- Bom dia! – uma voz rouca sussurrou enquanto beijava meu rosto.

- Justin? – perguntei assustada. – O que você esta fazendo aqui? – perguntei quase gritando.

- Nossa! Cadê minha Alice fofa de ontem? – ele perguntou selando nossos lábios. Separei-me dele rapidamente.

- Não foi um sonho? – perguntei sem entender nada.

- Sei lá, só se tivemos o mesmo sonho. – ele disse com um sorriso sínico nos lábios.

- Há. Há. Há. Se toca Bieber. – disse nervosa.

- Ok. Parou! – ele disse pousando sua mão em minha coxa. – Falando sério agora, me dá um beijinho para eu começar meu dia bem? – ele sorriu malicioso e meu humor mudou totalmente. Agora eu o queria, agora faria com que ele fosse somente meu por pelo menos uma semana. O puxei pela nuca selando nossos lábios. Sua mão que estava em minha perna percorreu o contorno de meu corpo dando leves apertões ás vezes. Ele mordeu meu lábio inferior e eu sorri. Ele pediu passagem e eu cedi. Nossas línguas tomavam um ritmo fofo e sensual. Minhas mãos percorriam suas costas sem pudor, enquanto as dele me apertavam e me acariciavam. Justin estava meio deitado, meio sentado, e a única coisa que me mantinha sentada ali eram os travesseiros. Precisávamos nos separar por causa da maldita falta de ar, mas Justin apenas desceu os beijos para meu pescoço, onde também depositava mordidinhas e chupões, enquanto minhas mãos estavam entrelaçadas em seu cabelo sedoso. Puxei Justin para mais um beijo, com paixão e tesão. Sua mão que passeava por minha cintura levantou um pouco minha camisola, mas o suficiente para ele ter a visão nítida de minha calcinha branca. A outra mão apertou o interior de minha perna me fazendo arfar. Justin me trazia uma nova sensação á cada toque. Ele desceu os beijos até meu ombro, ainda apertando minhas pernas. Quando percebi o que ele queria, coloquei minha mão em seu peito para impedi-lo, mas era quase impossível, ele era incontrolável.

- Justin... Para! – disse sem fôlego. O beijo dele tinha esse efeito sobre mim. Mas era minha primeira vez, não que eu não o quisesse, ou que só quisesse fazer depois que casar - o que seria fofo... Imagina sua primeira vez com seu marido?! - mas eu só não queria uma rapidinha e além do mais, num hospital. Aliás, qualquer um poderia entrar aqui a qualquer momento. Justin não parava, então tentei empurrá-lo com toda minha força, mas ele era bem mais forte que eu. – Jus, para. Por favor! – pedi, mas mais me pareceu que estava implorando, mas eu faria isso se fosse necessário...

Agora Justin estava tentando tirar minha camisola, mas ele estava cego de desejo e surdo também. O que estava acontecendo com ele? Esse não é meu Justin... – SOCORRO! – gritei quando percebi que o único jeito de fazê-lo parar era alguém nos interrompendo, já que minha opinião ali não valia de nada. Justin deu um pulo e tapou minha boca.

- Ta louca garota? – ele perguntou alterado. – O que você esta fazendo? Eles vão achar que é um maníaco... – ele disse apertando forte minha boca. Mordi sua mão e ele soltou.

- Mais é pior que isso... É um ninfomaníaco. – disse sínica.

- Para de graça, eu sei que você quer isso... – ele disse passando a mão em meu rosto.

- Não aqui e nem agora! – disse grossa, tentando esconder meu pavor.

- Você dá para qualquer um, ai chega agora e fala que não quer dar para mim? – ele perguntou grosso.

- Não Justin, eu sou virgem. Você sabe disso. – disse segurando o choro que se formava.

- Que seja! – ele disse nervoso. – Você vai se arrepender disso. – ele disse batendo a porta do quarto ao sair.

Meu Deus, o que foi isso? Foi porque não quis fazer sexo? Cadê o Justin fofo e carinhoso por quem me apaixonei? Sabia que isso não ia durar muito. Homem é tudo igual. Só querem sexo e mais sexo...

- Olá querida, você chamou? – a enfermeira perguntou ao entrar no quarto.

- Sim, mas cadê a Marta? – perguntei com voz de choro. Só o que eu precisava agora era do colo de Marta, e escutá-la dizendo que tudo ficaria bem, que foi apenas um mal entendido. Que Justin estava apenas nervoso, e de cabeça quente...

POV ALICE OF

POV JUSTIN ON

Vai tomar no cú! O que ela esperava? Que eu nunca tentasse nada com ela? Me poupe! Eu sou homem e tenho minhas necessidades. Não fodo ninguém á mais de um mês, a última foi Selena e foi uma merda. Eu estava precisando de sexo, mas graças á essa merda que vocês chamam de AMOR e que acham fofo, eu não consigo nem pegar uma vadia sem ficar com peso na consciência depois. Graças á quem? Alice! A garota que quer se preservar! Af vai se foder. Já soube que a mãe dela é uma vadia, e duvido que a filha também não seja... Ela me olhou como se eu fosse louco, mas naquele momento só o que eu conseguia pensar era no meu pau fodendo aquela boceta apertadinha... Desculpe se sou homem e tenho hormônios, mas com aquele corpo, e aquele jeito de Alice que é sexy e me seduz sem nem perceber, é foda! Preciso fazer alguma coisa. O Bieber Júnior desperta só de ver aquelas pernas grossas, e aqueles peitões... Ah Meu Deus, o que estou dizendo? Ela é a Alice, minha Alice, o que eu fiz? Estraguei tudo só por causa dessa merda de instintos. Porra, não posso deixar isso assim, não agora que ela sabe o que eu sinto e que sei que ela sente o mesmo. JUSTIN SEU RETARDADO! Você estragou tudo, como sempre! PRECISO PEDIR DESCULPAS PARA ALICE, PRECISO FAZER ALGUMA COISA PARA QUE ELA ME PERDOE!

POV JUSTIN OF

POV ALICE ON

Já era 21h e eu ainda não conseguia assimilar tudo o que Justin me disse.

Ele me chamou de vadia, praticamente. Mas eu não sou uma! Jurei que nunca seria como minha mãe e até onde sei, estou cumprindo com minha promessa. NUNCA sai por ai abrindo as pernas para qualquer um, nunca fiquei bêbada a ponto de nem saber o que fiz no dia seguinte, nunca me droguei e nem se quer fiquei com mais de um cara em um dia, na verdade beijei pouco e namorei uma única vez. Se é que poderia dizer que aquilo era um namoro, tinha apenas 12 anos e estudávamos na mesma escola. Fiquei com ele uma única vez, meu primeiro beijo, aliás, e depois fiquei com tanta vergonha que toda vez que o via saia correndo. Só melhorou quando fizemos 13 anos e ele me pediu em namoro. Fugia de casa para ficar com ele, não sabia que com 13 anos um garoto já era safado o suficiente para ficar excitado só de passar a mão na coxa de uma menina, e muito menos que já pensavam em sexo. Vinicius era lindo, o mais desejado por todas as meninas da escola, e terminamos antes de eu vir para Atlanta, digamos que queríamos coisas bem diferentes... Então numa festa, ele ficou bêbado e acabou transando com uma garota que depois me contou tudo. Linda história de amor, não? Para vocês verem como meu histórico com relacionamentos é ótimo! Eu sarcástica? Imagina! Agora me digam se não tenho porque desconfiar do amor. Digam-me se os homens não são todos iguais? Eles só mudam de endereço e de língua, porque os pensamentos são os mesmos e os desejos também.

Alguém abriu a porta me tirando de meus devaneios. Nem olhei para a porta, deveria ser mais uma enfermeira para aplicar soro em mim. Sim, esta tarde eu tive uma piora repentina e agora elas vinham de 30 em 30 minutos me ver.

Surpreendi-me quando uma voz rouca começou a cantar esticando um buque de rosas vermelhas em minha direção.

- O que você faz aqui? – perguntei. Mas Justin não parou de cantar, apenas me olhou mais fundo nos olhos.

 I just sit here, waiting for you to call

and then i wonder, if you're even calling at all

so many thoughts in my mind

wishing you could be here all the time

cause i'm lost without you

and i can just doubt you

and there's something about you

i just can't live without you…

Ele terminou de cantar e já estava ao meu lado. Não conseguia assimilar tudo aquilo. Ele era bipolar ou o que, uma hora está me chamando de vadia e outra me faz uma musica e me entrega rosas? Não posso negar que a musica é linda, são os sentimentos dele... Mas... Não, não tem, mas. Só tenho mais uma semana ao lado dele, e se ele realmente estiver arrependido, eu irei ter perdido a melhor oportunidade de ser feliz se não lhe der mais uma chance. Se a Maria estivesse aqui, garanto que teria me mandado ir catar coquinho, pois como dizia ela: “Temos que aproveitar nossas chances do momento, porque depois que passa, elas podem não voltar mais. E garota, se você tem um garoto lindo aos seus pés, não custa nada dar uma segunda chance, pelo menos você pode usufruir um pouco mais dele...”. Mas pode me chamar de fraca, mas estou com medo. Medo de me machucar quando ele fizer algo comigo novamente. Todos sabem que eu tenho o coração mole e logo perdoaria, mas só Deus sabe o quanto eu fico mal...

- Alice, por favor, me desculpe. Eu sinto muito por tudo que eu te fiz e que te magoou. Desculpe se eu não soube controlar meus hormônios e quase tirei sua virtude. Sinto muito mesmo, estou me sentindo um monstro... – ele disse cabisbaixo. O que era aquilo, ele estava mesmo arrependido? Acho que sim, aquelas palavras soaram sinceras e seus olhos pareciam realmente se sentirem culpados. Não sei o que estava sentindo no momento, pena? Raiva? Saudade? Compaixão? Amor? – Alice... – ele ia dizer algo, provavelmente se desculpar de novo ou perguntar por que eu não respondia. Um gesto não fala mais que mil palavras? Bom, então será isso que farei já que no momento não sei o que dizer. Espero que ele entenda... Me aproximei de seus lábios e seu cheiro invadiu minhas narinas me deixando um pouco tonta. Segurei em sua nuca para me equilibrar e para conseguir aproximá-lo um pouco mais de mim. Selei nossos lábios em um selinho demorado e ele sorriu. Acho que ele entendeu que isso foi um “Sim, eu te desculpo!”, pois logo seus olhos voltaram a brilhar e seu sorriso surgiu em seus lábios. Me aproximei mais uma vez dele e dessa vez ele quem conduziu o beijo. Acho que ele não tentaria nada alem disso, então não me preocupei em ser abusada demais.

Ele deixou as flores de lado e me puxou para seu colo. Ele pediu passagem e eu cedi. Minhas mãos bagunçavam seus cabelos enquanto ele segurava firmemente minha cintura e minha nuca. Aquele foi um beijo de saudade, e mágoa, mas não deixou de ser bom. Nos separamos e eu enterrei meu rosto em seu ombro enquanto ele mexia em meus cabelos.

- Desculpe! – ele sussurrou ao pé de meu ouvido me fazendo estremecer.

- Tudo bem. Que isso não ocorra de novo. – alertei-o. Ele riu e suspirou.

- Nunca mais. – disse me apertando um pouco mais em seus braços. – Eu te amo! – ele disse depositando um beijo em meu ombro.

- Eu também Jus! – beijei-lhe o pescoço.

Ele me deitou na cama e se deitou ao meu lado. Ficamos ali abraçados até dormirmos. Não queria que aquele momento acabasse nunca. Queria ficar presa nele para sempre.

Mas como diz a Mellanie, “Se não nos despedirmos, como poderemos dar as boas vindas às coisas novas? Precisamos acabar com o momento para ter um bem melhor depois...” Ah, que saudade que sinto das minhas amigas. Faz quatro anos que não as vejo, nem ao menos nos falamos... Queria tanto saber como elas estão...

POV ALICE OF

POV JUSTIN ON

Ninguém sabe o quanto é difícil ficar longe de Alice, mesmo que seja por 12h, para mim parece uma eternidade. A ter em meus braços é reconfortante. Sentir seu cheiro e seu calor, poder tocá-la e beijá-la sem hora nem lugar... Não sei o que houve comigo mais cedo, mas não posso permitir que isso aconteça novamente. Não com Alice. Minha Alice...

POV JUSTIN OF

POV JULLIE ON

- Eu preciso desses itens. – entreguei uma lista á um cara barbudo, com um capuz enorme que cobria parte de seu rosto. Ele estava sujo, também, morando naquele muquifo que chamava de casa... Mas era só ali que encontraria o que precisava sem ter que lidar com a justiça depois...

- Aqui está madame. – ele disse estendendo uma sacola, após ir atrás das coisas que continham na lista.

- Não, não me entregue agora. Não tenho como sair com isso. – disse com cara de nojo. Aquele lugar estava me dando repulsa.

- E o que quer que eu faça? – ele perguntou debochado.

- Eu mando alguém vim pegar isso no sábado. - disse procurando o pagamento dentro de minha bolsa. – Aqui está. – disse esticando o bolo de notas para o homem. – Quando receber eu pago o resto.

- Beleza. O que a madame precisar é só mandar – o cara disse com uma cara de tarado.

- Tudo bem, que seja. – disse e dei-lhe as costas. Coitado, eu espero NUNCA mais ter que voltar aqui! Bom, agora é só colocar o plano em prática...

POV JULLIE OF

O tempo foi passando, Justin estava cada vez mais apaixonado por Alice, Alice cada vez mais encantada com Justin. Os dois adolescentes estavam descobrindo, juntos, novas sensações, novos sentimentos... Um não vivia mais sem o outro, mas como seria dali para frente? Logo Alice teria alta, Justin teria de voltar com sua turnê, e os dois não teriam mais todo esse tempo juntos. Isso afligia os dois. Eles não queriam se separar, mas o que poderiam fazer? Justin acreditava que poderia dar certo mesmo á distância, mas Alice não tinha tanta certeza disso. Justin é homem, seu trabalho envolve muitas mulheres, seria quase impossível ele não a trair. Ele queria levá-la junto de si para suas viagens, mas a mesma não achava certo. Suas fãs iriam gostar? E sua vida? Ela não poderia simplesmente abandonar tudo. Trabalho, obrigações, Anna... Não, ela não iria embora! Alice pediu ao garoto para que não dissesse nada á mídia sobre o relacionamento dos dois. Já era complicada a vida que levava longe dos holofotes, imagine sob os mesmos? Não, isso não poderia acontecer! De fato, quando eles se apaixonaram, não imaginavam que teriam tantos problemas para resolver, mas quem disse que a vida é fácil? Alice tinha um amor famoso, Justin uma amada com uma imagem social não muito boa. ELES não se importavam com isso, mas a vida ia além da opinião deles. Esse relacionamento envolvia muitas pessoas... Muitos podiam sair machucados, mas eles tinham de fazer o que era certo, mas antes tinham de descobrir o certo...

1 semana depois...

POV ALICE ON

Hoje seria meu último dia neste hospital... Graças á Justin e Marta já recuperei meus movimentos. Os médicos disseram que nunca mais vou voltar a andar e correr como antes e que sempre vou sentir algumas dores, mas eu já estou bem melhor. Boa o suficiente para ir para casa. Só não sei se estou preparada emocionalmente para voltar para casa, na verdade acho que não estou preparada para sair daqui e deixar Justin...

Sim, seria isso que faria. Será muito pior se nos separarmos aos poucos, doerá muito mais... Agora estou arrumando todas minhas coisas, irei embora hoje mesmo. Sentirei falta, por incrível que pareça de tudo por aqui. Passei mais de um mês aqui. Marta é como se fosse uma mãe para mim, e nunca vou esquecê-la, assim como todas minhas visitas, parentes de Justin, que sempre vieram me dar apoio. Será difícil quando nos afastarmos, mas... Não, dessa vez não tem, mas. Será muito difícil nos afastarmos e ainda mais eu ficar sem Justin.

- E então querida, preparada para voltar á sua vida? – Marta perguntou entrando no quarto. Sei que ela não falou por mal, mas é que eu já estava tão emocionalmente abalada, que não consegui segurar minhas lágrimas e desabei em seus ombros. – Oh minha querida, não fique assim. Eu sempre irei te visitar e a senhorita sempre que puder virá me ver também. – ela disse tentando me acalmar.

- Sentirei sua falta Ma. – disse entre os soluços. Marta cuidou de mim, me aconselhou, me ensinou e me deu carinho. Tudo que eu nunca tive. Ela foi uma mãe, uma irmã, uma melhor amiga, e eu nunca iria esquecê-la.

- Eu também meu amor. Mas pense pelo lado positivo. Você sairá daqui, finalmente. – ela disse me colocando á sua frente e sorrindo. Ri fraco e ela me abraçou. – Vamos terminar de arrumar suas coisas, né? Depois você poderá se despedir de todos...

Me despedir de todos. Odeio despedidas, odeio ter que dizer Adeus.

Terminamos de arrumar as coisas lá para as 9h da manhã, Justin tinha que ir á gravadora pegar umas coisas que tinha esquecido no dia anterior, mas disse que ás 10h estaria aqui. Então só me restou dormir e esperá-lo chegar, já que não estava com animo para NADA!

- Oi... – disse Justin quando tentei me espreguiçar.

- Oi. – disse sorrindo.

- Esta mais calma? Marta me disse que estava bem triste... – ele disse e eu o abracei.

- Sim meu amor, estou mais calma. Só me diga que você nunca me abandonará. – pedi segurando as lágrimas.

- Claro. Eu não sei mais como viver sem você Alice. Não consigo mais viver num mundo onde você não exista. – ele disse beijando minha mão e eu sorri. Justin me abraçou e me afastou para que pudesse selar nossos lábios.

- Eu te amo. – sussurrei em seu ouvido.

- Eu te amo. – ele disse iniciando um beijo calmo.

POV ALICE OF

POV JUSTIN ON

- Olá pessoas – uma voz conhecida disse interrompendo nosso momento.

- JULLIE! – Alice gritou ao meu lado e tentou se levantar. Eu a segurei e, Jullie, veio em nossa direção. Ela vestia uma roupa provocante, acho que queria me provocar ou não sei o que. Sua blusa xadrez estava com os quatro primeiros botões apertos, mostrando seu sutiã de renda. Não a vejo desde aquele dia do beijo, e posso dizer que ela me parece bem diferente. Suas roupas estão mais ousadas, mais chamativas, e as curvas dela me chamavam atenção. Poderia ter a hora que quisesse, mas o único problema é que não é ela que eu quero, eu só quero minha Alice. Apenas ela e mais ninguém. ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=40725263&.locale=pt-br )

- Oi vadia! Que susto que você nos deu hem... – Jullie disse sorridente abraçando a amiga e empinando a bunda, provavelmente para que eu a olhasse. E bem, eu olhei. Não tinha como não ver... Aquelas pernas estavam tão... Destacadas naquela calça de couro colada... PARA JUSTIN! Não deixe esses pensamentos de dominarem de novo!

- Nem me diga! Mas porque você não veio me ver antes? – Alice perguntou e eu também estava curiosa, Jullie havia sumido esses tempos...

- Ah, é que eu tenho feito umas coisinhas ai. – disse e me olhou maliciosa. – Oi meu amor! – ela disse aproximando nossos corpos e selando nossos lábios. Não era como o beijo de Alice, eu não sentia que deveria retribuir o beijo... Quando a afastei, Alice nos olhava incrédula, mas não se pronunciou, apenas deu um sorriso fraco, mas eu sabia que ela desabaria a qualquer momento. Eu a decepcionei novamente... Jullie olhou para a amiga, se é que se pode chamar isso de amiga, e sorriu.

- Tchau vadia! Ah, hoje vai ter uma festa em casa de boas vindas. É para você, então não falte! – ela disse mandando um beijo no ar para Alice e para mim. E fechou a porta, deixando que o silêncio se instalasse no local.

POV JUSTIN OF

POV JULLIE ON

Quando fui ao hospital, eu só estava a fim de visitar uma amiga, mas me vesti um pouco chamativa, pois depois eu tentaria encontrar Justin... Mas quando entrei naquele quarto, me deparei com uma cena um tanto nojenta. Justin beijava Alice, mas não foi como nosso beijo, ele era delicado e parecia tomar todo cuidado do mundo com ela. Eles pareciam... APAIXONADOS? Ah, nem por cima do meu cadáver. Entrei no quarto sem bater e quando notaram minha presença se separaram. Pude ver pelo canto do olho Justin estremecer. O que? Ele esta com medo de mim? Quer dizer que se ele está com Alice ele não falou sobre nós, ou seja, mais um ponto á meu favor...

- Olá pessoas! – disse forçando minha voz mais sínica.

- JULLIE! – Alice gritou quase me deixando surda e tentando se levantar, mas Justin não permitiu.

- Oi vadia! Que susto que você nos deu hem... – disse abraçando-a. Mas fiz questão de empinar a bunda para que Justin não tivesse como não me olhar. Justin não tirou os olhos de nós duas.

- Nem me diga! – ela disse muito desanimada, mas logo abriu um sorriso. – Mas porque você não veio me ver antes? – ela perguntou. Não posso dizer a verdade, “Olha Alice, estou armando para seu namoradinho, só porque ele me rejeitou...”. Não sou tão idiota assim, né? Senti os olhos de Justin em mim, ele parecia curioso também.

- É que eu tenho feito umas coisinhas ai... – disse lançando um olhar malicioso á Justin que estremeceu... – Oi meu amor! – disse aproximando nossos corpos e selando nossos lábios. Justin não reagiu, e quando me afastou olhou para Alice que estava com os olhos marejados. É, eles estão juntos. Meu Deus, como sou má! Tadinha de minha amiga...

Acho que Justin já teria problemas demais ali, então sorri para Alice.

- Tchau vadia! Ah, hoje vai ter uma festa em casa de boas vindas. É para você, então não falte! – disse e sai do quarto rebolando.

Jullie, seu plano começa AGORA!

POV JULLIE OF

POV ALICE ON

Eu estava sem reação. Não entendi o que havia acabado de acontecer. Minha melhor amiga, beijou meu quase namorado na minha frente, e o viado agora fica ali, quieto.

Alice, você é muito burra mesmo. Estava na cara que Justin não é homem de uma mulher só. SUA ANTA! Como você pode ter pensado e acreditado em tudo que ele disse? MERDA! Malditos sentimentos, maldito coração! Porque vocês existem?!

Eu não deixaria que minhas lágrimas caíssem, não daria á Justin o gostinho de me ver mal por ele novamente. Isso nunca mais!

POV ALICE OF

POV JUSTIN ON

Não sabia o que dizer, Alice parecia tentar se controlar, mas eu sabia que ela estava muito brava e confusa também... Culpa de quem? Ah, é mesmo, MINHA! Como sempre!

- Alice... – a chamei. Ela estava com o rosto escondido nas mãos.

- Cala a boca Justin! – ela disse nervosa.

- Alice, eu... – tentei dizer novamente. Eu tinha que tentar me explicar. Bom, era agora eu ia ter de dizer toda a verdade. Era melhor resolver tudo isso de uma vez... AH JULLIE SUA VADIA! EU TE MATO!

- Eu já mandei você calar a boca, Justin! – ela gritou. – Não acredito que você fez isso comigo. Minha melhor amiga... – ela disse cabisbaixa, parecia que iria chorar. - Há quanto tempo vocês estão juntos? – ela perguntou de repente.

- O que? Eu. Eu não estou com a Jullie. – disse apavorado, ela entendeu tudo errado. – Nós nos beijamos uma vez, mas não rolou nada, e foi antes de você Alice... – tentei explicar e ela me fuzilou, eu acho que disse algo errado, pois ela ficou vermelha de raiva.

- ANTES DE MIM? SÓ UM BEIJO? JUSTIN, SEU FILHO DA PUTA! VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA, E QUE ESTAVA ESPERANDO POR MIM DESDE O ACIDENTE! VEJO QUE ISSO FOI MENTIRA TAMBÉM. COMO TODAS AS OUTRAS COISAS QUE VOCÊ ME DISSE! COMO TODOS OS BEIJOS, TODOS OS PASSEIOS E CARÍCIAS. COMO UM ‘NÓS’. NÃO PASSEI DE UM PASSATEMPO PARA VOCÊ. – ela explodiu. Eu tinha que deixá-la falar, só assim poderia me explicar, mas agora eu estava me odiando, odiando Jullie e querendo matar todo mundo! – EU NÃO ACREDITO! – ela gritou. – Eu não acredito... – sussurrou as palavras, mas desta vez ela não tinha conseguido controlar as lágrimas.

- Alice, sim, eu beijei Jullie, mas foi por puro instinto, eu não sei o que me deu. Até então um fotógrafo tirou fotos desse beijo e agora a mídia me bombardeia com perguntas, e minha mãe só falta me matar. Mas depois que a beijei não rolou nada, não a vi depois disso, só hoje, pois ela tinha ficado muito brava porque eu a rejeitei, ou algo do tipo, e depois, bom, o depois você viu... Mas não rolou e não esta rolando NADA entre a gente! EU TE AMO ALICE! SÓ VOCÊ QUEM ME IMPORTA! EU SÓ QUERO VOCÊ E MAIS NINGUÉM! – gritei as ultimas palavras. Meus olhos estavam marejados, eu não iria chorar, mas não era por falta de lágrimas, já sentia elas querendo sair sem minha permissão... Mas os olhos de Alice, eles eram indecifráveis. Era um misto de todas as sensações. Ela estava com raiva, com ciúmes, com amor e saudade.

- PARA DE MENTIR JUSTIN! JÁ ESTOU CHEIA DE SUAS MENTIRAS! – ela gritou e começou a chorar descontroladamente. Ela já não tinha mais vergonha de suas lágrimas.

- Eu não estou mentindo. Eu me arrependo desde que a beijei, não deveria fazer isso... – disse me lembrando de como fiquei me sentindo depois...

- E PORQUE NÃO ME CONTOU ANTES? TERIA ME POUPADO DE TODA ESSA DOR DE UMA VEZ SÓ! – ela ainda gritava, mas agora ela estava menos irritada, só precisava saber toda a verdade. Eu sentia essa sua necessidade pelo tom de sua voz.

- Eu. Eu fiquei com medo de te perder. – assumi cabisbaixo. Mas acho que não deu muito certo, foi até pior escutar aquelas palavras vindo dela.

- Espero que tenha adiantado de algo para você, por que pra mim, ACABOU! – ela gritou as ultimas palavras e saiu correndo para o banheiro.

- Não Alice! Não pode acabar assim. – implorei pegando em seu braço.

- Me solta seu... Seu... AH! – ela bufou soltando seu braço.

- Alice, por favor... – sussurrei.

- ME ESQUECE JUSTIN! VAI ATRÁS DA JULLIE! – ela disse as ultimas palavras com repulsa.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO A QUERO! QUERO SOMENTE VOCÊ ALICE! – gritei e a puxei para meus braços. Não esperei nenhum segundo e selei nossos lábios. Era só isso que eu precisava agora. Sentir seus lábios nos meus mais uma vez... Alice no começo não correspondeu, mas depois se entregou. Separei nossos lábios e a abracei, eu sabia que era só isso que ela precisava... Ela me abraçou com força escondendo seu rosto em meu peito abafando o choro. Minha camisa estava toda molhada, mas eu não me importava...

- Não faça mais isso comigo, por favor. Não sei se agüento outra decepção. – ela disse em meio aos soluços e eu senti meu coração apertar e uma lágrima, seguida de muitas outras, saíram desesperadas.

- Eu te amo. – disse a apertando em meus braços.