O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 7
06 – O Primeiro Dia


Notas iniciais do capítulo

E cá estamos com mais um capitulo! Gente, foi mal pela demora, mas essa semana foi de provas finais em massa (eu fiquei em nove), mas agora a poeira já abaixou.
Bem... Espero que gostem e se divirtam! ;D Nos falamos nas notas finais.



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Capitulo 06 – O Primeiro Dia

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 “Espere um pouco me deixe corrigir isto
Eu quero viver a vida de uma nova perspectiva
Você veio junto porque eu amo seu rosto
E eu irei admirar seu gosto refinado
E quem liga para intervenção divina
Eu quero ser elogiado de uma nova perspectiva
Mas partir agora seria uma boa idéia
Então me acompanhe para cair fora daqui

 (Panic! At The Disco – New Perspective)

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:[tempo passando]:


Acordei completamente elétrico naquela manhã. Era o primeiro dia de aula. Pulei para fora da cama e tomei um bom banho, vesti minha calça jeans favorita e minha melhor camisa xadrez com uma camiseta banca por baixo e calcei os meus antigos all stars brancos que já eram quase amarelos de tão velhos.

Tomei um café da manhã reforçado com tudo o que eu tinha direito e um pouco mais. Só que como eu tinha acordado cedo demais, tive que esperar uma meia hora para poder sair. Eu estava tão nervoso e tão ansioso que tinha acordado quase duas horas mais cedo do que deveria.

Pouco depois de todos descerem eu estava em um bom horário para ir embora. Me despedi as pressas e corri para a garagem.

Saí na frente de todo mundo, tinha que chegar mais cedo na escola porque tinha que resolver um monte de coisas na secretaria. Peguei o meu carro e fui, demorei apenas sete minutos para chegar na Forks High School.

Era uma escola grande, o grande e largo prédio principal tinha cinco andares e tinham três prédios paralelos com seis andares cada, um ginásio e um campo de futebol enormes, um estacionamento com umas 300 vagas e o campus era imenso. A escola era cercada por um bom pedaço de floresta, mas era muito bonita.

Estacionei o meu carro numa vaga qualquer. Respirei fundo e disse para mim mesmo um monte de vezes que ia dar tudo certo. Saí do carro o mais confiante que pude e corri os olhos rapidamente pelo estacionamento, já tinham alguns carros e eu estava atraindo os olhares da maioria dos estudantes presentes. Ignorei-os como se já fosse “do pedaço” e segui para a secretaria, que ficava no primeiro prédio paralelo que acima da porta tinha uma placa escrita: Administração.

Na pequena e abafada secretaria tinha apenas uma mulher trabalhando. Ela já era uma senhora, devia ter uns setenta e poucos anos, ela lia um exemplar surrado de um livro chamado “Golpe do Destino”, franzi o cenho, só o titulo já me dava sono, então eu chamei a sua atenção:

– Er... Com licença?

Ela levantou os olhos para mim.

– Posso ajudá-lo?

– Meu nome é Edward Cullen e... – ela nem me deixou terminar de falar, colocou o livro de lado e se levantou com um sorriso atencioso desnecessário.

– É claro! – disse ela. Procurou em meio aos papéis em sua mesa e me trouxe um envelope de papel pardo. – Aqui tem os seus horários e o mapa da escola. – ela abriu o envelope e me mostrou o mapa. Me indicou onde ficava as minhas salas e me disse os melhoras caminhos para chegar mais rápido. Ela sorriu pra mim e me desejou um bom dia, fiz o mesmo e saí da sala.

O estacionamento estava bem mais cheio agora, mas eu não avistava ninguém que eu conhecesse, então o plano era pegar a mochila no carro e achar o meu armário no prédio principal.

Agora eu atraia bem mais olhares do que antes. Por fora eu me mantinha indiferente, mas por dento eu estava me achando. Estava a caminho do meu carro, distraído com os meus pensamentos e os comentários dos alunos ao meu redor, estava tão avulso ás outras coisas que nem percebi no que tropecei, e só percebi que estava caindo quando já estava quase com a cara no chão. Tentei aparar a queda com as mãos mas não tive muito sucesso.

Eu podia ouvir o murmúrio das vozes e os risinho ecoando pelo estacionamento. Mas agora estava em choque, o coração disparava contra o peito e os olhos estavam arregalados. O que eu faria agora? Não podia parecer um otário logo no primeiro dia.

“Calma, Edward!” a voz dentro da minha cabeça falou. “Isso é absolutamente normal. Agora pare de palhaçada, se levante e continue andando como se nada tivesse acontecido.”

Me levantei, o corpo todo estava tremendo e eu estava morrendo de vergonha, poucas vezes na vida tinha me sentido tão humilhado, mas segui o conselho e segui em frente como se nada tivesse acontecido. Mas eram nessas horas que eu tinha vontade de correr e ligar para a minha mãe.

Cheguei no meu carro, peguei a minha mochila e fui para o prédio principal, ainda sem dar a mínima atenção para os olhares e comentários que os outros faziam sobre mim.

Não demorei muito para achar o meu armário e demorei menos ainda para arrumar todas as minhas coisas nele. E uma vez que eu não tinha nada para fazer, fui procurar Emmett, que com certeza já tinha chegado.

Ele estava conversando com alguns garotos no estacionamento. Eu tive que prender o riso ao vê-lo usando uma bandana com a bandeira dos Estados Unidos na cabeça. Me aproximei sem deixar transparecer o quanto estava nervoso, ao ver que eu me aproximava, Emmett gritou:

– Hey, Edward! – balançou o braço para que eu o avistasse melhor, como se fosse possível não avistar um armário como Emmett. Não demorei muito para chegar até eles. – Esses são Seth Clearwater, Phil Hudson e James Gigandet. – disse apontando cada um de seus amigos. – Caras, esse aqui é Edward Cullen, filho de Carlisle.

– E aí, cara? Seja bem-vindo á Forks High School! – disse Seth, erguendo a mão para que eu apertasse.

– Obrigado. – disse apertando a mão dele.

– Hey. – James sorriu para mim. – Não foi você que caiu de cara no chão em frente a secretaria ainda a pouco?

Semi serrei os olhos, normalmente eu coraria e ficaria sem graça, mas eu não estava envergonhado, estava com raiva. Isso era novo para mim, mas ele não iria me sacanear. O analisei rapidamente, ele tinha um anel no dedo e eu tinha certeza absoluta que aquilo era um anel de compromisso. Então eu não pensei, apenas respondi:

– Sim, fui eu mesmo! – disse rispidamente. – É que a sua garota tem me deixado tão cansado que eu estou caindo por aí! – sorri cinicamente.

Emmett, Seth e Phil caíram na gargalhada. James semicerrou os olhos e trincou os dentes. Eu apenas sorri no meu júbilo de deixá-lo extremamente puto. Emmett apoiou a mão no braço do amigo e disse:

– Cuidado, James! Edward têm prática quando se trata em pegar a mulher dos outros. – disse rindo.

Filho da puta!

Arregalei os olhos para ele. Como ele poderia ser tão insano? Isso era um segredo, S-E-G-R-E-D-O! Ele não podia contar.

– Emmett! – o repreendi.

– Calma, Eddie. Não vou contar nada sobre aquela amiguinha sua. – riu. – Mas você não pode negar que já pegou a mulher dos outros, né?

– Não. – resmunguei.

– Quem foi? Eu conheço? – perguntou Phil.

– Não seja fofoqueiro Philip! – Seth disse rindo. – Se isso fosse da sua conta, você saberia, não tenha dúvidas. – e sorriu cinicamente para um Hudson de cara feia. Phil ignorou Seth, se virou para mim e perguntou:

– De onde você veio, Edward?

– Phoenix. Eu morava com a minha mãe.

– Mas eu nunca te vi por aqui, você não vinha passar os finais de semana com Carlisle?

– Não, eu me mantive um pouco afastado dele porque eu tinha mudado muito! – isso no fundo era verdade, eu tinha me transformado de uma criança temperamental num nerd bobão.

– E você tem namorada ou vai tentar roubar a garota dos outros? – James perguntou com uma sobrancelha erguida.

– Não, eu não tenho namorada. – disse com os olhos no carro que entrava naquele instante no estacionamento. – E eu não vou tentar roubar a garota de ninguém. Eu já consegui. – murmurei a última frase num tom baixo o bastante para que ele não entendesse. Ainda estava com os olhos pregados no carro.

A BNW M3 que entrava no estacionamento parecia pertencer á Rosalie Swan, pois era ela que estava no volante e tinha um “R” pendurado no espelho.Rose estava muito bonita para o primeiro dia de aula, os cabelos castanhos estavam com as pontas cacheadas e ela usava uma maquiagem marcante nos olhos.

Ao lado de Rosalie, estava Jasper com aquele mesmo visual de Chad Kroeger de sempre; vestindo uma calça jeans camiseta e jaqueta de couro. Rose estacionou o carro e saiu ao mesmo tempo que Jasper, ambos ficaram esperando que a terceira pessoa no carro saísse, e quando saiu... Eu engoli seco.

Era óbvio que eu sabia que era Bella. E também era óbvio que eu sabia o quão estupidamente sexy ela conseguia ser sem fazer o mínimo esforço. Mas eu definitivamente não estava pronto para aquilo!

Ela estava incrível! Com uma blusa branca que era quase toda escondida por um lindo casaco preto que combinava com a mini-saia vermelha xadrez e o sapato preto. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto, deixando sua nuca á mostra.

Pude sentir minha boca ficando seca e as mãos suadas. Eu podia estar parecendo o maior idiota naquele momento, mas eu não estava nem aí. Não conseguia, não podia e não queria tirar os olhos dela. Minha Bella!

Ela sorriu para sua irmã e deixou alguma coisa cair no chão. Se virou para abaixar, arregalei os olhos na expectativa, mas Jasper entrou na minha frente e ao olhar para a cara dele pude perceber que ele sorria claramente para mim, sorri debochado de volta. Bella se levantou com um grande e inocente sorriso no rosto e mostrou um papel para Rose, que sorriu para ela.

O jeito que ela piscava tão delicadamente sem perceber, mordia o lábio inferior quando estava ouvindo o que sua irmã ou seu primo diziam á ela ou mostrava seus dentes perfeitos ao abrir um grande sorriso, estava me deixando completamente louco! Eu podia sentir que minha testa estava ficando grudenta e alguns cabelos se grudavam nela.

Eu estava gritando em meus pensamentos. A única coisa que eu queria fazer era correr até lá e agarrá-la de todas as formas que eram possíveis e imagináveis. Eu não ia aguentar ficar muito tempo sem ela.

Vi ela abrindo o casaco lentamente com um sorriso completamente diferente de tudo o que eu já vira em seu rosto. Aquela altura do campeonato eu já estava tremendo da cabeça aos pés.

Algum idiota começou a gritar comigo...

– HEY, EDWARD! ACORDA PRA VIDA, MEU FILHO! – é claro que só podia ser Emmett. Fuzilei-o com os olhos.

– O que você quer? – rosnei irritado.

– Só queria saber se você vai querer participar dos trotes com o pessoal do primeiro ano. – explicou, se fingindo de inocente.

*TRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM* o sinal tocou. Ah, salvo pelo gongo! Respondi rapidamente par Emmett:

– Er... Tá, pode ser! Agora eu vou indo porque não posso ficar me atrasando no primeiro dia. Tchau! – e praticamente corri em direção ao colégio.

Não demorei para achar a sala da minha primeira aula, que seria de Inglês. Como eu estava sem a droga do óculos, me sentei na frente para ao ter complicações depois. A sala encheu rapidamente e também não demorou para que a professora chegasse.

Ela era loira, alta, magra, de olhos azuis, muito bonita o único problema era: tudo nela era excessivamente rosa! Ainda era pior do que Alice.

Tinha um sorriso enorme no rosto e trazia uma pilha de livros. Colocou todos os livros em cima da mesa e se virou para a turma:

– Bom dia turma linda! Eu sou a Srtª Nicole Daniels, podem me chamar de Nicky. Eu serei a professora de inglês de vocês, esse ano! – sorriu.

– Quantos anos você tem Nicky? – perguntou Phil, que estava sentado duas carteiras atrás de mim.

– Eu tenho vinte e sete. – respondeu com um sorriso inocente.

– Poxa, ainda está muito nova! Quer ir ao baile comigo?

Ela arregalou os olhos e sorriu amarelo.

– Agradeço pelo elogio, mas eu não posso. E, antes de você pensar em formatura, deve se preocupar com a minha matéria, eu não pego leve.

Um “Uhhh” ecoou pela sala, alguns alunos ficaram tensos e outros nem aí, eu fiquei com os que não estavam nem aí, inglês era mole!

– Mas como hoje é o primeiro dia, eu vou fazer uma brincadeira para nos conhecermos melhor. – sorriu e saiu distribuindo folhar para a turma. – Eu quero que vocês preencham essas folhas e depois que todos terminarem, vocês vão passar as folhas para mim, ok?

Sorri ao ver as primeiras perguntas que tinham na folha, aquilo seria um prato cheio para o meu joguinho. Comecei a preencher.

Sente falta do ano passado por quê? Estava acostumado com a vida agitada em Phoenix.

Não sente falta do ano passado por quê? O meu carro é bem mais legal.

A melhor coisa que fez nas férias foi? Pular de pára-quedas antes de me mudar.

A pior coisa que fez nas férias? Ir á Califórnia sozinho.

Eu desejo que esse ano seja? Bem melhor que o passado.

O que gosta de fazer no tempo livre? Jogo futebol.

Cor favorita? Azul.

Estilo de música favorito? Rock alternativo.

Tipo de filme favorito? Ação.

Só a partir dalí eu comecei a me questionar sobre a sanidade mental da professora.

Programa favorito? Jogar vídeo-game, talvez.

Caseiro(a) ou baladeiro(a)? Baladeiro na medida certa.

Fuma? Não.

Bebe? Ás vezes.

Usa drogas? Não.

Já foi preso? Se sim, por quê? Não.

Tem amigos? Muitos.

Opção sexual? Heterossexual.

Solteiro(a) ou namorando? Nenhum dos dois.

Idade: 17 anos

Nome completo: Edward Anthony Masen Cullen

O que acha da nova professora? Se possível defina sua primeira impressão com uma palavra: Hiperativa

Mas que porra de perguntas idiotas eram aquelas? Que tipo de surtada era essa tal de Daniels? – Bem, espero não correr risco de vida estando na mesma sala que ela.

– Professora... – chamou uma menina que estava sentada ao meu lado. – Por que quer saber a opção sexual e os antecedentes criminais dos seus alunos?

– Gosto de conhecer as pessoas ao meu redor.

– Eu acho isso tudo desnecessário! Uma grande palhaçada! – a garota reclamou.

– Qual é o seu nome?

Abigail Rhodes.

– Bom, senhorita Rhodes, acho que se você acha minha aula uma palhaçada você pode se retirar. Nos vemos na sala do diretor daqui há uma hora! – ela sorriu cinicamente.

Eu engoli seco, como ela podia ser tão grossa com a menina? Eu hein?! Essa mulher era uma louca de pedra, isso sim!


:[tempo passando]:


Depois da aula da maluca eu tive mais duas aulas, e depois eu fui avisado sobre um intervalo de quinze minutos. Eu não tinha muitos planos, fui até o meu armário guardar os livros que tinha usado nas ultimas aula e checar o meu horário mais uma vez. Peguei os livros que precisaria nas aulas para antes do almoço e procurei o celular enquanto imaginava onde Emmett poderia estar. Mas não tinha percebido que tinha alguém do meu lado antes de esse alguém chamar a minha atenção:

– Oi Edward! – ela sorriu para mim com aqueles suculentos lábios cor-de-rosa.

– Oi Bella. – a cumprimentei tentando não parecer um idiota.

– Então... Eu queria ter uma conversinha com você. Será que você pode me encontrar daqui há dois minutos na biblioteca?

– Claro! – sorri.

– Ok, estarei te esperando. – passou por mim fazendo com que nossos ombros se encostassem levemente, e me fazendo sentir uma corrente elétrica percorrer por todo o meu corpo. Não posso negar que olhei descaradamente para a bunda dela enquanto ela se afastava. Ainda bem que não tinha mais ninguém no corredor.

Encontrei o meu celular rapidamente e fechei o armário. Pulei de susto ao ver Tanya ali atrás da porta.

– Oie!

– Tanya. – disse com uma péssima falsa animação. – Tudo bem?

– Todo ótimo! Eu só queria saber se você está livre... Nós poderíamos lembrar aquele dia na boate, se você quiser. – disse numa voz sexy enquanto se aproximava e passava as mãos pelo meu peito.

– NÃO! – gritei. – Er... Quer dizer... Não posso, eu... eu... eu tô ocupado e tenho que ver um monte de coisas com o Jasper e a Rosalie agora e... tenho que ir. Tchau!

Sai correndo igual a um alucinado pelo corredor. Atraí alguns olhares e alguns risos, mas eu tinha que fugir. Entrei no banheiro e molhei a cara, pois estava mais vermelho do que um tomate. Respirei fundo algumas vezes e fui direto para a biblioteca.

Aquele lugar era imenso, tinha dois andares e com certeza tinha milhões de livros, talvez fosse a biblioteca principal da cidade de Forks e eu não estava sabendo.

Avistei Bella com um livro nas mãos próxima das escadas, me aproximei devagar, mas entes que eu chegasse relativamente perto ela largou o livro e subiu. Tomei aquilo como um sinal e a segui. O segundo andar da biblioteca estava deserto. Eu não sabia onde ela estava mais podia ouvir o som de seus passos, segui o som e não demorei para estar praticamente na cola dela. Quando estávamos na ala mais afastada de todas, ela parou de andar e se virou para mim com um grande e malicioso sorriso nos lábios.

Andou lentamente até mim e me empurrou contra uma das estantes de livros.

Sua boca voou de encontro com a minha numa ferocidade que até então eu desconhecia. Ela se pendurou no meu pescoço enquanto sua língua se embolava urgente e incansavelmente com a minha. Eu a abracei pela cintura, levantando um pouco sua blusa no processo, eu estava tentando me segurar para não apertar a sua bunda, mas ela estava tão inacreditavelmente gostosa hoje...

Mordi e suguei seu lábio inferior, apertando a cintura dela conta a minha e ganhando um gemido como resposta. Minhas mãos escorregaram por seus quadris. A língua dela escorreu para dentro da minha boca mais uma vez. Ela tirou a minha camisa xadrez, eu a ajudei a me livra dela. Depois suas mãos desceram pelo meu peito e entraram por baixo da minha blusa e ela passou levemente as unhas por todo o meu tronco, soltei um gemido involuntário.

Essa mulher ainda vai me matar! Qual é? Eu sou só um pobre adolescente virgem!

A empurrei para o outro lado, sem quebrar o beijo. Ela bateu de costas na outra estante e mordeu o meu lábio inferior. Nos separamos um pouco e nos encaramos olhos nos olhos, ela abriu um sorriso lindo e eu só pude responder com o meu melhor sorriso torto.

– Como está sendo o seu primeiro dia? – perguntou numa voz doce.

– Bem legal! – sorri. – Mas eu acho que vou precisar de ajuda pra uma coisinha.

– O quê?

– A maior burrada que eu fiz na vida com ficar com aquela Tanya. Agora ela está atrás de mim. O que eu faço?

Bella fechou a cara e trincou os dentes.

– Isso é bem típico daquela biscate! Não pode ver um homem lindo e já vai pra cima! – arqueou as sobrancelhas. Eu ri.

– Obrigado pelo elogio, mas não exagere, eu sei que não sou bonito!

– Então você é cego né? Fala sério, Edward, você parece um modelo internacional.

– Sim, e o meu nome completo é Edward David Beckham Cullen! – disse prendendo o riso.

– Tudo bem, feioso. Eu não vou discutir com você.

– Então o que você me aconselha fazer em relação á Tanya?

– Depende... Se você estiver acostumado a ser rude com as garotas, dê-lhe um baita fora! Se não invente uma desculpa ou fuja dela á vida toda!

Desculpa? Será que Bella ficaria chateada se eu dissesse que sou comprometido para Tanya? Bem, isso era uma quase verdade e eu não seria obrigado a dizer com quem eu estava comprometido, e se fosse, poderia inventar um nome qualquer.

*TRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM* o sinal tocou, fazendo com que ambos pulassem de susto. Bella se despediu rapidamente e foi embora. Eu esperei mais um pouco, vesti minha camisa xadrez e desci pouco tempo depois.


:[tempo passando]:


Na hora do almoço eu caminhava para o refeitório ao lado de Emmett, que me explicava tudo sobre o time. Regras do grupo, personalidade de cada um e coisas do tipo.

– Então, é muito importante que você saiba que tem uma divisa no time. Digamos que eu, Phil, James, Tyler e Seth, sejamos da galera do bem e aqueles outros... – apontou para uma mesa um pouco afastada da em que a “galera do bem” se sentava. – ...Que são: Jacob, Richard, Demetri , Jared e Garret, são a “galera do mal”! Entende?

– Yeah.

– Do nosso grupo, James é o encrenqueiro, Tyler o fofoqueiro, Seth o de bem com a vida, Phil o que sempre quer arrumar uma solução e eu o palhaço, claro! – sorriu. – Do outro grupo, Jacob é o líder e acha manda em tudo e todos, Richard Justin Bieber é o pegador, Jared é o maligno, Garret é o que sempre está em cima do muro e Demetri é gay, mas não admite. Enfim, somos inimigos declarados, só nos falamos nos treinos e só nos unimos para ganhar o jogo, nada mais. E o mascote do time não fala com nenhuma das duas partes.

– Por quê?

– Ele é esquisito! Nem sei por que é mascote... Ele nem gosta de futebol. Deve ser só para dizer para os pais que está no time. Não ligue para ele.

– Ok.

Pegamos o nosso e nos sentamos na mesa junto com Phil, James, Tyler e Seth. Conversamos por um tempo, e estávamos quase acabando de almoçar quando a merda de formou...

– Ih, olha lá! O Newton com a jaqueta do time! – disse Phil apontando para Mike.

– Filho da puta! Como ele conseguiu isso? – Tyler ergueu uma sobrancelha.

– Não sei. Eu só sei que ele não vai vestir aquilo! – James rosnou já se levantando e indo na direção de Mike.

James chegou até Mike, que estava na fila do almoço, cruzou os braços sobre o peito e começou a falar um monte de coisas fazendo gestos com a cabeça. O pobre Newton se encolhia a cada palavra. Quando ele descruzou os braços para apontar um dedo na cara dele, Emmett se pronunciou.

– Ih, fodeu! – exclamou Emmett. – Vamos lá, caras.

Todos se levantaram, eu apenas perguntei:

– Por quê?

– Eddie, vai rolar porrada! Eu acho melhor você vir ajudar, se ai entrar para o time é melhor se acostumar, James é o mais barraqueiro!

Sem dizer mais nada eu me levantei e os acompanhei até onde James estava. Tive que me segurar para não rir do esporro que ele dava no Newton.

– Olha aqui seu Irlandezinho de merda, eu juro que se eu te ver com essa porra desse casaco mais uma vez eu vou cortar as suas mãos fora! Isso aqui é só pra quem é do time! Você é do time? NÃO! E nunca vai ser, agora tira essa merda antes que eu caia de porrada em cima de você!

– Eu não vou tirar. Eu comprei, é meu! – Mike arqueou as sobrancelhas loiras.

James fechou ainda mais a cara. Ele rosnou e partiu para cima de Mike, mas Emmett e Tyler o seguraram e o afastaram dalí. Phil se pôs na frente de Mike para falar:

– Olha... – disse rispidamente. – Você é rico! Pode comprar casas, carros, relógios, roupas, a puta que pariu! Pode até comprar aquela sua namorada que com certeza nem gosta de você! – eu que o diga. – Mas a jaqueta do colégio é só pra quem tem talento e faz alguma atividade extra-curricular. Você não é do time de futebol, não é do grupo da torcida, não é do clube de teatro nem da equipe de natação, por tanto, você NÃO PODE ter um uniforme! Entendeu? Ou vamos ter que resolver isso na sala do diretor?

– Vamos ter que resolver isso na sala do diretor! – ele se endireitou e estufou o peito. – Mas antes, eu queria esclarecer uma coisa: Sim eu sou rico e, ao contrário de você, eu posso comprar o que eu quiser! Não preciso trabalhar numa lanchonete porca vendendo frango frito pra ajudar o pai que não passa de um bêbado. – cruzou os braços. – E quando a minha namorada, eu acho que isso é problema meu. Pelo menos eu tenho uma namorada, que é muito gostosa e está disposta a fazer tudo o que eu quiser. Você nunca vai arrumar uma namorada assim, mesmo com o seu “talento”. Se eu tenho dinheiro suficiente para comprar uma namorada, ponto pra mim! Se ela gosta ou não eu não estou nem aí, tem mesmo é que ficar quieta e me deixar gozar á vontade naquele corpinho gostoso!

Era impressão minha ou ele estava mesmo dizendo com outras palavras que a Bella era praticamente uma prostituta pra ele? Aquele Irlandês filho de uma chocadeira estava mesmo falando mal da minha Bella?

Eu não me controlei, via tudo vermelho, sentia a adrenalina correndo nas minhas veias. Quando percebi o que estava fazendo já era tarde de mais. Eu murmurei “sei filho da puta!”, puxei o meu braço para trás e acertei o eu punho com toda a força que tinha na cara dele. Ele caiu de cara no chão.

O murmúrio das vozes ao nosso redor agora tinha sido transformado em vozes altas e gritos. Mas eu não ligava, eu apenas fitava o corpo caído no chão, minha testa estava suada e a respiração alterada, a minha vontade era de bater muito mais nele, mas eu estava rodeado de pessoas que me encaravam surpresas. James era o único que sorria, mas Phil, principalmente, me olhava boquiaberto e de olhos arregalados.

– O quê? – perguntei. – Ele estava mesmo sendo um filho da puta! – reclamei e me retirei do refeitório sem olhar para trás.

Saí praticamente correndo pelos corredores até chegar no pátio dos fundos, que era perto do campo de futebol e perto de uma entrada para a floresta.

Bastardo cretino, irlandês maldito, desgraçado, esnobe filho da puta! – minha mente gritava sem parar mais e mais xingamentos. Eu tremia da cabeça aos pés de vontade de quebrar a cara daquele imbecil. Mas eu não podia fazer nada, nem ter dado aquele soco na cara dele eu podia ter dado. Todo mundo ia acabar percebendo...

Mas por que eu tinha que me sentir assim? Eu tinha total e plena consciência que eu gostava pra caramba da Bella, mas eu não devia de sentir assim, ainda mais sabendo que ele era o namorado dela. Então por que eu ainda tinha vontade de bater naquele esquisito e não me arrependia do que tinha feito? Por que toda vez que eu os imaginava juntos um ódio profundo me consumia? Eu sabia exatamente qual era a resposta para isso, embora me recusasse a aceitar.

Eu a conhecia há tão pouco tempo... Era impossível que eu já pudesse me sentir como se a conhecesse á anos... E estivesse apaixonado por ela á anos. Isso era ilógico, era impossível se ter sentimentos tão fortes por uma pessoa que você conhece a pouco menos de uma semana. Era ridículo!

Sentei numa pedra, apoiei meus cotovelos nos joelhos e escondi o rosto com as mãos. Minha frustração era tanta que eu pude sentir lágrimas escorrendo de meus olhos. Eu nunca fui de chorar, mas a minha raiva era tanta... Eu precisava permitir isso a mim mesmo, pelo menos isso.

Me sentia horrível, sufocado, confuso e sozinho. E o pior era que eu não me sentia no direito de me sentir assim, na verdade, talvez eu não quisesse me sentir assim. Não conseguia aceitar que estivesse tão amarrado em tão pouco tempo.

– Edward? – Alguém me chamou.

Ignorei. Eu não queria falar com ninguém, não tinha motivos para isso, qualquer coisa que eu falasse agora não ia me atrapalhar em tudo.

– Edward? – chamou de novo. – Edward, por favor, fala comigo. – reconheci a voz de Bella.

Relutantemente levantei a cabeça e a encarei nos olhos, ela estava abaixada na minha frente. Pelo menos, na frente dela eu não me importava de estar chorado.

– O que é que você quer? – perguntei num tom tão rude que eu nunca imaginei que eu fosse possível de falar.

– Eu quero saber o que deu em você? – perguntou numa voz doce e preocupada.

– Nada. – desviei o olhar.

– Pelo amor de Deus, Edward... Você deu um soco tão forte na cara do Mike que ele desmaiou, e agora você está aqui e chorando... O que aconteceu?

– Nada. Esquece isso!

– Edward, por favor... – pegou meu rosto entre as mãos, me obrigando a olhar para ela. – Eu não vou esquecer e eu ao vou te deixar em paz até você me contar.

– Não vou contar.

– Não vai? Ok. Então nós vamos ficar aqui pelo resto da vida!

Fechei a cara e desviei os olhos de seu rosto. Eu estava muito irritado e agora me sentia culpado por ser rude com ela. Mas o que eu falaria? Que eu bati no namorado dela por que ele fala dela como se ela fosse uma vadia? El não merecia ouvir isso.

– Edward? – ela pediu. – Por favor, fala. Pode confiar em mim.

– Não é isso, Bella! Eu confio em você.

– Então qual é o problema?

Respirei fundo, ela tinha que saber. Só assim ela poderia largá-lo de vez e ela seria toda minha. As lágrimas de raiva voltaram a escorrer de meus olhos ao lembrar das palavras dele. Ela secou as lágrimas com a ponta dos dedos.

– Você já ouviu como ele fala de você para os outros? – disse numa voz embriagada pelo maldito choro.

– Não. Mas eu imagino.

– Imagina? Não, você não imagina! – parei por um minuto. – Se você soubesse... Já tinha chutado aquele bastardo maldito há muito tempo.

– O que ele disse? – perguntou ainda numa voz doce e tranquila.

– Ele... – respirei fundo. – Ele fala de você como se você fosse uma vadia! Ele praticamente disse que você era uma namorada comprada e que, por isso, tinha que fazer o que ele quisesse e calar a boca! Como se você fosse uma prostituta, Bella! – voltei a chorar, morrendo de vontade de quebrar a cara dele. – Meu Deus... Como você pode ficar com um cara que sai por aí falando assim de você?

Percebi que sua expressão se tornou triste e sem graça. Então ela disse:

– Ah, Edward... Ele é assim mesmo. – deu de ombros.

– É assim mesmo? Como você pode namorar um cara que sai falando por aí: “Se ela gosta ou não eu não estou nem aí, tem mesmo é que ficar quieta e me deixar gozar á vontade naquele corpinho gostoso!”? Pelo amor de Deus, Isabella!

– Edward...

– Fica quieta! – gritei, me levantando. Estava tremendo de novo. Como ela podia ficar com um cara assim? – Talvez você não esteja precisando tanto de um homem que te deseje como mulher, como havia me dito. – rosnei furioso.

Ela arfou, com certeza estava completamente ofendida, mas eu estava com tanta raiva que não me importava mais. Eu só queria bater em alguma coisa, ou alguém.

– Escuta aqui, Cullen... você é um imbecil! – ela gritou com o dedo na minha cara. – Não distorça as minhas palavras! O que foi que eu disse pra você? Eu disse que ele só gostava de me exibir pra todo mundo! E foi exatamente isso o que ele fez! Eu não teria motivos pra mentir pra você!

– Ma... – protestei, ela me interrompeu.

– CALA A BOCA! – gritou. – Qual é o seu problema? Você sabe muito bem que eu nem gosto dele e age como se isso fosse uma competição. Isso não é uma competição, Edward! Nós já conversamos sobre isso. Você sabe que não tem motivos pra sair tendo crises de ciúmes e socando os outros.

– Acontece que ele é o seu namorado!

– Mas não é dele que eu gosto de verdade!

– Mas é com ele que você se assumiu.

– Isso não importa!

– É claro que importa! E eu não gosto de ficar ouvindo um monte de merda de um escroto metido!

– Pare com isso! Você sabe que não é com ele que eu quero ficar! Eu quero ficar com você, e você sabe disso! Então pare de ser estúpido comigo, seu idiota! Se eu tomei a iniciativa de ficar com você isso significa que eu gosto de você, seu babaca. Não precisa ter ciúme, fazem mais de dois meses que eu e ele nem nos beijamos. – ela gritou, cutucando meu peito com o dedo indicador.

Eu não falei nada, a única coisa que eu consegui fazer foi colocar a minha mão atrás da nuca dela e puxá-la para mim. Assim que nossos lábios se encostaram eu forcei a boca dela a se abrir e deslizei minha língua para dentro, indo de encontro imediato com a dela. Ela agarrou o meu cabelo com as duas mãos, minha mão desceu lentamente a espinha dela e eu a abracei forte pela cintura. Levantei-a do chão para que ela não tivesse que ficar na ponta dos pés. Ela segurou meus ombros com força para se equilibrar por um momento, mas depois agarrou meus cabelos novamente.

Um barulho realmente alto dentro do colégio nos alertou, fazendo com que Bella se afastasse de mim. Coloquei-a no chão e ambos olhamos para a porta por alguns instantes, nada aconteceu por um longo momento, então eu e ela nos encaramos novamente.

– Me desculpe por agir como um idiota, eu realmente não consegui me controlar. – disse olhando em seus olhos.

– Tudo bem, mas espero que isso não se repita! É muito difícil lidar com você quando você está tão... agressivo.

– Er... Eu acho que Forks está me trazendo o jeito temperamental de volta. Desculpe por isso.

– Não ligue para isso. Só não me deixe irritada com você.

– Ok.

Nos encaramos por um instante até eu falar:

– Bella... Termina com ele, por favor.

Ela suspirou.

– Vou ver o que posso fazer, ok? Mas eu não posso fazer isso de uma hora pra outra, preciso de um motivo.

– Você não gota dele!

– Não é o que ele acha e...

*TRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM* o sinal tocou, fazendo com que nós pulássemos de susto, mais uma vez.

– Merda de sinal maldito que toca do nada alto pra caralho! – reclamei, ganhando um tapa e uma repreensão em seguida:

– Olha a boca, garoto! Parece um trombadinha falando.

– Desculpe. – murmurei.

– Pare de pedir desculpas! Que aula você tem agora?

– Biologia com o Tanner.

– Ótimo, eu também. Vamos logo.

Ela saiu me arrastando pelo colégio a fora enquanto não tinha quase ninguém nos corredores. Nós chegamos na sala antes de todos, até mesmo antes do professor. Ela me obrigou a sentar do lado dela, já que essa era a nossa única aula juntos.

– Agora vai todo mundo desconfiar que eu gosto de você. – disse.

– Ninguém vai falar nada! Nós somos muito amigos e você me defendeu, só isso. Fique calmo, ninguém vai descobrir.

– Descobrir o que? – perguntou o professor, entrando na sala cheio de livros.

– Nada de importante, Sr. Tanner. – Bella disse. – Ah, a propósito, Sr. Tanner, esse é Edward Cullen, ele é aluno novo no colégio.

O professor ergueu os olhos para mim e sorriu.

– Seja bem-vindo, Edward. Está gostando do colégio?

– Obrigado, e estou sim Sr. Tanner. – sorri. Ele voltou com suas obrigações e eu me virei para Bella e sussurrei: – Não precisa me apresentar aos professores, eles com certeza sabem que eu sou novo por aqui.

– Você ainda vai me agradecer por isso... Felix Tanner é o treinador do time de futebol! E você quer entrar para o time, certo? – assenti. – Então é bom que você se dê bem com ele.

– Obrigado. – sorri.

– Não há de quê. – ela sorriu de volta.

A aula passou bem rápido e, apesar dos olhares de expressão indecifrável que Mike lançava para mim, eu estava muito mais tranquilo. Estar perto de Bella era um ótimo calmante, até mesmo quando ela estava irritada. – Ah, droga! Agora além de ser um idiota com paixão precoce eu ainda ia ficar pensando como um bobão apaixonado! Que inferno também!

Depois que a aula de biologia acabou eu fui direto para a de Educação Física e até que eu não fui tão ruim no jogo de basquete. Mas eu fiquei acabado, demorei mais que o esperado no banho pra poder tirar a nojeira dignamente. Quando eu saí, o pessoal estava passando trote nuns meninos do primeiro ano.

Tinham cinco garotos, eles estavam lado a lado com a cabeça baixa, todos eles estavam cobertos de tinha azul-marinha e amarela – as cores do colégio – com baldes sujos na cabeça, escutando James gritar:

– SEJAM BEM-VINDOS Á FORKS HIGH SCHOOL, SEUS INFELIZES! – ele deu um tapa no balde do garoto mais baixo.

Todos os outros em volta riam, eu ri também, a cena era realmente hilária... Até eu perceber que o garoto mais baixo estava chorando. Só que o maldoso James também percebeu, ele se aproximou do garoto e disse:

– O que foi, pequeno? Está tristinho, está? – disse num tom debochado. O garoto continuou fitando o chão. – ME RESPONDE PORRA! POR QUE ESTÁ CHORANDO?

– Não estou chorando. – disse numa voz fraca.

– Está sim! Seja homem, admita! – o garoto continuou calado. – Tyler, você está com as bolas de queimado?

– Sim.

– Ok, peguem uma bola cada um pessoal, vamos ensinar á ele que não se deve mentir.

Eles: James, Tyler, Seth e Emmett, pegaram uma bola cada um e tacaram com força no garoto. Ele caiu no chão enquanto tentava se proteger e eles continuaram a tacar as bolas no moleque.

Ver aquilo era horrível, eu sabia como essas boladas doíam, ainda mais vindas de gente forte como eles quatro. Eu já tinha sofrido muito o que aquele garoto estava sofrendo, não podia deixar que seguissem adiante, me intrometi.

– Hey, caras! – disse chamando a atenção de todos, eles pararam. – Não acham que estão pegando pesado demais?

– Não. – respondeu Tyler, na maior inocência.

Apontei para o garoto que chorava encolhido no chão, ele estava apavorado. Ergui as sobrancelhas para eles.

– Ah, qual é Eddie? Sá estamos brincando. – disse Emmett.

– Isso não é brincadeira! Nem trote isso é. Isso é bullying! – olhei de cara feia para eles. Me virei para os quatro garotos de pé e disse: – Vão tomar banho! – eles foram, hesitantes, mas foram. Eu me abaixei perto do garoto e chamei sua atenção: – Hey, qual é o seu nome?

Ele me olhou com uma cara confusa, mas não demorou para responder:

Francis Sulivan.

– Quantos anos você tem?

– Quinze.

– Não é daqui, é?

– Não! Sou de Colorado Springs, no estado do Colorado.

– Ok. Vai tomar um banho, depois vai pra casa. Se eles te incomodarem de novo, é só você falar comigo, Tudo bem?

– Tudo. Obrigado. – ele se levantou e saiu correndo.

Me levantei e vi que os aras me olhavam como se eu fosse de outro planeta. Amarrei a cara para eles, dei as costas e fui andando, pude ouvir Seth resmungado:

– Cara, você podia ter me avisado da bipolaridade do seu irmão! Por que de lutador de boxe para defensor dos oprimidos foi muito rápido! Estou com medo.

– Não liga, eu falo com ele depois. – disse Emmett.

E eu fui para casa depois de ganhar um aceno animado de Bella, que estava conversando algo com Alice.

E, resumindo, a minha semana se passou rápida e tumultuada:

Terça- Feira: Começaram a rolar boatos pela escola de que iria haver uma grande festa de inicio do ano letivo na casa de Jessica Stanley, que era a garota mais popular do colégio e também era líder de torcida. Ela convidaria somente os “top’s” da escola, ou seja: os bacanas, o time de futebol, a equipe de natação, o clube de teatro, o pessoal da banda e algumas pessoas que se destacavam. Tradução: Eu não deveria ser convidado, mesmo andando com o pessoal mais legal de toda a FHS, eu ainda era o único novato do último ano.

Descobri que Jasper tinha uma banda, e sim, eles cantavam um monte de músicas do Nickelback, além de Jasper não ser o único parecido com um integrante da banda.

Quarta Feira: Eu me inscrevi para o teste do time, que seria dalí há exata uma semana, o que significava que eu teria que passar a pegar pesado nos treinos com Emmett e Jasper e logo eu teria que começar a ir para a academia regularmente com eles e o pessoal maneiro do time.

Jessica Stanley não queria me convidar para a sua festa – por que eu tinha batido em Mike e ele era muito amigo de Jessica –, mas graças á um Jasper persuasivo e uma cantada de Emmett ela me deu um convite, mas me fez prometer que eu não iria bater em ninguém.

Tanya Denali corria atrás de mim feito uma louca, eu disse á ela aquela parada sobra compromisso, mas ela não pareceu aceitar muito bem, saiu chorando e tudo, reclamando em como era difícil achar um homem que prestasse. Me senti um pouco culpado, mas eu nunca trocaria Bella por Tanya.

Quinta Feira: Emmett brigou com um cara até saírem nos socos por causa de uma vaga no estacionamento, pelo que parecia, Emmett tinha uma vaga reservada só para ele e, mesmo que sempre viesse para a escola de carona ou skate, ninguém poderia estacionar em sua vaga sem permissão. Eu, James e mais dois caras entraram na briga. E todos foram para a sala do diretor, ninguém ficou suspenso nem nada, mas o esporro foi grande.

O segundo andar da biblioteca virou o principal lugar dos meus encontros com a Bella, todos os dias no intervalo nós íamos pra la, então combinamos nos encontrar ali todos os dias na mesma hora, caso houvesse um imprevisto era só mandar uma mensagem.

Mike Newton e seu grupo se mantinham a uma boa distância de mim, todos eles pareciam completamente apavorados com a minha presença. Eu já tinha – quase – ganhado fama de “valentão”, embora não fosse isso o que eu queria, era melhor do que nerd.

Sexta Feira: A maluca da professora de inglês mandou metade da turma para a sala do diretor, simplesmente porque essas mesmas pessoas tiraram menos de sete num teste surpresa super complicado que ela deu. É claro que eu não estava entre eles, sou inteligente pra caralho!

Francis tinha se tornado meu “discípulo”, quando ele não estava com sua prima, Abigail Rhodes, ele estava com um garoto também do primeiro ano chamado Eric, ou então ele estava me seguindo ou se oferecendo para me ajudar em alguma coisa, eu gostava dele, pois ele me lembrava de Ben, mas tinha horas que ele irritava muito, parecia a Carmen.

Hoje era o dia da festa da Jessica e todo mundo que eu conhecia – e alguns que eu não conhecia – iriam estar lá. Essa era a minha primeira festa oficial. No começo do dia, eu estava bem nervoso, mas depois liguei o foda-se, com certeza eu iria fazer a maior zona com Emmett e Jasper e, se pudesse, ainda ia deixar o puto do Mike Newton morrendo de ciúmes da minha Bella. Ia ser demais!





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Notas finais do capítulo

Hey minhas queridas flores, como estão?
Gostaria de agradecer ás fofíssimas: MarySwan, -carly, SumLee e Páh Cullen, pelos comentários.
E também gostaria de mandar um recadinho pras fantasminhas: Podem aparecer pessoal, nem que seja pra fazer um comentário de uma palavra só. Não quero pressionar ninguém, só estou aconselhando á vocês que não se acanhem, ok?
Agora vamos falar sobre o capitulo: Er... Confesso que ele saiu completamente diferente do que eu queria! Era pra fazer graça o dia todo, mas as coisas foram fluindo para um caminho diferente, mas eu não acho que tenha ficado ruim. Foi a maior luta pra escrever tendo que estudar a semana toda uashuash
O próximo capitulo: Vai ser todo trabalhado em cima de uma música aí. Vou logo avisando que não sou TÃO boa em escrever festas, não vou a muitas porque sou meio anti-social (=D)! Mas vocês vão poder contar com uma Bella bêbada muito doida e ninfomaníaca. (O-O)
Passem aqui se puderem, a fic é realmente boa, vale á pena ler: https://www.fanfiction.com.br/historia/152263/Bad_Boy_aprendendo_a_amar
Digam o que acharam meu bom povo! Vocês já estão carecas de saber que podem dar sugestões e criticas á vontade, então... é isso!
Até a próxima, flores!
BEIJOS