O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 33
31 – Decisões


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeee flores do meu jardim!!! Me desculpem pela demora, eu me enrolei um pouco com os preparativos pra estréia da fic nova e para o fim dessa... Mas pelo menos eu consegui fechar o cap antes do ano acabar ;D
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Eu espero que todas tenham tido um maravilhoso e especialíssimo natal!
Esse capítulo vai dedicado á Edward Cullen, pela linda recomendação. Muito obrigada, mesmo *---*
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Me desculpem se tiver muitos erros. E... Eu espero que gostem e não me joguem (muitas) pedras depois.
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LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!!!!
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Enjoy ;D



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Capitulo 31 – Decisões

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Há um fantasma em meus pulmões e ele suspira em meu sono

Se enrola em minha língua enquanto fala suavemente

Então ele anda, ele anda com minhas pernas

para cair, para cair, para cair em seus pés

 (Florence And The Machine – I'm Not Calling You A Liar)

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Narração: Bella Swan

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Happiness hit her like a train on a track (A felicidade a atingiu como um trem nos trilhos)
Coming towards her stuck still no turning back
(Vindo em sua direção, parada, sem volta)
She hid around corners and she hid under bed
(Ela se escondeu pelos cantos e embaixo da cama)
She killed it with kisses and from it she fled
(Matou-o com beijos e dele ela fugiu)
With every bubble she sank with her drink
(Com cada bolha que ela afundou com sua bebida)
And washed it away down the kitchen sink
(E lavou pelo ralo da pia da cozinha)” [Florence And The Machine - Dog Days Are Over]

– Alô? – atendi numa voz rouca, a noite passada tinha sido muito difícil, eu estava muito ansiosa para o julgamento de Jacob daqui á algumas semanas e não consegui dormir.

– Bella? Amiga, está tudo bem? – perguntou Alice do outro lado da linha.

– É claro que não Allie, mas você já sabe o porquê. – dei de ombros.

– Eu sei. Então... Eu só liguei porque achei que você tinha o direito de saber.

– Saber o que Alice? – perguntei preocupada.

– Foi o Edward, Bella... – ela fez uma pausa, podia ouvi-la respirando fundo do outro lado da linha. – Ele voltou para Phoenix.

– O quê? – perguntei me sentando bruscamente. – Não, não pode ser Alice... Pelo amor de Deus, me diz que isso é brincadeira.

– Infelizmente não é. Carlisle o liberou, ele fez as malas e voltou com Bernard para Phoenix.

– Me diz quando ele saiu. – disse me levantando, procurando minhas roupas. – Foi há muito tempo? Eu vou atrás...

– Bella... já fez uma semana que ele foi. Deve estar em algum lugar por aí, já que Ben queria fazer uma viagem pela estrada.

– O quê? Por que você não me contou antes? Por que não me disse isso quando ainda dava tempo de ir atrás dele? – gritei desesperada.

– Jasper não me deixou te avisar, justamente porque todos nós sabíamos que você ia atrás dele.

– Ele não tinha esse direito! – gritei novamente, já me esvaindo em lágrimas mais uma vez.

– Eu sei, Bella. Mas foi o melhor para você.

– EU SEI O QUE É MELHOR PRA MIM! NENHUM DE VOCÊS TINHA QUE SE METER NA MINHA VIDA! – berrei no telefone já morrendo de raiva. Não conseguia enxergar nada por causa das lágrimas.

Ele não podia ter ido embora de verdade. Eu não iria suportar isso. Mesmo depois da briga que tivemos, eu não acreditava que ele fosse mesmo embora, mas ele foi...

– Bella, me escuta...

Joguei o telefone longe, fazendo-o se espatifar em mil pedacinhos no chão e corri para fora do quarto, escancarando todas as portas na minha frente á procura de Jasper. Desci para o segundo andar e o encontrei junto com meus pais e Rose na cozinha, pela cara de pena que eles estavam, todos já deviam saber. E todos já deviam saber que eu sabia agora que só eu fiz papel de idiota.

Ignorei a presença de meus pais e minha irmã e já fui partindo direto para cima de Jasper.

– Como você pode fazer isso comigo? – gritei apontando-lhe o dedo na cara. – Como pode deixá-lo ir sem falar nada pra mim? Eu podia ter ido atrás dele e...

– Bella, não. – ele se levantou e ficou na minha frente. – Você ir atrás dele não ira resolver nada. Ele precisava desse tempo.

– Não precisava não! Ele só estava fugindo dos problemas como nas outras vezes. E VOCÊ DEIXOU ELE IR, SEU IDIOTA, DESGRAÇADO, MALDITO, IMBECIL! EU ODEIO VOCÊ! – gritei esmurrando seu peito com todas as forças que eu ainda tinha, ele não fez nada para impedir.

Mas Rosalie me puxou para longe dele enquanto eu ainda gritava e chorava desesperadamente.

– NÃO! ME SOLTA! ME DEIXA EM PAZ!

– Bella, tenha calma, por favor. – ela pediu tentando me controlar.

– Me solta! Eu queria saber se Emmett fosse embora você ia manter a calma! – só não fui violenta com ela por causa do bebê, ela me soltou. Olhei para os meus pais e perguntei: – Vocês também sabiam disso?

Ambos, com cara de culpados, assentiram em resposta sem me olhar nos olhos. Não podendo acreditar que até os meus pais concordaram com isso eu me virei para toda a minha família e gritei o mais alto que pude:

– VOCÊS SÃO TODOS UNS TRAIDORES! É DISSO QUE VOCÊS GOSTAM, ME VER INFELIZ? PARABÉNS! FOI ISSO O QUE VOCÊS CONSEGUIRAM!

– Bella, minha filha... – minha mãe começou.

– CALA A BOCA! – gritei e sai correndo para o meu quarto, me trancando de todas as formas que podia.

Senti o meu corpo cair de joelhos no chão e logo eu estava de cara com ele, como uma derrotada. Eu não conseguia aceitar isso. Ele não podia ter ido embora de verdade!

Droga! Isso era tudo minha culpa! Tudo minha culpa!

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:[tempo passando]:

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Narração: Edward Cullen

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Tinha se passado três semanas desde o dia que saí de Forks. Ben e Eu dirigimos por todo o litoral oeste dos Estados Unidos fomos de Forks á Portland, Ashland, São Francisco, Santa Maria e Los Angeles, até finalmente chagarmos á Phoenix. Devo admitir que tinha sido uma viagem e tanto, Bernard tinha razão. Eu cheguei em Phoenix totalmente renovado!

Tínhamos conhecido muita gente durante o tempo que passamos na estrada. Fizemos alguns bons amigos e nos divertimos muito. Ben tinha tentado incansavelmente fazer com que eu ficasse com alguma garota durante toda a viagem, mas eu recusei, ainda não me sentia pronto para isso.

Dois dias depois de nossa chegada era dia 20 de junho, meu aniversário. Eu estava tentando ao maximo evitar toda aquela coisa melosa que sempre acontecia em todos os aniversários, mas eu não pude evitar certas parabenizações... Como o vídeo que Alice, Emmett, Jasper e Rosalie gravaram, as ligações de Carlisle, Esme, Francis e Tanya. Minha avó Katherine também ligou mas mal se lembrava do porquê de estar ligando.

Eu tive uma longa conversa com Elisabeth pelo Skype, ela me obrigou a contar tudo o que tinha acontecido antes de eu sair de Forks (é claro que eu não dei detalhes de minha discussão com vocês-sabem-quem), ela se lamentou por vários minutos por não poder passar o meu aniversário comigo, mas disse que ia enviar um presente.

Depois que eu terminei de falar com minha mãe, eu fiquei de bobeira, não tinha grandes planos. Na verdade, a última coisa que eu queria fazer era sair.

As horas se passaram... Eu estava largado no branco e enorme sofá de couro vendo O Senhor Dos Anéis: As Duas Torres, sentia falta daquele apartamento, do sofá, TV, minha cama, das coisas que tinha deixado por aqui e tudo mais.

A campainha tocou. Não podia ser Ben porque ele tinha a chave, mas ele podia ter esquecido. Então fui abrir a porta. Eu nem prestei atenção em quem era, fiquei esperando que entrasse até que eu reparei que não era Bernard.

Era definitivamente uma mulher, ela usava sapatos de salto um vestido azul claro que caia até o meio de suas coxas, exibindo as pernas perfeitamente lisas e brancas, usava um blazer coral e tinha um grande embrulho nas mãos.

Por um momento eu não reconheci a mulher na minha frente, ela era absurdamente linda e seu rosto era muito familiar, eu demorei uns instantes para lembrar de minha prima Caroline Cullen.

Fiquei boquiaberto.

– Ca-Caroline?

– Oi Edward!

– O que faz aqui?

– Eu fiquei sabendo que voltou pra casa depois de quase um ano fora... Eu estava na cidade e vim te dar feliz aniversário. Eu não ia deixar você passar o dia sozinho, já que sua mãe não vai poder vir.

– Er... Obrigado. – sorri amarelo, estava meio confuso. Por que diabos a prima que eu quase matei ia querer aparecer na minha porta pra passar o meu aniversário comigo? Isso só podia ter o dedo de Elisabeth no meio! – Entre, por favor. – dei espaço para que ela entrasse.

Ela andou até o meio da sala e pôs o embrulho em cima da mesa de centro. Ela ia se virando para mim com um grande sorriso no rosto, sorriso que sumiu quando seus olhos passaram pela televisão.

– OMG! Isso é Senhor Dos Anéis? – ela perguntou com os olhos brilhando.

– Yeah. Você gosta?

– Tá brincando? Eu adoro! – ela se jogou no sofá. – Tá esperando o quê? Dá play ai!

– Ok. – eu ri.

Vimos o filme todo, ela realmente parecia ser fã, o que me divertiu muito. Eu nunca tinha encontrado pessoalmente algum fã de O Senhor Dos Anéis, nunca tive nem companhia para ver os filmes, era bom ter alguém para compartilhar isso.

As horas se passaram e depois que o filme acabou nós ficamos conversando por um bom tempo, descobri que tínhamos muitos gostos em comum e que Caroline estava longe de ser a patricinha que aparentava, ela era uma garota muito legal, eu tinha gostado muito dela. Se mantivéssemos contato, com certeza iríamos ser bons amigos.

Mas uma coisa ainda me incomodava, incomodava muito...

– Caroline, eu não sei se você se lembra ou o que contaram pra você, mas... Você ficou sabendo o porquê de nossa família nos separar, certo?

– Sim. Foi por causa do acidente no lago, por quê?

– Você não se importa? Depois de tudo o que aconteceu, quer dizer...

– Nós éramos crianças, Edward. Não foi sua culpa, eu nunca achei que tinha sido. – ela se aproximou. – Nossos pais passaram a vida inteira impedindo que tivéssemos qualquer tipo de contato... Eu não quero mais deixar isso acontecer.

– Er... – eu não sabia o que falar.

– Eu não quero mais perder tempo longe de você Edward. – ela agarrou minhas mãos.

Olhei para suas mãos nas minhas e levantei o olhar para ela com uma sobrancelha erguida. Ela estava se jogando pra cima de mim ou era impressão minha?

– Caroline...

– Não! Não fala nada. Eu só... queria me aproximar de você. – ela foi chegando perto.

Prendi a respiração, ela estava perto de mais e a minha cara devia estar quase contorcida em uma careta. Eu, definitivamente não era bom em interagir com mulheres a quem eu não estivesse acostumado.

Ela se aproximou ainda mais, estávamos tão próximos que era difícil manter o foco em seus olhos. Eu não tinha certeza se estava pronto para ficar com outras garotas, mas percebi que talvez fosse exatamente disso que eu precisava. Acabei com o espaço entre nós, colando meus lábios nos dela.

Os lábios de Caroline eram doces e macios, ela tinha um cheiro caro maravilhoso, sua pele era macia e sedosa. Eu pedi especo para aprofundar o beijo e ela concedeu. O beijo dela era ótimo, ela era maravilhosa... Mas tinha algo errado! Eu podia sentir, quase tocar aquilo... Ela era demais, mas não era Bella!

Lutei o maximo contra aquilo. Já estava na hora de eu deixar Bella ir, o que tivemos foi lindo, mas terminou bagunçado demais pra voltar atrás. E, aliás, ela não me amava. Não tinha no que insistir.

Beijei Caroline com ainda mais força e vontade, tentando ao máximo esquecer o passado e me concentrar que era ela que estava ali, era o que eu tinha agora. Era muito bom e eu tinha que ficar feliz com aquilo. Eu já começava a sentir algo por Caroline quando...

– Edward, prepare-se para a noite da sua vida, meu... – disse Ben em alto e bom som ao entrar na minha casa, fazendo com que Caroline se afastasse de mim. – Eu... Interrompi alguma coisa?

Ben estava com jeans azul, uma camiseta branca, jaqueta de couro marrom e all stars, estava pronto para cair na noite.

– Não! Er... Caroline esse é o meu amigo Ben, Ben essa é Caroline.

– Hum. – ele sorriu malicioso. – E então? Vamos fazer alguma coisa no seu aniversário ou você prefere...? – ele moveu as sobrancelhas várias vezes.

– Vamos só... todos ficar aqui e... pedir pizza!

– É uma boa idéia. – disse Caroline.

– Se vocês preferem... – Ben deu de ombros e se jogou no sofá.

O clima ficou estranho na primeira meia hora de Bernard ali, mas depois que o gelo foi quebrado, todos estavam se sentindo á vontade e conversando animadamente sobre coisas aleatórias.

Ben tinha feito amizade com Caroline também, ela era uma pessoa muito fácil de se gostar, era simpática ao extremo. Eu fingi não perceber os sorrisos sedutores que ela me lançava e ignorei os olhares maliciosos que Ben lançava para nós dois. A última coisa que eu precisava era Bernard me zoando.

Mais horas se passaram, nós ficamos conversando e comendo pizza até Caroline literalmente cair adormecida no sofá.

– Nossa, ela até dormiu. – eu ri. – Mas está tarde mesmo. – já passava de uma hora da manhã.

É claro que Ben aproveitou o sono da garota para tirar um sarro de mim.

– Você quer que eu vá embora ou...? – ele ergueu as sobrancelhas, sorrindo maliciosamente para mim.

– O quê? Não! P-Pode ficar se quiser. – gaguejei e desviei o olhar. – Leve essas coisas pra cozinha – indiquei a pouca louça sobre a mesa de centro. – Eu vou... levar ela pra o quarto da minha mãe.

Peguei Caroline no colo e, como tinha dito, a levei para o quarto de minha mãe. A deitei confortavelmente e tirei seus sapatos. Não pude deixar de parar para observá-la por um minuto, ela era uma garota linda e infinitamente legal.

Eu tinha a sensação de que, se eu tentasse alguma coisa com ela, podia dar certo. Quer dizer... eu não ia namorar com ela a ponto de pedi-la em casamento e essas coisas, ela era minha prima – prima que eu quase tinha matado – e a família Cullen surtaria se soubesse de alguma coisa. Eu também não iria usá-la, mas... Algo me dizia que eu poderia contar com sua ajuda. Pelo menos até que eu estivesse 100% reerguido depois de tudo o que tinha acontecido.

Mas nada era certo ainda, eu ia conversar com ela e ver no que dava.

Voltei para sala, podia ouvir Ben lavando a louça na cozinha. Me sentei no sofá e encarei o nada pensativo. Eu não queria parecer louco o precipitado, mas eu não podia mais ficar enganando a mim mesmo... A perda de Bella ainda doía como o inferno e eu não tinha superado nem a metade do que eu dizia, eu ainda tinha pesadelos todas as noites. Eu precisava de algo, alguém que fosse compreensivo e me ajudasse com isso. Já que o jeito que Bernard ajudava não era lá muito legal. Eu não podia esquecer o grande amor da minha vida indo á um puteiro, eu precisava de mais do que uma mulher, eu precisava de uma amiga, e eu sentia isso em Caroline

– Hey, Eddie. Você sabe o que aconteceu com a Carmem? – Ben perguntou entrando na sala.

– O que?

– Quando ela foi pra Forks, foi escondida, é claro. Quando ela voltou os pais dela ficaram tão bravos que depois de semanas de castigo, ela foi mandada para um colégio interno de freiras no Alasca.

– Como você ficou sabendo disso?

– Você sabe que os Lockwood são a família mais bem informada da cidade! – ele brincou.

– Deus do céu! – gargalhei.

Nós passamos mais algum tempo conversando até eu não aguentar mais e ir dormir, Ben dormiu pelo sofá mesmo.

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:[tempo passando]:

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No dia seguinte, Ben não estava no apartamento, eu só achei Caroline na cozinha. A mesa estava toda posta com um café da manhã reforçado e ela “trabalhava” com um sorriso satisfeito no rosto.

– Bom dia, Edward. – ela cantou.

– Bom dia, Caroline.

– Você nem abriu o presente que eu te trouxe. – Caroline comentou ao colocar uma jarra de suco sobre a mesa.

– Me desculpe, eu vou abri-lo. Sabe onde está Ben?

– Foi resolver algo para um dos irmãos.

– Ah, sim. – cocei a abeca. – Caroline, eu posso conversar com você?

– É claro! Sobre...?

– Ontem. – respirei fundo. – O que aconteceu?

– A que parte de ontem você se refere?

– Você sabe... logo antes de Bernard chegar fazendo escândalo.

– Está me perguntando por que eu te beijei?

– Tecnicamente, eu te beijei. Mas sim, é isso.

– Vou ser sincera, ok? – ela parou no meio da cozinha e olhou para mim, eu assenti. – Eu achei você no facebook e eu achei que você era a coisa mais linda do mundo. Então eu liguei para tia Elisabeth e perguntei sobre você, ela disse que você estava solteiro e aqui então eu vim ver no que dava.

– Então... Você despencou de Massachusetts pra vir paquerar o seu primo que você não vê há quatorze anos? – perguntei divertido.

– Acho que sim. – ela sorriu amarelo.

Acho que a impulsividade era uma das características principais da família Cullen. Além é claro de que quando queríamos ser diretos, éramos diretos até de mais.

– Ok. Não que eu me oponha a ficar com você e nos conhecermos melhor, ok? Mas, eu tenho que te avisar uma coisa...

– É sobre a sua... Ex?

– É. – murmurei um pouco constrangido. – Foi intenso de mais, mas não acabou nada bem e foi muito recente, eu ainda não esqueci, mas eu quero muito! Só não quero que você ache que eu estou te usando ou alguma coisa assim, entende? Se você quiser ficar e tentar, tudo bem, mas você já está avisada que eu ainda não superei nem 10% do meu término com ela.

– Tudo bem, eu não me importo. Eu vou te ajudar, Edward. – ela se aproximou e segurou minhas mãos. – Eu vou te ajudar a superar isso. – seu sorriso era brilhante e meigo. – Agora vamos tomar café da manhã.

Ela me puxou para a mesa.

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:[tempo passando]:

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Narração: Bella Swan

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O julgamento de Jacob tinha sido horrível! Ele gritou aos quatro cantos que Olívia era filha dele e que ele tinha direito de conhecê-la e por isso ele a levou para “passear” em Seattle por uma semana. Mas no fim tudo acabou bem, ele foi preso em Seattle, os Brown se mudaram para a Flórida e tudo pareceu estar bem.

Eu tinha recebido as cartas das faculdades que eu tinha tentado entrar. Não consegui passar em nenhuma! Alice e Jasper foram para Yale, Emmett e Rose se mudaram para o apartamento em Seattle, todos os meus outros amigos foram para faculdade ou se mudaram para uma cidade grande... E eu continuei em Forks.

Minha vida estava... deprimente! Não se tinha absolutamente nada para fazer em Forks, eu não tinha um carro porque era irresponsável demais para dirigir, portanto ficava difícil sair da cidade. Todos estavam seguindo suas vidas enquanto eu ficava ali, sozinha, sendo um peso para os meus pais, que estavam muito frios comigo desde o meu surto, quando Edward foi embora.

Minha rotina era dormir, comer, ver televisão, dormir, comer, lamentar pelos cantos, dormir mais... Enfim, conforme o tempo foi passando eu fui ficando cada vez mais isolada, até chegar ao ponto de eu não sair do quarto e não falar nem com os meus pais. Eu tinha até escutado minha mãe dizer que eu estava virando uma estátua, e estava mesmo, passei uma semana sem comer quase nada. Eu não sentia mais fome, frio ou vontade de fazer qualquer outra coisa que não fosse ficar na cama fitando o teto.

Nisso, passaram-se quase dois meses. Até o dia em que minha mãe virou um balde de água gelada na minha cara e me arrastou para um psiquiatra depois, é claro, de gritar comigo por duas horas. Ela estava cansada de tentar me fazer funcionar, eu também estava. O psiquiatra me receitou antidepressivos – que me deixavam letárgica – e disse que eu teria consultas duas vezes por semana. Esme era quem me levava para as consultas, já que estava de férias.

Aos poucos as coisas foram melhorando, eu já tinha voltado a falar e comer, mas ainda não tinha vontade de fazer muita coisa e sem contar que minha aparência nunca estivera tão terrível, eu parecia um esqueleto fantasma.

Era fim de tarde do dia 17 de agosto quando Esme estacionou o carro em frente a minha casa, depois de uma longa e cansativa consulta, e disse:

– Até quando isso vai durar, Bella? – ela estava triste, as vezes eu pensava que ela era mais preocupada comigo do que meus pais.

– Eu não sei. – murmurei. Nem minha voz era mais a mesma.

– Isso não pode continuar, querida. Estão todos muito preocupados com você.

– Eu sei, Esme. Eu estou lutando para melhorar.

– Nunca se esqueça que nós te amamos e todos estamos aqui para você, ok?

– Ok.

– Entre agora, sei que está cansada.

– Tudo bem, até mais, Esme.

– Até mais, querida.

Entrei em casa o mais rápido que pude, eu realmente estava cansada e precisava de um bom sono.

Rosalie e Emmett estavam na sala de estar, vendo presentes que tinham ganhado para Evan, eles estavam muito felizes. Eu tentava ao máximo me inspirar na felicidade deles, mas bebês não me traziam exatamente boas memórias.

– Rose. Emm. – os cumprimentei rapidamente, subindo para o meu quarto.

Me tranquei lá, como sempre fazia depois das consultas, para que eu pudesse ficar sozinha. Por mais que eu estivesse melhorando e deixando de ser uma morta-viva eu ainda não tinha ânimo pra fazer muita coisa... a maior parte do tempo eu ainda passava no quarto.

– AAAAAAAAAAAAAAH! – Rosalie gritou.

– AI MEU DEUS! – Emmett gritou.

Desci as escadas correndo para ver o que estava acontecendo, ambos pareciam estar em pânico.

– O que aconteceu?

– A bolsa da Rosalie estourou! – disse Emmett, desesperado.

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Notas finais do capítulo

Parece que alguém está realmente empenhado em esquecer de vez a Bella né? Tadinho... ele não sabe de nada! Eu achei esse cap bem pequeno e sei lá... diferente. Mas finais são assim né? É muita tensão junta... E dá pra perceber o quanto os personagens mudaram né?! UASHUASHUASHUASH
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Os agradecimentos especiais da vez vão para as maravilhosas: PrincessLautner, BlairBlack, Edward Cullen, MellyCullen e Bia Ogata. Obrigado minha gente linda! Amo mt vocês!!! S2 S2 S2 E eu queria agradecer mais uma vez á Edward Cullen pela belíssima recomendação, obrigada mesmo *---*
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Mas que calor é esse? Tudo bem q estamos no verão, mas fala sério, eu não sei os outros estados, mas o Rio de Janeiro tá parecendo o caldeirão da bruxa! Eu to demorando pra postar também porque está tão calor q eu não consigo ficar mt tempo no PC... tá MUITO calor!
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Gente... Não fiquem com raiva da Caroline ok? Ela não tem culpa de nada! E o Edward não sabe de nada, ele acha que Bella não o ama.
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Ok, a Bella deu a louca, mas deixem que eu explique: Ela está passando por muita coisa ao mesmo tempo... A chantagem do Jacob, perda do Edward, afastamento dos amigos, rejeição da faculdade, e sem contar que essa história da Olivia veio cair bem no ápice da gravidez da Rose... Ela está sobrecarregada. E vamos dizer que ela não suporte a solidão de modo muito diferente que a Bella original suporta em Lua Nova.
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Então... o próximo capitulo: Evan! Como vcs puderam perceber, Rosalie está entrando em trabalho e parto mais cedo q o esperado e Emmett vai mover o mundo para que tudo saia como o planejado. Será que vai sair tudo bem no parto? Evan será um bom ou um mal bebê? E o que será que vai acontecer quando Edward e Bella se encontrarem novamente? Ah, e vcs vão saber mais sobre Olívia também. Muitas emoções estão por vir no próximo capitulo... E É O PENÚLTIMO CAPITULO DA FIC!!!
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Bem, nos vemos no ano que vem (=P) Eu espero que o ano novo de vocês seja maravilhoso! Eu rebloguei algo em meu tumblr que dizia algo assim: Pode ser que seu próximo ano seja repleto de magia & sonhos & boa loucura. Eu espero que você leia alguns bons livros e beije alguém que pensa que você é maravilhoso, e não esqueça de fazer alguma arte (escrever ou desenhar ou construir ou cantar ou viver o máximo possível). E eu espero que em alguma parte do próximo ano você se surpreenda! Neil Gaiman E é exatamente isso que eu desejo para todas vocês, minhas flores lindas!
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E... é isso. Até mais!
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Beijos na Bunda!



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