A Estranha Natureza De Isabella Swan III escrita por mandinhah


Capítulo 6
Capítulo 5 - Enterro


Notas iniciais do capítulo

oiee finalmente chegaram os 22 reviews *-----* vocÊs são tão lindos ahahha
queria pedir desculpas por não ter respondido nenhum review praticamente, a verdade é que quem posta fanfics aqui sabe, no momneto o modelo de respostas está horrivel, e eu tenho que ficar caçando reviews que não foram respondidos no meio dos outros, então, por enquanto eu estou apenas lendo todos e caso alguem tenha alguma duvida estou dando prioridades a esses beeeem vou deixar vocês lerem o capitulo
beijooos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/174927/chapter/6

5. Enterro


– por que está me olhando desse jeito? – perguntei para Blunt com um sorriso brincando em meus lábios. Ele suspirou antes de responder.

– estou me perguntando quando sua máscara irá cair. Você não me engana esqueceu? Sei que está sofrendo mais do que deixa transparecer, não, na verdade você não está deixando transparecer nada – a incredulidade era visível em seu tom de voz. – sei que nós temos a fama de sermos frios, não se abalando por nada nesse mundo, mas Bella ele era seu melhor amigo! Ninguém irá te julgar por você derramar lágrimas por ele. – dei de ombros e ignorei o que ele falava. Blunt me encarou reprovador, mas deixou minha atitude. Afinal ele estava caindo de bêbado até a pouco. Sabia que minha máscara cairia, mas estava esperando que isso acontecesse depois que eu passasse por tudo isso.

– venha vamos nos trocar. Não será legal se por acaso alguém chegue e nós estejamos vestidos com isso – indiquei para as roupas que ambos passamos a noite. Nada como uma noite a lá Blunt para esquecer do resto da sua vida. – onde é o banheiro feminino? – perguntei para um dos seguranças do local onde seria o velório de Matt. Daqui a alguns minutos as pessoas começariam a chegar. Isa e Rosa já estavam lá.

– só temos um banheiro, aquela porta a esquerda. – ele indicou o caminho com as mãos. Puxei a mão de Blunt e percorri o caminho de modo que a Isa não me visse.

– vou primeiro – disse a Blunt entrando no pequeno banheiro. – me espere aqui fora. – ele pareceu não prestar atenção em mim ao invés disso encarava a porta.

– nada disso – ele me impediu de fechar a porta. – Rachel e Amy chegaram, não deixe que elas me vejam, por favor. Vai mais para lá.

– você é maior do que pensa. – disse quando ele fechou a porta atrás de si.

– fica quieta e começe a se trocar, não demorará muito para se tocarem que meu carro está ali fora e nós não estamos ali dentro.

Não respondi a Blunt e peguei a minha sacola de roupas que eu havia acabado de comprar ele fez o mesmo com a dele. Tirei minha blusa enquanto Blunt tirava a calça dele e logo nós dois estavamos apenas com roupas íntimas. Vesti o vestido preto sem decote algum ou mangas feito em cetim preto. Ele era preso na cintura por uma faixa na horizontal abrindo em uma saia de duplo tecido o de baixo igual resto do vestido finalizada por uma barra grossa e o de cima era uma renda simples transparente que dava volume ao vestido. Assim que acabei de vestir-me olhei para Blunt para ver se ele já estava pronto. Este por sua vez ainda se encontrava apenas com a sua cueca box.

– ah faça-me o favor Blunt! Deixe para ficar me secando outro dia, vista-se logo. – dito isso ele pegou sua camisa preta começando a vesti-la.

Tirei meu sapato de salto também preto e apoiei-me na pia para colocá-lo. Enquanto fazia-o Blunt propositalmente se desequilibrou enquanto colocava sua calça fazendo com que eu caisse no chão.

– ai seu desgraçado – esfreguei o local da minha coxa onde estava roxo – ai, está doendo agora – fingi sofrimento.

– um beijo sara – ele disse e antes que eu pudesse impedi-lo ele já estava beijando a minha coxa.

– sai de cima de mim e acabe de se arrumar.

– claro senhorita. – ele acabou de se arrumar enquanto eu me ajeitava na frente do pequeno espelho. Por fim coloquei um arco em meu cabelo. – coloque para mim? – Blunt estendeu sua gravata para mim. Revirei os olhos e fiz o que ele pediu.

– quer que eu amarre seus sapatos também?

– isso eu já fiz obrigado. – saimos do banheiro com Blunt colocando um casaco preto por cima que imitava um terno sem ser tão social enquanto eu acabava de ajeitar meu cabelo.

A quantidade de pessoas ali haviam aumentado consideravelmente. Algumas delas olharam para nós, enquanto fechavamos a porta atrás de nós, desconfiados. Ótimo! Já conseguia ouvir todas as fofocas que se espalhariam. Sabia que o Blunt ter passado no colégio para avisar sobre o funeral, que aconteceria a tarde, aberto a todos que quisessem ir e depois ter voltado para me encontrar. Não seria uma boa ideia.

– Isa! – disse baixinho pegando ela no colo assim que consegui passar por toda aquela multidão que se amontoava tentando chegar até os familiares ou apenas olhar o caixão.

– mama eu estou com medo. – Isa disse baixinho em meu ouvido.

– não precisa ter medo bebê eu estarei sempre ao seu lado – deixei uma lágrima escorrer, sabia que não poderia cumprir esse promessa integralmente.

– promete que nunca vai me abandonar? – ela perguntou olhando nos meus olhos.

– sim prometo bebê. – abracei-a apertado de modo que não a machucaria. – agora sente-se um pouquinho aqui, deixe-me falar com a sua avó por um momento. – ela assentiu e ficou comportada no lugar em que eu havia deixado.

– como você está? – Rosa me perguntou assim que eu acabei de abraçá-la.

– eu é que te perguntou.

– estou arrependida – ela soluçou – não acredito que deixei que ele partisse me odiando e achando que eu retribuia esse sentimento.

– ele não te odiava – disse rapidamente – ele sabia que no fundo você o amava e ele também o fazia. – ela enchugou uma lágrima que escorria pelo seu rosto.

– mas vocês passaram por tantas coisas juntos. – ela reverteu a situação fazendo com que eu abrisse um sorriso nervoso. – nunca imaginei que algo asssim aconteceria. Eu estava em casa quando ele saiu, ele estava tão feliz falando que finalmente havia se decidido e iria pedir a Mad em casamento. Ouvi um rosnado em minha mente com a menção do nome dela.

– por falar nisso onde ela está? – perguntei dura ao descobrir o motivo de tudo aquilo.

– ela não apareceu aqui até agora. – Sabia! Sabia que aquela vad** só estava enganando-o! Mas ela iria ver quando eu a visse. Não sobraria nenhum fio de cabelo para contar história.

Respirei fundo duas vezes de olhos fechados tentando me recompor e pensando em motivos para não sair dali no mesmo instante e sair em uma caçada desenfreada.

Blunt parou de distrair a Isa e notando meu estado veio para o meu lado.

– eu disse que você aguentaria por muito tempo. Respire fundo, o resto do pessoal quer vê-la. – ele disse guiando-me para o outro lado do caixão interpretando mal minha reação.


– Bella você está bem? – ouvi todas as meninas esclamarem juntas querendo me abraçar.

– estou sim.- respondi sem emoção na voz.

– Bellinha não fica assim – um dos gêmeos me abraçou.

– obrigada Christoph. – retribui o abraço.

– desculpe-me pelo que eu fiz ele passar. – Joe roubou-me para um abraço. – você não sabe o quanto eu me arrependo de ter dito tudo aquilo para ele quando estava com você. – ele apertou o abraço. – saiba que eu me culpo até hoje por bem… você sabe.

– não foi sua culpa que ele foi parar no hospital aquela vez, fui eu quem não te impedi de dizer aquilo tudo e nem mesma fui atrás dele depois.

– de qualquer jeito, acho que se eu tivesse deixado você com ele nada teria sido igual.

– você não teve culpa Joe, - eu tive – não deixe ninguém falar o contrário. – disse por fim e sai de seu abraço. – nós éramos jovens e nem sabiamos o que estavamos fazendo. – abri um sorriso forçado. – tenho certeza que ele não te culpava por nada.



Depois daquele momento de lavar as mágoas passadas o dia passou num ritmo um tanto entediante. Não sai do lado do caixão de Matt por um momento sequer. Praticamente o colégio inteiro apareceu ali para prestar condolências a mim e a família de Matt enquanto eu tinha que cumprimentar a todos e fingir que acreditava em todas as palavras que cada um dizia.

– vamos embora Bella. – Blunt disse por fim.

Éramos os únicos que ainda estavam ali, meus amigos se ofereceram para levar Isa para casa, ela precisava dormir, descançar depois de um longo dia de sofrimento que não lhe era merecido. Rosa havia saido a pouco, então estava só, com o Blunt em meu calcanhar dizendo para irmos embora.

– amanhã teremos um longo dia pela frente – repetiu ele pela décima vez.

– não posso deixá-lo aqui, sozinho. – disse sem me mover.

– cinco minutos e então vamos embora, prometo que chegaremos cedo amanhã.

– para ter que suportar todas aquelas pessoas fazendo social e fingindo uma dor que não estão sentindo. – disse sem emoção.

– vou pegar nossas roupas que deixamos no banheiro. – ele disse e saiu.

Olhei para Matt deitado ali imóvel. Sua vida foi-lhe tirada cedo, ele não merecia isso. Passei meus dedos pelo seu rosto enchugando suas lágrimas que nunca cairiam. Sua pele já não tinha a mesma testura, não tinha mais a maciez e temperatura de antes, já não conseguia enchergar Matt ali. Fechei os olhos novamente, dessa vez sem impedir as lágrimas de cairem, rolarem soltas pelo meu rosto e molharem o colo do meu vestido. Lembrei-me da primeira vez em que Matt viu sua filha, ela parecia uma pequena boneca em seus braços, relembrei de todos os nossos momentos onde ele tinha um sorriso nos lábios, mesmo quando os motivos eram fúteis, era uma época muito mais feliz… quando ver uma flor desabrochar já era o suficiente para abrimos um sorriso verdadeiro. Tivemos todos a inocência retirada precocemente. Matt com sua mãe que o ignorava, Meg com o seu pai que batia em sua mãe e em seu irmão, Blunt com seu pai que nunca estava presente, porém sem sua mãe para consolá-lo. Eu tive sorte, tive uma vida feliz sem muitos problemas familiares fora a separação de meus pais… até que eu cai da arquibancada.

Eramos o quarteto problemático que de certa forma causava inveja em quem nos visse. Representavamos nosso teatro muito bem… todos com vidas perfeitas que nunca demonstravam um problema, é claro que nossas verdadeiras histórias não passavam de boatos para quem visse de fora.

– sobre o que estava pensando?

– sobre nosso quarteto conturbado e em como eramos invejados. Nunca vi nada a ser invejado em nossas vidas – refleti.

– exceto nossa amizade, você sabe Bella, eles ansiavam ter o que nós tinhamos. O meu dinheiro, sua beleza, a personalidade de Meg e, bem, o conjunto que Matt era de tudo isso com sua união.

– acho que tem razão. Acho que vou passar a noite com a Isa. Se importa? – ele negou com a cabeça.

– você precisa disso. Vamos, eu te deixo na casa dele. – ele me puxou pela mão e eu cedi.

O dia seguinte passou igualmente tedioso como eu previra.

O enterro de Matt aconteceu ao por do sol, dessa vez apenas para os íntimos, não queria falsidades, não ali. Isa foi a primeira a tacar um punhado de terra em cima do caixão do pai. Ela também disse algumas palavras, desejando que o pai fosse feliz onde quer que estivesse a única coisa que arrancou um sorriso dos meus lábios o dia inteiro. Minha máscara, como Blunt havia nomeado minha frieza, caiu assim que eu me vi sozinha olhando para a lápide de meu melhor amigo de mãos dada com a Isa e abraçada ao Blunt que se encarregara mais uma vez de me levar embora.

– poderia me deixar um momento sozinha Blunt? Só com a Isa? – ele afirmou com a cabeça

– até logo amigo – ele dise em direção a lápide de Matt e se afastou.

– Isa, você está bem? – ela não respondeu. Puxei-a para um abraço ela era só uma criança de cinco anos, não sabia direito o que estava acontecendo aqui.

– ele foi se encontrar com a minha outra mãe? – pela primeira vez ouvi-a dizendo mãe ao invés de mama, outra que teria que crescer rápido demais.

– foi sim e agora ele está lá em cima junto com ela olhando por você. – suspirei, agora viria a pior parte. Aquela que eu queria que nunca chegasse. – Isa, eu voltarei para minha cidade agora… - deixei que uma lágrima caisse – e não sei quando poderemos ou se poderemos nos ver novamente.

– você vai me abandonar mama? – Isa caiu num choro desesperado. – não vai não, por favor. – ela me implorou soluçando.

– xii, não precisa chorar, eu não vou te abandonar, já não te prometi que nunca faria isso? Eu vou sempre estar cuidando de você… só que a distância. Quando precisar falar comigo, pode me ligar, pode falar comigo pelo computador igual ao seu papa fazia ok? Eu não vou te abandonar, nunca esqueça disso. Quando parecer que eu abandonei todo mundo eu ainda estarei ali escondida de todos olhando por você. Nunca deixarei de ser sua mama, não importe o que aconteça. - Talvez quando ela fosse maior e pudesse entender melhor o que acontece, o que aconteceu, eu volte para você vê-la. Para que ela pudesse me ver. – por enquanto quem cuidará de você será sua avó ok? E depois de um tempo o tio Blunt passará a fazer isso. – ela afirmou com a cabeça enterrando o rosto meu ombro. – prometa que nunca me esquecerá. – pedi a ela.

– nunca mama, você sempre será minha mama não importe o que aconteça.

– obrigada filha. – dei um último abraço nela. – venha, vamos encontrar o Blunt para te levar para casa. – vi ele andando pelas lápides e chamei-o com a mão. Ia andar em sua direção mas fui impedida pelos Cullen, eles entraram em minha frente a passos humanos. Vi o rosto da Isa se iluminar quando ela reconheceu Rosalie, porém Blunt chegou com a respiração acelerada antes que eu pudesse passar a Isa para o colo dela

– está tudo bem Bella?

– sim, já conversei com a Isa, estou indo embora, vou voltar para Forks, meu pai está mal e eu não posso deixá-lo lá sozinho – olhei de relance para Carlisle, não era para ele estar cuidando de meu pai?

– eu te levo para o aeroporto já que é assim. – ele disse por fim.

– pode deixar que nós levamos ela Blunt. – Edward disse separando-me de Blunt. Blunt encarou Edward como nunca vi ninguém encarar um vampiro.

– tudo bem Blunt. Eles provavelmente já estavam voltando para lá de qualquer jeito, posso ir com eles. Poderia deixar a Isa em casa? – pedi a ele.

– claro – ele me abraçou fazendo com que o Edward se afastasse. – até Bella, não se esqueça do nosso dilema ok?

– sentimentos servem para ferrar com sua vida – dei uma leve risada - nunca esquecerei. Mas veja se você esquece e encontra alguém.

– claro. Vou cuidar bem de nossa afilhada. Venha Isa, vamos para casa com o tio Blunt – ele disse mais animado. – vai querer um sorvete no caminho? – ele perguntou ele.

– vou sim – ela abriu um sorriso – tchau mama! – ela gritou enquanto os dois se afastavam.

– tchau querida, adeus.

Virei para Meg que havia aparecido ao meu lado e a abracei caindo num choro desesperado. Essa provavelmente seria a última vez que eu os veria.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e ai? Consigo ouvir as fofocas que começarão pela escola de Blunt pelo acontecido no funeral... espero que tenham entendido o motivo da Bells não poder ficar com a Isa e tomara que não me batam por causa disso.
ahhhaahh
continuarei com os 22 reviews, tomara que dessa vez cheguem mais rápido
beijooos