O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 25
23 – Dos Piores Delírios Vêm As Melhores Idéias


Notas iniciais do capítulo

Saudações minhas flores! Como estão?
Era pra eu ter postado ontem, mas eu tive que dar uma revisada, a coisa tava feia por aqui, o meu teclado tá um lixo.
Olha, eu realmente espero que gostem desse cap, eu o adorei!
Nos falamos melhor nas notas finais.
Enjoy



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Capitulo 23 – Dos Piores Delírios Vêm As Melhores Idéias

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Foi-se há muito tempo
Eu meio que me perdi, não consigo me encontrar
E eu peguei um atalho
Para a sepultura e de volta para esta estação
Eu posso tentar sobreviver
Mas toda vez eu entro em pânico
Eu sou um pouco tímido
Meio estranho e um pouco maníaco

(Blink-182 – Wishing Well)

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Madonna – Give Me All Your Luvin’: http://www.youtube.com/watch?v=eagDxOVMm9A


– L-U-V Madonna Y-O-U You wanna? – as meninas da torcida gritaram.

Era intervalo do jogo dos Rockets, estávamos ganhando de três á zero do time adversário.

Graças á Deus eu não estava precisando da minha bomba de asma, estava ventando bastante e isso me ajudava muito á respirar sem dificuldade. Eu nem estava muito cansado, esse jogo estava sendo muito tranquilo.

A apresentação da torcida logo acabou e o treinador Tanner veio nos chamar para o segundo tempo do jogo.

– Galera, estamos muito á frente deles. Esse tempo só precisamos marcar a defesa, o chute na bunda desses babacas já está garantido.

– YEAH! – vários caras do time gritaram.

O resto do jogo foi mole, só tivemos que tomar cuidado com a defesa, como o treinador Tanner tinha dito, a vitória estava garantida. E antes de o jogo terminar ainda marcamos mais um gol, só de bobeira.

Enquanto todos estavam comemorando Bella desceu as escadas da arquibancada correndo e veio na minha direção, abri os braços para ela, mas ela passou correndo direto por mim e nem olhou na minha cara.

Surpreso e chateado, olhei por cima do ombro pra saber aonde ela ia. Jacob Black estava lá de braços abertos e todo sorrisos para ela. Ela praticamente se jogou em cima dele, eles trocaram um abraço apertado e logo em seguida se beijaram apaixonadamente e Jacob ainda deu uma piscadela para mim antes de se entregar ao beijo.

Meu queixo caiu!

Muitas coisas passavam pela minha cabeça aquele momento e assassinato era uma delas. Mas eu não conseguia respirar direito, não conseguia me mexer, não conseguia fazer nada. Sentia como se meu coração tivesse sido brutalmente arrancado do meu peito e eu só conseguia formular uma coisa para dizer...

– FILHO DA PUTA! – gritei o mais alto que pude, demonstrando todo o meu ódio.


Trilha sonora Off:


Me sentei assustado. Encarei o nada na escuridão do meu quarto até conseguir enxergar perfeitamente no escuro.

Balancei a minha cabeça eu estava ficando mais louco do que nunca. Daqui á pouco ia ter que comprar uns antipsicóticos para me tratar antes que surtasse de vez, mas antes eu iria á uma vidente para ela me garantir que esses meus sonhos não eram nada do além.

Merda! Eu sabia que não era nada do além, era só o filho da puta do meu subconsciente ficando desesperado porque já faziam três dias que Bella nem me dava bom dia. Toda vez que eu tentava falar com ela, ela me ignorava e dava um jeito de ir para bem longe de mim.

Será que nós tínhamos terminado? Espero sinceramente que não.

Com um suspiro insatisfeito me levantei e me dirigi para o primeiro andar sem fazer barulho, pois eram quatro horas da manhã.

Fui para a cozinha e abri a geladeira em busca da gelatina dos Deuses que Esme tinha feito na sobremesa do jantar, peguei um pouco numa taça e me sentei na mesa para comer.

Um barulho estranho veio da sala. Como estava tudo escuro eu parei de comer e congelei onde estava, se fosse um serial killer, provavelmente não poderia me ver. De repente a luz da cozinha acendeu e eu tomei um susto tão grande que quase me esborrachei de cara no chão. Mas quando vi que se tratava apenas de Bernard me tranquilizei.

– Oh meu Deus! Que susto, Ben. Nunca mais faça isso se novo!

– Me desculpe, cara. – ele riu meio sem graça. – Eu só vim pegar um pouco de gelatina.

– Não consegue dormir?

– Estou meio inquieto, tenho um jogo de xadrez amanhã.

Ben nunca realmente tentou deixar de ser nerd, apesar de almejar a boa vida da popularidade. Aqui ele simplesmente conseguia ser os dois com absoluta perfeição e ainda ser o mais novo galã da FHS.

Eu detestava admitir, mas de certa forma eu o invejava, devia ter usado a técnica dele desde o começo.

– E você? – ele perguntou. – Sem sono?

– Tive um pesadelo, na verdade. Você sabe que sempre que eu me preocupo com uma coisa acabo sonhando com isso. – suspirei. – Essa merda toda já está me dando nos nervos.

– Ainda não sabe o que fazer em reação á Bela. – constatou.

– Aham. Eu sei que ainda temos chance de nos acertarmos, eu só não sei como fazer isso!

– E... Se por algum acaso eu soubesse de alguma coisa que possa ajudar?

– Como assim? Ela te disse alguma coisa? – perguntei apressado, mal deixando ele terminar a frase.

– Talvez. – ele sorriu maliciosamente.

– O que ela disse? Pelo amor de Deus, Bernard, fala logo!

– Calma cara.

– Calma nada, me fala.

– Quer ajuda ou não? Não vou desperdiçar o meu tempo se você for dar pra trás.

– É claro que eu quero!

– Ótimo, porque eu tenho um plano! – seu sorriso aumentou ainda mais.

– O que tem em mente?

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:[tempo passando]:

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Estacionei meu carro ao lado da vaga de Emmett, tinha chegado quinze minutos mais cedo do que o horário normal, tinham apenas dois carros no estacionamento sem contar com o meu.

Ben parecia estar tão animado com o plano que bolamos na cozinha do que eu, mas isso era só porque ele adorava bancar o cupido.

Com um aceno de cabeça, ambos saímos do carro e caminhamos discretamente para dentro da escola e fomos até o armário de Bella. Ben demorou apenas cinco minutos para descobrir a combinação.

Não me demorei a colocar os três bilhetes que tinha escrito dentro do armário juntamente com um gato de pelúcia que Ben tinha ganhado há muitos anos num parque de diversões, mas o brinquedo tinha sido conservado dentro de um plástico.

Fase 1 completa.

Agora era só ela chegar e ver isso.

Seguimos para o estacionamento novamente, já tinham mais pessoas por lá. Conversamos com James, Seth, Phil e depois de um tempo Emmett por um bom tempo até os Swan chegarem no carro de Rose.

Nos despedimos de nossos amigos e voltamos para dentro da escola. Eu entrei na sala em que combinamos que eu entrasse e Ben ficou no corredor à espreita, só esperando que Bella fosse até o armário.

Minutos depois, ele me mandou uma solicitação de vídeo, enquanto ele gravava, eu assistia tudo em tempo real.

Bella estava em seu armário com Alice ao seu lado, elas conversavam divertidas até Bella perceber as coisas que eu tinha posto ali.

– Olha isso Allie. – ela disse surpresa e leu o primeiro bilhete: – Bom dia, linda. Gostaria poder dizer “Bom dia, linda como o dia”, mas Forks raramente nos agracia com dias bonitos, então você representa todos os dias lindos que a cidade não tem.

– Que lindo, Bella. – disse Alice animada.

– Ah, tem outro. – ela disse sorrindo ainda mais. – É a continuação do outro... Aliás, quem precisa de um céu azul quando tem os seus olhos, de um azul mais lindo do que o de qualquer céu? – ela terminou o bilhete com um sorriso bobo nos lábios, não pude deixar de sorrir também.

– Ela está mordendo a isca, cara. – Bernard disse todo feliz.

– Tem mais algum? – perguntou Alice.

– Tem mais um: Para me despedir, pelo menos por agora, eu lhe deixo um pequeno presente. Sei o quanto gosta de felinos e não podendo lhe dar um gato de verdade, te deixo esse gato de pelúcia e, se tiver sua aprovação, voltarei outra hora.

– OMG! OMG! OMG! OMG! – Alice quase gritou dando pulinho e batendo palmas.

*TRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM* O sinal tocou, elas saíram rapidamente dali e foram em direção ao corredor que eu estava.

– Oi Ben. – as gêmeas dele o cumprimentaram.

– Oi meninas. – ele respondeu.

O vídeo parou.

Fase 2 completa.

Agora era minha vez.

Saí da sala e pus o telefone no ouvido, como se estivesse falando com alguém, ao avistar as duas vindo ao final do corredor, fui na direção delas, falando alto e claro para que pudessem ouvir.

– Relaxe, querida, eu vou estar aí no final de semana. Sim, vou comprar minha passagem hoje. – já estava bem próximo delas quando falei: – Mulher, eu não vou te deixar na mão, ok? Eu vou aí te ver sim, pode ficar tranquila. – sorri falsamente. – Eu também. Beijos.

Mesmo não me virando para olhar, eu podia sentir o olhar fulminante e confuso de Bella nas minhas costas e sorri com isso, estava tudo dando perfeitamente certo.

Durante a aula de inglês – onde Sra. Tanner chorava copiosamente enquanto tentava explicar a importância de se ter uma boa gramática –, eu recebi sete mensagens de Alice, que com certeza foram digitadas por Bella, pois perguntavam desesperadamente com quem eu estava falando no telefone. Ignorei todas.

Passei todas as aulas seguintes ignorando as meninas também. Bella tinha colocado Rosalie, Jane e Angela no meu pé para saber o que eu faria no final de semana.

Bernard era um gênio!

No intervalo eu não pude escapar. Estava pegando os livros que usaria nas próximas três aulas e não deu tempo de fugir quando percebi que Bella se aproximava.

– Edward? – ela me chamou.

Ok, cara, não vá amarelar, hein?! Siga o plano á risca, não tem como dar errado! – minha consciência falou para mim, concordei com ela, eu não iria fraquejar.

Mandei uma mensagem para Ben, para que ele viesse me salvar, eu não poderia levar isso até o fim.

– Está falando comigo? – perguntei fingindo estar incrédulo.

– É claro. Tem mais algum Edward aqui?

– Eu não sei. – olhei em volta. – Talvez aquele cara ali de chame Edward. – apontei para um cara no corredor, mas eu sabia que ele se chamava Trevor.

– Edward. – ela se virou para mim com aquela cara de “pare de ser imbecil” – É sério, estou falando com você.

– Ah, então você está falando comigo agora? – ironizei.

– Oh, por favor...

– Por favor, digo eu! Você passa dias sem olhar na minha cara e agora quer falar comigo? – dei uma pausa. – Ok, me diga, o que você quer?

– Er... – ela desviou o olhar, sem graça. Mas se virou objetiva e disse: – com quem você estava falando no telefone hoje mais cedo?

Eu ri, ri muito. Não estava achando graça de verdade, mas fazia parte do plano.

– Está mesmo preocupada com isso?

– Edward eu...

– EDDIE... – Bernard gritou com uma voz esquisita do final do corredor e acenou exageradamente quando olhamos para ele.

– Eu tenho que ir. Nos vemos no almoço. – dei uma piscadela para ela e saí sem olhar para trás, mas pude ver Ben acenando cinicamente para ela.

Fase 3 completa.

Agora só faltavam mais duas etapas para completar o plano.

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:[tempo passando]:

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Cheguei no refeitório junto com Emmett, ele estava super animado com o treino de hoje, pois o Sr. Tanner estava com umas estratégias novas para usarmos no próximo jogo, que seria daqui há algumas semanas.

Pegamos nosso almoço e fomos em direção á nossa mesa de costume, todos já estavam lá conversando animadamente.

– Então gente... – Alice chamou nossa atenção. – Que tal nós irmos para Port Angeles no fim de semana?

– Por mim tudo bem; Vamos Emm? – disse Rosalie.

– Claro! Vai ser legal.

Ben me chutou por debaixo da mesa.

– Eu não posso ir. – disse.

– Por quê? – Alice perguntou, parecia estar mesmo interessada. Mas eu podia sentir Bella explodindo de curiosidade na minha frente, embora ela encarasse o prato, como se não estivesse prestando atenção.

– Eu vou para Nova York na sexta. – dei a “noticia” animado para meus amigos.

– Fazer o quê lá? – perguntou Rose, tentando parecer indiferente também.

– Visitar a minha mãe e mais algumas pessoas, e talvez eu vá ver o jogo dos Yankees no sábado. – dei de ombros. – Nada de mais.

– Que pessoas? – Bella perguntou alterada, atraindo a atenção de todos.

– Pessoas, amigos antigos, família, sei lá. Por que está tão alterada? Eu vou ver a minha mãe, não a Megan Fox.

Se Ben pudesse, com certeza ele estaria aplaudindo e/ou gargalhando agora.

Bella suspirou aliviada, eu nem precisava olhar para ela pra saber que ela estava com vontade de gargalhar das milhões de coisas que eu deixei que ela pensasse durante o dia todo.

– Desculpe. – ela murmurou sem graça desviando o olhar.

Ben me chutou mais uma vez por debaixo da mesa e sorriu.

Fase 4 completa.

Agora eu só precisava marcar um encontro.

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:[tempo passando]:

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Glee – Hungry Like the Wolf / Rio: http://www.youtube.com/watch?v=ynnVZEiZJM0


O plano estava indo mais do que perfeito. Melhor do que estava seria só se eu pudesse andar mais rápido.

Na terça feira eu pus cinco bilhetes no armário de Bella e ela estava sorridente e saltitante pelos corredores. Nós não nos falávamos muito quando estávamos juntos pessoalmente, mas isso era porque tínhamos um projeto importante de biologia para ser feito.

Eu não devia dar muita atenção á ela nesses dias em que estava mandando os bilhetes, o plano era para manter essa relação agridoce até o dia do encontro. Mas ela me mandou duas mil mensagens e eu tive que responder algumas, se não ela ou pesaria que eu endoidei de vez ou que eu só estava tirando uma com a cara dela. Ok, eu respondi todas as mensagens, mas o Ben não precisa saber disso.

Na quarta eu coloquei oito bilhetes, nem ao menos tentei esconder que os escrevia, fiz três deles sentado ao lado dela na aula de biologia, mas é claro que eu não a deixei ler nenhum deles.

Trocamos muitos olhares e sorrisos durante o dia inteiro, mas quase não nos falamos. Era como nos velhos tempos, quando tínhamos um caso escondido e ninguém podia desconfiar. Era até divertido ficar nesse joguinho de recados e olhares.

Na quinta feira eu mandei doze recados, todos eles tão “fofos” que chegavam até ser meio melosos. Dei á ela uma caixa de seus bom-bons favoritos e mandei o último recado em um papel diferente escrito com uma caneta verde de Tanya. O recado dizia simplesmente: “Você me daria à honra de um encontro? Sábado, ás 15:00 horas, no Hudson’s. Não precisa dizer nada. Estarei te esperando lá”

Mesmo assim, ela me mandou uma mensagem dizendo que iria ao nosso encontro. Ela estava morrendo de saudades de nós, não era impressão minha, pois ela tinha me dito isso com outras palavras quando conversamos por mensagem na terça.

Depois da aula, eu e Emmett fomos para o treino, que essa semana estava sendo bem puxado, mas com certeza, ganharíamos o próximo jogo de lavada!

O céu estava muito escuro para ás 14:00 horas, até mesmo para as nuvens carregadas de Forks, com certeza ainda hoje teríamos a chuva mais forte do ano. Eu só esperava que isso não atrapalhasse o meu encontro.

O treino começou. Estávamos todos indo muito bem. Estávamos todos mais fortes e rápidos também por conta de uma vitamina e umas barras de cereal especiais que davam um up na nossa disposição. Muitos garotos do time – como Phil, por exemplo – precisavam disso, pois seu futuro dependia do futebol.

No meio do jogo a minha visão ficou estranha, parecia que tinha algo nos meus olhos que estava deixando as coisas embaçadas. Dei uma parada e esfreguei os olhos com força a tentativa de me livrar daquilo, mas só piorou. Quando eu abri os olhos novamente já não enxergava mais nada, tudo era um grande borrão embaçado.

Tentei forçar os olhos para ver alguma coisa, mas tudo o que eu via borrado era cinza em cima, borrado verde em baixo e alguns borrões azuis e outros amarelos.

Merda, eu estava cego! E o pior é que essa não era a primeira vez que isso me acontecia.

– Cullen, a bola! – alguém gritou, mas eu não consegui ver quem era.

Entrei em desespero, eu não podia dar um passo ou arrebentaria a minha cara, já que o meu equilíbrio nunca foi dos melhores, ainda mais quando eu estou nervoso e não vejo pra onde estou indo.

Eu vi mais ou menos o borrão de uma coisa grande vindo na minha direção, não consegui identificar nem desviar. Ela acertou a minha cabeça em cheio, e eu caí a escuridão.

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:[tempo passando]:

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Quando eu acordei de novo eu ainda não enxergava mais do que um borrão, mas agora tudo estava branco. Entrei em desespero ao notar pequenos detalhes como eu estar deitado em um lugar duro e gelado, o cheiro de álcool no ar, rodas, aparelhos... Eu estava no hospital.

Puta que pariu! Fiquei cego de verdade.

– Edward. – uma voz conhecida me chamou. Demorei cinco segundos para reconhecer que era o meu pai.

– Pai? – chamei olhando para o nada.

– Estou aqui, filho. Vocês está bem?

– Estou cego. – disse com um nó na garganta.

– Como assim cego?

– Tudo o que eu vejo é um grande borrão, como se o foco da minha visão tivesse sido desligado.

– Olhe para mim. – ele pediu. Hesitante, virei minha cabeça em sua direção. – O que vê?

– Branco, azul, pele e loiro, tudo meio misturado num borrão.

– Acho que sei qual é o problema. – ele se afastou, pude perceber pois ouvi seus passos. – Alô, Jeremy? Aqui é o Carlisle... Você ainda tem aqueles óculos reserva?... É modelo, desculpe... Pode trazê-los par mim?... É que o meu filho não está enxergando, acho que ele está precisando de um óculos... Não, eu sei, só quero ver se é esse o problema dele... Aham... Ok, estou te esperando... Até.

– Eu vou ter que usar óculos? – perguntei espantado, me sentando com cuidado para não causar um desastre constrangedor.

– Acho que sim. Você parou de usá-los quando?

Não respondi. Merda! Os meus óculos estavam guardados na mala em que eu os trouxe, estava debaixo da minha cama.

– Edward, eu falei com você.

– Eunãoparei. – resmunguei.

– O quê?

– Eu não parei de usar os óculos! Quer dizer parei quando eu me mudei, eles me faziam sentir como um idiota.

– Já resolveram o problema? – perguntou Esme, um borro branco e rosa entrando.

– Estamos quase resolvendo. – ele disse e ficamos em silêncio por um tempo.

– Cheguei. – disse uma voz masculina desconhecida, provavelmente o tal Jeremy.

– Obrigado, Jeremy. – disse meu pai. – Edward, sabe qual é o seu grau?

– 4,75 de hipermetropia e 2,50 de astigmatismo. Deve ter piorado nesse tempo.

– Porra, tu é cego mesmo, véi. – ouvi a voz de Emmett. O que ele estava fazendo aqui, afinal?

– Cala a boca, Emmett. – advertiu Esme.

– Esse aqui seria o mais indicado. – disse o tal Jeremy.

– Vamos ver esse então. – disse o meu pai, logo em seguida colocando um óculos no meu rosto

E eu voltei a enxergar perfeitamente. Suspirei aliviado.

– Wow, eu pensei que ia ficar cego!

– Filho, você não sabe que tem que usar os óculos?

– Eu sei, mas ele me deixa com cara de bocó. – resmunguei.

– Que nada! Você fica lindo de óculos! – disse Esme.

– Oh, não adianta tentar puxar o saco não, Esme. Eu sei que eu pareço um retardado com essa tranqueira na cara.

– Está enxergando bem? – perguntou Jeremy. Ele era alto, negro, de cabelos curtos, usava óculos também e se parecia um pouco com o presidente Barack Obama.

– Perfeitamente. – sorri para ele.

– Ótimo, mas você tem que fazer um exame.

Franzi a testa, eu realmente odiava hospitais.

– Pode ser na segunda? – perguntei. – Eu tenho umas coisas pra resolver amanhã.

– Pode sim, marque com a recepcionista o horário que achar melhor. E pode ficar com os óculos até lá.

– Obrigado.

Ele se retirou e ficamos apenas eu, meu pai, Esme e Emmett. Olhei pela janela, já deviam ser umas cinco da tarde e estava chovendo muito. Eu estava dando graças á Deus que Ben tinha voltado com o meu carro, ir até a escola á pé ia ser um saco.

– Vamos embora? – perguntou Emmett.

– Vamos, deixa só eu arrumar algumas coisas aqui. – disse meu pai.

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:[tempo passando]:

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O tão esperado sábado chegou como um raio, eu mal vi a sexta feira passar. Não pude ir á escola porque fiquei jogando Tíbia até muito tarde e não consegui acordar nem com Bernard gritado naquele maldito megafone que ele tinha.

Suspirei e encarei o espelho. Até que esses óculos não eram tão ruins. Eles eram no estilo wayfarer e até que não me deixavam parecendo um retardado babão, embora eu parecesse muito mais nerd com eles.

A minha maior preocupação era Bella. Não queria que ela me chutasse porque eu estava esquisito. Embora eu achasse que ela não faria isso, mas nossa relação estava tão imprevisível que eu tinha medo de fazer qualquer coisa.

E eu nem poderia tirar os óculos perto dela porque eu não enxergaria nada. Eu tinha até que tomar banho de óculos agora, por causa da minha estupidez. Eu devia ter arrumado lentes de contato quando cheguei aqui.

Mas agora não adiantava mais chorar sobre os olhos danificados. Eu tinha um encontro pra ir e já eram 14:40.

Graças á Deus hoje não estava chovendo e nem estava frio, pra falar a verdade fazia até um solzinho tímido, e isso era um ótimo sinal!

Desci, me despedindo de Emmett e Rosalie, que estavam na sala lendo um livro com significados de nomes de bebês. Me despedi também de meu pai, que estava lavando o carro. Peguei o meu carro e dirigi devagar para a lanchonete.

O pai de Phil tinha comprado a lanchonete onde ambos trabalhavam e agora o negócio da família Hudson era o segundo lugar mais legal da cidade.

Chegando lá, eu me sentei em uma mesa perto da janela e esperei, estava dez minutos adiantado. Aí passaram-se cinco, dez, quinze, vinte minutos e nada da Bella. Será que ela tinha desistido? Mesmo desanimado, continuei lá por mais quinze minutos e nada. Estava prestes á ir embora quando recebi uma mensagem.

DE: Bella13

PARA: EddwC

Não vá embora! Estou chegando, te explico melhor quando chegar.

Suspirei mais aliviado e esperei mais um tempinho, não demorou muito para que eu a visse chegar á pé. Ela estava absurdamente linda como sempre, mas parecia estar cansada.

Me levantei para cumprimentá-la quando ela chegou. Eu não sabia muito bem o que fazer, devia ter perguntado á Ben, e como ela não fez nada eu também não fiz.

– Oi. – ela sorriu ofegante.

– Oi. – sorri também. – O que aconteceu? Por que está ofegante?

– Tive que vir á pé do supermercado pra cá, Jasper cismou de ir lá comprar sorvete pra ele e na hora da volta a moto dele quebrou. Foi um desastre. – agora tudo fazia sentido, o supermercado ficava do outro lado da cidade.

– Eu fiquei preocupado, pensei que você tinha desistido de vir.

– Eu nunca desistiria de vir ao seu encontro, Edward. – disse segurando as minhas mãos.

– Bom saber disso. – sorri torto encarando seus olhos azuis brilhantes.

Ficamos nos encarando olhos nos olhos por um tempo. Nervoso, sem saber o que fazer em seguida, umedeci o lábio inferior e tentei desviar o olhar, mas antes que pudesse fazê-lo, ela pegou meu rosto entre as mãos e me beijou.

Ok, não fui um beijo daqueles, tipo desentupidor de pia, foi só um selinho, mas foi o bastante para me arrepiar da cabeça aos pés. Deus, como eu estava com saudade disso!

Mas ela se afastou rápido de mais e, aproveitando a deixa, eu disse:

– Precisamos conversar.

– Eu sei. – puxei a cadeira pra ela, ela se sentou.

– Quer Milk shake? – perguntei.

– De morango, por favor.

Com um aceno de cabeça fui até o balcão onde estava Phil, ele me cumprimentou todo animado. Conversamos enquanto o lanche não ficava pronto e logo eu voltei para a mesa.

– Obrigada. – ela disse quando entreguei o Milk shake pra ela.

– De nada. – disse me sentando na sua frente. Fiamos em silêncio por um tempo, mas eu tomei coragem suficiente para falar:

– Então, Bella... Eu não gosto de fazer nada pelas beiradas, você sabe que eu sou objetivo. Eu queria te pedir desculpas pelo que aconteceu em Las Vegas, eu agi como um completo imbecil, fiquei com ciúmes sem você ter dado motivo nenhum. Me desculpe mesmo, eu não tenho grandes experiências em relacionamentos, eu sou um idiota e...

– Hey. – ela me interrompeu. – Eu também estava sendo infantil, não devia ter levado adiante uma coisa tão boba. – segurou minha mão por cima da mesa. – É claro que eu desculpo você, não precisa ficar se auto criticando. Vamos esquecer aquilo, ok? – ela apertou minha mão, retirando sua mão de cima da minha logo em seguida.

– Ok. Er... Obrigado. – dei um meio sorriso e olhei pela janela, estava tão nervoso...

O tempo estava começando a fechar, logo ia chover. Eu não sabia por que ainda me importava com isso.

Talvez seja porque você não sabe o que dizer. – disse minha consciência, dessa vez eu tinha que concordar com ela.

– Você fica bonito de óculos. – ela disse do nada.

– O quê? – raciocinei durante dois segundos e entendi a pergunta. – Ah, você acha?

– Sim, fica com um ar mais intelectual... Combina com você.

– Obrigado. – murmurei completamente sem graça.

Um silêncio incômodo reinou entre nós. Talvez apenas eu me sentisse incomodado, pois ela tomava o Milk shake tranquilamente.

É porque ela sabe suportar uma seca melhor que você. – Disse minha consciência, eu pude vê-lo erguendo as sobrancelhas e sorrindo debochado.

Ok, não era porque eu estava com... muita saudade dela que eu estava surtando por aí.

Não! Que isso! Você só tentou se masturbar três vezes essa semana, mas foi quase pego por Emmett e interrompido por Carlisle e Alice. Faça-me um favor garoto... – ele disse irônico.

– Ah, você é um idiota! – resmunguei baixinho.

– Falou alguma coisa? – ela me perguntou.

– O quê? Eu? Não. Não disse nada.

Ela assentiu desconfiada e deu mais um gole no shake. Cocei a nuca e desviei o olhar por mais um minuto.

– Edward. – ela me chamou preocupada.

– Sim?

– Você está se sentindo bem?

– Estou. Me desculpe, eu... só estou um pouco cansado.

E sexualmente frustrado. – ele disse levantando as sobrancelhas, esse maldito estava me desafiando.

Vai dizer que estou mentindo? – ele perguntou. É, não estava. Senti meu rosto corando, merda!

– Você me parece algo mais do que só cansado. – ela comentou – O que está acontecendo? Você nem tocou no Milk shake.

– Nada. – sorri amarelo e bebi um grande gole do shake.

– Edward, você está estranho, falando sozinho e corado. O que foi?

– Não foi nada, docinho. – sorri tentando passar confiança.

Cara, para com essa palhaçada... Chame-a logo para ir para o carro, tem tantas florestas aqui, você pode parar em uma delas, ninguém vai ver. – ele sorriu torto. Maldito.

Semi-cerrei os olhos para ele e fiz mentalmente um sinal dizendo que estava de olho nele.

– Eu sei que tem alguma coisa. – ela balançou seu copo já vazio. E me fitou tentando captar o que estava errado comigo.

A única coisa errada aqui são todas essas roupas e pessoas em volta. – disse o mini Edward. Ele estava mais desesperado por sexo do que eu.

Mentira! – ele girou na minha cabeça. O ignorei.

– Como foi sua manhã? – perguntei para Bella tentando esquecer o babaca mor que me aporrinhava.

– Ah... Eu acordei cedo com a Rose desesperada com desejo de comer giz de cera. Tive que ajudar minha mãe com umas coisas e demorei horas pra escolher essa roupa, o tempo parecia estar tão bom, mas agora já está fechando de novo.

Não precisava ter se dado ao trabalho. Vai ficar sem ela na parte mais importante do dia de qualquer jeito! – disse o mini Edward.

Meu Deus... Bella criou um monstro dentro de mim!

– É verdade. – disse tentando disfarçar o quão nervoso já estava com essa maldita dessa minha consciência. – Sempre detestei o tempo daqui.

– Você vem de uma cidade cem por cento ensolarada, não tinha como gostar do clima daqui.

– Fato. – ri. – Um dia ainda vou te levar pra conhecer Phoenix, você nunca vai querer outra coisa.

Fazer amor com ela vendo seu rosto iluminado pelo sol brilhante e quente de Phoenix vai ser um ponto alto na nossa vida. – ele disse todo animado

– Eu vou cobrar, hein? – ela ergueu uma sobrancelha.

– Não vai precisar.

Imagine só Eddw, não precisa ser uma coisa muito grande... Vocês dois no banco de trás do seu carro no meio de uma floresta afastada. Sua boca percorrendo cada centímetro do corpo dela, beijando, acariciando. Ela arranhando seus ombros e costas, gemendo em êxtase pelo prazer que só você consegue fazê-la sentir... – na medida em que ele foi falando eu pude imaginar a cena e o meu coração disparou, mas eu o interrompi antes que outra coisa disparasse.

– CALA A BOCA! – gritei.

– Edward! – Bella me chamou a atenção, ela estava com os olhos arregalados.

Só aí eu percebi que tinha gritado de verdade, senti minha cara arder de vergonha instantaneamente.

– Ah. – arfei e fiz o que me pareceu uma careta bem esquisita.

– Você está bem?

– Sim. Er... Me desculpe é que eu estão com milhões de coisas na cabeça e... Quer ir embora?

– O que?

– Vamos embora! – me levantei rapidamente. – Já terminou isso aí né?!

– Sim, mas você não...

– Eu não quero isso, venha, vamos. – deixei o dinheiro sobre a mesa e praticamente a arrastei para fora dali.

Quando chegamos onde o meu carro estava estacionado eu a encostei contra o carro e lhe beijei de forma tão intensa e cheia de saudades que eu podia crer que chegava até ser meio obsceno para quem via de fora. Mas no momento em que ela agarrou meus cabelos e me puxou para si, eu me senti tão aquecido e em casa que nada mais me importava.

– Oh, meu Deus, como eu senti falta disso! – ela ofegou rindo enquanto entrávamos no carro.

– Eu também, meu amor, você não faz idéia. – disse antes de beijá-la novamente.


Narração: 3ª Pessoa


Eles estavam na casa da árvore construída há treze anos nos fundos da propriedade dos Black. Jacob andava de um lado para o outro tentando bolar mais um plano mirabolante enquanto Leah tentava em vão acalmar o “namorado” que só conseguia falar em uma coisa o dia inteiro:

– Eu vou destruir Edward Cullen! – ele rosnou. – Quem ele acha que é? Ah, se ele pensa que vai acabar com a minha vida assim ele está muito enganado. Eu já planejava me vingar dele há algum tempo, mas agora...

– Jake... – Leah se levantou indo até ele e segurando seus ombros. – Pare com isso, ele não te fez nada!

– Como não? Ele chegou aqui se achando o rei da cocada preta. Tirou a Isabella de mim, me fez cair no esquecimento por todo mundo e agora ele está prestes a tirar o meu cargo no time também.

– Como assim tirar o seu cargo?

– O Sr. Tanner acha que ele tem uma conduta melhor que a minha. Mesmo ele não sendo tão bom jogador, eu ouvi o treinador dizer que queria colocá-lo como o novo co-capitão dos Rockets.

– Por que isso, Jacob? Você está se metendo em alguma encrenca? – ela perguntou preocupada e um tanto nervosa. Sabia que o namoro deles não era nada sério e sabia que ele não gostava dela tanto assim, mas ela o amava de verdade.

– Não é nada de mais... – ele revirou os olhos e tentou se afastar, mas ela não deixou.

– Diz pra mim, Jake, o que você está aprontando?

– Acredite em mim, Linda, não é nada com o que você precise se preocupar. – ele acariciou o seu rosto tinha um sorriso estranho nos lábios. – Eu vou dar um jeito nisso, eu te prometo. – lhe deu uma piscadela e um selinho.

Leah não falou mais nada, discutir com Jacob nunca era uma boa opção. Mas que tinha algo muito errado com ele... Ah, isso ela tinha certeza absoluta que tinha.

Ela só esperava que isso não fosse prejudicá-lo. Ela era capaz de fazer qualquer coisa para livrá-lo de um problema.

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:[tempo passando]:

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As sapatilhas batiam contra o chão ecoando em um leve e delicado som pelos corredores completamente vazios da Forks High School. Bella tinha terminado de ajudar a Sra. Cope na biblioteca e estava ansiosa para chegar á casa de seu namorado, ele lhe tinha prometido um grande programa para essa noite de sexta-feira.

Ela veio pelo corredor com os olhos fixos num grande pôster que anunciava que comitê do baile de formatura já arrecadava fundos para o evento que seria daqui á mais ou menos três meses. Ela estava tão atônita, perdida em pensamentos que se ele não a puxasse pelo braço, ela não o notaria ali.

– Jacob? – perguntou assustava fitando os olhos negros de jabuticaba. – O que está fazendo aqui? – puxou o braço para que ele a soltasse e ele o fez.

– Eu precisava falar contigo.

– Não tenho nada para falar com você. – saiu andando, mas ele a segurou novamente.

– Por favor, me escuta. Eu juro que estou vindo em paz.

Ela revirou os olhos e se deu por vencida:

– Ok, você tem cinco minutos.

– Eu queria saber o que está acontecendo com você... Você está me parecendo tão triste.

– Eu estou perfeitamente feliz. – disse com os olhos arregalados ao ouvir tal absurdo.

Mas ele ignorou por completo o que ela disse.

– O Cullen está te fazendo algum mal? Eu soube que vocês estavam brigados e...

– Nós estamos bem, Jacob. – disse nua voz cansada. – Nunca estivemos melhor.

– Eu não vi vocês juntos essa semana...

– Não nascemos grudados. – respondeu rápida e fria. – Me diga logo aonde você quer chegar com essa palhaçada, eu tenho hora pra sair daqui.

– Ok, me desculpe, eu estou sem jeito de falar... Mas você está tão diferente!

– Diferente?

– Sim! Você está agindo diferente, falando diferente... Olhe as roupas que está vestindo. Você sempre odiou azul.

– As pessoas mudam.

– Não, você não pode mudar! Pelo amor de Deus, Bella, não abandone quem você é.

– Talvez eu seja assim agora! – disse já irritada. – O que você quer, afinal?

– Eu quero que você volte a ser como era. Quero que tudo volte a ser como era antes. Nós somos uma dupla imbatível, sempre fomos.

– Nós deixamos de ser uma dupla há muito tempo, Jacob. – disse incrédula com o que ouvia, Jacob com certeza não estava em seu estado normal, ela se afastou um pouco.

– Mas e o nosso reinado? Nós mandávamos na Forks High School! Podemos voltar a governar isso aqui e sermos nomeados rei e rainha do baile. – seus olhos brilhavam de um jeito estranho.

– Eu não quero um reinado, eu não quero mandar em nada. Eu só quero ser feliz, você devia fazer o mesmo.

– Só posso ser feliz se você voltar para o meu lado. Lembra de como era bom? Todos eram nossos fantoches, nós nos divertíamos muito governando a escola.

– Pelo amor de Deus, Jacob. A vida não se resume a isso!

– Bella, por favor...

– Você perdeu, Jacob. Supere! – ela quase gritou.

Ele também se estressou. Não iria mais tentar ir pelas beiradas, foi direto ao ponto, onde ele queria chegar desde o começo:

– Eu acho melhor você se afastar do Cullen ou...

– Ou o que? – perguntou alterada levantando o queixo. – Você vai fazer o quê? Vai me bater? Faça isso, e eu tenho certeza de que Edward vai ficar muito feliz em quebrar a sua cara. – ela lhe apontou o dedo na cara. – Não. Ouse. Me. Ameaçar. Eu não sou um fantoche seu e você sabe do que eu sou capaz. Fique fora do meu caminho e do caminho dele, ou vai ser pior pra você.

– Eu não tenho medo de você e muito menos do seu namoradinho. Não quis me ouvir? Tudo bem, depois não diga que eu não dei uma chance. Mas quando sobrar pra você, não venha me pedir ajuda.

– Vai se foder, seu babaca!

Ele riu.

– Vamos ver quem vai se foder no final da história, querida.

Com a cara amarrada, ela se virou e foi andando em direção a saída sem olhar para trás. O desespero foi tomando conta dele a cada passo que ela dava, seu plano não podia fracassar assim, ele não queria ter que atingi-la também.

– Você nem o ama de verdade! Eu sei disso! – ele gritou, tentando se agarrar á ultima esperança de fazê-la vacilar.

– Eu não sou como você, Jacob. Não mais. E se você quer saber, azul sempre foi a minha cor favorita! – ela disse antes de se virar e dar o fora dali o mais rápido que podia.

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Notas finais do capítulo

Eu amo reconciliações *O* (acho q todo mundo já sabe disso né?) UASHUASHUASH
Os agradecimentos da vez vai para ás lindas & maravilhosas: PrincessLautner, Páh Cullen, Lu Nandes, MellyCullen, Bia_Babi_Cullen, Charlize e BlairBlack. Obrigada meninas, amo vocês S2
Ficou muito cansativo de ler? Eu desacostumei com capítulos grandes, não sei... Não deu pra dar um Up na Alice nesse cap, mas no próximo eu tenho algo pra ela, prometo.
E o próximo capitulo... Quem Tem Medo Do Lobo Mau? Vamos ter mais uma festa! *Pergunta: Esse povo de Forks não estuda nem lava louça não? Pow, já é a 7ª festa da fic! Resposta: Não! Eles só vivem pra isso mesmo!* ok, ok... Vai ter uma festa á fantasia organizada por Duende Newton e sua mais nova namorada Jessica Stanley. Jacob finalmente vai por seu plano em ação *medo* E vamos ter uma GRANDE, MUITO GRANDE surpresa! Mas a pergunta é: será que Alice vai suportar mais um dia de fantasia?
Ah, me digam... Por que vocês acham que o Jacob vai ser tirado do cargo? O que será que ele está aprontando (além de ferrar com a vida do Edward?)? Eu só digo uma coisa, ISSO vai ser fatal para o fim dele.
Podem apostar suas fichas, to aceitando apostas em dinheiro também ;D UASHUASHUASHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSH ok ok, brinks.
E... Eu acho que isso é tudo, pessoal.
Beijos na Bunda!



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