O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 28
26 – Verdade X Mentira


Notas iniciais do capítulo

Hey, minhas lindonas! Como estão todas?
COMO É BOM ESTAR DE FÉRIAS!!!
Era pra eu ter postado ontem, mas não deu. Então... Aqui vai um capitulo fresquinho pra vocês, amouras...
Olha, esse cap eu revisei, mas se ainda tiver algum erro, me desculpem... o meu teclado está uma m**da! Tenho que comprar um novo já!
Nos falamos nas notas finais.
Enjoy.



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No último capítulo...

– Bella, por favor, me entenda. Quando eu cheguei aqui eu fiz coisas nas qual eu não consigo me arrepender porque eu ganhei você e você é a coisa mais importante no mundo para mim, mas eu podia ter feito diferente. Se eu pudesse voltar no tempo eu faria tudo de um jeito diferente, da maneira que eu devia ter feito para não virar a bagunça que está agora. Mas eu fui um idiota, infantil, eu fiz errado e...

– O que você fez, Edward? – ela perguntou numa voz quase irritada.

– Eu menti.

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Capitulo 26 – Verdade X Mentira

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Dê-me algo para acreditar
Porque eu não acredito mais em você,
Não mais, Não mais
Eu me pergunto se faz alguma diferença tentar
Então isso é adeus

Eu já passei por isso antes
Um dia, uma semana
E isso não machucará mais
Você me pegou numa mentira
Eu não tenho álibi

(Maroon 5 – Makes Me Wonder)

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– Mentiu? – ela perguntou desconfiada. – Sobre o que?

– Sobre tudo, ou melhor, quase tudo. É uma história muito, muito longa, você vai me odiar depois que ficar sabendo de tudo, mas eu prefiro que você saiba por mim do que por Jacob. – segurei seu rosto entre as mãos. – Porque eu preciso que você acredite nisso: Eu te amo! Independente de qualquer coisa, qualquer erro, qualquer mentira... Eu te amo de verdade e isso é a maior verdade da minha vida, nunca duvide disso, por favor. – e a soltei.

As únicas verdades que eu disse desde quando cheguei aqui foram, meu nome é Edward Cullen e eu amo Isabella Swan.

Não exagera, Edward. – disse minha consciência.

– Ok, eu entendi, você me ama, eu também amo você. Mas você está esquisito desde manhã, fez aquilo no jogo e agora está com essa história, por favor, me explique porque eu não estou entendendo nada.

Assenti e respirei fundo antes de começar...

– Quando eu estava vindo para Forks, a última coisa que eu queria era ter a vida que eu tinha em Phoenix. Então eu decidi virar outra pessoa, alguém que ninguém odiasse ou ridicularizasse, ou qualquer coisa assim. Eu queria ser legal, querido e popular, no ano que vem eu sairia da cidade e ninguém nunca mais veria a minha cara. Eu não tinha planos de fazer amigos espetaculares e muito menos de me apaixonar. Eu só queria passar um ano da minha vida como uma pessoa normal, coisa que eu nunca fui. Mas uma coisa foi levando á outra e deu nisso. Agora eu estou com a corda no pescoço, prestes a perder tudo. Porque eu sou um idiota! Eu nã...

– Espera! – ela me interrompeu. – Me deixa ver se eu entendi... Você veio de Phoenix e fingiu ser uma pessoa que não era? – ela franziu as sobrancelhas e segundos depois arregalou os olhos e tampou a boca. – Meu Deus! Você não é Edward Cullen filho de Carlisle? Você é um fugitivo da polícia que já matou mil pessoas e sequestrou o verdadeiro Edward para poder se passar por ele?

– Não, não é isso! – garanti antes que ela surtasse. – Eu sou o verdadeiro Edward Cullen, filho de Carlisle Cullen e Elisabeth Masen, nascido em vinte de junho e tudo mais. Eu fingi ter uma história de vida e uma personalidade que não existem.

Ela fez uma careta muito feia, eu esperei que ela dissesse alguma coisa, mas ela não parecia estar muito feliz com o que estava ouvindo, então eu continuei:

– Quando eu era criança eu sofri uma pressão muito grande por causa da separação dos meus pais, eles podem dizer que não, mas eu sei que foi por causa de mim, eu tinha um temperamento muito difícil, eu quase afoguei uma prima minha. – ela arregalou os olhos e eu assenti. – E a separação deles só piorou tudo. Aí a minha mãe me levou num psicólogo que me deu um esculacho e depois de várias terapias eu simplesmente me fechei para o mundo e virei um otário. Eu apanhava na escola todos os dias. E quando eu vim pra cá isso era a última coisa que eu queria que acontecesse. Por favor, me entenda, não foi por mal nem com a intenção de ferir ninguém, eu só queria ficar em paz.

– Não precisava enganar ninguém. Não consigo imaginar algo tão ruim á ponto de acontecer uma coisa dessas, não aqui.

– Aconteceria, eu tenho certeza.

– Você não poderia ter certeza, você não conhecia ninguém em Forks.

– Você não sabe como eu era.

– É impossível que seja tão ruim assim. Você não tinha o direito de enganar as pessoas assim, Edward.

– Droga, Bella, eu sei disso! – passei as mãos no cabelo e me levantei, andando de um lado para o outro. – Mas se eu não tivesse feito eu não teria você.

– Você não pode ter certeza! – ela disse mais alto.

– Mas eu tenho!

– Droga, Edward, eu me apaixonei por você por causa das pequenas coisas: o jeito que você me tratava, como você olhava pra mim, o seu sorriso torto, o jeito que franze as sobrancelhas quando está concentrado em alguma coisa, o brilho nos seus olhos quando tira uma nota máxima... Eu não me apaixonei pela droga das suas roupas ou pela sua popularidade, nem nada desse tipo! – ela gritou se levantando, seus rosto estava molhado de lágrimas, quando eu ergui a mão para secá-las ela me empurrou e se sentou de novo.

– Bella... – comecei.

– Eu não acredito que eu passei os últimos oito meses namorando uma pessoa que eu não conheço. – ela me interrompeu e depois olhou nos meus olhos. Me rasgava por dentro vê-la daquele jeito.

– Você me conhece. – eu disse abaixando ao seu lado. – Eu sempre fui o mais verdadeiro possível com você.

– Ah, é? Então me diga o que foi verdade e o que não. – droga, ela estava irritada, muito irritada.

– Eu... Eu... – tentei pensar em alguma coisa, tinham tantas, mas nada me veio á cabeça. – Eu amo você.

– Isso não é o bastante.

– Por favor, confie em mim, tem mais coisas, eu só não me lembro de todas agora e...

– Você não pode pedir para que eu confie em você! Eu não confio, não mais. O que me garante que você não está mentindo sobre ter verdades pra me contar?

– Eu garanto.

– Não posso acreditar em um mentiroso, me desculpe. – ela se levantou e fez menção de ir embora, mas eu a segurei pelo braço.

– Não, não vai.

– Eu não tenho mais nada para fazer aqui, me solta.

– Por favor, me perdoa. – pensei por um momento. – Não! Espere mais um dia. Me deixe te contar tudo com calma e te mostrar quem eu era de verdade. Pra te provar que agora eu estou dizendo a verdade. E... Nós podemos colocar uma pedra sobre isso e viver nossas vidas em paz.

– Nunca vai ser a mesma coisa. – ela disse seca, sem me olhar nos olhos.

– Vai sim, eu posso te provar que vai. – ela não respondeu, nem demonstrou nenhuma reação. – Pelo amor de Deus, Bella, nós não passamos esse tempo todo juntos em vão.

Ela me encarou e desviou o olhar logo depois. Um bom tempo se passou, ela parecia estar pensando no assunto, debatendo consigo mesma os prós e contras da situação. E finalmente ela disse:

– Você tem um dia. – ela disse e fez força para que eu a soltasse, eu o fiz e ela foi embora. Eu acompanhei seus passos da vista que tinha do segundo andar até ter certeza que ela tinha ido embora.

Respirei aliviado depois de ver que ela e Jacob nem chegaram perto um do outro, eu não podia deixar que ele estragasse mais as coisas.

E agora? O que eu faria com os outros? Eu não conseguia avistar nenhum deles de onde eu estava. Eu não podia deixar que eles se encontrassem com Jacob também.

Desci as escadas, quando faltavam dois degraus, a peste maldita aparece na minha frente.

– Subindo. – Carmem disse subindo as escadas.

– E se eu não quiser?

– Aí eu começo a gritar que você fez coisas horríveis comigo, só vai piorar pro seu lado.

Suspirei e subi de volta, eu ia dar um jeito de enganá-la.

– Gostou da minha roupa? – ela perguntou.

– Está horrível! E os Rockets são azul escuro e amarelo! Quem te deixou entrar vestida assim?

– Subornei o Paul. – ela sorriu maliciosamente.

Cocei o queixo em sinal de tédio.

– O que você quer aqui?

– Eu vi a sua namoradinha indo embora chorando.

– Ela sabe de tudo agora.

– Vocês terminaram?

– Não! O nosso amor é mais forte que isso, Carmem!

– Rá! – ela riu. – Ora, francamente. – ela negou com a cabeça, rindo.

– O que você sabe sobre o amor, garota? Você só tem treze anos!

Quatorze!

– Que seja! – dei de ombros. – Você é uma criança. Não deveria nem estar aqui, ainda mais para bolar contra mim.

– Eu amo você, Edward!

– Isso é só uma paixão platônica, que você já devia ter superado isso. Pelo amor de Deus!

Me virei para ir embora, mas ela segurou meu braço e apertou as unhas nele.

– Você só vai sair daqui quando eu quiser. – ela sorriu cinicamente.

– Sua maldita...

De repente a música parou e uma luz forte brilhou no andar de baixo, olhei para ver Jacob subindo no palco. Congelei.

– Boa noite, pessoal! – Jacob disse no microfone. – Para comemorar a vitória sofrida dos Rockets essa noite, eu queria discursar sobre o astro do maior show que tivemos hoje, o tão querido e amado Edward Cullen! – um murmúrio alto preencheu o lugar.

Me virei para descer correndo e impedir-lo, mas Jared apareceu no pé da escada, bloqueando o meu caminho. Eu não podia me meter á besta de brigar com ele, ele era enorme e eu já tinha tido uma crise de asma hoje.

– Droga! – resmunguei.

– Ok, eu sei que todos estão confusos e se perguntando “mas que diabos?”, mas tudo vai ser explicado. – ele disse e todos se calaram. – Vamos ser objetivos... Edward Cullen não é quem todos pensam que é. – outro murmúrio alto preencheu o lugar, e só parou quando uma foto antiga minha apareceu no telão atrás dele. Na foto eu estava fazendo uma careta esquisita, os cabelos lambuzados de gel penteados para trás, óculos enormes e redondos e uma camisa xadrez verde folha. Rapidamente me lembrei de como aquela foto surgiu. Foi por volta de dois anos atrás.

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Flashback On:

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– Ô, filhote, deixa a mamãe tirar uma foto sua. – pediu Elisabeth uma foz melosa tentando me enquadrar na câmera.

– Não, mãe. – reclamei afastando a minha cadeira do computador e tentando fugir dela.

– Por favor, filhinho, você é tão bonito... deixa eu tirar uma foto sua. – ela correu atrás de mim.

– Pelo amor de Deus, Elisabeth, me deixe em paz! Será que custa muito eu querer ficar quieto no meu canto? Pare com isso, vai gravar as suas falas ou fazer compras com...

– AH! Tirei a foto! Tirei a foto! – ela gritou comemorando e saiu do meu quarto correndo.

Ignorei e voltei para o meu jogo, mas me lembrei de trancar a porta antes.

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Flashback Off:

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– Eu hackeei essa foto do computador da sua mãe há tanto tempo... – comentou Carmem atrás de mim.

A ignorei e voltei os olhos para Jacob.

– Como vocês podem ver, esse cara é bem diferente do Eddie C que todos estão acostumados a ver por aqui, não é? Pois é, ele mudou. Mas ele não só mudou pessoal, eu estou aqui hoje para revelar o maior segredo desse cretino. Ele também mentiu, mentiu para todos nós, sobre quase tudo o que disse. Na realidade as únicas verdades que ele disse foi o nome, idade, de onde veio e o nome dos pais, porque de resto ele mentiu em tudo!

Mais uma vez um murmúrio – muito mais alto – preencheu o lugar, eu tinha muitos amigos presentes ali, por sorte eles não iriam acreditar em Jacob assim, até que não era eu naquela foto eu ouvi.

– Não acreditam em mim? Digam-me algo que ele disse para vocês, qualquer coisa!

– Ele disse pra mim que já tinha pulado de pára-quedas. – disse um cara do decatlo acadêmico.

– Ele nunca nem pulou da janela do primeiro andar. – respondeu Jacob.

– Ele disse para mim que era gay! – disse uma garota que eu demorei alguns instantes para reconhecer como a garota ruiva que me importunou na festa do James.

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Flashback On:

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– Posso saber o seu nome, lindo? – a ruiva perguntou.

Vamos lá, Deus, me ajude! E, por favor, faça com que ninguém conhecido me veja.

– Edna. – disse com a voz mais afetada que podia.

– O quê? – ela estreitou os olhos.

–Tá surda bi? É Edna. E-D-N-A. Entendeu?

– Você é gay? – perguntou com indignação.

– Algum problema, homofóbica? – ergui uma sobrancelha. Acho que eu estava sendo convincente.

– O que está fazendo aqui então?

– Eu vim enrabar o Jay, mas ele está com uma racha despeitada, então eu vou embora.

– Você não parece ser gay.

– Presta atenção racha... As aparências enganam. Não sou da ralé, sou uma bicha chique! E eu não tenho tempo pra ficar discutindo com você e com esse cabelo fedendo á laquê. Tá entendendo?

– E você não disse que tinha namorada?

– Mentira é uma merda, não é mona? – tentei manter minha voz anasalada, sem sucesso algum. – Posso ir embora ou vou ter que ficar olhando para essa sua cara com maquiagem de quinta?

– Oh... Me desculpe. – ela me deu passagem.

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Flashback Off:

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– Você é gay? – Carmem perguntou espantada.

– É claro que não! – respondi.

– Então porque você disse isso?

– Ela queria o meu corpo nu.

– Oh, meu Deus! – Jacob gargalhou. – Ele não é gay, minha querida. Mas quando chegou aqui era total e completamente virgem. – ele deu uma pausa, esperando mais perguntas que não vieram, então ele disse: – Gente, Edward Cullen é a pessoa mais fraca que eu já vi na minha vida. Ele mentiu tudo, enganou todo mundo, só para parecer legal e ser popular pelo menos cinco minutos na vida. E tudo isso só aconteceu porque ele não aguentou ter sido o pivô do divórcio dois pais. Ele...

E do nada, um sapato voou em cima de Jacob, acertando-lhe bem no meio da cara, ele tombou para trás, muitas pessoas riram, mas ele limpou o sangue do nariz e voltou para o microfone furioso.

– Eu acho melhor você ficar quieto, Lockwood, eu tenho coisas á dizer sobe você também!

– Ah, é? Porque você não briga feito homem, fica fazendo intriginha? Vem aqui e briga comigo, seu maldito... Você é grande, mas não é dois! – ouvi Ben gritando no meio da multidão.

Jacob o ignorou e continuou falando no microfone.

– O queridinho Edward, veio pra cá planejando fingir ser popular pra tirar proveito das pessoas da cidade pequena. Ele usou cada um de nós, só para alimentar o ego dele, só para mostrar que ele é “superior” á todos nós.

– ISSO É MENTIRA! – Ben gritou.

– Ele e o melhor amigo dele só vieram para cá pra se divertir ás custas das pessoas daqui. Eles acham que só porque são de uma cidade grande e ensolarada, que são melhores, mais inteligentes e mais civilizados do que nós. Quando, na verdade, eles não passam de dois grandes perdedores. Principalmente Edward, que veio pra cá primeiro e como viu que o seu planinho tinha dado certo, chamou o outro pra cá.

– O ÚNICO MENTIROSO AQUI É VOCÊ, SEU BABACA DESMIOLADO! – Ben gritou mais uma vez.

– Alguém aqui acha que eu estou mentindo? Se sim, eu não preciso falar mais nada, eu tenho provas ainda mais claras que ele é um mentiroso. A ex namorada dele está aqui pra provar que não sou eu que estou mentindo pra vocês. Não é mesmo Carmem?

Ela saiu do meu lado e desceu as escadas, Jared continuou lá me vigiando, eu não consegui e mexer. Por algum motivo meu corpo não respondia o meu cérebro de jeito nenhum.

Carmem subiu no palco com a ajuda de Jacob e pegou o microfone e falou olhando bem nos meus olhos:

– Eu conheço Edward há quatro anos. Ele sempre gostou de tirar vantagem das pessoas, brincar com os sentimentos delas, como se fossem marionetes. Mesmo sendo o maior nerd de Phoenix, ele sempre se achou melhor do que todo mundo e sempre quis poder ter a chance de recomeçar do zero e se tornar o “foderoso” para, aí sim, poder controlar todos á sua volta. Nós namoramos por um tempo, sabem?! Não foi nada muito sério, mas eu terminei com ele porque ele só tinha isso na cabeça. Mesmo sendo um fracassado, Edward sempre foi muito cruel. Ele sempre gostou de usar as pessoas. E eu estou aqui, dizendo isso porque eu o amo, e acho que ele precisa ser impedido, antes que alguém caia feio nas mentiras lavadas dele. – ela deu o microfone para Jacob e recuou dois passos.

– Alguém aqui ainda acha que eu estou mentindo? – ele ergueu as sobrancelhas de maneira debochada.

– Essa garota é uma louca! Ela nunca superou a paixão platônica que tem por ele, eles nunca namoraram e nada do que ela disse é verdade!

– Cale a boca, Lockwood! Você também não passa de um verme que veio para cá só pra ter duas namoradas e se aproveitar dos outros com o seu amiguinho. – ele se virou para os outros e disse: – Pessoal se vocês querem continuar sendo feitos de palhaços pelo Cullen, desconsiderem tudo o que eu e Carmem dissemos, mas se vocês, assim como eu, acham que isso já foi longe demais, pensem no que dissemos aqui. Muito obrigado. – ele finalizou o discurso e desceu do palco, Carmem desceu logo atrás dele.

Eu continuei onde estava. Ainda estava chocado demais para expressar alguma reação. Agora a merda tinha sido jogada no ventilador, não tinha mais o que fazer.

Fim de jogo!

Eu tinha perdido e não sabia como reagir. Na verdade, eu não tinha me preparado para esse momento porque eu achei que ia conseguir dobrar Jacob até arrumar um jeito que contornar o que eu tinha feito de uma maneira menos agressiva. Mas agora eu sabia exatamente o que esperar, mas não fazia idéia do que fazer.

Talvez essa seja a hora de ligar para minha mãe e pedir arrego!

Oh, pelo amor de Deus, Edward, encare as conseqüências dos seus erros pelo menos uma vez na vida! – pediu o mini Edward, minha consciência. Ele estava tão tenso com a situação quanto eu.

Ok, não vou ligar para a minha mãe, mas eu tenho que fazer algo rápido para não ser linchado pela população da cidade.

Então comece saindo rápido desse lugar. – ele disse.

Eu acordei do “transe” e olhei em volta, o caminho estava livre e o murmúrio estava muito alto no primeiro andar. Ele estava certo, eu tinha que dar o fora dali o quanto antes.

Se liga, eu sempre estou certo! Não é á toa que sou sua consciência. – ele cruzou os braços e sorriu convencido.

Aham, a modéstia manda lembranças viu? – disse para ele e dei uma espiada no primeiro andar: seria tranquilo sair, se ninguém me visse.

Vesti o capuz do casaco e disparei escada a baixo. De cabeça baixa, desviei de várias pessoas e, graças á Deus, não fui percebido por ninguém. Pude notar que as pessoas estavam revoltadas demais comigo para me procurarem, aquilo me deixou com um nó gigante na garganta. Consegui sair em segurança e fui até o meu carro.

Estava procurando minhas chaves quando, de repente, alguém me pegou pelo casaco e praticamente me jogou contra uma árvore. Meus óculos caíram e eu não conseguir ver quem era, mas pela força eu tinha certeza que era um cara, ele segurou minha roupa de novo e grunhiu próximo á minha cara:

– Seu cretino, maldito, aquela merda toda que o Black falou é verdade? – reconheci de imediato a voz de Emmett, um Emmett possesso de raiva por sinal.

– Em partes. – respondi com um pouco de dificuldade. Minhas costas estavam realmente doendo muito.

– Explica! – ele gritou, me batendo contra a árvore de novo. Talvez ele estivesse fazendo aquilo de propósito ou talvez só não tivesse noção da força que estava usando por estar irritado, mas de qualquer forma, aquilo machucava muito.

– Eu... – gemi, tamanha a dor. – Eu não queria que isso acabasse assim, eu não planejei brincar nem ferir ninguém, eu só... – por um segundo toda a explicação que eu dei a Bella parecia estúpida demais para ser dita á Emmett, porém era a mais pura verdade. – Eu só queria viver em paz por um ano na minha vida, sem ter que ser humilhado por ninguém. Mas tudo deu errado, saiu do meu controle. Jacob descobriu e distorceu tudo, eu não sou um controlador de vidas, ele é. Eu só queria saber o que era ser normal.

– Porque será que eu não acredito em você? – ele gritou, parecia ainda mais irritado. – Ah, sim... Por que você é um mentiroso! Me dê um único motivo para eu não arrebentar a tua cara agora mesmo.

Pensa rápido, Edward... Droga, não consigo enxergar nada. Isso!

– É falta de educação bater em cegos! – falei rápido, antes que ele me batesse.

– Você não é cego, porra! – ele rosnou.

– Emmett! – reconheci a voz de Rosalie gritando próxima de nós. – Largue ele, vamos para casa!

– Mas Rose...

– Emmett McCarty, faça o que eu estou mandando agora ou...

Ele me largou e eu cai sentado no chão úmido, não demorou para que eu ouvisse o carro dele indo embora. Tateei o chão até achar os meus óculos, quando os achei vi Bernard se aproximando.

– Cara, me desculpe, eu...

– Não, esquece! Deixa pra lá! – pedi. – Dirija para casa, pelo amor de Deus.

Ele se calou e fez o que eu pedi. Foi um “longo” caminho de dez minutos até em casa, eu nunca tinha me sentido tão mal emocionalmente na vida. Eu queria poder desaparecer, ou pelo menos voltar no tempo e começar tudo da maneira certa.

Logo estávamos em casa, mas nem por isso tudo estava bem, pelo contrário... dei de cara com Emmett assim que entrei. E bastou que ele me visse para querer voar no meu pescoço de novo:

– Como você ainda pode ter a coragem de dar as caras por aqui?

– Eu moro aqui. – murmurei e abaixei a cabeça para ir direto para o meu quarto.

– Ah, é? – ele perguntou, eu ignorei e continuei indo para a escada, ele segurou o meu braço e me obrigou a olhar para ele. – Se eu fosse você, eu dava um jeito de sumir porque eu não quero ver essa sua cara cretina. Mas já que está aqui... Acho melhor você procurar outro banheiro, porquê eu não vou dividir nada com você.

– Emmett, pelo amor de Deus...

– Pelo amor de Deus o quê? Você chega aqui, faz á mim e a todos que eu amo de palhaços, conquista a minha confiança e me faz achar que você era meu amigo... pra no final das contas você não passar de um filhinho de mamãe entediado que simplesmente resolveu sair mentindo pra todo mundo? E ainda me pede pelo amor de Deus? Escuta aqui, Cullen: você ganhou um inimigo, é melhor você ter cuidado.

Engoli seco, era como se eu estivesse sendo importunado por Dean novamente.

– Emmett... – Ben pediu.

– Cale a boca você também. – ele se virou para Ben sem me soltar. – Você nunca esteve na lista dos meus favoritos e não é agora que vai estar. Aprenda a se colocar no seu lugar. – ele se voltou para mim. – Enquanto á você, Cullen, eu acho melhor você pensar várias vezes antes de cruzar o meu caminho, ou eu vou arrebentar você, entendeu?

Assenti sem o olhar nos olhos. Ele me largou e subiu batendo os pés com força na escada, pelo número dos passos dados no andar superior, ele entrou no quarto de Alice.

Bernard me puxou para a varanda dos fundos. Eu não queria ficar ali, estava frio e úmido, a única coisa que eu queria naquele momento era me esconder debaixo das cobertas e ficar lá para sempre.

Yeah, eu tinha mesmo que aprender a enfrentar os meus problemas.

O telefone dele tocou, era uma de suas gêmeas, ou talvez fossem as duas. Ele se entreteu numa longa conversa com ela – ou elas – e eu fiquei brincando com o meu anel de compromisso. Até me assustei quando Bernard se sentou do meu lado.

– Porque você não falou nada? Porque não se defendeu?

– O que eu ia fazer?

– Dizer a verdade, que você não veio aqui pra usar ninguém.

– Eu já disse. Ninguém creditou em mim, Ben, eu sou um mentiroso.

– Edward, pelo amor de Deus...

– O quê? Eu não posso me defender, Ben! Eu estraguei tudo o que eu conquistei aqui por causa de uma coisa que virou uma bola de neve. Eu menti sobre muitas coisas, não tem como voltar atrás agora. Ninguém vai ser idiota pra acreditar em um cara que só mentiu! Se eu conseguir reconquistar a confiança de alguém, vai ser um milagre!

– Comigo você não vai precisar se preocupar. – disse alguém atrás de mim, me virei para ver Alice vindo em nossa direção e se sentar ao meu lado.

Ela estava com uma roupa comum demais para o estilo dela, o cabelo curto amarrado em duas maria-chiquihas na base da nuca e estava completamente sem maquiagem. Eu nunca a tinha visto tão natural.

– Mas Allie, eu...

– Eu sei, Edward, você errou, mentiu, mas... Quem não erra uma vez na vida? – ela abriu um sorriso doce, deu de ombros e segurou uma de minhas mãos. – Eu considero você como um irmão, e te amo como se compartilhássemos o mesmo sangue... E é isso que os irmãos fazem, eles perdoam. Você não precisa se preocupar comigo, eu acredito e confio em você. Estou do seu lado!

– Obrigado, Allie. – sorri triste. – É uma pena que Emmett não pense assim.

– Emmett é muito sensível, você sabe disso. – assenti. – Ele está com a cabeça quente, quando ele parar pra pensar vai ver que aquilo foi um grande equivoco. Eu tenho certeza que ele gosta de você até mais do que de mim. – ela riu, eu e Ben a acompanhamos. – Dê um tempo á ele, ele vai entender.

– E os outros?

– Bom, você falou com a Bella não é? – assenti. – Ela deve ter contado para Jasper, que a levou para casa. Eu não sei o que ele pensa sobre tudo isso, mas não acho que ele vá reagir como Emmett. E acho que a Rose vai entender também, você a ajudou de coração quando ela mais precisou, creio ela não vá te virar as costas.

– Tomara. – murmurei.

– Quanto ao Emmett, não precisa se preocupar... Eu o convenci a te deixar usar o banheiro. – ela e Ben riram, eu só sorri sem humor. – E ele não vai fazer nada com você, eu garanto. Agora meninos, se me dão licença, vou correr, beijos. – ela disse se levantando. Bem, aquilo explicava a roupa.

– Beijos. – Ben disse e acenou para ela, ela acenou e volta.

– Tchau, Allie.

– Tchau, Eddie. – ela sorriu divertida e depois de mais um aceno, saiu já correndo.

Suspirei, encarei Ben e disse, torcendo para que ele não me prendesse mais:

– Eu vou dormir.

– Eu também. Qualquer coisa me grita.

– Ok. – me levantei. – Boa noite, Ben.

– Boa noite, Eddw.

Corri escada acima, depois de me certificar que Emmett não estava no banheiro, tomei um banho bem quente e caí na cama. Tinha sido um dia muito longo. Eu merecia um pouco de descanso.

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:[tempo passando]:

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– Edward? – alguém me chamou.

– Hum... – resmunguei, eu precisava dormir mais.

– Edward, acorda cara...

– Não. – resmunguei de novo.

EDWARD! – gritaram num megafone perto da minha cara. Pulei da cama assustado e encarei Bernard incrédulo.

– Por que diabos você fez isso?

– Por que nós vamos nos atrasar pra escola? – ele disse como se fosse óbvio.

– Você não tem a merda da sua moto? Vai com ela.

– Edward, faltam quinze minutos para o sinal da escola bater, será que dá pra você parar de enrolar e se arrumar logo.

Vesti a primeira coisa que eu vi pela frente – a camiseta verde musgo, que eu já estava usando, uma camisa de botões cinza e jeans bem claros com os all stars de sempre –, eu parecia um cego vestido daquele jeito. Engoli uma barra de cereais e corri com o carro para a escola.

Chegando lá, o sinal tinha acabado de tocar e os corredores estavam quase vazios, mas por milagre eu consegui avistar Bella e corri para falar com ela.

Ela arregalou os olhos ao me ver, eu realmente estava muito mal vestido.

– O que aconteceu com você?

– Não tive tempo de escolher roupa, acordei em cima da hora

– Ah...

– Hey, que horas nós podemos sair hoje?

– Eu vou ter que ir em Port Angeles depois da escola. Podemos nos encontrar lá ás cinco e meia.

– Perfeito. Onde?

– Lembra da lanchonete que fomos quando passamos um final de semana lá? – assenti. – Pode ser lá.

– Ok, combinado. No Johnie’s. ás cinco e meia.

– Isso. – ela deu um meio sorriso.

– Então... – droga, eu não sabia o que dizer. – Até mais.

– Até mais. – ela respondeu, parecia estar sem graça também.

Nos atrapalhamos na hora de nos separarmos e eu tive que me encostar no armário para que ela passasse sem que nos esbarrássemos.

Eu sentia como se estivéssemos na estaca zero, mais uma vez. Quando eu era completamente de quatro por ela e agia como um otário, e ela parecia nem me perceber direito.

Fui para a aula da Srtª Daniels/Tanner, que ocorreu tranquilamente até o final, quando ela me chamou para conversar em particular. Eu me sentei á sua frente numa cadeira, esperando por mais um discurso de como-eu-sou-melhor-que-você, mas ele não veio.

– Eu sei que nós já tivemos muitos conflitos, mas eu quero que você esqueça tudo aquilo, ok? Vamos direto ao ponto: Eu já sabia do seu segredo há tempos, ouvi alguns alunos conversando, investiguei e acabei descobrindo tudo. – ela estreitou os olhos por um momento. – Eu juro pra você que no começo eu tive muita vontade de usar isso contra você, mas o meu psiquiatra disse para eu baixar a bola, então eu fiquei quieta. – deu de ombros. – Então... Depois do que aconteceu ontem, eu conversei com Felix, pra ele não fica chateado com você, contei sua história e tudo mais. – ela sorriu. – E eu queria que você soubesse que, como você é o meu aluno favorito, pode contar comigo se precisar de alguma coisa, ok?

– Er... Ok. – respondi abismado.

– Certo, pode ir. – ela disse. Peguei minhas coisas e caí fora.

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:[tempo passando]:

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Narração: Alice McCarty

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Era hora do almoço, eu estava sentada na mesa de sempre com Jasper, Bella, Rose e Emmett. Ninguém estava muito falante, com certeza era porque todos – principalmente Emmett e Bella – estavam chateados com a parada o Edward.

Coitado dele, eu realmente queria poder ajudá-lo de alguma forma.

– Aquele lá é o Edward? – Rose perguntou apontando com o garfo.

E falando no diabo...

Ele atraia o olhar de todos no refeitório e eu já não tinha certeza se era por causa do que ele tinha feito ou por causa da roupa realmente horrível que ele estava usando – ou os dois. Doía os olhos ver aquela combinação horrível. É, talvez ele tivesse que aumentar o grau dos óculos.

– É sim. – disse meu namorado pasmo.

– O que aconteceu com as roupas dele? – não pude deixar de manifestar o meu espanto.

– Ele disse que acordou super em cima da hora. – Bella comentou.

– Você falou com ele? – Rose perguntou.

– Sim, ele veio marcar uma hora pra sairmos hoje. Eu dei um dia pra ele se explicar.

– Hum. – Emmett disse em tom de desdém, franzindo os lábios.

– Emmett! – o repreendi.

– O quê? Eu não falei nada. – se defendeu. – Falei Bella?

– Não.

– Viu? Eu não disse nada, por mais que não concorde com isso e ache que ele deve queimar no fogo do inferno, você pediu e eu vou deixar ele em paz.

– Hum. – foi a minha vez de murmurar.

Olhei em volta a procura dele e de Ben, eu não ia chamá-los para sentar conosco á menos que eu quisesse causar um problema com Emmett, mas eu queria saber onde eles iam se sentar.

Edward juntou uma verdadeira montanha de comida em sua bandeja e seguiu Ben para o outro lado do refeitório, eles se sentaram junto com as namoradas de Ben. Edward estava tão triste, realmente acabado, e eu odiava vê-lo assim.

Na mesa atrás deles, um cara do time de natação jogou uma maçã na cabeça dele, ele quase deu de cara no prato, aquilo pareceu ter doido muito mesmo.

Eu ainda não sabia como ajudá-lo com todo mundo, mas eu o ia fazer. Enquanto isso, eu sabia exatamente o que fazer para ajudá-lo com Bella e Emmett, que eram os mais abalados nessa história toda. E eu tinha certeza que ele iria me agradecer.

– Eu acho ótimo, Bella, você ter dado uma chance ao Edward. Eu tenho certeza de que tudo o que ele precisa é ser ouvido. – enfatizei o “todo o que ele precisa” aumentando a voz para chamar a atenção de Emmett.

– Eu não ia conseguir terminar com ele sem ouvir uma explicação. – ela disse numa voz murcha enquanto cutucava a comida quase intacta no prato.

– Tenho certeza que vocês vão se resolver. – sorri para ela a encorajando. – E tudo vai ficar bem. Essa história vai ser esclarecida e tudo voltará a ser como era antes.

Ela deu um meio sorriso, eu sabia que ela queria a mesma coisa que eu. Sabia que era o que todos mais queriam.

– Alice agora virou a defensora dos falsos e mentirosos. – comentou Emmett, fazendo Jasper rir.

Olhei feio para os dois.

– Hey! Vocês podiam ter um pouco mais de consideração. Edward é amigo de vocês também.

– Oh, não... a última coisa que aquele cara é, é meu amigo, Allie. – disse Emmett.

Céus, esse seria difícil.

Suspirei e coçando a cabeça, olhei para mesa de Edward. Ele olhava para a nossa mesa como um cachorrinho abandonado, o dia dele devia estar sendo tão difícil... Acenei para ele com um sorriso e respondeu com um ar triste e cansado.

Me virei para os outros na mesa:

– Eu só vou dizer uma coisa pra todos vocês: Quando o Edward chegou aqui com aquela idéia maluca, ele não sabia o que esperar. Mas absolutamente tudo o que ele fez por nós foi verdadeiro e eu tenho certeza absoluta disso. Ele não é uma má pessoa, tudo o que ele fez por nós foi feito de coração aberto. Pensem nisso antes de virarem as costas para ele. – peguei minha bandeja e me retirei, jogando o conteúdo dela fora e saindo do refeitório.

.

Narração: Edward Cullen

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Era igual ou pior do que estar em Phoenix, para qualquer canto que eu olhasse tinha alguém me encarando de uma forma negativa (raiva, nojo, etc...) e no mínimo, pelo menos uma pessoa de cada grupo existente na escola estava me zoando.

Depois que Alice saiu do refeitório eu me senti desconfortável em observar a minha antiga mesa, com os meus antigos amigos. Ben estava trocando mensagens com alguém da família dele. Então me virei para a dupla na minha frente e tentei ignorar a esquisitice das namoradas de Ben, completando uma a frase da outra enquanto conversavam com Charlotte – namorada da Tanya – na mesa ao lado.

– E então ela disse que não ia poder deixar o nosso cabelo da mesma cor...

– Porque o dela estava bem mais claro.

– Fala sério, ela não sabe igualar a cor de um cabelo?

– Humpf, cabeleireira amadora. – as duas disseram juntas e jogaram o cabelo para trás do ombro na mesma hora.

Oh, Deus... Socorro!

Não que as gêmeas fossem chatas, nem nada disso... pelo contrário, elas eram super divertidas e simpáticas. O problema era que elas eram tão exatamente iguais que dava nervoso, ainda mais agora que a mais morena tinha ficado loira, elas tinham a mesma cara, a mesma voz, o mesmo cabelo, as mesmas idéias, e o mesmo namorado... Era como se elas fossem uma única pessoa que foi dividida em duas. Era muito estranho para mim, embora fosse fascinante para Bernard.

– Hey, Edward? – uma delas me chamou.

– Sim?

– Você tem aula com o Tanner no próximo tempo, não é? – a outra perguntou.

– Sim.

– Você poderia entregar esse bilhete para Nina Roberts, uma morena baixinha, cadeiruda? – perguntou a outra.

– Yeah, claro. – murmurei sem graça e peguei o papel.

*TRRRRRRRRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM* o sinal tocou.

A aula de biologia foi tranquila, apesar do Sr. Tanner não estar muito satisfeito comigo, ele parecia ter ouvido a esposa, e Bella praticamente não olhou na minha cara, trocamos algumas palavras e fizemos os exercícios em dupla como se fossemos desconhecidos. Aquilo me incomodou profundamente, mas isso seria resolvido depois que conversássemos.

Na aula de educação física Tanya veio falar comigo, tivemos uma longa conversa e ela disse estar do meu lado, falando que entendia o que eu tinha feito porque ela mesma já tinha passado por coisa parecia.

Quando a aula acabou, eu estava indo para o meu carro quando um dos caras mais valentões da escola gritou: ”Pega ele!” e vários motoqueiros tatuados vieram correndo na minha direção, não dava tempo de chegar no carro, eu tive que correr.

Corri da escola até a minha casa, o que era um caminho de mais ou menos meia hora á pé, eu fiz em quinze minutos, com uma cambada de caras correndo atrás de mim. Tranquei tudo quando cheguei, e depois de passar um bom tempo com a bombinha de ar, notei que se eu não me arrumasse agora, não ia chegar em Port Angeles á tempo.

Voltei para a escola para pegar o meu carro e fui para Port Angeles. No meio do caminho o meu telefone tocou, era um número não identificado.

It's been a hard day's night (Vem sendo uma noite de um dia difícil)
And I've been workin' like a dog.
(E eu estive trabalhando como um cachorro.)
It's been a hard day's night
(Vem sendo uma noite de um dia difícil)
I should be sleepin' like a log.
(Eu devia estar dormindo como uma pedra.)
But when I get home to you,
(Mas quando eu chego em casa pra você,)
I find the things that you do
(Eu descubro as coisas que você faz)
Will make me feel alright.
(E me faz sentir-me bem)” [The Beatles – A Hard Day's Night]

– Alô? – atendi apreensivo por ser um número não identificado.

– Oi Edward! – disse Ben do outro lado da linha. – Onde você está?

– Indo para Port Angeles, vou me resolver com a Bella hoje. Por quê?

– Nada, eu só fiquei preocupado. Vi como você saiu da escola hoje e quando cheguei você não estava, Fiquei com medo de...

– Os caras terem me matado e me escondido numa parede? – ri. – Relaxe, está tudo bem.

– Graças á Deus. – ele suspirou. – Tomara que tudo dê certo com a Bella.

– Ai, tomara mesmo. Eu nem estou acreditando que ela me deu essa chance . Não podia ser mais perfeito.

– Ela te ama, cara. De verdade. Outra garota não faria a mesma coisa.

– É verdade. – me deixei abrir um sorriso bobo nos lábios. Olhei para frente e meu coração veio na boca. Eu estava indo de encontro á uma árvore e enorme e o carro estava indo muito rápido. – Puta que pariu, Bernard, eu vou bater! – gritei. Apertei o viva-voz e joguei o celular no banco do lado para tentar retomar o controle do carro.

– O que? – ele perguntou confuso.

Tentei desviar o carro, mas alguma coisa parecia estar realmente errada, o carro não respondia aos meus comandos.

– Eu vou bater o carro! – gritei mais uma vez.

Finalmente fazendo o que eu mandava, o carro virou com brutalidade para a direita. A pista estava molhada, ele rodou várias vezes na direção da árvore e colidiu com ela.

Eu senti a minha cabeça bater contra o airbag, e tudo ficou escuro.

.

:[tempo passando]:

.

Abri os olhos lentamente, a claridade do lugar – mesmo sendo pouca – me incomodava, um rápido flashback do que tinha acontecido se passou na minha cabeça e eu notei que estava deitado num lugar confortável demais para estar no hospital. Encontrei meus óculos na cabeceira da cama e depois de tê-los posto, pude enxergar meu quarto com clareza. A única iluminação era a do abajur da escrivaninha, estava escuro e frio, tinham esquecido de ligar o aquecedor.

Garanti que não tinha nenhum osso quebrado e me levantei, liguei o aquecedor e me virei para voltar para a cama, estava realmente cansado, mas um barulho de vozes no corredor me chamou a atenção:

– O que ele fez foi muito grave! – disse meu pai, ele estava bem irritado.

– Você quer que eu faça o quê, Carlisle? Eu não posso controlar todos os pensamentos e movimentos dele! – disse uma voz que eu conhecia muito bem. Minha mãe.

Fui até a porta e grudei o meu ouvido nela.

– Isso tudo foi sua culpa!

– A culpa não foi minha! – ela aumentou o tem de voz.

– É claro que foi! Se você tivesse educado ele direito ele não teria feito isso!

– Ah, agora você vai julgar a maneira que eu criei o meu filho? Talvez se você tivesse sido mais presente na vida dele, ele não teria feito isso! Mas não, você preferiu passar dez anos sem olhar na cara do garoto só por que ele tem problemas.

– Problemas que você sempre se empenhou a buscar um tratamento adequado... tratamento que não existe! Você colocou o garoto no psicólogo e achou que estava tudo bem! E quanto a minha participação na vida dele... foi você que me manteve afastado dele esse tempo todo. Você não queria que ele tivesse nenhum contato com Forks e depois resolveu mandá-lo para cá do nada!

– Você nunca fez esforço pra se aproximar do seu filho depois que nós fomos embora. Agora, quanto ao problema dele: Eu sei que não tem cura, Carlisle. Eu o coloquei no psicólogo para controlar o comportamento agressivo dele.

– Também não tem cura, Elisabeth. Você sempre quis achar meios alternativos para não aceitar a doença dele. Mas a verdade é que você nunca aceitou ter um filho autista.

Franzi a testa e me afastei um pouco da porta. Eu era autista? E ninguém nunca tinha me dito nada em quase dezoito anos?! Não, não podia ser... O meu QI é 145, eu sou um gênio! Não posso ser autista.

– Eu sempre cuidei do meu filho com todo o amor do mundo, nunca deixei faltar nada... Roupa, comida, amor e tudo mais o que ele pedia e precisava, ele sempre teve do melhor. Eu amo o Edward mais do que qualquer coisa...

– Eu não disse que você não o ama. Disse que você não aceita o autismo dele! Isso te perturba, você ama o nosso filho, mas odeia o fato de ele ter problemas.

– Hey, vocês vão mesmo ficar discutindo isso na frente do quarto dele? – perguntou Esme, que provavelmente tinha acabado de subir.

– Ela tem razão, vamos conversar lá em baixo. – disse minha mãe. Ouvi o barulho de passos e então o corredor fiou completamente silencioso.

Corri para pegar o meu notebook e me joguei na cama, senti um pouco de dor por causa do acidente, mas nada muito grave.

Abri rapidamente uma janela de pesquisa e digitei “autismo”, abri a primeira página que apareceu.

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD)” blá blá blá... já sei disso, mudei de parágrafo.

Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.” Pulei mais alguns parágrafos...

Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.” Não é exatamente o meu caso! Estou salvo!

Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente estar presente, mas como dito acima nem todos são assim. Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.” Puta que pariu... Pelo amor de Deus, que meus pais estejam enganados...

Pulei mais uma cambada de textos e passei para as características, me identifiquei com várias coisas dali:

Dificuldade de relacionamento com outras pessoas” Já tive muita.

Pouco ou nenhum contato visual - não olha nos olhos” Já tive problemas com isso.

Preferência pela solidão; modos arredios - busca o isolamento e não procura outras crianças” Tive isso até ir para o psicólogo.

Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade - muitos têm problemas de sono ou excesso de passividade” Sempre tive problemas de hiperatividade.

Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo)” Nunca tive medo de perigo, pelo menos antes de criar consciência de que algumas coisas podiam machucar feio ou até matar.

Recusa colo ou afagos - bebês preferem ficar no chão que no colo” Minha mãe sempre reclamou disso.

Age como se estivesse surdo - não responde pelo nome” Só acontece quando estou viajando na maionese.

Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente” Puta merda, me acontece demais!

Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos” Vish Maria... Nunca fui realmente bom em esportes por causa disso.

Droga! E agora?

Me levantei mais uma vez e desci as escadas, disposto a tirar aquela história a limpo custasse o que fosse.

Eles estavam na cozinha, ainda discutindo irritados um com o outro, aquela cena me lembrou um pouco da minha infância, quando eles estavam se separando. Mas não era hora para isso agora.

– Que história é essa de eu ser autista?

Eles se assustaram com a minha presença, ambos se levantaram e oscilaram olhares entre mim e eles algumas vezes.

– Que história é essa de mentir pra cidade toda? – perguntou minha mãe, colocando as mãos na cintura.

– Não desconverse, mãe...

– Não desconverse você, Edward! Me explica, que história é essa?

– Não é nada. – murmurei mais para mim mesmo, implorando nos meus sonhos mais selvagens para que fosse verdade.

– Ah, não é nada? – ela questionou irritada. – Eu recebi uma ligação desesperada do seu pai e peguei o primeiro vôo de Nova York pra cá por causa de nada? A cidade toda está falando mal de você por nada?Cheguei aqui e fiquei sabendo que você tinha fugido de um grupo de valentões e batido o carro por nada? VOCÊ MENTIU PRA CIDADE TODA POR NADA, EDWARD ANTHONY MASEN CULLEN?

Engoli seco ao ver minha mãe gritando e, pior, gritando o meu nome completo. Olhei em volta procurando um lugar para o qual pudesse fugir, mas todas as saídas estavam bloqueadas quase que estrategicamente. Encontrei o olhar de meu pai, ele não parecia estar mais satisfeito do que minha mãe.

– Estamos esperando sua explicação, Edward. – disse ele, seco e frio.

– Eu... – comecei sem realmente saber o que dizer. – Eu... A minha mãe sabe como era a minha vida em Phoenix, era um inferno, eu apanhava todo santo dia na escola. Eu só queria passar um ano como uma pessoa normal... – e repeti todo o discurso que tinha dito umas vinte e oito vezes desde o jogo.

Depois ambos discursaram meia hora cada sobre todos os pontos ruins em mentir, como se eu já não soubesse.

– Filhote... Não passou nenhuma vez pela sua cabeça que seu pai estaria aqui e você não conseguiria enganá-lo por muito tempo? – perguntou minha mãe.

– Eu não menti pra você pai... Exceto os pontos que você já sabe: amigos, garotas... O resto foi tudo verdade. Eu só omiti as coisas que não queria que você soubesse. Me desculpe.

– Eu não sei se só isso é o bastante para ser perdoado, Edward. – ele disse.

– Ah, não... Você também não! – murmurei passando as mãos pelo rosto e cabelos. Droga!

– É o preço, filho. – disse minha mãe. – Você quebrou a confiança de todos aqui, agora vai ter que conquistar de volta.

– O quê? – perguntei confuso. – Você não vai me levar de volta? – eu tinha certeza absoluta que ela ia querer me tirar da cidade.

– De jeito nenhum! – ela negou com a cabeça. – Você vai ficar aqui até se resolver com todo mundo.

– Ok, mas isso pode demorar...

– Anos. – meu pai completou. – Não se preocupe, você não vai perder a faculdade, mas vai ter que se resolver pelo menos com as pessoas mais próximas á você, se quiser ir par o Campus durante o verão.

– Isso é...?

– Um castigo. – minha mãe completou. – Você não pode sair fazendo besteira por aí e se safando, indo embora. Você vai ter que encarar o que fez, se desculpar e mostrar pra todos eles que você não é um cretino.

– Eu não sou cretino... – murmurei olhando para o chão.

– Não, não é. – meu pai cruzou a cozinha e se aproximou.

– Eu sou autista. – levantei os olhos para eles. – Agora que a minha questão está esclarecida... Por que vocês não me contaram isso?

– Porque o que você tem dessa doença é realmente um grau muito pequeno, só um pontinha. É imperceptível. – disse minha mãe com um sorriso nervoso. – Eu nunca disse nada por que você era muito novo e eu tinha medo que você se comportasse de um jeito que o grau da sua doença não atinge.

– Mas eu tenho quase dezoito anos agora.

– Mas você estava tão bem... – ela estava com lágrimas nos olhos. – Você tinha tantos problemas e aquele tratamento no psicólogo deu tão certo, você passou a ser tão calmo, que nem parecia ter problema nenhum...

Meu pai bufou.

– Eu sei que não tem cura, mas o psicólogo fez um trabalho tão bom, e...

– Elisabeth, pelo amor de Deus... – pediu eu pai. – Edward, sua mãe e eu decidimos não te contar até a hora certa, porque você sempre foi muito esperto e podia usar de um problema pequeno pra se achar especial, quando você é quase normal. – quase normal era pra rir né? Só podia. – Mas quando chegou a hora... Sua mãe decidiu não o fazer porque você estava bem, como sempre esteve, e ela não queria estragar isso. Quando você chegou aqui eu pensei que você sabia.

Apenas assenti, não tinha como estar satisfeito com aquilo.

– Filho, se você quiser conversar sobre isso, nós podemos lhe dizer tudo o que quiser. – disse minha mãe.

– Ok. – suspirei. Não tinha outro jeito mesmo...

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:[tempo passando]:

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Jason Walker – Everybody Lies: http://www.youtube.com/watch?v=BuOfFe2k0dc&feature=related

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Eu tinha passado quase toda a madrugada conversando com os meus pais. Depois eu fiquei mandando mensagens para Bella até ser notificado que a caixa de entrada dela estava lotada. Tinha dito que a estaria esperando na praça da cidade, o mais cedo possível. E mesmo sem receber nenhum confirmação, eu fui pra lá.

Estava escuro e frio, deviam ser aproximadamente cinco da manhã. Eu estava sentado num banco úmido, brincando com o meu celular – que não tinha quebrado no acidente – nas mãos. Eu realmente não tinha esperanças que ela aparecesse.

Ouvir o barulho de passos próximos fez o meu coração disparar. E ao levantar os olhos e vê-la ali, era um sensação inigualável.

– Eu pensava que você nem ia vir. – comentei.

– Só vim porque tenho uma coisa pra dizer pra você...

– Eu sei. – me levantei e dei um passo na sua direção. – Eu não fui ao encontro ontem, e nem avisei nada, mas eu tenho uma boa explicação.

– Não quero ouvir mais mentiras, Edward.

– Não vou mentir, é sério... O meu carro bateu no meio do caminho. Eu só fui acordar horas depois. Se não acreditar eu posso te mostrar os machucados do acidente...

– Alice me contou o que aconteceu. Mas você não podia ter ligado depois? Mandado uma mensagem? Feito sinal de fumaça? Ou qualquer outra coisa?

– Quando eu acordei minha mãe estava em casa, eu fiquei sabendo de uma coisa que realmente acabou comigo... fiquei conversando com meus pais até muito tarde e nem consegui dormir.

– Não podia ter ligado, mesmo assim.

– E eu ia te ligar ás duas e meia da madrugada?

– Você não está me mandando mensagens desde ás três?

– É que... Eu...

– O seu dia acabou. – ela comentou.

– Bella, por favor...

– Não, Edward. Sinto muito, mas eu te dei um dia e ele acabou. – ela disse de olhos fechados.

– Mas eu sofri um acidente.

– Não interessa. – ela apertou os olhos, ela não queria fazer aquilo. – Eu prometi a mim mesma que nunca mais iria ficar com ninguém que não fosse completamente fiel e sincero comigo.

– Você vai mesmo terminar comigo sem ouvir o que eu tenho pra falar?

– Quer que eu desenhe? – ela arregalou os olhos e então eu pude ver o quão carregados de dor eles estavam. – Sinceridade não é o seu forte! Nós não podemos continuar assim...

– Bella, por favor, não...

– Acabou, Edward. – ela disse rápido, apertando os olhos novamente. Pude perceber o tom choroso na sua voz. Abaixei a cabeça.

Ela se aproximou de mim, pegou uma de minhas mãos e colocou ali o anel de compromisso que eu havia lhe dado. Aquele pequeno objeto que um dia tinha selado o nosso amor, agora era pesado e frio.

Ficamos nos encarando olhos nos olhos por um tempo, depois ela saiu correndo. Não tive forças para fazer muita coisa á não ser ficar ali parado, fitando o nada com cara e bocó. Eu não tinha o direito de segurlá0la ali e fazê-la me ouvir. Ainda podia sentir o seu cheiro no ar e ouvir seus passos ao longe... Olhei para trás para ter certeza que ela estava indo embora... ela ainda corria, corria para longe de mim.

A única coisa que rodava sem parar na minha cabeça era a voz dela dizendo:

Acabou, Edward.

.

Oh, não importa se ele está lá fora em algum lugar

Esperando que o mundo o encontre.

Ou enterrado no fundo. Ou enterrado no fundo.

Todo mundo mente.

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:[tempo passando]:

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Notas finais do capítulo

Sem ameaças de morte, ok?
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Se o Edward ao menos tentasse se defender, acho que ele não ia ganhar o ódio mutuo de quase todo o povo de Forks! E, com certeza, se ele não ficasse de papo furado no telefone não teria batido o carro e perdido a oportunidade de esclarecer tudo com a Bella. Agora as coisas vão ficar difíceis pra ele.
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E os agradecimentos da vez vão para as lindas e maravilhosas: PrincessLautner, SweetGabyGirl, MellyCullen, Biih Sweet Hale, irisSantos, Laayh_pattz, SumLee e BlairBlack. Obrigada meninas, amo vocês S2 S2
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E o próximo capítulo: A Queen Bee Está De Volta. Vamos ver um lado inédito da nossa queria Isabella Swan, vamos conhecer a Bella *malvada* que namorava o Jacob. Edward vai estar completamente louco com a perda da namorada e vai aloprar geral. Alice vai bolar um plano para aliviar a barra dele com todos na escola, mas será que vai funcionar? Huuumm... tenho minhas dúvidas.
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Não vai ser um capítulo muito grande, então não vai demorar muito pra sair, na verdade, a parte principal dele já está quase toda escrita, eu só vou moldar o enredo e acrescentar mais algumas coisas.
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E... eu acho que é só isso. É melhor eu correr muito antes que vocês joguem seus sapatos em mim.
.
LOL
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Beijos na Bunda!



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