O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 32
30 – Os dias De Glória Acabaram... Para Todos Nós


Notas iniciais do capítulo

Oi, gatonas!!! Tudo ok? Então aqui estamos com um cap quentinho...
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ATENÇÃO: Antes de lerem esse capitulo prepararem os corações, flores. Ele está cheio de emoções... Eu particularmente, amei o cap!!!
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Nos falamos nas notas finais.
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Enjoy ;D



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Capitulo 30 – Os dias De Glória Acabaram... Para Todos Nós

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Desculpe-me se não entendo

De onde é que tudo isto está vindo

Pensei que estivéssemos bem (oh, tínhamos tudo)

Sua cabeça está perdendo o controle novamente

Minha querida, ainda temos tudo

E está tudo na sua mente (Sim, mas isto está acontecendo)

(Pink feat. Nate Ruess – Just Give Me A Reason)

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Depois do fiasco que tinha sido o baile, Bella evitou falar muito com qualquer um por quatro dias inteiros. Tinha saído na capa do jornal da escola que a “Abelha Rainha” tinha fugido de sua coroa e Tanya tinha tomado seu lugar, vários boatos correram pela escola (de que eu a tinha arrastado do baile até que ela estava sofrendo de depressão). E isso estava ficando chato, extremamente chato!

Eu achei que já era a hora de confrontá-la e perguntar o que estava acontecendo. Afinal, eu me sentia fazendo papel de idiota nessa história toda, principalmente depois da ceninha que ela fez depois de encontrar Jacob no baile. Eu tentei falar com ela o final de semana todo, mas somente na quarta feira de manhã ela me atendeu no telefone.

– Oi Edward. – sua voz era fraca do outro lado da linha.

– Oi, amor. Por que você sumiu esses dias todos? O que aconteceu?

– Eu não estava me sentindo muito bem.

– Está melhor agora?

– Sim. – sim, que mais parecia um não enorme.

– Ótimo. Eu estava precisando conversar urgentemente com você, pode ser?

– Sobre o que?

Soltei um suspiro pesado. Por que ela estava sendo tão difícil?

– Tudo!

Ela demorou um pouco pra responder.

– Quando?

– Pode ser hoje?

– Eu não vou poder sair com você hoje, desculpe. – e então desligou o telefone na minha cara.

Eu tentei ligar de novo e de novo, mas ela tinha desligado o telefone. E eu estava morrendo de raiva, precisava urgentemente fazer uma visita ao saco de areia no quarto de Emmett, mas infelizmente não era possível.

– Ok, então. Então eu ou pra sua casa! – fale sozinho.

Em uma breve conversa com Rosalie consegui pegar emprestada a chave da casa dos Swan. Faltei à escola e fui direto pra lá. Charlie e Renée não estavam em casa, não fiz cerimônia de entrar, mas tentei ser o mais silencioso possível. Subi até o segundo andar e ao mesmo tempo que eu subi o último degrau da escada do primeiro andar, Bella desceu a do terceiro.

Sua expressão ao me ver foi muito estranha, uma mistura de sentimentos que parecia não combinar muito bem... Incredulidade, felicidade, confusão, desconfiança e... dor? Eu não sabia dizer ao certo, foi rápido demais para que eu pudesse criar teorias. Ela fechou a cara logo em seguida e perguntou numa voz um tanto irritada:

– Edward, o que está fazendo aqui?

– Eu... Vim conversar com você.

– Eu não disse que não podia falar com você hoje?

– Você disse que não poderia sair. – corrigi. – Pensei que estivesse se sentindo mal, por isso decidi vir. – dei de ombros. – Mas agora percebo que não é nada disso. – disse avaliando a roupa que ela vestia.

– Como você conseguiu entrar?

– Rosalie me deu a chave.

Ela suspirou pesadamente.

– Você quer fazer sexo? – perguntou numa voz cansada. Eu estava totalmente ciente de que era uma pergunta, não um convite.

Na boa, o que ela pensa que eu sou? Um cretino? Uma máquina? Ah, qual é?!

– Não. – me aproximei alguns passos. – Quero saber como você está.

– Estou ótima! Pode ir embora agora?

– Bela, pelo amor de Deus...

– É sério, Edward! Eu tenho coisas para resolver... Pode ir embora?

– Você vai sair?

– Sim.

– Para onde? Quer que eu vá junto?

– Não. Eu só quero que você vá embora.

Ela tentou passar por mim, mas eu tomei a sua frente. Isso aconteceu repetidamente algumas vezes até que eu decidi confrontá-la de vez, antes que ela me batesse.

– O que está acontecendo? – perguntei.

– O que? Como assim?

– O que está acontecendo? Você está toda estranha á tempos e eu tenho tentado ser compreensivo, te dando espaço, mas isso está me enlouquecendo!

– Do que você está falando?

– Eu sei que tem algo acontecendo entre você e Jacob, Bella, não se faça de estúpida!

– Você está me chamando de estúpida?

– Responda a pergunta.

Ela olhou para os lados, provavelmente escolhendo as palavras, respirou fundo e voltou a olhar para mim pra dizer:

– Esquece isso, Edward.

– Não posso! Isso está me matando, eu não aguento mais ficar no escuro só vendo você ficar cada vez mais entranha por causa desse... cara.

– Isso é alguma competição de masculinidade ou o quê? – ela pensou por um segundo. – Você está com ciúmes?

– Eu não estou com ciúmes! – não era totalmente verdade. – Eu só estou preocupado!

– Não tem com o que se preocupar! – ela estava ficando impaciente.

– Então por que você não me diz logo?

– Porque você nunca vai ser capaz de entender... – ela se sobressaltou.

– Como eu não seria Bella? Logo eu?

– Isso não tem á ver com inteligência, Edward, tem á ver com maturidade.

– Está me chamando de imaturo?

– Se a carapuça serviu... – ela deu de ombros. – Posso ir agora? – ela tentou passar por mim de novo.

– É claro que não! – segurei seu braço com força e a joguei sentada no sofá. – Senta ai, eu não terminei.

Ela bufou.

– Olha aqui. – eu disse tentando parecer durão. – Eu posso até parecer idiota, mas eu não sou! E eu também não tenho sangue de barata! Eu não vou mais ficar assistindo de braços cruzados enquanto você surta por causa de um cara que não devia significar nada pra você! Então eu acho melhor você me contar o que está acontecendo, ou eu vou descobrir por mim mesmo!

– E como você vai fazer isso? – ela zombou. – Perguntando pro Jacob? Dando uma de Ethan Hunt? Até parece... – ela riu.

– Está zombando de mim? – perguntei incrédulo. Ela ignorou.

– Desista, Eddie! Vai cuidar da sua vida, ou sei lá... Passar seu tempo jogando aqueles jogos insuportáveis que eu sei que você ainda joga.

– Por que está me tratando desse jeito? Eu só estou preocupado com o que está acontecendo com você.

– O problema é que você sempre se preocupa demais com coisas que não são da sua conta! – ela quase gritou, se levantando. – Você se faz de bonzinho... O amigo que quer ajudar todo mundo, mas na verdade você é só um intrometido! Isso me dá nojo! – seu olhos azuis eram duas pedras duras e frias.

Senti meu lábio inferior tremer. Mas que merda era essa? Vontade de chorar não, Edward. Seja macho!

– Eu não... – tentei falar, mas ela me impediu.

–Você devia aprender a cuidar da sua vida, ok? – ela quase gritou de novo. – Por que você não me deixa em paz?

Eu já não consegui mais. Estava nervoso, ela só me deixava cada vez mais nervoso. Só senti que tinha perdido a cabeça depois que aconteceu.

– POR QUE EU AMO VOCÊ! E EU ESTOU PREOCUPADO! – gritei e dei as costas para ela. – MERDA! – soquei a parede, tentando e controlar.

– ACONTECE QUE ISSO NÃO É PROBLEMA SEU! – ela gritou irritada.

– É PROBLEMA MEU DESDE QUE ENVOLVE A MINHA MULHER!

– EU NÃO SOU SUA MULHER!

– ESSA MERDA DE ANEL DE COMPROMISSO NA SUA MÃO SERVE PRA QUÊ, ENTÃO?

Ela ergueu a mão diante de si e fitou o anel por um segundo. Mas logo no segundo seguinte ela o retirou e o jogou em cima de mim.

– Se é pra você ter algum tipo de posse estúpida sobre mim... Pode ficar com essa merda! Eu não quero! – ela disse com os dentes trincados.

Tive que me abaixar pra pegar o anel. Doía tanto ter que segurá-lo nessas circunstâncias novamente, parecia que ele pesava toneladas! Mas eu tentei não deixar transparecer o quão abalado eu estava.

– Desculpe... Eu esqueci que a Abelha Rainha não pertence a ninguém. Ela só serve para ser seguida. Me desculpe, Isabella, mas eu não sirvo pra seguir ninguém! – eu sabia que ela odiava que tocassem no assunto de Abelha Rainha.

– Vai se foder!

Eu respirei fundo. Já estava cansado de discutir. Ir ali foi definitivamente um erro terrível. Ganharia mais se tivesse ido pra escola ser acusado de arruinar o baile de formatura.

– Quer saber? Você é louca! Totalmente pirada! – disse, já me preparando para ir embora.

– Então porque você está comigo?

– Sinceramente eu não sei mais... Estou reconsiderando se essa é mesmo uma boa idéia ou se eu ganharia mais voltando para Phoenix.

– Então vai embora logo! Não era isso que você queria? Voltar pra sua tão amada Phoenix? Então vai... Te garanto que não vai fazer falta nenhuma! Porque, ultimamente você não tem sido nada mais do que uma pedra do meu sapato!

Eu congelei por um instante. Eu tinha realmente escutado o que ela tinha acabado de falar? Ela realmente me considerava uma pedra em seu sapato?

– O que ainda está fazendo aqui? – perguntou num tom arrogante com os braços cruzados sobre o peito. Ela parecia não se importar com o que tinha dito. Como se fosse uma verdade engasgada há um bom tempo.

Eu só me perguntava quanto tempo.

– Você conseguiu o que queria. – sussurrei, para ela não perceber que eu estava prestes a desabar, antes de sair.

Eu não queria mais ficar ali, não conseguia mais olhar para o rosto dela. Não conseguia acreditar que depois de tudo que nós já tínhamos passado... Ela me considerasse apenas uma pedra no sapato. Apenas uma pedra chata e insignificante que era chutada pra longe.

Assim como ela praticamente estava me chutando de volta para Phoenix.

Sem olhar para ela, saí dali o mais rápido possível, desci a escada correndo e entrei no meu carro, arrancando o mais rápido que pude.

Não queria voltar pra casa, não queria realmente ir pra lugar nenhum naquela cidade estúpida. Eu só queria sumir.

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Slipknot – Snuff: http://www.youtube.com/watch?v=ZDfoIJ0HZyA

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Tudo a minha volta passava em câmera lenta. Eu não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas eu me sentia tonto, tudo rodava em câmera lenta. Tinha um gosto estranho na minha boca. Eu estava totalmente entorpecido.

Enterre todos os seus segredos na minha pele
Desapareça com inocência,
E me deixe com os meus pecados
O ar ao meu redor ainda me parece como uma gaiola
E o amor é só uma camuflagem para o que parece ser raiva de novo

Minhas mãos tremiam contra o votante, eu tentava ao máximo me concentrar no caminho que estava fazendo, mas estava muito difícil.

E eu me sentia sufocado... totalmente sem ar. E sabia que não tinha nada a ver com a asma, pois não era um sufoco só na garganta, era no coração também.

Então se você me ama, deixe-me ir.
E corra para longe antes que eu perceba.
Meu coração está negro demais para se importar.
Não posso destruir o que não está lá.
Me entregue para dentro do meu destino
Se estou só, não posso odiar
Eu não mereço ter você...
Meu sorriso foi tomado há muito tempo atrás
Se eu posso mudar, Eu espero que eu nunca saiba

Eu piscava freneticamente, tentando fazer com que as lágrimas escorressem e me deixassem enxergar, mas elas não paravam de vir. Eu quase bati em um carro por causa disso.

Apertei o volante com mais força ainda e trinquei com força os dentes, pisei fundo no acelerador e corri. Eu não estava indo á nenhum lugar, só tinha esperança que se eu corresse mais e mais rápido, aquele sentimento terrível passaria.

Eu ainda aperto suas cartas aos meus lábios
E as mantenho em partes de mim,
Partes que aproveitaram cada beijo
Eu não pude encarar a vida sem a sua luz
Mas tudo isso foi tirado...
quando você recusou a lutar

Mas não passava...

Então guarde o seu fôlego, eu não irei escutar.
Eu acho que fiz tudo muito claro.
Você não poderia odiar o suficiente para amar.
Isso era para ser o suficiente?
E só desejo que você não fosse minha amiga,
assim eu poderia te machucar no final
Eu nunca clamei para ser Santo...
Meu interior foi banido tempos atrás
Isso custou a Morte da Esperança para deixar você ir

Eu tinha que manter a minha cabeça erguida e continuar aqui. Mas por quanto tempo eu ia aguentar sustentar isso? Por quanto tempo eu ia voltar a mentir, fingindo que estava tudo bem?

Eu não ia conseguir fazer isso!

Ela tinha me dispensado... A garota que eu amei desde a primeira vez que a vi. Que me concedeu os melhores momentos da minha vida. A garota que eu amava mais do que a mim mesmo tinha me mandado ir embora... Como se eu fosse nada! Como se eu não significasse nada para ela! Como se... nada do que tínhamos passado tivesse a mínima importância!

Então se quebre contra as minhas pedras
E cuspa sua empatia na minha alma
Você nunca precisou de nenhuma ajuda
Você me vendeu por inteiro para se salvar
E eu não escutarei a sua vergonha
Você fugiu como os outros
Anjos mentem para manter o controle...
Meu amor foi punido tempos atrás
Se você ainda se importa, nunca me deixe saber
Se você ainda se importa, nunca me deixe saber...

Nada mais fazia sentido! Essa vida, essa cidade... Tudo o que eu vim construindo durante todo o ano. Não tinha valido de nada! Tudo foi pelo ralo em apenas cinco minutos.

Tudo o que eu mais queria agora era ir embora dessa cidade, sem olhar pra trás e não voltar nunca mais. Tudo o que eu vivi aqui acabou ruim demais para ser concertado. Ruim demais para querer ser lembrado.

Parei o carro e saí, eu estava praia de La Push. Ali provavelmente seria um bom lugar para ficar até poder voltar pra casa, ninguém me procuraria ali. Suspirei pesadamente e dei alguns passos em direção á praia, eu nunca tinha gostado da praia daqui, é ridículo ter uma praia num lugar onde só chove, mas... agora o clima melodramático daquele lugar parecia combinas com o que eu sentia.

– NÃO, NÃO LEVEM O MEU FILHO! POR FAVOR! – ouvi uma mulher gritar. Me virei para tas assustado.

Numa das casas ali tinha uma viatura de policia estacionada na frente com as luzes acesas. Um policial fortão saiu carregando alguém que eu não pude ver quem era, logo atrás veio uma senhora morena de longos cabelos negros chorando e implorando para o policial.

Quando o policial deu a volta no carro eu vi quem estava sendo preso. Era Jacob Black. Bem como ele tinha dito que seria pego, mas eu não tinha acreditado, pra mim, aquele papo era só mais uma das armações dele pra fazer Bella ficar com pena. Mas pelo jeito que o policial o tratava e pelo jeito que sua mãe estava em prantos... Eu sabia que era verdade.

A viatura veio subindo a rua e eu não saí de onde estava, queria olhar bem nos olhos do desgraçado e vê-lo na merda! E foi o que aconteceu, quando a viatura passou por mim, ele me olhou enquanto eu o olhava. Dei um sorriso debochado e arrogante para ele

Mas, afinal... O que ele tinha feito de ilegal para ir preso?

Isso era uma coisa que eu teria que descobrir sozinho. Eu definitivamente não estava com muito ânimo para invadir a delegacia e coisas do tipo, mas eu precisava de uma distração. Qualquer coisa que desviasse minha cabeça do assunto “Bella-me-deu-um-grande-pé-na-bunda” seria bem vinda, então... Eu iria descobrir o que ele tinha feito.

Mas, por hoje, eu só ia sentar na areia gelada e encarar a água gelada até querer vomitar.

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:[tempo passando]:

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Duas semanas tinham se passado. Forks já estava em clima de verão – pelo menos o máximo possível para uma cidade onde não faz sol nem calor –, todos estavam felizes e sorridentes porque as aulas tinham acabado e hoje seria a formatura.

É claro que eu não estava nem aí para a cerimônia de formatura, não estava a fim de gastar horas do meu dia numa beca horrorosa ouvindo alguém falar um monte de besteira só para pegar o diploma, eu poderia alegar dor de cabeça e pegar meu diploma depois, ou pedir para que Carlisle o fizesse.

Tinha que admitir... eu estava completamente obcecado! Nessas duas semanas eu tinha passado 100% do meu tempo investigando o que Jacob tinha feito para ser preso. Eu me recusava a pensar um segundo que fosse no que tinha acontecido com vocês-sabem-quem, embora a dor ainda estivesse ali, eu estava fazendo o meu melhor para nem sequer pensar no assunto.

Já tinha descoberto várias coisas, como: ele perdeu a posição nos Rockets porque foi pego com um alto teor de cocaína no organismo; no tempo que ele esteve desaparecido ele estava no meio de floresta com um grupo de drogados “curtindo” adoidado e também descobri que ele não tinha sido preso por porte de drogas. Ele tinha cometido um crime bem mais sério.

Eu estava dedicando a minha vida á isso e hoje, enquanto o chefe de policia estivesse na formatura dos filhos, eu iria invadir a sala de arquivos da delegacia e descobrir o que o bastardo tinha feito!

Eu batia freneticamente os dedos na mesa, o café da manhã na minha frente estava intocado, mas eu não estava com fome, mesmo que não estivesse comendo direito há duas semanas. Eu estava ansioso demais para comer. Era hoje que eu pegava o Black!

– Edward, querido... Você está bem? – Esme perguntou, me arrancando de meus pensamentos.

– Hã? Sim, claro. Estou ótimo. – respondi rápido demais. Todos ali sabiam que era mentira.

– Não vai comer nada? – seu tom maternal era preocupado. Confesso que aquilo estava começando a me cansar.

– Não, obrigado. – tentei parecer educado.

– Quer que eu prepare outra coisa pra você?

– Eu não estou com fome, Esme. Obrigado.

– Se eu também tivesse sido chutado e jogado no lixo duas vezes pela mesma garota, eu também não iria querer comer. – Emmett disse baixo, só para Rose escutar, mas todos na mesa ouviram.

Respirei pesadamente. Eu não estava com paciência para aguentar Emmett. Não hoje!

– Com licença. – pedi me levantando e saindo da cozinha antes que alguém pudesse querer me impedir.

Pude ouvir Rosalie dando um tapa em Emmett e ele perguntando “O quê?” enquanto ria.

– Edward! – meu pai me parou com a mão em meu ombro, quando eu estava prestes a subir a escada. Me virei para ele de má vontade.

– O que foi?

– Não ligue para Emmett, ele...

– É assim mesmo! Eu sei.

– Você está bem?

– Estou ótimo! Por que não estaria? – imediatamente me arrependi da pergunta.

– É que você está tão estranho desde que a Bella terminou com você... – eu não o deixei terminar a frase.

– Esquece isso pai! – eu disse pausadamente. – Eu estou bem!

– É claro que não está, filho! Pode conversar comigo sobre isso, eu sou seu pai, estarei sempre aqui para lhe ajudar. – ele apertou o meu ombro. – Eu posso ver a falta de brilho que está em seus olhos desde que você chegou em casa aquele dia. Você não precisa voltar a se trancar no quarto por causa disso, essas coisas acontecem e...

– Pai... – implorei, lutando para não dar um fora nele. – Eu não preciso conversar com ninguém, não preciso de um ombro pra chorar e não preciso de discursos escritos pela Esme. Eu estou bem, é sério!

– Eu só queria poder fazer alguma coisa para não te ver assim...

– Quer fazer alguma coisa? Me deixe voltar para Phoenix, estará me fazendo um grande favor! – me soltei de sua mão e fui para o meu quarto.

Arrumei tudo o que ia precisar para invadir a delegacia dentro de uma mochila e a joguei debaixo da cama. Peguei a bolsa de água quente, que tinha deixado em cima do carregador do laptop para continuar quente, deitei debaixo do edredom e coloquei a bolsa sobre a testa.

Esperei meia hora até que Esme viesse bater na minha porta, me chamar para irmos para a escola. Coloquei a bolsa debaixo do travesseiro e a mandei entrar.

– Querido... O que está fazendo aí? Não déia estar pronto para a formatura?

– Eu não estou muito legal, Esme. – murmurei numa voz fraca e cansada. Coloquei a mão sobre a testa, estava pelando. – Acho que estou com febre...

Ela veio até mim e colocou a mão na minha testa, seus olhos arregalaram, ela checou meu rosto e pescoço também ­– eu tinha me preparado para isso –, num instante ela ficou de pé e gritou:

– CARLIIIIIIIIISLE, CORRE AQUI! – eu fiz uma careta, como se seu grito tivesse me causado dores de cabeça. – Desculpe, querido. – ela pediu pra mim.

Era péssimo ver a tristeza e preocupação maternal de Esme, mas eu precisava fazer isso. Ou eles me carregariam para a formatura, e isso não podia acontecer de forma alguma.

Meu pai subiu e viu que eu estava com “febre” e logo me deu um remédio que eu tive que esconder debaixo da língua, e ficar falando devagar para ele não escapar. Tive que negar várias vezes a companhia deles, disse que ia ficar bem em questão de tempo, e se ainda desse tempo, iria para a escola. Só depois de quinze longos minutos eles se convenceram e foram se arrumar para sair. Mas, sem antes me passar uma longa lista de instruções, para o caso de eu piorar.

Esperei dar dez minutos que eles tinham saído e, com certeza, já estavam na escola. Me levantei e fui rápido preparando o que precisava para sair.

Vesti um casaco de moletom preto e peguei minha mochila. Desci as escadas correndo, eu teria que ir a pé para a delegacia, ou alguém poderia me reconhecer. Estava prestes a abrir a porta quando ouvi uma voz masculina atrás de mim:

– Onde está indo, Edward? Não estava ardendo de febre?

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Narração: Alice McCarty

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Eu estava no banheiro feminino, retocando a maquiagem, tinha que estar deslumbrante, pois eu seria a oradora da turma, tinha um discurso brilhante em mente, mas estava triste por meu melhor amigo não estar ali para ouvir. Edward andava muito estranho e eu estava muito preocupada com ele.

De repente a porta se abriu e Bella entrou no banheiro, com a beca vermelha ainda no braço. Ela parecia mais magra e mais arrogante – embora estivesse copiando um look já visto em todos os sites de moda –, parou do meu lado e nem falou comigo, só se inclinou para o espelho para retocar o batom vermelho. Ela estava prestes a sair quando eu segurei seu braço com força.

– O que está fazendo? – ela perguntou surpresa.

– Por onde você esteve?

– Pela minha casa! – disse como se fosse óbvio.

– Por que não atendeu minhas ligações?

– Porque eu não estava a fim de falar com você.

Soltei seu braço, era como se eu tivesse tomado um choque. Não me deixei abater, continuei perguntando.

– O que você fez com o Edward?

– Quem é Edward? – ela perguntou como se realmente não soubesse.

Por uma fração de segundo eu voltei a enxergar aquela vadia fria e calculista que ela era há alguns anos. Eu senti... Nojo dela.

– Eu não acredito nisso! Ele está há duas semanas trancado naquele maldito quarto, quando não está pela rua fazendo só Deus sabe o quê. Ele não come, não dorme, não fala com ninguém e está com uma cara tão abatida que parece até um zumbi!

– E eu com isso?

– Bella... ele te ama! Ele está sofrendo!

– Isso já me impediu de terminar com alguém antes?

Olhei ainda mais pasma para ela, eu não conseguia acreditar que depois de todo esse tempo, depois de tudo de bom que o Edward tinha feito para ela, ela o tratava como se ele fosse um dos joguinhos estúpidos dela!

– Jacob te impedia. – foi a única coisa que consegui pensar de coerente para falar.

– Eu estou livre de Jacob! Ele foi preso, se você não sabe.

– Por quê?

– Ele sequestrou a filha dos Brown! – ela olhou nos meus olhos, não existia mais nada da Abelha Rainha ali, agora era só Bella, desenterrando um segredo que eu pensei já estar resolvido para sempre.

Minha mente começou a pipocar várias coisas. Jacob preso? Lembrei-me de ter visto alguns recortes de jornais policias sobre a cama de Edward quando ele estava no banho, um dia desses, não tive tempo de ler, mas lembro de ter visto o nome Jacob Black em um dos recortes. Será que ele estava investigando...? Oh, meu Deus!

Deixei Bella falando sozinha e saí correndo. Eu não podia deixar Edward fazer uma besteira dessas, ele não podia fazer isso, sem contar que ele podia acabar preso também! Eu precisava fazer alguma coisa!

– Ah, aí está você! – disse Lauren, que estava ajudando o Diretor Volturi no evento de hoje. – Vamos Alice, está quase na hora. – e ela me arrastou para o ginásio.

Droga!

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Narração: Edward Cullen

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– Ben? – perguntei surpreso ao meu o meu melhor amigo sentado no sofá, me olhando com cara de tacho. – O que está fazendo aqui? Não era pra você estar na escola?

– Acha mesmo que eu ia deixar você passando mal aqui sozinho?

– E o seu diploma?

– Como Carlisle é meu responsável aqui, ele pode pegar o diploma para mim. – ele se levantou. – Mas o que você está fazendo aqui? Não estava doente?

– É claro que não. – revirei os olhos. – Eu só precisava de uma desculpa para faltar hoje.

– Para fazer...?

– Eu não acho que você iria gostar de saber!

– Qual é, Edward? Você é o meu melhor amigo. Meu parceiro de guerra, lembra? Estou contigo para o que der e vier!

Parceiro de guerra! Nossa, eu não ouvia essa expressão há tanto tempo...

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Flashback On:

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Já faziam uns dois anos que eu e Bernard éramos amigos, Já faziam uns dois anos que eu e Bernard éramos juntos os sacos de pancada da escola.

Ambos estávamos na minha casa jogando algum jogo de guerra no vídeo-game. Tínhamos acabado de zerar o jogo quando ele disse:

– Yeah, nós somos uma dupla dinâmica, Eddw. Parceiros de guerra aqui e na vida real também!

– Pior que é né? – ri.

De desde então passamos a nos chamar assim, ficamos um ano inteiro nisso. Depois caiu no esquecimento.

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Flashback Off:

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– Sim, eu me lembro. – dei um meio sorriso. – Ok, mas antes eu quero que você saiba que o que estou fazendo é extremamente errado. Eu posso até ir preso se me pegarem!

– OMG! Você está usando drogas?

– É claro que não! Está louco? Eu só estou fazendo uma investigação, tentando saber por que o Jacob foi preso.

– Ah, tá. Aí sim! – ele sorriu, mas pareceu pensar por um instante e arregalou os olhos. – Como é que é?

– Foi isso mesmo o que você ouviu. Eu quero saber o que o bastardo fez! Eu estou indo na delegacia agora. Se você quiser vir me ajudar... – dei de ombros.

– Edward isso é...

– Você vem ou não?

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:[tempo passando]:

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– Por que nós tivemos que vir á pé mesmo? – Ben resmungou. Nós já estávamos na porta da delegacia.

– Ah, pare de ser um bebê chorão! – pedi.

Fui até a janela da sala do chefe de polícia e me pendurei nela pra olhar o lado de dentro não tinha ninguém, cara, seria muito fácil pegar o arquivo de Jacob. Eu era mesmo um gênio!

Rapidamente puxei meu corpo pra cima, com um pouco de dificuldade me pendurei mais firme na janela, fui usando as pequenas imperfeições da parede como apoio para meus pés. Consegui pular para dentro.

Chamei Ben para que ele deixasse de ser lerdo e entrasse logo antes que alguém visse. Ele pulou todo atrapalhado e escorregou ridiculamente, caindo de bunda no chão gelado.

– AI, PORRA! – Bem gritou quando caiu.

– Cala a boca, retardado! – disse pra ele. – Vem. – estendi minha mão, ele se levantou e, com muita dificuldade conseguiu entrar na sala.

Eu já achava que trazê-lo tinha sido uma péssima idéia. Ele ficou de vigia enquanto eu remexia nos arquivos, tinham muitos! Muitos mais do que eu esperava ter em uma cidade tão pequena e pacata como Forks.

Não demorei muito em achar a ficha de Black, era bastante cheia, com certeza ele já tinha feito muita merda! Mas não era isso que importava, eu queria saber qual tinha sido a que o levou preso. Folheei as páginas até achar a mais recente, tinha muita coisa escrita.

– Droga! Edward, tem alguém vindo! – ele correu para a janela.

– Só um segundo. – pedi correndo os olhos pela ficha, Droga! Onde estava a acusação?

Ele pulou a janela e continuou me chamando, pude ouvir passos se aproximando da porta e a ultima coisa que consegui ler foi a palavra “sequestro”, depois disso tive que guardar o arquivo e pular a janela. Assim que eu pulei a porta se abriu.

Ben e eu corremos para o meio do mato, assim seria mais difícil alguém ir atrás de nós.

– MERDA! – gritei socando uma árvore, e machucando minha mão.

– O que foi? Conseguiu descobrir?

– Uma parte. Ele sequestrou alguém, mas eu não tive tempo para ver quem.

– Alguém conhecido nosso não foi, com certeza.

– Eu não acredito que eu me esforcei tanto pra não chegar a lugar nenhum...

– Esquece isso, cara. Vamos pra casa, Carlisle tem algo importante pra falar com você!

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:[tempo passando]:

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Narração: Bella Swan

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Depois da formatura, eu cheguei correndo no lugar onde foi mandado que eu estivesse naquela hora, era uma rua estranha e escura. Eu tinha até certo medo de estar ali, mas eu precisava estar.

As duas ultimas semanas tinham sido as piores da minha vida! Terminar com Edward era a última coisa que eu queria, mas fui obrigada a isso. Quando Jacob me falou na festa que eu sabia a verdade, tudo o que vinha acontecendo comigo, de repente, fez sentido.

Aquilo era uma ameaça! Todo o tempo que eu passei “procurando por Jacob” eu tinha mentido, eu tinha mentido sobre muitas coisas para muitas pessoas. Eu me arrependia de não ter contado nada para Edward, mas era por uma questão de segurança, eu não poderia falar nada até que eu desse um jeito de tirá-la da cidade.

Mike apareceu do nada ali na minha frente, eu tinha vontade de socá-lo até ele perder a consciência, mas eu não podia fazer isso, ele tinha grande parte da minha vida em suas mãos.

– Eu fiz tudo o que você mandou... – disse olhando para aqueles malditos olhos azuis que eu tanto odiava. – Por favor, deixe-a em paz agora. Ela não tem nada á ver com isso!

– Qual é, Bells? Você até faz parecer como se eu fosse vilão da história... você sabe que eu só cumpro ordens.

– Jacob está preso! O que te prende á ele, Mike?

– Lealdade, Bella.

– O que ele ainda quer? Ele já conseguiu fazer com que eu destruísse meu namoro por completo! Edward está me odiando... O que ele ainda quer de mim?

– Você sabe...

– Eu não vou voltar com ele! Nunca! Um dia eu vou ser livre, ele não vai mais poder manipular a minha vida, nem a de ninguém que eu amo. O julgamento dele é no mês que vem, ele vai ser transferido para um grande presídio e nunca mais vai ver a minha cara, ou a de Olívia na vida dele!

– Se você diz... – ele deu de ombros e sorriu.

– Eu tenho certeza! Ele nunca mais vai encostar em mim ou na minha filha outra vez! – garanti á ele.

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:[tempo passando]:

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Narração: Edward Cullen

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– Obrigado, pai. Obrigado mesmo! – eu disse sorrindo abraçado ao meu pai, enquanto me despedia dele.

Carlisle tinha me deixado voltar para Phoenix, toda a minha bagagem e de Bernard estava no meu carro, dirigiríamos o caminho todo, pois Ben queria ter uma aventura estrada, ele garantia que seria divertido, e que seria bom para eu tirar todas as merdas do Forks da cabeça.

– De nada filho, eu só não queria que você ficasse infeliz. – ele me abraçou apertado de volta. Ele me soltou e segurou os meus ombros, me olhou por um instante e sorriu.

Nem tive tempo de falar nada, Esme me puxou para um abraço apertado também.

– Eu vou sentir tanto a sua falta, querido... eu te considero como um dos meus filhos.

– Obrigado, Esme. Também vou sentir muito a sua falta. – Ela me soltou, estava chorando. Me senti na obrigação de falar: – Eu vou voltar para os feriados, não se preocupem. Não vou me afastar da família.

Ambos assentiram e eu me virei para a próxima pessoa na fila que tinha se formado para a minha despedida... Alice. Nós sorrimos e ela praticamente pulou em cima de mim e ficou agarrada no meu pescoço, já que era tão pequena.

– Obrigado por tudo, Allie, tudo mesmo! Você é exatamente a irmã que eu sempre quis ter. Eu te amo muito, maninha.

– Ah, seu bobo! Não precisa agradecer... – ela disse chorando. – Você é um irmão para mim também. Mas nós vamos estar perto, Yale fica só a duas horas e meia de Harvard, vamos nos ver sempre.

– Sim, nós vamos. – eu ri. Nos separamos e eu sequei suas lágrimas com os polegares.

Me virei para Jasper. Ele sorriu e me estendeu a mão, eu revirei os olhos e o puxei para um abraço, ele riu e me abraçou de volta.

– Valeu, Jaspion, foi ótimo te conhecer. Você é demais! Obrigado por tudo, cara.

– Ah, não seja piegas, Eddie. – ele riu. – Você é demais também, cara.

Me separei de Jasper e me virei para Rosalie, que chorava quieta. Cheguei perto para abraçá-la, mas para a minha surpresa, ela me seu um tapa, bem forte por sinal.

– Ai. – resmunguei.

– Se você sumir vai ter muito mais! Eu quero você aqui pro nascimento do Evan, entendeu?

– Sim senhora. – bati continência.

– Agora vem cá, seu bobo! – ela me puxou para um abraço.

Fiquei abraçado um pouco com Rosalie, no fundo eu queria pedir pra ela transmitir para sua irmã que eu ainda a amava demais, mas era melhor não. Dei um beijo no topo de sua cabeça e me afastei. Me virei para todos ali e disse:

– Obrigado por tudo aqui gente, eu amo vocês!

Eles falaram que também me amavam e acenaram para mim. Eu sorri e me virei para entrar no carro, mas quando eu estava prestes a entrar alguém me chamou:

– Edward, espera! – disse alguém atrás de mim, se eu não me virasse eu não ia acreditar... era Emmett. Ele andou até mim hesitante, tentando não me deixar com medo dele.

– Sim?

– Er... Me desculpe. Eu fui um completo idiota, como sempre.

Eu não pude deixar e sorrir.

– Tudo bem, Emmett. Isso é passado. Eu que lhe devo descul...

– Não! Você não fez nada. Eu só queria que você soubesse que, apesar de tudo, eu ainda te considero como um irmão. Só estava sendo orgulhoso demais pra admitir.

– Eu que agradeço, cara. Você sempre foi um irmão para mim.

O sorriso de Emmett... era como se eu não o visse há anos! Ele me puxou para um abraço de urso, como aquele no primeiro jogo dos Rockets, que ele correu comigo em seu ombro. Pela primeira vez eu não reclamei em ser esmagado, ele não fazia idéia do quanto seu perdão era importante para mim. Quando ele me soltou, bagunçou o meu cabelo e disse tentando abafar as lágrimas:

– Se cuida, Eddie.

– Eu vou. E você vê se cuida bem da Rose e do Evan, ok? Eu estarei aqui para o nascimento dele.

– Ok. Traga um bom presente, padrinho não pode comprar porcaria! – ele disse. Nós rimos. – Vai lá, garoto.

– Tchau, Emm. – eu disse entrando no carro.

– Tchau, Eddie. – ele sorriu.

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Glee – Cough Syrup: http://www.youtube.com/watch?v=-t5ZUd8WEPo

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Ouvir o som das portas fechando foi ao mesmo tempo nostálgico e gratificante. Finalmente eu iria embora daquele lugar! Sorrindo, acenei mais uma vez para a família que assistia a minha partida na porta de casa, minha família.

De certa forma era triste partir... eu sempre achei todo esse clima de adeus eu pé o saco! Mas era um mal necessário. Os melhores e piores momentos da minha vida tinham se passado nessa cidade, mas agora eu precisava deixá-los irem. Tudo era diferente... A vida tinha que seguir.

Ben deu partida no carro, ele manteve a velocidade regular até o fim da rua. Depois que viramos a esquina, ele literalmente correu por Forks, a cidade verde não passava de um borrão até chegarmos á seus limites. A cidade tinha ficado para trás e o passado também. Eu tinha crescido muito, aprendido muita coisa no ano que passei aqui, eu mudei, amadureci, e agora era a hora de partir para uma nova etapa da minha vida...

Uma etapa apenas com verdades! Tanto comigo mesmo quanto com todos á minha volta...

Eu ia superar Bella? Talvez um dia, ou talvez não. Dizem que nunca se supera completamente a perda do primeiro amor. Eu sabia que mesmo que não estivéssemos juntos, nossas vidas seriam ligadas para sempre, afinal, os Swan e os Cullen eram praticamente a mesma família e eu também seria o padrinho de seu sorinho. Com certeza ia doer ter que encontrá-la em todos os aniversários, natais e coisas do tipo. Mas com certeza iria chegar o dia em que íamos poder ficar no mesmo ambiente sem pesar o clima.

O que eu sentia por ela era tão grande que parecia que nunca ia ter um fim, talvez não tivesse mesmo. Mas, mesmo depois de tudo, eu só esperava que ela fosse feliz. Muito feliz!

Eu não guardava arrependimentos nem ressentimentos de ninguém – ok, talvez um pouco de ressentimentos em relação á Jacob Black, embora ele fosse digno apenas de minha pena – eu tinha feito o que achava certo do começo até o fim, não precisei passar covardemente por cima de ninguém para conseguir nada, e isso era o que me importava. Eu tinha a consciência limpa!

De certa forma, eu tinha conseguido o que vim procurar em Forks. Uma vida normal, e ganhei uma chave para passar o resto dos meus dias como um ser humano qualquer. Há muito tempo eu já não era mais o Edward gengibre, o nerd esquisito que apanhava todos os dias. Eu tinha conseguido mudar de verdade! Na verdade, eu tinha conseguido me tornar uma pessoa melhor do que a que dizia ser quando cheguei aqui. Eu tinha desenvolvido uma personalidade incrível.

E isso nenhum valentão poderia tirar de mim!

Eu iria seguir meus sonhos, ir para Harvard, me formar em direito junto com o meu melhor amigo e construir uma carreira brilhante! Talvez eu encontrasse outra garota, uma que eu não acabasse estragando tudo, mas isso não era minha prioridade agora. Eu tinha outras coisas para me preocupar como... achar um bom apartamento, ser o melhor aluno que Harvard já teve na história e/ou ganhar algum prêmio importante. Eram as coisas no qual eu queria me preocupar agora.

Nada de nenhum maluco surtado querendo acabar comigo só porque sua ex aparentemente se apaixonou por mim ou coisa parecia. Eu queria, precisava e merecia um pouco de sossego. Os “problemas” de Forks estariam em Forks quando eu retornasse para o nascimento de Evan. Até lá eu teria tempo de esfriar a cabeça e aproveitar o verão.

Era só o que eu queria!

Em algumas horas Forks já estava distante o suficiente para eu me arrepender de ir embora e voltar atrás. Estava escurecendo e nós finalmente tínhamos chegado no primeiro destino planejado... Nossa primeira parada era a cidade de Portland.

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:[tempo passando]:

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Notas finais do capítulo

Na minha opinião... Emmett/Edward definitivamente é o casal mais top dessa fic!!! U_U UASHUASHUASHUASHUASHUASH
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Vamos para o q interessa:
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Os agradecimentos da vez vão para as fofuxas: TheGLM, MellyCullen e BalirBlack. Obrigada, minhas amouras lindas, amo vocês!!!
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O próximo capitulo: Decisões! O capitulo vai ser passado metade em Phoenix e metade em Forks. Bella vai estar ocupada demais com seus problemas para notar que está faltando alguém na cidade. Enquanto isso, em Phoenix, Ben vai estar empenhado em fazer Edward esquecer de vez sua ex. Qual será que vai ser a reação dela ao saber que Edward foi mesmo embora? Será que Ben vai ter algum sucesso em suas tentativas? Veremos...
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Então flores... Muitas emoções nesse cap né? Eu amei! O que vcs acharam? Sejam sinceras, por favor.
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Eu não sei se você já se ligaram nisso... mas estamos no final da fic, gatas! Faltam só mais 3 capítulos pra acabar! Então quem quiser dar as caras (mesmo q seja pra me chamar de vadia)... essa é a hora, flores!!!
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E... eu acho que por hoje é só! O próximo cap deve sair logo, então...
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Até mais, amouras...
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Beijos na Bunda!



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