Capítulo 15 - Complicações

Havia se passado semanas após  voltarmos do Brasil, e nessas semanas meu filho havia crescido bastante, minha barriga estava consideravelmente enorme, após varias pesquisas e estudos, descobrimos que ele tinha um rápido crescimento, O Edward nem me olhava, eu entendia sua raiva, sua impotência diante da situação, só quem me apoiou foi a Rosálie, ela me entendia, os outros não me julgava, só falavam que era uma loucura ariscar, mas eu estava decidida a lutar.

Minha aparência estava assustadoramente horrível, estava muito debilitada, a Alice me olhava com tristeza, ela se sentia impotente por não poder ver meu futuro, segundo ela meu futuro estava negro, mas nem isso me fez mudar de idéia, eu nunca havia pensado como morreria um dia, mas morrer por alguém era uma atitude nobre até e eu estava disposta a fazê-lo pelo meu filho, eu já o amava profundamente, toda vez que o sentia mexer, me dava mais certeza da minha escolha. Liguei pro Charlie e aleguei estar doente, pra ele não se preocupar, mas ele não estava acreditando na minha estória.

O carlisle colocou todo tipo de equipamento em seu escritório, parecia um hospital, ele me examinava constantemente e ficava frustrado por não achar uma explicação, ou me ajudar de alguma forma. Fiz várias ultra-sonografia, mas não era possível ver o feto, e a cada dia que passava ele sugava minha vida, mas eu sabia que ele não tinha culpa.

- Bella, carlisle me chamou, me assustando, ele vinha com Edward.

- sim

- temos que conversar, ele disse olhando de relance pra Edward, como se estivesse pedindo permissão para dizer algo.

- fale, respondi, o olhando.

- Fale pra ela Carlisle, ela tem que saber. Disse Edward angustiado.

- Pelo que pesquisamos e analisamos, e não foi pouco, a verdade é que estamos no escuro, não sabemos nada, só sei que ele vai sugar sua vida, te deixando debilitada, e seu coração não vai resistir. E não há nenhuma possibilidade de você voltar ao seu estado vampiresco, por que o feto se desenvolve rapidamente, impossibilitando o veneno de reagir, temo dizer, mas acho que você não suportará.

- Eu vou consegui, falei com a cabeça baixa, para não ver o olhar do Edward, acusatório.

-Bella... Carlisle tentou argumentar.

- Carlisle eu sei dos riscos, mas quero tentar, eu tenho que tentar.

-Como você quiser, vou deixar vocês a sós. Disse carlisle indo embora.

Eu não tinha coragem de levantar minha cabeça, o silencio era carregado de tensão, de repente o bebe chutou forte, me machucando, não pude evitar o gemido de dor. O Edward me olhou triste.

-Bella eu não vou conseguir viver sem você.

- não fale assim, eu me sinto tão culpada, você tem que tentar, se eu não conseguir e... Não tiver coragem de terminar frase.

- e você acha que vou suportar ele se ele te matar, tirar você de mim. Ele falou exaltado.

O olhei triste, sua aparecia não era das melhores, ele estava abatido e sua dor era visível, eu sabia que a cada dia que passava e cada gemido de dor que eu dava, o matava aos poucos.

- Edward... Perdoe-me, falei com a voz embargada, não consegui segurar as lagrimas, ele estava tão abatido e sofrido, eu me sentia péssima. Ele me olhou.

- porque Bella? era pra ser eu e você. um casal, mas você fez a escolha e me excluiu dela, ele explodiu exaltado  e me deu as costas batendo a porta com força.

Eu passei a mão suavemente na minha barriga tentando me confortar, passar confiança pro meu filho, mas ver rejeição nos olhos do Edward me matava a cada dia que passava.

- Rose, a chamei e logo ela estava ao meu lado.

- precisa de algo Bella.

- me ajude ir pra sala.

-vamos, ela me ajudou a sentar e logo em seguida eu ouvi a voz do Jack, na hora eu pensei estar delirando.

- Jack é você? Perguntei não acreditando, talvez eu estivesse sonhando acordada, ouvi passos na escada e rapidamente cessaram, me deixando confusa, ouvi sussurros, mais sem meus sentidos aguçados era impossível escutar palavra alguma,de repente ele sobe correndo, parando na porta do quarto, imediatamente a Rose se prostrou entre nós, ele me olhava através da Rose, querendo ultrapassar a barreira solida que era a Rose, ela o encarava insolente, transmitindo arrogância, indicando que se ele desse um passo a frente, estaria morto, mas o Jack também não ficou atrás, ele a encarava, aceitando o desafio, ele rugia raivoso, eu tinha que intervir.

- Tudo bem Rose, falei tentando me levantar, mas eles não se moveram do lugar.

-Tudo bem, o deixe passar, falei asperamente, logo a Rose se afastou, mas ficando sempre por perto.

O Jack foi se aproximando de mim, me olhava atônito, perguntas mudas passavam pelo seu olhar.

- como isso é possível? Você estar viva, humana, como? Eu estou ouvindo seu coração, como? E por que estar tão...

- Feia, perguntei sarcástica.

- Não, quer dizer sim, você estar diferente.

- Jack é complicado, depois eu conto tudo e... mas não tive tempo de continuar  as explicações, pois meu filho resolveu se manifestar, senti uma dor aguda na coluna  e som característico de osso quebrando, provavelmente era um osso da coluna, logo o Edward se prostrou ao meu lado me amparando, o olhei e vi dor e decepção em seu semblante.

- Ta tudo bem, falei tentando amenizar o clima tenso do quarto e logo o Edward se afastou e com isso a manta que me cobria foi ao chão, revelando minha barriga protuberante, o Jack me olhou assustado e passou segundo me encarando, certamente não acreditando no que via, e foi tão rápido que quando me dei conta, o Jack estava segurando o Edward pela lapela de seu casaco, o Jack rosnava enraivecido, eles iriam se matar, o Jack o empurrou e o Edward foi lançado contra a parede, a rachando com o impacto e na rapidez vampiresca do Edward, ele já estava revidando, ele lançou o Jack contra a janela de vidro, eu estava assustada, mas sabia que o Jack se recupera rápido, mas eu tinha que fazer alguma coisa a respeito.

- Parem! Gritei histérica – se se machucarem me machucaram, o Jack e o Edward pareceram reconsiderar, o Jack voltou-se para mim e pros demais e depois pro Edward.

- Como você pôde? E porque vocês não fazem nada a respeito, ele olhou pro carlisle.

- Tire essa coisa dela, não estão vendo que essa coisa irá matá-la? Todos ficaram calados, menos a Rosálie.

- Isso se chama bebe, seu cachorro, apenas um bebezinho indefeso e inocente, que não tenhe culpa de nada, - disse Rose indignada.

- Cale-se loira de farmácia, eu não vou permitir isso.

- a decisão não é sua seu vira-lata rabugento, falou Rose, exasperada.

A rose ia avançar no Jack, mas meu gritou os parou.

- Parem! A decisão foi tomada, eu decido e eu vou tê-lo, nem que pra isso eu tenha que morrer. E vocês têm que compreender e aceitar.