O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 30
28 – Passado


Notas iniciais do capítulo

E renascendo das cinzas... Cá estou eu! Não morri flores, podem ficar tranquilas!!!
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Eu sei que demorei uma eternidade, me desculpem. Vocês tem todo o direito de me xingarem de todas as formas possíveis, eu sei que não devia ter sumido assim, mas foi preciso. Eu tive um MONTE de problemas, tantos, que se eu listá-los aqui vcs nem vão querer ler. E quando eu me dei conta já tava na hora de lutar pra passar de ano... E eu também tive um surto de falta de inspiração, reescrevi esse cap umas 3 vezes. Fiz 90% dele em cinco dias e o resto eu só consegui escrever beem de vagar. Desculpem, MESMO! Não fiquem decepcionadas comigo, por favor. Eu juro que não vou abandonar O Mentiroso!
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Me desculpem se tiver erros, revisar não é o meu forte!
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Enfim... Espero que gostem do cap. Nos falamos nas notas finais.
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Enjoy ;D



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Capitulo 28 – Passado

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Eu tentei ser perfeito
Mas nada valeu a pena
Eu não acredito que me faz real
Eu pensei que fosse fácil
Mas ninguém acredita
Eu fui sincero em todas as coisas que eu disse

Este lugar está tão vazio
Meus pensamentos são tentadores
Eu não sei como ficou tão ruim
Às vezes é tão louco
Que nada pode me salvar
Mas é a única coisa que eu tenho

Se você acreditar está em minha alma
Eu diria todas as palavras que eu sei
Para ver apenas se mostraria
Que eu estou tentando fazer com que você saiba
Que eu sou melhor sozinho

(Sum 41 – Pieces)

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Narração: Edward Cullen

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As primeiras aulas passaram como um flash. Srtª Daniles/Tanner – por um milagre – estava feliz hoje e deu uma aula bem divertida. As aulas seguintes até o intervalo também foram bem tranquilas.

Durante o intervalo eu estava andando pelos corredores e vi os amigos de Jacob importunando um garoto do primeiro ano que eu não conhecia. Eles empurraram o garoto para dentro do armário do zelador e tentaram o trancar lá dentro.

Bullying é uma merda! Eu já tinha sofrido tanto com isso, sabia o quanto isso podia acabar com uma pessoa.

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Flashback On:

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Eu acordei ás sete da manhã, estava um sol de lascar como sempre. Me arrumei rápido e dei uma olhada no espelho antes de sair. Estava um horror, mas eu não me importava, já tinha parado de me importar com essas coisas há muitos anos.

Minha mãe me levou para escola, ela dirigia um Porsche Panamera pérola. E como se precisássemos chamar ainda mais atenção, quando eu desci em frente á escola ela buzinou e gritou:

– Boa aula, meu filhotinho. Se comporte direitinho, viu? A mamãe vai estar aqui pra te buscar ás 15:00. – e saiu catando pneu.

Suspirei. Seria mais um dia de tentativa de sobrevivência nesse inferno. Dei uma olhada á minha volta e notei que várias pessoas já me encaravam e diziam coisas maldosas á meu respeito, como isso também já era rotina eu apenas ignorei e segui de cabeça baixa para a escola.

Mantendo a cabeça baixa, andei pelos corredores á procura do meu armário que, infelizmente ficava no pior corredor da escola, o corredor dos populares.

Ao virar o corredor do meu armário eu ergui a cabeça, rezando para que eu fosse o único ali. Mas minhas esperanças logo foram esquecidas. Lá estava ele, Dean Winchester, – um cara que já tinha repetido o último ano do colegial umas quatro ou cinco vezes, ele tinha – com toda sua gloriosa popularidade, rodeado de seus amigos do time de basquete e de uma dúzia de líderes de torcida que eram estúpidas o bastante para tentar alguma coisa com ele.

Abaixei a cabeça na mesma hora, apertei a alça da mochila na minha mão, suspirei e continuei a andar. Estava rezando para que ele decidisse me ignorar apenas por hoje. Eu seria obrigado a passar e ficar perto dele, pois seu grupinho estava bem próximo ao meu armário. Praguejei os céus por isso.

– É verdade! – Dean riu alto de alguma piada, com certeza idiota, que algum de seus amigos contou. Mordi o lábio inferior enquanto passava por eles, mas para minha infelicidade ele me notou. – Hey Gengibre! – chamou e eu ignorei. – Me disseram que foi sua mãe que te trouxe pra escola hoje, o que aconteceu com o fusca da irmã do seu amiguinho? – perguntou debochado se referindo ao carro de Hayley, irmã de Ben que nos trazia para a escola. Todos em volta riram, eu permaneci ignorando.

Um dos babacas falou algo em voz baixa, fazendo todos rirem novamente. E então Dean disse:

– Hein, Gengibre... Será que você podia me dar o telefone da sua mãe? Apesar de ter gerado uma coisa esquisita que nem você, ela é uma coroa muito gostosa! Tenho certeza que ela daria um bom caldo.

Congelei ode estava, Quem aquele filho de puta pensava que era? Tudo bem ele me escorraçar, me humilhar, perturbar a minha vida... Mas mexer com a minha mãe? Aí ele está querendo demais.

Suspirei pedadamente. Eu podia sentir o olhar de todos eles nas minhas costas, estavam esperando a minha reação. Fechei os olhos e tentei contar até dez.

Vai deixar isso? O cara desrespeita a tua mãe e você vai esmo deixar pra lá? Qual é, Edward, você não é assim. – disse minha consciência.

Ela estava certa, eu não ia deixar pra lá, não podia.

Deixei a alça da mochila escorregar pelo meu ombro e cair no chão. Eu via tudo vermelho naquele momento. Me virei de frente para ele e encarei seus olhos cínicos por um instante, daí fui andando na sua direção.

Ao chegar bem perto dele, o atingi com o soco mais forte que pude na cara. E ele caiu no chão feito uma jaca podre.

E esses foram os meus únicos segundos de glória, eu tinha defendido a honra da minha mãe. Mas ao levantar os olhos e ver que todos os outros me encaravam perplexos e raivosos eu percebi a besteira que eu tinha acabado de fazer.

Em algum lugar da minha cabeça louca eu pensei que pudesse enfrentar Dean, e eu até poderia, se ele não estivesse com oito dos seus amigos em volta.

Tropecei um passo para rãs e quando me virei para correr um deles me pegou pela gola da camisa e me derrubou com um soco. Depois disso todos vieram para cima de mim, chutando com força todas as partes do meu corpo. Eu tentava me proteger em vão, pois eles eram nove, contando com Dean, que tinha se levantado.

Quando eu já estava sem forçar pra tentar me defender e prestes a desmaiar, Dean me pegou pelo colarinho e me segurou contra um armário.

– Escuta aqui, seu perdedor de merda... Você se acha muito valente, não? Essa palhaçada seria... seria... louvriável – *louvável – se não fosse tão idiota. Mas uma coisa que eu acho que você ainda não entendeu é: você nunca vai deixar de ser um perdedor, como você é agora, então não tente ser quem você não é! Babaca! – e dito isso ele me deu uma joelhada no estômago e me largou no chão.

Fiquei acordado o bastante para vê-lo se retirando com os amigos e as líderes de torcida ás gargalhadas. Tentei me levantar, mas não conseguia. Alguns populares passaram pelo corredor, mas ninguém pareceu me notar, eles simplesmente não se importavam.

Foi aí que eu apaguei.

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Flashback Off:

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Fui até lá e briguei com os caras. Eu não tinha mais moral na escola, mas não podia simplesmente ver outras pessoas passado pelo que eu passei e deixar pra lá.

Depois que estava tudo bem eu fui até o meu armário e peguei os livros para as próximas três aulas.

– Oi Edward. – disse Amber, quando eu fechei o meu armário.

Aquela garota já tinha me importunado uma vez hoje, eu já havia lhe dispensado e agora ela estava aqui mais uma vez.

Ela estava usando uma roupa diferente da que estava usando de manhã. Agora ela usava um vestido branco transparente com uma lingerie fluorescente, era difícil não tirar os olhos.

– Oi Amber. – respondi com um sorriso amarelo.

– Então... – ela se aproximou e passou a mão no meu peito. – Você está disponível hoje depois da escola, gato? Nós podíamos... Sei lá, dar uma volta, ir ao cinema, dar uns amassos, ou se você preferir nós podíamos ir até para um lugar mais... – ela umedeceu os lábios. – reservado. – sorriu e me deu uma piscadela.

Na boa, minha cara devia estar impagável. Não era novidade que eu estava da cor de um tomate. Estava também com as sobrancelhas erguidas e os olhos arregalados.

Esse negócio de só ter uma única garota em toda a minha vida me deixou completamente despreparado para garotas oferecidas, como Amber. Não que eu não recebesse um certo assédio quando estava com Bella, mas era diferente, as garotas pareciam ter medo dela. No último mês eu também recebi algumas propostas indecentes, mas nada como isso.

– Er... – disse completamente sem graça. – Me desculpe... Amber... Mas eu... Er... Eu não, eu não posso s... Sair com você por que... Er... Por que. Eu. Tenho. Oftalmologista hoje e... Não vai dar! Desculpe. Tenho que ir! – finalizei o discurso embolado e saí correndo pelo corredor.

Droga! Por que eu sempre dava defeito quando não podia?

– Oh, pelo amor de Deus, Edward. Você tem que se concentrar. Não é igual da primeira vez. – murmurei para mim mesmo.

Mas apesar de tudo eu estava sendo eu mesmo, não é? Maníaco, confuso, atrapalhado, ótimo com números e péssimo com palavras, persuasivo, e cara de pau... Esse sou eu!

– Oi Edward! – disse uma garota. Levantei os olhos para ver Mary encostada numa parede com um sorriso hiper malicioso no rosto.

– Oi... Mary. – respondi com os olhos baixos, me segurando para não correr dali também.

– Então... – ela se aproximou. – Você está livre hoje?

– Vem cá, vocês combinaram isso ou o quê?

– Combinaram? Quem? O que?

– Você e a Amber, combinaram isso com a Isabella pra me deixar louco, não é?

– Não, nós não...

– Droga! Ela sabe que eu não levo jeito nenhum pra essas coisas. Olha, eu não estou interessado, ok? Pode dizer isso para a Amber e para o resto das suas amigas também. Pode dizer para toda Forks. – disse confiante.

Eu não sabia porquê me sentia mais confortável com Mary do que com Amber. Vai ver que era porque Mary não estava com uma lingerie que dava pra ser vista do outro lado da cidade por baixo de um vestido transparente.

– Dizer que...?

– Que eu não estou interessado em ficar, sair ou fazer qualquer outra coisa com nenhuma garota dessa cidade...

– Sem ser a Bella. – ela completou com um sorriso malicioso.

– É. – murmurei contra a vontade.

– OMG! Eu sabia que você ainda gostava dela, mas não pensava que era pra tanto. – Mary sorriu. – Fique tranquilo, eu vou fazer questão de dizer pra escola toda que você ainda está completamente de quatro por ela.

Ah...

Eu odeio a minha vida!

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:[tempo passando]:

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Narração Bella Swan

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– Maldito! Cachorro! Idiota! Filho da Mãe! Bandido! Desgraçado! – eu xingava andando de um lado para o outro na sala. Rosalie me ouvia calada sentada numa cadeira. – Eu não acredito que ele está fazendo isso! Como ele se atreve? Primeiro aquela cena de ontem depois isso. ARGH! Que droga!

– Quer um conselho? – ela perguntou, com certeza ela estava super entediada.

– Não. Depende. Talvez. Sim, por favor.

– Por que você não conversa com ele? Te garanto que ia dar um jeito nessa dor de cabeça toda.

– Eu não quero conversar com ele.

– Por quê?

Na verdade nem eu sabia exatamente o porquê. Mas eu tinha um medo descontrolado e sem fundamento e tocar nesse assunto com ele. Eu não sabia explicar, era... Era como se eu estivesse me auto-protegendo de sofrer ainda mais.

Era um fato que eu o amava. Nossa, e como amava. Nunca tinha sentido algo tão forte por alguém como sentia por ele, mas... Eu simplesmente não conseguia ouvir o que ele tinha á dizer. Eu sabia que ia ser doloroso. Ainda mais agora, depois de tanto tempo que passamos brigando.

Me encostei na mesa do professor. Eu ainda estava devendo uma resposta para Rose. Mas o que eu ia dizer?

A verdade é sempre o melhor caminho. Mas mentir ás vezes pode te livrar de uma baita saia justa e muito aborrecimento.

– Eu tenho medo, Rose.

– Medo de quê? – perguntou preocupada.

– De ele falar alguma coisa que... Que faça eu me sentir pior do que estou me sentindo agora.

– Bella, por favor...

– Droga, Rose! – disse mais alto segurando o choro. – Nós fizemos tudo errado... Ele mentiu pra mim, eu menti pra ele...

– Está mais do que na hora de vocês se esclarecerem.

– Eu não quero.

– Prefere ficar assim? Sofrendo sem nem ouvir o que ele tem pra dizer e contar pra ele o que você tem pra falar.

– Não. Eu queria que tudo fosse como antes...

– Vocês só vão ficar juntos de novo se vocês conversarem. Não dá pra voltar no tempo, Bells, mas dá pra recomeçar do zero. Eu tenho certeza que ele está disposto, só falta você querer.

– Você acha?

– Tenho certeza.

– Ok, eu posso tentar.

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:[tempo passando]:

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Narração: Edward Cullen

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Faltavam apenas alguns minutos para que a festa começasse. Alice já tinha me enchido o saco e escolhido a minha roupa umas quatro vezes. Mas no final eu acabei com um suéter cinza azulado, uma jaqueta preta de um tecido parecido com couro, jeans escuros e os all stars de quase sempre. Eu tinha gostado do resultado! Até que eu podia deixar Alice escolher a minha roupa mais vezes.

Alguém bateu na porta e eu mandei que entrasse, logo Alice estava lá, com um vestido rosa brilhante e um sorriso enorme no rosto. 

– Como eu estou? – ela perguntou dando uma voltinha para exibir o vestido.

– Exagerada. – ri. – E eu, como estou?

– Lindo. – ela deu um riso e logo depois um gritinho. – Estamos perfeitos! – bateu palmas. – Agora vamos descer, porque todo mundo já está lá e essa noite tem que ser perfeita.

– Ok.

Descemos as escadas. Alice apertava minha mão tentando me passar força e tranquilidade. Eu realmente não sabia como agradecer á ela, mesmo que grande parte dos meus amigos não tenham ficado revoltados comigo, ela – além de Ben, é claro – era a única que se empenhava em me ajudar. E eu seria eternamente grato por isso, mesmo se nada desse certo.

A sala estava abarrotada de gente, mal tinha espaço para se locomover naquela sala.

Alice se afastou de mim dizendo que iria procurar por Jasper.

Foi aí que eu a vi, batendo com um pé no chão nervosamente ao lado de sua amiga Candice. Bella parecia realmente desconfortável por estar aqui.

E eu fiquei parado ao pé da escada sem saber o que fazer, por mais uma vez naquele dia eu me sentia como um idiota.

Ben apareceu do nada do meu lado usando uma camisa quadriculada verde e cinza claro com uma gravata borboleta lilás e um suéter verde e branco com uma calça cinza e sapatos pretos. Eu realmente não sabia como ele conseguia ser popular vestindo essas roupas, fala sério, o cara tem duas namoradas! Se eu me vestisse desse jeito os valentões iam me jogar na lata de lixo!

(N/A da Autora: Se ficar difícil a imaginação da roupa do Ben, é a que ele usa nesse vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=b2kvVvN6ttI)

– E aí, cara? – ele falou buscando para onde eu olhava. – Está precisando de uma ajuda?

– Só se você pudesse distrair todo mundo.

– Isso não é um problema. Boa sorte com a conversa do ano. – deu uma piscadela.

Arregalei os olhos para o meu melhor amigo e ele sorriu em resposta mostrando o que tinha em mãos. Bernard tinha um violão e estava pronto para entreter á todos. Ele foi até o outro lado da sala, chamou a atenção do povo e disse:

– Hey pessoal, está na hora de animarmos a festa! – algumas pessoas concordarem – Então vamos lá... Cantem comigo, galera! – pediu Ben.

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Glee – Hey, Soul Sister: http://www.youtube.com/watch?v=4oPsVQjkPhY

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Ele começou a tocar e cantar:

– Hey, hey, hey . (Tonight) Hey (Hey), hey (hey), hey (hey)
Your lipstick stains (O seu batom mancha)
On the front lobe of (O lóbulo frontal do)
My left side brain (Lado esquerdo do meu cérebro)
I knew I wouldn't forget you (Eu sabia que eu não esqueceria você)
And so I went and let you blow my mind (Yes, you blow my mind) (E então eu fui e deixei você pirar a minha cabeça (Sim, você pirou a minha cabeça))

Your sweet moonbeam (O seu doce luar)
The smell of you in every single dream I dream (O seu cheiro em cada sonho que eu tenho)
I knew when we collided (Eu soube quando nos discordamos)
You're the one I have decided (Foi você quem eu decidi)
Who's one of my kind. (Quem fazia o meu tipo.)

Eu andei até onde ela estava e disse discretamente no seu ouvido.

– Eu podia jurar que você não ia vir.

– Eu não sou de quebrar promessas. – deu um pequeno sorriso. – Você sabe disso. Eu prometi para Alice que viria.

– Yeah. – disse sem graça.

Ela se virou para mim com um semblante chateado, uma tremenda cara amarrada e disse:

– Edward, o que você quer?

– Só conversar. Fique calma.

Ela bufou e rolou os olhos, como se falar comigo fosse a maior idiotice.

– Ah, qual é? Depois de tudo o que aconteceu, você vai ficar de palhaçada?

– Pelo amor de Deus... – ela resmungou.

Ela voltou a olhar para Bernard.

– Just in time (Bem na hora)
I'm so glad (Estou tão contente)
You have a one track (Você tem uma mente)
Mind like me. (Limitada como a minha.)

You gave my life direction (Você deu direção à minha vida)
A game show love connection (Uma conexão amorosa de programas de televisão)
We can't deny (Não podemos negar)

– Eu não estou de palhaçada. – resmungou. – Você que não larga do meu pé.

– Ah, eu não largo do seu pé? – perguntei. Era verdade. – Eu só quero esclarecer as coisas, Isabella.

– Oh, pelo amor de Deus... Não me chame assim.

– Você vai fazer o quê?

– Ai, você é tão infantil!

– Eu não te parecia infantil quando...

– Cala a boca! – alterou a voz e recuou um passo, se possível, sua cara fechou ainda mais.

– Hey, soul sister (Ei, alma irmã)
Ain't that Mr. Mister (Aquele não é o Sr. Fulano)
On the radio, stereo (No rádio, Stereo)
The way you move (O jeito como você se mexe)
Ain't fair you know (Não é justo, sabe)

Hey, soul sister (Ei, alma irmã)
I don't wanna miss (Eu não quero perder)
A single thing you do (Nada que você faça)
Tonight (Essa noite)

– Eu não vou calar a boca, e só vou te deixar em paz quando tudo estiver esclarecido. – disse me aproximando novamente.

– Nossa, como você é chato.

– Pelo o que eu sei, você sempre gostou de caras com atitude, decididos, que não desistem facilmente do que querem.

– A... – ela abriu a boca, mas não conseguiu falar nada.

É claro que ela não sabe o que dizer... Ela não pode contra a verdade. – disse minha consciência, rindo.

Ela ainda me encarava como se eu fosse a criatura mais irritante na face da terra. Dei uma piscadela para ela, a provocando ainda mais. Ela franziu o cenho e respirou fundo.

– ARGH! Ok, Edward. Eu vou conversar com você.

– Ótimo.

Andando com certa dificuldade no meio da “multidão”, a conduzi, segurando gentilmente seu pulso, até a parte de trás da sala, onde ficavam as portas duplas da cozinha.

Abri as portas da cozinha para que ela passasse primeiro. Ela hesitou e me encarou por alguns segundos, depois oscilou olhares entre mim e a cozinha.

Isso já estava me irritando. Eu não sabia mais por quanto tempo eu ia aturar essa frescura toda. Isso era extremamente constrangedor e não tinha cabimento nenhum. Até parece que eu representava algum perigo para ela.

– Tonight. (Essa noite). Hey (Hey), hey (hey), hey (hey) Tonight. (Essa noite). Hey (Hey), hey (hey), hey (hey) Tonight. (Essa noite). – cantou Ben dando o último acorde da música. Todos a sua volta aplaudiram saudosamente.

Puxei Bella para a cozinha e fechei as portas. Ela se encostou na bancada e eu parei na frente dela, com uma média de cinco passos de distância entre nós dois.

– Fale. – ela disse de lábios franzidos e braços cruzados.

– Er...

– Não sabe nem o que vai falar. – zombou.

– É claro que eu sei o que vou falar! – a encarei. Essa era a hora, eu não podia vacilar logo agora, essa era a minha última chance de acertar as coisas! – Eu vou falar que você está errada! Esteve por todo esse tempo!

– Não fui eu que saiu mentindo pra todo mundo... – murmurou.

– Era pra você me escutar, lembra?

– Desculpe.

– Bella, eu menti sim, mas eu já te disse os motivos. Mais de uma vez! Eu só queria ter uma vida normal.

– Nunca houve algo de tão errado com a sua vida para que você precisasse fazer isso.

– Você não sabe o que está falando...

– Oh, cale a boca! Sabe qual é o seu problema? Você quer, gosta, precisa que as pessoas tenham pena de você. Você adora aparecer, ter os holofotes todos virados para você, eu já percebi isso. Seria um boa você desistir da carreira de advocacia e investir no teatro... nunca conheci um ator tão talentoso.

– Por que está falado comigo desse jeito? Eu só quero explicar as coisas.

– Eu sei, mas... O problema é que eu não acredito em uma única palavra que você fala!

– Talvez se você me deixar falar alguma coisa, as coisas mudem.

– Eu não acredito...

– Você devia pensar melhor nas atitudes que está tomando. Você está fazendo tudo errado.

– E quem fala isso é o senhor certinho, não é? – ela cruzou os braços sobre o peito, estava chateada.

– Não sou eu que evito as pessoas.

– E não sou eu que finjo ser quem não sou para os outros.

– Ah, finge sim! Rainha.

– Cale a boca! Eu nem sei quem você é.

– Oh, pelo amor da Santa. Pare com isso! É claro que você sabe quem eu sou!

– Aham... – resmungos com desdém.

– Olha aqui... Você não sabe como era a minha vida, é verdade! Por isso você não faz a mínima idéia de toda a merda que eu tinha que enfrentar todos os dias! Nem imagina todo o que eu passei! Se você soubesse pelo menos da metade, entenderia os meus motivos.

– Por que você fica sempre batendo na mesma tecla? Já acabou!

– Eu faço isso porque fui eu que passei a minha vida toda sendo tratado como um retardado que tem algum tipo de doença contagiosa por todo mundo! E eu nem sequer sabia do meu problema, não me deram o direito de saber, e eu nunca pude me defender.

– Problema? Que problema?

Lancei um olhar de desdém para ela e ri sem humor algum. Ela não sabia. É claro que não sabia.

– Eu sou autista.

– O que? Sério? Meu Deus, não parece. Você é tão...

– Inteligente? Na verdade isso depende muito do caso. O meu não é grave.

– Ah.

– Todo mundo sabia disso, menos eu. Eu apanhava todos os dias na escola, era tratado como um retardado por todo mundo,

– E a sua mãe não fez nada?

– Ela tentou, mas nunca funcionou e ela nunca me trocou de escola.

– Eu não entendo...

– Ela não queria que eu soubesse, ela queria que eu tivesse uma vida normal. Mas é claro que não adiantou.

– Você também não pediu para que ela o fizesse, não é?

– Não.

– Mas... Você não precisava mentir. Você não é uma pessoa ruim, e não teve culpa de nada do que aconteceu.

– Eu não queria que as pessoas me vissem como o grande perdedor otário de Phoenix. Eu queria ser alguém legal, interessante.

– Não existe pessoa mais interessante que você. – ela corou logo em seguida e desviou o olhar.

– Não diria isso se me conhecesse antes.

– Então me conte. Cada detalhe da sua vida de antes.

– Sério? – ela assentiu. – Ok... Eu tinha me preparado tanto pra essa hora, bolado tantos jeitos de falar tudo... Agora eu nem sei por onde começar.

– Comece do inicio. 

– Er... Eu... Eu...

– Relaxe.

Suspirei e tentei organizar a bagunça que estava na minha cabeça.

– Como você sabe, eu não vou repetir tudo o que aconteceu comigo em Phoenix. Mas a verdade sobre mim é: Eu nunca saí dos EUA, nunca tive mais do que um amigo, a coisa mais arriscada que eu fiz antes de vir pra cá foi tomar dois comprimidos para dor de cabeça antes do horário estipulado. Tanya foi a primeira garota que eu beijei e você foi a primeira garota com quem eu tive qualquer aproximação mais forte, até mesmo de amizade. Nunca fui bom em esportes, nem os de vídeo game, eu tive que aprender tudo com Emmett e Jasper. Sempre quis aprender um instrumento musical, mas nunca tive coordenação motora para isso. Eu era realmente esquisito, as vezes nem eu gostava da minha companhia, eu não gostava de estar perto das pessoas porque todos eram tão cruéis comigo...

“Eu era uma criança bastante agressiva. Quando os meus pais se separaram, eu soube que foi por minha causa porque eles passaram um bom tempo discutindo depois que eu quase deixei minha prima se afogar. O dia que eu e a minha mãe fomos embora foi muito traumático pra mim. Ela simplesmente juntou tudo que era nosso e me colocou dentro do carro, eu nem pude me despedir do meu pai. A briga entre eles foi tão feia que eu acabei perdendo o contato com ele aos poucos. Depois disso a minha agressividade só piorou...

“Minha mãe me levou para a terapia e depois de tanta coisa que eu passei com o psicólogo, eu acabei virando um completo boçal. Eu tentei me enturmar na escola! Fazia tudo o que os outros garotos pediam, não importava que parecesse idiotice pra mim, eu só queria agradar. Depois de um tempo eu percebi que eles só estavam me fazendo de otário. Quando eu parei começou a perseguição e a minha vida virou o inferno que você já sabe...

“Eu não menti pra você quando eu disse que gostava de coisas antigas. Eu realmente tenho muitas coisas herdadas de família, tenho uma verdadeira coleção de vinis e gibis. Deixei tudo em Phoenix porque, como eu não sabia o que ia encontrar aqui, preferi preservar minhas coisas. Eu não queria que Emmett as quebrasse e nem que Alice achasse que eu moro num museu ou coisa assim...

Ergui as sobrancelhas automaticamente ao pensar em como aquilo parecia bobo, agora que eu conhecia os dois. Bella riu, provavelmente imaginando a mesma coisa.

– Enfim... – murmurei para concluir. – Acho que não tem mais nada a dizer. Quer dizer, você me conhece, já sabe de todo o resto. Eu realmente fui sincero em todas as outras coisas que disse. Pode perguntar para Bernard se quiser. – dei de ombros.

– Sabe...? Eu gosto, bastante, desse Edward. – ela murmurou. – E... Eu tenho uma coisa pra falar pra você também.

– O quê?

– Eu... Não fui completamente verdadeira com você quando contei a minha história... com Jacob.

Isso não fazia diferença alguma pra mim.

– Então conte agora, se você se sente confortável com isso.

– Ok. Er... Eu não te contei nada disso antes porque eu não queria que você pensasse que eu era uma cadela maldita, mas agora eu não vejo mais um porquê para não contar. – ela respirou fundo. – Nós éramos como parceiros de crime, controlávamos tudo e todos a nossa volta por pura diversão. Éramos maus e cruéis com as pessoas. Hoje é claro que eu me arrependo de tudo aquilo, mas... Eu já fui o tipo de pessoa que faria sem pensar duas vezes o que faziam com você em Phoenix. – olhou para baixo envergonhada. – Eu nem sempre fui uma boa pessoa.

– Mas você é boa agora!

– Sim, mas já fiz tantas coisas erradas... Tantas coisas pelo qual vou me arrepender pra sempre.

– Todos temos arrependimentos, Bella. Ninguém é perfeito.

– Eu sei. – ela me olhou com os olhos mareados. – Queria poder apagar tudo o que eu fiz, mas não posso. E agora é Jacob com quem eu me preocupo... Eu acho que ele precisa de ajuda. – sussurrou a última frase.

– É claro que ele precisa, de uma camisa de força!

– Estou falando sério, Edward. Ele não está na sua mentalidade normal. Tenho medo que ele possa estar metido em alguma encrenca grande.

– Por que você se importa? O cara é um maldito! E foi um cretino com você!

– Eu sei, mas... Ele também já foi o meu único amigo!

– E por isso ele virou santo?

– Mas é claro que não! Ele é uma péssima pessoa, mas agora ele está muito pior do que sempre foi. Há um tempo atrás eu ia querer que ele morresse, por tudo que fez a mim,á você, á todos nós. Mas agora eu temo que ele faça algo que possa ser fatal... para ele.

– Que morra! – resmunguei.

– Ele está desaparecido desde que contou pra todo mundo sobre você... Toda a família dele está preocupada. E eu também.

– E depois você reclama que não foi uma boa pessoa... Está aí toda preocupada com a pior pessoa do mundo, preocupada que ele possa se meter em alguma grande encrenca... Só você mesmo! – sorri para ela. – Você é uma pessoa incrível, Bella, sempre enxerga o melhor das pessoas, mesmo quando não há nada de bom pra ver. E essa compaixão foi um dos maiores motivos de eu ter me apaixonado por você. Foi a sua capacidade de amar e compreender o outro, por mais errado que ele esteja. Não importa o quanto já tenha errado no passado, hoje, você é uma pessoa maravilhosa!

Ela me olhou de um jeito estranhamente profundo que eu nunca tinha visto antes, era como se me olhasse pela primeira ou última vez. Ela se aproximou dois passos e eu automaticamente prendi a respiração, não ficávamos tão próximos desde que eu a agarrei na escola outro dia. Ela segurou meu rosto entre as mãos e ficou na ponta dos pés para tocar seus lábios nos meus. Aquele era diferente de todos os beijos que já tínhamos dado, era cheio de dor, mais me parecia um beijo de despedida.

Quando nos separamos ela olhou em meus olhos e uma única lágrima rolou por seu rosto, tive o impulso de secá-la, mas ela negou. Continuou me fitando por alguns instantes antes de murmurar numa voz sufocada pelo choro:

– Eu te amo, Edward. Mas as coisas nem sempre funcionam como nós queremos. Eu não acho que seja certo continuarmos com isso.

– Como você pode não achar certo? – questionei indignado – Se você ainda me ama, apesar de tudo, e eu também te amo... Como pode não ser certo?

– Me desculpe. – ela sussurrou, agora não conseguia mais conter o choro. – Eu não queria ter que fazer isso...

– Por quê? Mesmo depois de tudo você ainda não confia em mim? Nós podemos dar um jeito nisso! Eu juro que faço o que for preciso para...

– Eu não posso! – ela disse como se quisesse acreditar no que dizia. – Eu apenas não posso continuar, não é certo. Pode parecer certo para você, mas não é. Entenda, nunca vai ser a mesma coisa. Não podemos continuar mentindo um para o outro.

– Bella, eu...

– Não! Não diga nada, por favor. Eu tenho que ir. – disse se afastando.

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Taylor Swift ft. Gary Lightbody – The Last Time: http://www.youtube.com/watch?v=KkOrEoZ0axk

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– Espere. – segurei seu pulso. – Você não vai embora sem me ouvir mais uma vez. – ela piscou algumas vezes, um pouco assustada com o meu tom de voz. – Eu passei toda a minha vida pensando ser uma aberração que só servia para tirar notas altas e ocupar espaço. Quando eu conheci você, eu vi que estive errado por todo aquele tempo, você me fez sentir feliz e especial. Pela primeira vez eu não me senti um peso morto. Porque finalmente eu tinha algo na minha vida que valia a pena! Como isso pode não ser certo? Como pode ser errado se sentir assim? – coloquei sua mão sobre o meu coração, que batia forte e rápido como um motor.

Ela fechou os olhos e tentou segurar as lágrimas, sem muito sucesso. Então ela pulou no meu pescoço e se agarrou a mim com força.

– Eu te amo tanto, Edward... – murmurou contra o meu pescoço.

Não pude ter outra reação a não ser sorrir e também abraçá-la com firmeza. Nós nos mantivemos naquele abraço apertado por alguns minutos, só depois ela se afastou um pouco para me olhar nos olhos.

Ela abriu a boca, pronta para falar alguma coisa, mas nada precisava ser dito. Pedi que ela se calasse com um dedo sobre os seus lábios e a beijei.

No inicio o beijo foi calmo e singelo, sem pressa ou afobação. Ela entrelaçou os dedos no meu cabelo e eu fechei um braço em volta de sua cintura, segurando sua nuca com a outra mão, ambos tentávamos fazer com que nossos corpos ficassem ainda mais próximos. Mas conforme o gosto doce de sua boca foi impregnando na minha, tomei a iniciativa para o beijo mais urgente, ela não se negou, só grudou ainda mais em mim enquanto nossas línguas se embolavam desesperadas uma pela outra.

Eu a ergui um pouco do chão e andei até a bancada, colocando-a sentada ali. Automaticamente ela envolveu as pernas na minha cintura e me puxou para perto de uma forma... perigosa, era impossível não me alterar com o contato. Apertei sua cintura enquanto suas mãos deslizavam por meu peito, cintura e pescoço. Ela apertou ainda mais as pernas ao meu redor.

– Bella...

– Shhh – ela pôs um dedo contra os meus lábios. E me puxou logo em seguida para outro beijo, dessa vez bem mais urgente, que durou por vários minutos até o fôlego falhar.

Ela sorriu divertida e tentou se afastar, mas eu não deixei. Peguei seu lábio inferior entre os dentes e o suguei com vontade, o puxando para que seu rosto ficasse mais próximo do meu e voltei a atacar a sua boca avidamente. Ela correspondeu na mesma intensidade por um longo tempo. Quando estávamos sem ar para continuar eu desci distribuindo beijos por seu maxilar e seu pescoço, a fazendo arfar e grudar ainda mais seu corpo contra o meu.

– Edward. – ela gemeu baixinho, arranhando a minha nuca e apertando ainda mais suas pernas em volta da minha cintura.

Um arrepio forte subiu por toda a minha espinha e eu apertei sua coxa. Deus, como eu sentia saudade dos seus gemidos e arranhões! Como eu estava ficando completamente louco agora.

– Quer subir? – perguntei num murmúrio de uma voz muito rouca.

Ela assentiu apressada e fomos para o segundo andar, ninguém na sala pareceu nos perceber. Andamos rápido pelo corredor e chegamos ao meu quarto.

Depois de entramos e trancarmos a porta, ela me puxou para mais um beijo, agarrando meus cabelos com uma mão e tirando minha jaqueta com a outra. Eu mal tive tempo de tocá-la antes que ela pulasse no meu colo e envolvesse as pernas na minha cintura. Então a segurei com força. Tropecei em algumas coisas, mas consegui chegar na cama, nos deitei sem fazer cerimônia.

E, sem que eu nem percebesse, as roupas foram sumindo até sobrar apenas uma peça entre nós. Sem quebrar o beijo, ela arranhou minhas costas, implorando que nossa separação fosse aniquilada. Com isso, me livrei rapidamente da última peça que nos separava e joguei em algum canto.

Quebrei o beijo antes que ficássemos ofegantes, desci por seu queixo e mandíbula até chegar em seu pescoço. Ela apertou os dedos no meu cabelo com força enquanto eu a penetrava, lentamente, eu não tinha pressa. Tudo o que me importava era passar o máximo de tempo possível com ela, da melhor maneira possível.

A sensação de tê-la mais uma vez era incomparável a qualquer coisa que eu tivesse sentido no último mês. Era como se tudo estivesse sob controle novamente, era como se nunca tivéssemos nos separado.

Comecei a me movimentar, ela se agarrou – se possível – ainda mais em mim, suspirou e mordiscou minha orelha antes de sussurrar “eu te amo”. Sussurrei de volta, eu também a amava, ela não fazia idéia do quanto!

O tempo passou. Eu não sabia dizer se foram dois minutos, vinte ou duas horas, só percebi que tinha passado quando ouvi alguém – Emmett ou Rose – tomando banho. Bella parecia estar menos atenta as coisas a nossa volta do que eu, ela me encarava diretamente nos olhos, parecia querer gravar aquele momento tanto quanto eu.

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Narração: Bella Swan

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Mais um tempo passou, eu me senti chegando ao clímax e sabia que ele viria comigo. Assim que a sensação tomou conta de nós, ele se inclinou na minha direção e me beijou. O beijo dele era diferente de tudo o que eu já havia experimentado na vida, era quente e dominante, sensível e apaixonado, intenso, doce, tudo isso de uma vez só. Ele me fazia sentir tão completa, viva, feliz, livre... Eu não conhecia palavras para explicar o quão importante ele era para mim.

Nos separamos quando a sensação passou e o ar faltou, ele encostou nossas testas molhadas de suor, me apertou firmemente em seus braços enquanto nos encarávamos olhos nos olhos.

– Eu te amo. – sussurrei.

– E eu te amo. – ele sussurrou de volta.

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:[tempo passando]:

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Narração: Edward Cullen

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– Sabe... – ela murmurou, enquanto brincava com o meu cabelo. – Eu não queria que essa noite acabasse nunca. – ela disse numa voz baixa. Sua expressão parecia um pouco assustada, ou preocupada. – Não queria que nós tivéssemos que sair daqui e encarar o mundo, eu só queria poder ficar aqui para sempre.

– Por quê?

– As pessoas são cruéis. Elas vão falar e fazer um milhão de comentários maldosos. Nós vamos parar na capa do jornal da escola pela milésima vez... eu só queria poder fazer as pazes com o meu namorado sem que a cidade inteira ficasse sabendo, comentando e opinando. É como se a nossa vida fosse uma série de TV.

– Cidades pequenas são assim mesmo. Nada acontece por aqui então a única diversão é a vida dos outros... Logo isso vai acabar. Na faculdade não tem essas coisas.

– Deus te ouça. – ela deu um meio sorriso e se aconchegou no meu peito. – O que acha que nossos pais vão dizer.

– Sei lá, talvez: “Ainda bem que esses dois pararam de cara feia dentro de casa.”? Eu não sei, realmente não me importo. A única coisa que me importo agora é que tudo fique o melhor possível entre nós. Eu não sei se suportaria perder você mais uma vez.

– Posso te contar um segredo? – deu uma curta pausa. – Você nunca me perdeu inteiramente... Parte de mim ainda me deixava consciente do quanto eu te amava...

– E a outra parte?

– Era orgulhosa demais para admitir... – ela bocejou. – que eu queria que tudo fiasse bem entre nós de novo.

– É bom ouvir isso... – comentei, realmente era. Ela bocejou de novo – Nossa, tem alguém realmente com sono aqui!

– Está tarde. – ela murmurou.

– Pode dormir, docinho... Prometo que estarei aqui quando você acordar!

– Bobo! – ela riu, se aconchegando ainda mais no meu peito. – Boa noite, Edward. – ela murmurou sonolenta.

– Boa noite, Bella. – respondi com um sorriso. Eu não poderia estar mais feliz!

E finalmente, parecia estar tudo bem.

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Notas finais do capítulo

Eita lêlê! UASHUASHUASHAUSHAUSH eu não tinha planejado esse final na idéia original desse cap... isso só era pra acontecer no próximo então... MUITA coisa no destino da fic mudou! Acho q vocês vão sofrer menos com essa pequena adaptação que eu fiz. Vamos ver no que da!
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Ok, vamos aos agradecimentos da vez. Que vão para as lindas: laryssa, Biih Sweet Hale, Lu Nandes, Laayh_pattz, TheGLM, MellyCullen, thatasmall e Sum Lee. Obrigada meninas, amo vocês *-*
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Vocês podem até achar que Bella e Edward andam sofrendo de transtorno bipolar por mudarem TANTO o que estão sentindo toda hora, mas entendam que eles estão passando por uma situação muito difícil e delicada, ambos estão nos seus limites e as emoções estão á flor da pele. Por favor, não pensem que eles endoidaram.
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Yeah, eu sei que esse cap está super contrário do que eu disse que ia ser. Como eu disse, o reescrevi vááááááárias vezes e deu nisso. Espero que tenha agradado.
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E o próximo capítulo: Rei e Rainha! Vamos ter o baile de formatura (ou parte dele, pelo menos). Baile que vai prometer muitas emoções á todos os personagens da fic, principalmente, é claro, o nosso casal protagonista. Edward, Bella e Rosalie vão estar um pouco confusos em relação aos seus futuros. A pressão da mídia pode deixar nossa Bella irritada. E será que existe mais algum motivo na mundo para uma discussão do nosso casal favorito? Eu não sei! Veremos em breve... Eu já tenho parte do cap escrito então não vou demorar uma eternidade, prometo!
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Ah, aproveitando, eu queria dizer que o fato de Dean Winchester ser o vilão de Phoenix é devido ao fato de eu amar demais o Dean, Supernatural, o Jensen Ackles... Enfim, é uma homenagem.
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Eeeeeeeeeeeeee... eu acho que é só isso, mas uma vez peço desculpas pelo sumiço.
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BOM AMANHECER PRT 2 PRA VOCÊS, GATAS!
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Beijos na Bunda!



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