Capítulo 24 – The part that don't last

POV Sara

Dez horas depois.

-Vocês vão ficar bem? – Klaus perguntou se referindo a mim e nosso filho.

-Sim. Nós vamos ficar bem. – Respondi entrando na casa dos Lockwoods. Eu e Elena parmaneceríamos ali enquanto tudo não fosse resolvido, o que fazia eu me sentir uma completa inútil. O celular de Klaus vibrou e ele rapidamente olhou na tela, enrijecendo. – O que foi?

-Benjamin. – Ele respondeu e meu aperto em sua mão ficou mais forte. – Resolveremos isso agora.

-Mas…

-Estamos praparados para isso. Teremos um reforço que ele nunca imaginaria.– Ele respondeu dando-me um beijo na testa.Todos que participariam do confronto passaram o dia se preparando.– Se cuida.

-Que reforço? – Perguntei confusa.

-É melhor que não saiba. – Ele respondeu segurando minha mão.

-Por favor tenha cuidado. – Implorei deixando um lágrima escapar.

-Terei. – Ele respondeu abaixando-se na altura de minha barriga. – Papai volta mais tarde, bebê. – Klaus sussurrou para nosso filho, dando um beijo em minha barriga. Seus olhos vieram aos meus e sem hesitar, o abracei fortemente.

-Eu te amo, nunca se esqueça disso. – Falei sentindo seu perfeito cheiro.

-Responderei essa sua frase quando voltar para casa. – Ele disse, tentando me confortar que tudo ficaria bem. – Mas… - Em silêncio, Klaus disse, ‘te amo’, fazendo-me sorrir.

-Até mais tarde. – Respondi dando-lhe um último beijo até ele sair da casa. Virei meus olhos até Elena, que mostrava sua aflição a se despedir de Damon. Andei até meus amigos que esperavam as ordens. – Tomem cuidado. Por favor.

-Nós vamos ficar bem. – Caroline disse abraçando-me rapidamente.

-Se proteja. – Bonnie disse segurando minha mão. Senti meu coração apertando, ao pensar que algo podia acontecer com as pessoas que davam sentido a minha vida. E sem ao menos perceber, eu estava sozinha com Carol Lockwood e Elena, que me abraçava gentilmente.

[…]

 POV Klaus

-Para onde iremos? – Damon perguntou batendo a porta do carro.

-Para o sul da cidade. – Respondi mostrando-lhe a mensagem que recebia. – Sabe onde é?

-Sim. – Ele respondeu enquanto os outros acomodavam-se nos dois carros. – É um lugar abandonado. Ele não seria indiscreto.

-Tem razão. – Respondi lembrando da boa postura que meu irmão tinha.

-Vamos acabar logo com isso. – Damon disse pisando fundo no acelerador, rasgando os pneus do carro pela cidade.

[…]

Ao parar o carro, meus olhos percorreram o ambiente, à procura de alguma ameaça.

-Onde estão? – Caroline perguntou saindo do carro.

-Deveriam estar aqui. – Damon respondeu atento a qualquer movimento. Todos saíam do carro prontos para qualquer ataque e eu ouvia seus corações baterem aceleradamente.

-Tem algúem… - Bonnie dizia em voz alta e coloquei minha mão em sua boca, calando-a.

-Não grite. – Sussurrei e ela assentiu. Já era noite e a neblina que rondava a floresta avançava para a cidade. 

-Tem algo errado. – Tyler sussurrou e vi sua mão segurando a de Caroline firmemente. Dei dois vagarosos passos e mesmo meus sensíveis olhos não conseguiam ver muito à frente pela grande quantidade de neblina.

-Vocês não conseguem ouvir nada? – Alaric perguntou em baixo tom, se referindo aos vampiros ali presentes.

-Não. – Stefan respondeu frustrado.

-Deve ter sido alguma armadilha. – Katherine disse irritada.

-O que está fazendo? – Perguntei a Damon ao vê-lo pegar o seu celular.

-Garantindo que as duas estão bem. -  Ele respondeu colocando o aparelho em sua orelha. – Elena, está tudo bem por aí?

-Sim. – Ouvi ela respondeu do outro lado da linha. – O que houve?

-Nada. – Damon respondeu com sinceridade. Realmente não estava acontecendo nada. – Permaneçam dentro da casa. – Sem ao menos ouvir a resposta de Elena, Damon desligou o celular e meus olhos fitaram o aparelho por longos segundos.

-Celular. – Minha voz saiu fraca e todos viraram seus olhos aos meus, confusos. Peguei o meu em meu bolso e fui até a mensagem enviada por Benjamin. Sem hesitar disquei o número gravado e todos entendiam o propósito de minha ação. Senti os corações de todos ali presentes saltarem por seus lábios. O telefone tocou uma vez e um baixo toque quebrou o pesado silêncio do local.

POV Sara

-O que houve? – Perguntei aflita ao ver Elena desligar seu celular.

-Damon não quis dizer. – Ela respondeu e sua respiração era pesada. A campainha tocou e meus olhos foram a Carol Lockwood que permanecia sentada com uma arma na mão.

-Eu atendo. – Ela respondeu levantando-se e minhas mãos foram a seu braço rapidamente.

-É melhor não. – Murmurei.

-Está tudo bem. – Carol respondeu tentando me tranquilizar, saindo de meu aperto. – Não vou deixar ninguém entrar.

-Sra. Lockwood… - Elena sussurrou, colocando seu corpo na frente do meu, em proteção. Carol abriu a porta e um rosto conhecido sorriu para nós três.

-Amber Bradley. – Sra. Lockwood disse sorrindo para a garota gentilmente e senti meu coração relaxar.

-Boa noite, Sra Lockwood. – Amber respondeu sorrindo angelicalmente. Seus olhos vieram aos meus. – Olá meninas, como estão?

-Estamos ótimas. – Elena respondeu forçando um sorriso. – E você?

-Ainda tentando superar o fato de Caroline ter ganho Miss Mystic Falls. Eu queria tanto… – Ela respondeu brincando, fazendo-nos sorrir levemente.

-O que te traz aqui, Amber? – Sra. Lockwood perguntou, voltando seus olhos para a garota.

-Minha mãe pediu para buscar a lista de convidados para o casamento de Tyler e Caroline amanhã. Como ela que cuidará do buffet… – Ela respondeu e em um pulo, lembrei que amanhã ocorreria o evento.

-Aa sim… - Sra. Lockwood respondeu. – Pode entr…

-Sra. Lockwood, você está bem? – Amber perguntou confusa ao perceber os olhos da prefeita arregalados e sua interrompida frase.

-Me desculpe eu… - Carol chaqualhou a cabeça levemente.

-Posso entrar? – Amber perguntou passando as mãos por seus braços. – Está muito frio aqui fora.

-Po…pode. – Ela respondeu e sua mão foi na arma escondida em sua calça. – Fique a vontade.

-Obrigada. – Amber respondeu entrando na casa. Sra. Lockwood saiu da sala, indo em direção de algum cômodo com a lista de convidados. Os verdes olhos de Amber vieram a mim e Elena, nervosas no meio da sala. – Vocês estão bem? Parecem um pouco tensas.

-Não é nada. – Respondi sorrindo. – Somos estranhas mesmo.

-Claro que não. – Ela respondeu sendo simpática.

-Aqui está. – Sra. Lockwood disse entrando na sala e esticando um papel.

-Muito obrigada, eu…eu já vou indo. – Amber respondeu caminhando até a porta. Seus passos eram lentos e ensaiados e no mesmo instante, puxei Elena e Carol Lockwood para trás de meu corpo. Amber parou virando rapidamente. – Na verdade, tem algo que esqueci…

Puxei a arma da mão de Carol, disparando-a diversas vezes em Amber, que caminhava até nós.

-Vai embora, Amber. – Rosnei furiosa. – Não quero te matar.

-E eu não quero que Benjamin mate minha família. – Ela respondeu mostrando seus recentes dentes. – Essa arma me retarda, mas não me mata. – Ela disse e seu angelical rosto transformou-se em pura malícia.

-E essa aqui? – Elijah disse surgindo atrás de Amber e enterrando uma estaca em seu abdomen.

-Não a mate, Elijah. – Elena pediu aflita. – Ela não é assim.

-Que seja. – Elijah respondeu jogando verbena pelo corpo da garota, que gritava de dor. Fechei meus olhos, segurando qualquer fraqueza naquele momento. Ele a amarrou em uma cadeira e as cordas ardiam em sua pálida pele.

-Você colocou verbena na corda? – Elena perguntou.

-Se vocês querem ela viva, mas não querem que ela incomode… - Ele respondeu dando de ombros e injetando verbena em Amber, que rapidamente perdeu sua conciência.

-O que faz aqui? – Perguntei deixando minha confusão misturar-se com minha aflição. – Deveria estar lá, ajudando todos…

-Klaus achou melhor eu ficar por aqui. – Elijha respondeu erguendo sua sombrancelha. – E pela situação que nos encontramos, acredito que tenha sido uma boa ideia.

Fui até a mesa do canto na sala e peguei as chaves do carro de Tyler. Os olhos de todos vieram aos meus.

-Onde iremos? – Elijah perguntou ironicamente.

-Vocês eu não sei… - Respondi fimemente. – Mas eu não vou ficar aqui parada esperando as pessoas que amo morrer.

-Vou junto. – Elena respondeu caminhando em minha direção quando a mão de Elijah a parou.

-Klaus deixou bem claro que eu deveria mantê-las aqui na casa. – Ele respondeu bloqueando nosso caminho.

-E você sempre fará o que Klaus quer que faça? – Perguntei atingindo seu ponto fraco.

-Vamos logo. – Elijah respondeu mal humorado e Elena sorriu satisfeita com minha chantagem.