele quarto sorridente.

Sai pelos fundos e peguei minha Ranger Rouver que estava estacionada na rua debaixo do hospital e sai em disparada. Fui á 90 Km/h já que as ruas não estavam muito movimentadas. Pelo relógio do painel pude ver que não eram nem 8h da manhã ainda. Scoot viado! A gravadora ficava á uns 5 minutos dali, mas eu poderia fazer em 3 minutos. Ao longe pude ver a van da equipe e Scooter andando impaciente de uma lado para o outro. Desliguei o carro e Kenny já veio em minha direção.

– E ai, JB! – ele fez um toque comigo. – Toma cuidado, a fera está bem irritada. – disse olhando para Scoot que agora me fuzilava. Se ele fosse um personagem de desenho animado estaria vermelho, cuspindo fogo e soltando fumaça pelo nariz. Eu ri com meus pensamentos. (n/a: eu também ri kk)

– Vai logo! – Scoot gritou me empurrando para dentro da gravadora, onde provavelmente, Ryan esperava com uma roupa. Entrei na primeira porta á direita depois da recepção e lá estava ele...

– Fala ai JB!

– E ai Ryan! – disse pegando a blusa de suas mãos e tirando a que eu vestia.

– Pegou a bela adormecida? – ele perguntou rindo.

– O QUE?- perguntei assustado. Eu estava feliz, principalmente porque nos beijamos, mas está tão na cara assim? Parei o que estava fazendo para encará-lo e ele logo me passou uma calça preta para vestir.

– Você está com o sorriso mais bobo do mundo no rosto. Ou é porque a beijou, ou viu a Beyonce pelada. – ele disse gargalhando e eu ri. Duas coisas tentadoras, mas ele tinha sido sarcástico, ou seja, estava na cara. Eu não sei se era por causa do beijo, pelo humor de Alice hoje, ou o sonho, mas eu estava feliz...

Flashback ON (sonho)

Alice estava sentada na grama, sorria feito boba nos braços de um garoto. Ela usava um vestido florido que valorizava cada centímetro de seu corpo, mas não era indecente...

– Justin, eu te amo! – ela disse beijando o garoto. Justin? Ela disse que me ama?

Me aproximei lentamente e agora ela estava em meus braços.

– Alice, quer namorar comigo? – perguntei olhando em seus olhos azuis. De onde eu criei tanta coragem? Também não sei, mas as palavras saiam tão naturalmente... Ela me encarou e sorriu selando nossos lábios em seguida. – Isso foi um sim? – perguntei e ela balançou a cabeça positivamente. Ela se ajeitou em meus braços e ficamos olhando o céu.

– Alice... – sussurrei em seu ouvido.

– O que meu amor? – WHAT? Meu amor?!

– Eu te amo. – disse e ela sorriu

– Eu também Jus.

Flashback Of (sonho)

[...]

A entrevista foi longa, basicamente me perguntaram sobre a volta da turnê – que Scooter havia anunciado á dois dias- e o beijo com Jullie. Incrível como isso me persegue... Mas o bom é que nem tocaram no assunto ‘Alice’, afinal, para a mídia, isso já era passado. Ainda bem, pena que é por pouco tempo, já que o despertar dela logo vaza para a imprensa.

Eu não via a hora de ir para casa, tomar um banho e voltar para o hospital. Sinto que as coisas agora entre Alice e eu não só podem, como vão, ficar bem melhores, pelo menos do que depender de mim...

– É só isso então. – disse o apresentador dando um toque em meu ombro. – Tchau Justin. Foi um prazer tê-lo aqui. – ele sorriu. Finalmente havia acabado a entrevista.

– Obrigada, foi um prazer estar aqui. Tchau gente. – agradeci acenando e os flashes dispararam em minha direção. Sorri um pouco e fui embora.

[...]

– E então filho, como foi a entrevista? – minha mãe perguntou me abraçando assim que cheguei em casa...

– Foi legal, na verdade, tediosa. – admiti e ela sorriu.

– Ai meu querido, estou com tantas saudades de você... Você praticamente não fica mais em casa. – ela disse e eu sorri torto. – Mas me diga, se resolveu com a Alice?

– Acho que sim mãe. – suspirei e sorri. Ela me olhou curiosa e eu resolvi contar a verdade. – Ontem eu a beijei. – sorri bobo. Ela abriu a boca num perfeito ‘O’ e sorriu.

– Ai meu filho, que bom! – ela disse sorridente, mas de repente a expressão dela mudou. – Contou para ela sobre o beijo? – merda, porque ela tinha que lembrar isso? A olhei cabisbaixo.

– Ainda não... – assumi triste

– Meu filho, melhor resolver isso logo, se não depois vai ser pior. – ela disse.

– Eu sei... – disse, e o pior é que eu sabia, só não tinha coragem de dizer. Não agora que estava tudo indo bem...

– Agora meu querido, suba e vai tomar um banho. Depois desce para comer. – ela disse me tirando de meus devaneios.

– A Miranda esta ai? – perguntei. Miranda é nossa cozinheira. Ela está na família desde que me conheço por gente. É ela quem me salva das tentativas desastrosas de minha mãe de fazer algo de bom, ou pelo menos comestível, que não seja pão com frios.

– Sim, agora vá lá para cima. – ela disse dando um tapinha em minha bunda e me empurrando em direção á escada.

– Ah, mãe! – me virei para ela. – Vou dormir no hospital de novo.

– Ah filho... – ela ia começar a dizer algo, mas a interrompi.

– Eu prometi á Alice. – disse e ela apenas assentiu me dando as costas.

Subi para o meu quarto que agora me parecia estranho, também, dá para contar nos dedos as vezes que dormi em casa nesses últimos meses.

Fui para meu banheiro e me despi. Quando entrei no chuveiro, a água quente levou todas as minhas preocupações pelo ralo. Hoje seria mais um dia ao lado de Alice, mas estava decidido a fazer dele um dia especial...

Sai do chuveiro e fui trocar de roupa e arrumar uma mala para levar para o hospital.

Estava pensando em fazer algo diferente para Alice, mas o que? Fiquei pensando nisso por um bom tempo. Quando desci as escadas minha mãe estava colocando a mesa e eu fui ajudá-la.

– Obrigada filho! – ela disse quando tirei os pratos de sua mão e arrumei-os na mesa.

– Mãe, estava pensando em fazer algo diferente para Alice, mas não sei bem o que... Será que a senhora poderia me ajudar? – perguntei. Afinal, minha mãe era mulher, tinha de saber do que uma gostava...

– Não sei filho. Eu não a conheço para saber o que ela gosta ou não...

– TIO JUSTIN! – Anna gritou entrando na cozinha e pulando em meus braços. É isso, minha mãe não conhece Alice, mas Anna sim...

– Oi meu amor. – disse beijando-lhe a testa.

– A Lice ta bem? – ela perguntou. Coloquei-a sentada na cadeira.

– Sim minha linda. Amanhã você vai comigo visitá-la?

– Sim, sim, sim! – ela disse batendo as mãozinhas uma na outra. – Posso tia Pattie? – ela perguntou para minha mãe que terminava de arrumar a mesa e que apenas assentiu. – EBA!

– Anna, será que posso falar com você, princesa? – perguntei docemente.

– Sim, o que é? Você gosta da Lice? – ela sugeriu com um sorriso malicioso nos lábios. Meu Deus, bem que minha mãe disse que essa garota era esperta...

– Sim. – admiti. Não tinha mais porque negar. – E u queria fazer uma surpresa para ela, mas não sei do que ela gosta...

– Eu sei! Posso ajudar? – ela perguntou animada.

– Mas é claro... – sorri. – Mas é uma surpresa, então não pode contar para ela.

– Eu sei né? – ela disse como se aquilo fosse obvio, pior que era, mas ás vezes esqueço que ela não é a Jazmyn.

– E então, do que a Alice gosta? – perguntei voltando ao assunto principal.

– Ela gosta de ir à Starbucks, de escrever, ir ao parque ver as estrelas, comer porcaria, tocar violão e cuidar de mim. – fez uma pose com o ultimo item e eu ri. – Mas... – ela disse cabisbaixa e eu fiquei apreensivo. – Ela não toca mais faz um tempão... – a olhei sem entender porque parou. Eu queria saber mais, saber o porquê daquilo, mas Anna parecia não saber também. Bom, mas ela me deu informações úteis... Alice gostava de ver as estrelas e comer. Já sabia sua cor favorita e sua comida. Miranda me ajudaria com a parte da comida, e do brigadeiro, afinal, Miranda á nacional do Brasil. Então, que um jantar ao ar livre? Gostei da idéia, era diferente, assim como Alice, única.

Anna saiu correndo enquanto eu viajava em pensamentos. Assim que percebi isso, fui caminhando sorridente até a copa.

– Já sabe o que fazer? – minha mãe perguntou sorrindo para Anna assim que passei pela porta.

– Sim, mas vou precisar de ajuda, e de Miranda! – sorri e fiz um biquinho pidão.

Já eram 15h quando sai de casa. Minha mãe disse que me ajudaria, e Marta disse que ainda se lembrava como fazia o famoso brigadeiro e ficou animada com o fato de Alice ser brasileira. Estava louca para conhecê-la. Com essas duas maravilhosas mulheres me ajudando, eu sei que já posso ficar mais tranqüilo...

Quando cheguei ao hospital, Alice dormia tranquilamente. Ela era tão linda dormindo...

Me aproximei dela devagar e acariciei seu rosto. Ela abriu os olhos e sorriu a me ver. Aquilo fez meu coração pular no peito, fez meu dia ficar melhor do que já estava.

– Desculpe a demora. – disse afagando seus cabelos.

– Tudo bem, na verdade, depois que você saiu, eu só dormi. – ela riu.

– O que acha de sairmos dessa cama e irmos dar uma volta? – perguntei esticando minha mão para que ela pegasse e se levantasse. Não sabia o que eu tinha em mente, só sabia que queria sair dali.

– Tudo bem, mas preciso trocar de roupa. – ela disse se olhando e fazendo uma careta estranha. A encarei e sorri.

– Você é linda de qualquer jeito, até com essa camisola esquisita. – eu disse e ela riu.

– Garanto que ninguém além de você acha isso, se é que é acha mesmo... – ela disse.

‘Pior que eu acho, e é bom que seja o único a achar. ’ – pensei, mas não disse nada, apenas sorri levantando-a e ajudando-a a ir até o banheiro.

– Obrigada! – ela disse antes de fechar a porta e se trancar naquele banheiro.

POV JUSTIN OF

POV ALICE ON

Eu não sabia o que estava fazendo, mas desde que ouvi meu nome sair de sua boca enquanto dormia, eu fiquei assim, boba, sorrindo para qualquer um e rindo de qualquer coisa. Pela primeira vez na vida eu não sabia o que esperar do meu dia, e como eu deveria reagir. No dia em que passeei com Justin pela primeira vez, Marta me disse que teria alta em duas semanas se eu continuasse me saindo bem no tratamento. Duas semanas para depois minha vida voltar o inferno que era. Duas semanas para ficar com Justin e depois nunca mais o ver. Duas semanas para descobrir o que eu sinto e o que ele tem que me faz sentir assim... Ele não disse aonde íamos então eu não sabia como me vestir. Optei por um short jeans, uma bata mais simples, e meus inseparáveis tênis.

(http://www.polyvore.com/alice/set?id=40681330&.locale=pt-br )

Joguei uma água no rosto e escovei meus dentes umas duas vezes. Tentei dar um jeito no meu cabelo, mas como?! Decidi prendê-lo num rabo de cavalo. Passei um blush, só para não ficar pálida demais e um gloss. Respirei fundo, peguei minhas muletas e sai do banheiro.

– Estou pronta. – disse ao garoto que estava de costas para mim, mexendo no celular. Ele levantou e assim que me viu sorriu malicioso. Ele estava lindo... Tinha colocado uma bermuda branca com verde, uma blusa preta básica e seus supras também pretos. Ficamos nos encarando por um tempo e então eu decidi falar. – Onde pretende me levar?

– Surpresa! – ele disse e riu. Eu odeio surpresas, mas como estava muito a fim de sair daqui, hoje eu abriria uma exceção.

– Ok, mas está bom para eu ir assim? – perguntei apontando para mim.

– Esta maravilhosa! – ele disse e sem duvida, corei. Ele veio em minha direção e me ofereceu a mão.

– Como você quer que eu te dê mão se eu estou de muletas? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

– Esqueci! – ele disse recolhendo a mão e indo segurar a porta para eu sair. Como a criatura consegue esquecer uma coisa dessas? Vai entender... – Bom, não consegui a autorização para sair com você do hospital, não sei como, eu sou o Justin Bieber pô! – ele exclamou como se aquilo fosse uma ofensa e depois riu. Eu revirei os olhos e gargalhei. – Então, graças á esse erro, teremos de ficar aqui no hospital mesmo. – ele disse como se aquilo não estivesse em seus planos.

– Tudo bem Bieber. Só de sair do quarto eu já fico feliz. – disse tentando animá-lo.

– Tudo bem... – rendeu-se. – Mas, tem um lugar muito lindo que eu quero te levar. – ele disse sorridente e eu o encarei confusa. – É um lugar tranqüilo, Marta disse que seria até bom irmos para que você depois tentasse andar sem as muletas. – ele disse animado.

– Ah... – fingi animação. Se eu começasse a andar, terei evoluído, e como eles disseram, se eu evoluir... Não, eu ainda tenho duas semanas! Sorri tentando me livrar daqueles pensamentos ruins e Justin me conduziu até o lugar...

Era lindo, um parque com muitos bancos brancos e um lago bem no centro. Tinha a estradinha de terra para pedestres e ao decorrer dela, uma barra, acho que era nela que eu me apoiaria...

Ao meu lado Justin tinha o sorriso mais lindo no rosto. Ele parecia se divertir com seus pensamentos e eu queria muito poder ter o poder daquele vampiro, Edward, para saber o que ele pensa. Um celular começou a tocar e logo Justin tirou o aparelho do bolso. Era uma mensagem. Não pude deixar de ler, meio que estava na minha frente...

“Estará tudo pronto para sexta”

Deveria ser mais um dos compromissos do astro teen do momento, então nem me dei o trabalho de perguntar de quem era a mensagem. Ele apenas leu, sorriu e voltou a apreciar a paisagem.

Era tudo tão tranqüilo e bonito. Escutávamos o barulho da água se movendo ao toque do vento, o canto dos pássaros... Arrisquei olhar Justin novamente e ele me encarava. Corei timidamente e ele riu.

[...]

Estávamos no quarto. Eu estava exausta. Justin tinha-me feito andar muito. No começo foi bem difícil, mas depois não estava mais tão ruim. Minhas pernas estão meio fracas ainda, devido aos ‘machucados’ que o acidente me causou, mas os fisioterapeutas tinham dito que se eu tentasse logo meus movimentos voltavam ao normal, ou perto disso... Justin ficou ao meu lado o tempo todo e impediu que eu caísse quando minhas pernas fraquejavam.

[...]

Sexta-feira. Uma semana para eu ir embora. Eram 14h da tarde e Justin não estava aqui.

Marta disse que ele tinha muitas coisas para resolver, e só o veria mais tarde, mas o bostinha nem me acordou para avisar que estava saindo...

Estava entediada, pois pelo menos quando Justin esta aqui, ele me ocupa com alguma coisa, mas não, ele sai e nem fala nada... Essa semana Justin e eu temos nos divertido muito, estamos nos conhecendo e admito que até estou gostando do que estou vendo...

Estamos bem mais próximos, diria que até mais amigos... O tempo ao lado dele voa, e quando não estou ao lado dele, eu gasto meu tempo dormindo, ou pensando nele.

Imagina uma pessoa fofa?! Duplica! Multiplica por 259 e agora eleve ao quadrado! Esse é meu Justin. Além de o fato dele ser engraçado e atencioso. Ah, cadê esse menino? Já faz um tempão que ele saiu, na verdade faz tanto tempo que eu nem o vi saindo. Mas eu o quero! Preciso azucriná-lo e fazer com que ele mantenha minha cabeça longe das coisas que Marta me fala quando ele não esta por perto... AMOR! Uma palavra tão pequena, mas com um significado tão amplo que NINGUÉM consegue descrevê-lo ou defini-lo. Eu estou amando? Não sei. Diga-me o que é amar que eu lhe digo se estou amando. Amar é ficar feliz só de ver um sorriso da pessoa amada? É achar que seu dia está perfeito só porque ele apareceu? É perder a noção do tempo ao lado dele? É sorrir feito boba quando ele te toca, te beija ou até mesmo fala contigo? É o coração disparar com um toque apenas? É ficar sem jeito com um elogio? Bem, se é isso, parabéns Alice, você está apaixonada pelo astro teen mais quente do momento, Justin Bieber, assim como um milhão de garotas.

– Alice, Justin pediu para você se trocar porque vocês vão sair. – Marta disse entrando no quarto. Sentei na cama e chamei-a para o meu lado

– Marta... – respirei fundo. – Eu estou apaixonada – disse num suspiro. Marta me encarou, sorriu e acariciou minhas bochechas.

– Eu já sabia, só faltava você mesma descobrir isso... – ela disse com uma voz calma e doce.

– Mas o que eu faço? – perguntei em pânico.

– Siga seu coração... – ela sorriu. Ah, qual é? Papo de seguir o coração para cima de mim? Nem vem que não cola.

– Eu não sei o que ele quer... – disse colocando a mão no coração.

– Faça o que te faça feliz. – ela disse colocando a mão em cima da minha. Sorri.

– Ele me faz feliz... – disse cabisbaixa.

– Diga isso á ele. Garanto que ele ficará muito feliz. – ela disse acariciando minha mão que estava em baixo da dela. Eu apenas sorri sem mostrar os dentes.

– Marta, o que você estava dizendo mesmo? – perguntei lembrando-me do que ela disse assim que entrou no quarto.

– Nossa, verdade! Tenho que te arrumar... Você e Justin vão sair! – ela disse me soltando.

– Mas eu não tenho roupa... – tentei justificar, ou apenas seria uma desculpa para minha falta de coragem de encarar Justin depois de minha descoberta.

– Na verdade têm. Ele comprou um vestido para você. – ela disse me levantando e me olhando de cima em baixo. – Precisamos dar um trato em você... – ela disse me girando.

– Ah claro! Mas posso saber aonde eu vou? Se é que não é perguntar de mais né?! – falei sínica.

– Não sei... – ela disse revirando os olhos.

– Sabe sim... Fala Martinha, minha linda, a pessoa mais importante da minha vida. – disse tentando convencê-la a me contar.

– Eu sei que sou tudo isso, mas não posso lhe contar. Prometi á ele que iria guardar segredo.

– Af. Tudo bem então. Vamos logo com essa palhaçada! – disse grosa.

Marta me sentou numa cadeira giratória depois que tomei um banho e lá fiquei pelo que me pareceu uma eternidade.

2 horas e meia depois...

– Prontinho! – Marta exclamou sorridente.

– Devo estar parecendo a Barbie! Pelo menos estou com um quilo de maquiagem, igual á ela! – disse irritada.

– Você está linda! – disse uma voz rouca entrando no quarto. Virei-me para a porta e vi a criatura mais linda desse mundo... Justin estava com uma camisa branca, um colete fechado, por cima, uma gravata preta e uma calça preta. Ele estava lindo de social, simplesmente magnífico. (http://www.google.com.br/imgres?q=Justin+Bieber+de+social+2011&um=1&hl=pt-BR&biw=800&bih=466&tbm=isch&tbnid=bGGaK1fIpWwF7M:&imgrefurl=http://capricho.abril.com.br/blogs/top5/top-5-looks-estilosos-do-justin-bieber/&docid=6v4AtkMBgTgpcM&imgurl=http://capricho.abril.com.br/blogs/top5/files/2011/10/justin-bieber-2.jpg&w=580&h=450&ei=7TLmTpOwIseLgwev7OTjBQ&zoom=1&iact=rc&dur=463&sig=102999883057105531719&page=8&tbnh=110&tbnw=142&start=67&ndsp=10&ved=1t:429,r:2,s:67&tx=45&ty=42)

– Obrigada... – disse mais tímida que o normal. Pelo quanto do olho vi Marta rir fraco e comemorar pelo bom trabalho em silêncio. – Mas nem acho que devo estar tudo isso, na verdade estou me sentindo meio desconfortável... Sabe como é né? Um quilo de maquiagem, um vestido curto, e um salto maior que a torre Eiffel, mas tirando isso...

– Espera ai, você já se viu? – ele me perguntou espantado.

– Na verdade não, mas...

– Mas nada! Não sei como Marta não te mostrou... – Ele disse me puxando para o espelho mais próximo.

Eu estava... Bonita? Sei lá. Estava melhor, bem melhor que antes. Isso com certeza!

Estava com um vestido preto bem acima do joelho e que marcava minha cintura. Meus olhos estavam com uma sombra azul e um lápis preto que valorizava meus olhos claros, e um salta preto, como havia dito antes, enorme. Eu estava diferente... Mas combinava com o Justin, mesmo achando que NUNCA estaria aos pés daquele Deus...

Justin se aproximou e me abraçou por trás.

– O que esta achando? – ele perguntou depositando um beijo em meu ombro.

– É, eu acho que estou bonitinha. – admiti.

– Você está linda! – ele disse me virando para ele.

– Justin... – tentei dizer antes que ele fizesse algo, mas minha respiração já estava fraca, ele estava próximo demais.

– Eu já vou indo. – Marta disse me dando a chance de conseguir respirar. Na verdade nem tinha percebido que segurava a respiração. – Bom jantar! – ela sorriu e saiu.

– Bom, vamos? – Justin disse esticando o braço para que me apoiasse nele. Ainda não estava andando muito bem, e com esse salto aqui então, imagine o caos que seria se ele não me ajudasse...

(http://www.polyvore.com/alice/set?id=40414376)

Justin me conduziu até um lindo gramado onde tinha uma mesa com velas bem no centro. O caminho era traçado por rosas vermelhas, e mais velas. O céu estava lindo, tinha muitas estrelas no céu e era noite de lua cheia. Justin ao meu lado sorria e me observava, não tinha como a noite ficar melhor.

– Alice... – disse Justin quando chegamos á mesa, me puxando uma cadeira para que eu sentasse. Sentei envergonhada e ele se sentou á minha frente. – O que está achando? – Justin perguntou olhando em meus olhos.

– Está tudo muito lindo Jus, obrigada! – sorri e ele me olhou espantado. Ah não, o que eu disse de errado?

– Você me chamou de Jus? – ele perguntou gaguejando. Quando percebi que era isso sorri envergonhada.

– Acho que sim, mas se não quiser tudo bem. Eu posso continuar te chamando de Justin ou Bieber. Por mim tudo bem. – forcei um sorriso.

– Não. Jus está ótimo. Mas é que você nunca tinha me chamado assim... – ele disse e abriu o sorriso mais lindo, mais iluminado que as estrelas, e seus olhos tinham um brilho que era simplesmente contagiante. – Com fome? – perguntou após alguns minutos de silêncio.

– Demais. Seria capaz de comer uma vaca inteira! – ri e ele riu junto.

– Que bom, pois eu fiz spaguetti e depois tem sobremesa. – ele sorriu.

– Beleza!

Serviram-nos e eu não conseguia parar de observá-lo. Como pode ser tão lindo e fofo assim?

– Jus, eu preciso te falar uma coisa. – disse insegura.

– O que? – ele perguntou quase de imediato.

– Eu... É... Ah, esquece. – Eu NUNCA iria conseguir falar para ele que gostava dele. NUNCA! É coraçãozinho, se acostume com a decepção, pois comigo é só isso que terá...

– Tudo bem... – ele disse cabisbaixo. – Alice, tem uma coisa que eu preciso te dizer á algum tempo, e eu não sei como agüentei esconder isso por tanto tempo... ele disse mas pareceu perder as forças no fim.

– Pode falar Jus... – disse sorrindo, tentei passar confiança.

– Eu... Eu... Eu. Te. Amo. – ele disse pausadamente. Fiquei sem reação. Como assim, JUSTIN BIEBER me amava? Como assim, Justin estava se declarando para mim? E ele disse que já faz um tempo, então... OMG JUSTIN ME AMA! – Alice, está tudo bem? – Justin agora estava ao meu lado e uma de suas mãos estava em meus ombros. Eu acho que enquanto eu tinha este surto interno, meu corpo paralisou, mas também, não é para menos....

– S-Sim! Justin... – chamei-o para que ele me olhasse. – Eu... EuTambémTeAmo. – disse rápido. As expressões de sua face mudavam instantaneamente. De tristeza para assustado, de assustado para curioso, de curioso para maravilhado, e de maravilhado para sorridente. Justin se levantou me puxando pela cintura e sem mais delongas selou nossos lábios em um selinho demorado cheio de amor e desejo.

– Eu não acredito! – ele disse. – Não acredito! – ele repetia.

– Saiba que eu acredito muito menos. – disse e ele riu.

– Calma. Isso é sério mesmo? – ele perguntou agora sério.

– Isso o que garoto? – perguntei confusa.

– Você me ama? – ele disse as palavras lentamente. Era isso? Era tão inacreditável assim?

– Sim. EU TE AMO JUSTIN BIEBER. – falei um pouco mais alto e ele passou seus braços pela minha cintura e eu passei os meus por seu pescoço.

– EU TE AMO ALICE BROCK! – ele disse em meu ouvido e logo depois selou nossos lábios em um beijo avassalador. Suas línguas eram indecentes ao explorar minha boca. Minhas mãos passeavam livremente entre seu cabelo. Sua mão me apertava e me aproximava mais de seu corpo. De repente eu estava pegando fogo. Aquelas mãos dele, aqueles lábios, aquele corpo, ELE me deixava em chamas. Nos separamos com selinhos e eu mordi seu lábio inferior. Ele sorriu malicioso.

– Você nem imagina o quanto esperei por isso... – ele sussurrou.

– Espero que a espera tenha valido a pena. – disse esperando que tivesse mesmo valido. Pois a partir desse momento o queria para mim. Queria que ele fosse só meu e eu só dele.

– Sem dúvidas... – ele sorriu e me abraçou bem forte. – Ah, esquecemos da sobremesa. – ele disse feliz indo até a mesa.

– EBA! – gritei como se fosse uma criança de 5 anos.

– Surpresa! – ele disse com um prato em suas mãos.

– Isso é... BRIGADEIRO? – gritei as ultimas palavras e ele afirmou com a cabeça. Tomei o prato de suas mãos e fiquei encarando aquele doce maravilhoso e suculento.

– Vish, vejo que já perdi minha atenção para um doce de chocolate. – ele disse debochado.

– Não, não e não. – disse dando-lhe um beijo com a boca toda suja de brigadeiro.

– Hm... Isso é bom. – ele disse lambendo os lábios e eu corei. Ele estava todo lambuzado de chocolate e eu não devia estar diferente. Justin veio para cima de mim com os olhos no brigadeiro e á cada passo que ele dava eu tentava ir mais para trás.

– Justin, não! – disse como se ele fosse um maníaco, e estava parecendo. Um maníaco louco por brigadeiro...

– Me dá Alice! – ele disse fazendo uma voz grossa.

– NÃO! – gritei, mas eu não podia correr então Justin logo me pegaria. Minha única solução era comer TUDO e rápido. Enchi a boca e dei-lhe a língua.

– Eca, que nojo! – ele disse parando.

– Isso mesmo. Agora me deixa comer o MEU brigadeiro em paz. Disse e ele sorriu.

– Tudo bem, mas deixa eu te limpar. Você parece uma criança quando come isso ai! – ele disse se aproximando. Ele lambeu a ponta de meu nariz e depois o canto de minha boca.

– ECAAAAAAAAAAAA! – gritei enxugando onde ele tinha lambido. – Seu porco.

– Ah, qual é Alice. Você ainda vai experimentar muita baba minha, e outras coisas também. – ele sorriu malicioso.

– CREDO! – fiz cara de nojo e ele riu. Justin sentou no chão e me puxou para o seu colo.

– Já viu como as estrelas estão bonitas hoje? – ele perguntou mudando totalmente de assunto enquanto eu tentava me limpar.

– Eu vi... Está tudo perfeito Jus. – disse me aconchegando em seu peito.

– Tudo para você MINHA Alice! – ele disse e depois ficamos em silêncio.

Ele disse MINHA? Ah meu Deus, porque não me deu um coração mais forte? Daqui a pouco eu ele explode... Justin era tão perfeito, e ele fez tudo isso para mim... Não sabia como definir nosso relacionamento agora, mas garanto que seja como for, estou amando ficar assim com ele, amando o fato dele saber que o amo e amando o fato de ele me amar também.

– Eu te amo Alice! – ele sussurrou em meu ouvido.

– Eu te amo Justin!