Capitulo quatorze:

– mais ou menos na mesma época em que eu começo a me envergonhar de meu passado… quando disse que era bem cega e algumas vezes fútil e superficial, falei sério. – Edward afirmou com a cabeça indicando para que eu começasse a história, só esperava que eu não começasse a chorar novamente – ignore as lágrimas, tenho raiva de mim mesma, é apenas isso.

“ quando eu tinha treze anos Matt se mudou para nossa escola. Nos tornamos amigos logo no ínicio, assim como havia acontecido com o Blunt e com Joe. Estes não gostavam muita da atenção especial que eu dava a ele, mas eu ignorava. Começaram, então, as festas. Blunt sempre ia, curtia tudo e mais um pouco desde aquela idade, como seu pai não o impunha limítes acabei tendo que fazer isso, ou seja, sempre ia junto com ele nas festas, porém ficava em meu canto. Matt ia para me acompanhar e Meg por causa de Matt e Joe ia em algumas, mas ficava distante de nós dois, eu e Matt. Matt, na época, começou a duvidar de sua sexualidade por assim dizer e é ai que tudo vai por agua abaixo”

“Joe, vendo que não possuia mais um ‘canditato’ e que Blunt estava mais interessado em outras coisas começou a agir ou, em outras palavras, a fazer minha mente. Aos quatorze, ele se declarou para mim expondo seus sentimentos que guardava desde o jardim de infância, palavras dele. – deixei claro – ele foi meu primeiro namorado sério. Você melhor do que ninguém deve saber como uma menina se torna idiota e cega com o primeiro namorado, não tinha motivos para eu ser diferente.

“Joe começou a odiar o Matt após ele ter assumido sua homossexualidade e ele não era o único. Matt sofria constantemente na escola por causa disso, até que eu passei a provocá-lo quando ele vinha procurar meu ombro amigo que eu sempre o oferecera – uma lágrima escorreu pelo meu rosto – um dia ele veio mais uma vez tentar falar comigo, só que dessa vez publicamente. Ele queria me falar algo sobre o Joe. O problema era: Joe estava do meu lado e isso realmente o irritou. Eu não disse nada naquele dia, mas minha risada foi suficiente para acabar com tudo. Matt não foi para escola durante e próxima semana.

“Nem na seguinte

“Ele me ligou num sábado a tarde, eu não atendi, estava acabando de ver um filme que passava na TV. Quando vi a quantidade de chamadas perdidas em meu celular me espantei e resolvi ir até sua casa. Se eu tivesse aparecido alguns segundos mais tarde não o encontraria vivo. Depois de vê-lo caido no chão tendo convulsões, nunca mais agi do mesmo modo. Nunca mais parei de me culpar pelo acontecido e, se ele – solucei – se ele tivesse morrido, eu provavelmente teria adiantado no tempo minhas tentativas de suicídio. Apesar de eu amar, sim, a Isa, tudo o que nossa amizade se tornou foi por conta de minhas tentativas frustadas de diminuir a culpa que eu sentia. Meses depois ele teve a Isa por conta de uma aposta. – vi sua confusão – Eu explico – disse – Após passada a fase depressão alguns meninos vieram encher o saco dele novamente, eu não estava junto para impedi-lo e acabou que ele apostou com alguns deles que não era mais homosessuxal. Ele foi quase que obrigado a assumir isso, pois não aguentava a pressão. A única maneira que eles acharam para provar foi ele conquistando uma menina até que ela aceitasse ir para cama com ele. Oito meses depois a Isa nasceu.”

Olhei para Edward assim que acabei de contar a história e este encontrava sem reação e não sem motivo.

– disse que meu passado é algo assustador de se lembrar. Isso porque não tem nada de sobrenatural nessa história.

– é muita coisa para processar – explicou ele – e como ficou sua reação com o Joe?

– no primeiro dia de aula apos o ‘acidente’ Joe veio falar comigo, fazia tempo que eu não ia a aula também e vários boatos estavam rolando sobre mim. Desde que eu havia me matado, tentado me matar, a coisas como eu estar presa por ter tentado matar Matt envenenando-o. Enfim, de boatos eu tenho um caderno cheio. O que importa é que joe veio falar comigo me perguntando o que eu fazia com o ‘emo’. O foi o término de namoro mais comentado em toda a história daquela escola, depois de tudo que eu falei a ele. Desde então nunca tive nenhum namorado sério, claro, exceto por você.

– desculpe-me por ter feito você passar por aquelas situações impostas por mim. Imagino que por seu histórico você deve ter sofrido mais do que qualquer um mereça sofrer em toda uma vida.

– a culpa do meu histórico não é sua – abri um meio sorriso, afinal já havia superado boa parte dele

– Bella… sério Alice?! – Edward levantou da cama um pouco irritado

– todos aqui embaixo por favor.

– acho que isso terá que esprar até mais tarde Alice – olhei para fora vendo o ‘sol’ escondido por de trás das nuvens. Voltei a fitá-la tentando segurar o riso pela cara de Jasper, ele não tinha gostado do momento em que Alice tivera a visão – penúltimo dia de aula Alice, não gostaria de chegar atrasada, certo? – não aguentei e ri levemtne quando ela para cima no mesmo momento em que Rose havia chego a sala.

– como vocês se sairam em seus exames? – Angela perugntou ao chegar a mesa e se sentar com sua bandeja.

Havia insistido para Edward ficar em casa e manter o disfarce da viagem, mas Alice disse que ele poderia muito bem ter chego de manhã. Portanto acabamos por vir em dois carros com a história de que eu e Alice fomos para a escola minutos antes de eles voltarem.

– eles terão uma nota perfeita como sempre – indiquei para Edward e Alice

– você fala como se suas notas fossem péssimas – Ang voltou a falar.

– faço o que posso – abri um sorriso – e você?

– estou com medo da prova de história americana. – sua cara se contorceu em uma careta.

– quer as repsostas que eu peguei com o professor? – comecei a desdobrar um papel qualquer vendo seus olhos se arregalarem – brincadeira! Mas tenho certeza que você se sairá bem, faremos a prova amanha no primeiro horário, ainda dá para revisar as matérias. E você Ben? Como estão suas notas?

– elas estão ótimas obrigado – ele desviou os olhos do manga por segundos suficientes para me responder e depois voltou a se concentrar na história.

– então – Alice entrou na conversa – para comemorar o final disso tudo aqui e dar ótimas boas vindas para nossas vidas de universitários darei uma festa no sábado após a formatura, poderão ir? Convidarei a todos.

– adoraria Alice, obriada pela convite, com certeza aparecerei lá.

– ótimo – ela bateu palmas animada – aqui tem o endereço com o mapa – olhei com o canto de olho para Alice me perguntando quando ela havia planejado tudo isso.

– outra festa Alice? – perguntei descrente

– será divertido.

– foi exatamente o que disse da última vez. – as expressões de Edward demonstravam seu desgosto sobre o assunto.

– tenho que passar em meu armário pegar meu material antes da aula – ele avisou antes de deixar a mesa se despedindo de todos com um aceno e um beijo rápido no meu caso.

– digo o mesmo, até mais. – Ang saiu com Ben e seu encalço.

– então Alice, sobre sua visão.

– você verá quando chegar em casa… alguém invadiu seu quarto, na verdade, isso eu meio que conclui. Vi os recém criados passando seu cheiro através de uma blusa vermelha sua. Eles pareciam estar cedentos por mais em minha visão.

– posso ver Alice? – pedi autorização para entrar em sua mente. Um pouco receosa, como sempre, ela afirmou.

A cena estava nítida, um galpão abandonado com todas as suas janelas tampadas. Um vampiro que parecia mais controlado gritava com eles para se comportarem por alguns instantes. Logo em seguida ele tira de dentro de um saco uma blusa vermelha minha que conhecia muito bem.

– como ele teve coragem de procurar pelas minhas lembranças de Forks?! – perguntei irritada para o nada. – agora essa disputa se tornou pessoal, esse cara irá morrer lentamente em minhas mãos. Sofrerá como nunca nenhum outro vampiro já antes sofreu.

– calma Bella, vamos para aula, hoje a tarde falarei com todos e veremos o que irá acontecer.

– isso não muda o fato de que esse vampiro irá morrer. Doce e lentamente. – abri um sorriso maquiavélico, esse era meu método favorito afinal saciar as necessidades e vingança são sempre melhores se praticadas juntas.

– venha, o sino ja vai bater – Alice me arrastou para a próxima aula assustada.