O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 18
17 – Se Um Jacob Incomoda Muita Gente...


Notas iniciais do capítulo

Hi Girls! Como estão minhas garotas favoritas hoje?
Foi malz pela demora, esse cap nem foi difícil de escrever, mas parece que TUDO resolveu me acontecer semana passada.
Eu estava ansiosa para que essa cap chegasse, ele foi uma das primeiras idéias que eu tive para aumentar o ódio mortal Edward X Jacob.
Espero que gostem.



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Capitulo 17 – Se Um Jacob Incomoda Muita Gente...
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 “Se é de Deus que você está brincando
Bom, então temos que fazer mais amizade
Porque deve ser tão solitário
Ser o único que é sagrado

É só a minha humilde opinião
Mas é a única na qual acredito
Você não merece um ponto de vista
Se a única coisa que você vê é você

Você não tem que acreditar em mim
Mas do jeito como eu vejo isso
Na próxima vez que você apontar um dedo
Eu posso ter que dobrá-lo pra trás
Ou quebrar, quebrá-lo
Na próxima vez que você apontar um dedo
Eu o apontarei para o espelho

 (Paramore – Playing God)

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:[tempo passando]:

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– Edward. – Bella gemia enquanto cavalgava no meu colo.

Ela estava vestida apenas com a camisa dos Yankees que eu comprei da ultima vez que estive em Nova York. Eu segurava possessivamente seus quadris, a ajudando a manter a velocidade.

– Isso, baby... – gemi. – Eu tô quase lá.

– Eu também. – ela gemeu ofegante, rebolando contra o meu membro e arranhando o meu peito. – Ah...

Senti suas paredes apertando o meu membro e isso foi a gota d’água para que eu também chegasse ao orgasmo. Puxei Bella para se deixar em cima de mim, ainda nos mantendo conectados.

Depois de ambos nos recuperamos de nossas respirações ofegantes, Bella se separou de mim, me tirando de seu interior, se deitou ao meu lado e disse:

– Chega, Edward. A gente não pode continuar assim.

– Assim como?

– Sem proteção. Eu não quero ficar grávida, portanto, se você quiser mais, levanta e vai comprar camisinha.

– Você não toma anticoncepcional? – perguntei espantado, me sentando.

– Não. Eu disse pra você que eu não conseguia tomar porque sempre esquecia e essa parada de remédio regulado nunca funcionou comigo.

Merda! – gritei internamente. Eu era muito novo para ser pai! Como eu ia para a faculdade e cuidar de um moleque, sustentar e... trocar fralda? Meu Deus! Eu estou perdido! Merda, Edward, seu boçal, eu sabia que você ia acabar estragando tudo. E agora? Como eu iria contar para os meus pais que vou ser pai? Nossa... Elisabeth vai ter um AVC, Carlisle vai me expulsar de casa, Charlie vai bater no meu pau com um bastão de basebol até arrancá-lo fora. E eu vou ter que morar com Bella e meu filho recém nascido debaixo da ponte... As pernas da Bella iam congelar e eu ia trabalhar de pedreiro, meu filho vai ter que vender crak para ajudar na renda. Minha vida estava acabada!

– Edward? – Bella me chamou sacudindo o meu braço. – Edward?

Olhei para ela com os olhos arregalados. Eu, definitivamente não estava pronto para ser pai, mas é claro que eu não iria abandoná-la agora. Eu ficaria com ela até o fim.

– Edward... Você está bem? – ela perguntou desconfiada.

– Olha... Eu... Eu juro que vou fazer o possível e o impossível para que dê tudo certo. Eu posso arrumar um emprego, eu sou quase superdotado – só não me considero de fato porque sou meio débil 50% do tempo. – qualquer um vai querer me contratar. Nós podemos pensar em mil jeitos de contar para os nossos pais e podemos alugar um apartamento quando formos para Harvard e...

– Hey. – ela me interrompeu. – Do que você está falando?

– Eu te amo muito, não vou te abandonar. Nós vamos passar por isso juntos.

– Do que diabos você está falando?

– Como do que? Do nosso bebê.

– A... – ela arregalou os olhos e depois deu uma gargalhada. – Só você mesmo, Edward.

– Do que está rindo?

– Eu não estou grávida.

– Não? – meu coração se encheu de expectativa.

– Não.

Suspirei aliviado. Por mais que amasse Bella incondicionalmente, eu realmente não estava pronto para ser pai. Eu ainda me considerava débil demais para isso, sem contar que eu era um péssimo exemplo.

– Graças á Deus! – soltei. – Não que eu não quisesse ter um filho com você, docinho. É só que... Isso agora ia ser um desastre.

– Eu sei. – ela riu. – Fique tranquilo, eu posso não tomar anticoncepcional, mas eu tenho outros jeitos de evitar... Só que não são tão certos e seguros.

– Ah, sim... – murmurei me sentindo um babaca, por causa do meu equivoco.

– Você vai lá ou não? Eu estou com sono.

– Eu também. Podemos dormir e depois...

– Não. Eu te conheço, se você não for agora vai esquecer. A farmácia é daqui há duas ruas, não vai demorar nada.

– Vai me esperar acordada?

– Vou.

– Ok. – me levantei e fui até o guarda roupas. – Pode dar uma olhada no Stew para mim? Acho que ele não está muito legal.

– Desde quando Stew é nome que se coloque em um lagarto?

– Stew é um nome nobre, e eu gostei da idéia desse nome pra ele. Dá pra ficar de olho nele?

– Claro. – ela rolou os olhos.

Me enfiei debaixo de um monte de roupas pesadas, ainda estava bem frio lá fora.

Não fui de carro, a farmácia era tão perto que eu iria demorar mais se fosse de carro, porque a minha rua era contra-mão. Demorei uns cinco minutos para chegar lá, mas ao chegar lá e ver tantas opções eu fiquei confuso, deveria ter perguntado á Emmett primeiro. Tinha camisinha com gosto de morando, uva, abacaxi, menta, tinha uma que brilhava no escuro, uma que era gelada, outra que prometia a sensação de não estar usando nada e até uma com estampa de oncinha.

– Eddie, meu caro. O que faz por aqui? – perguntou Seth.

– Ah, oi Seth. Eu... er... – apontei para as camisinhas. – Pode me ajudar?

– Você não sabe comprar preservativo?

– Sei... É que... Não tem o que eu estou acostumado a comprar. – menti.

– Ok. Olha, essas aqui são boas. – ele disse me apontando para uma que tinha embalagem roxa.

– Obrigado. – eu disse pegando quase todas as que tinham. O que? Só eu sabia a namorada que eu tinha tá?

– Eita. – Seth riu. – Vai dar uma festa?

Não, tem uma garota ninfomaníaca na minha cama.

– Não. – eu ri. – Só é bom ter em estoque. – ele não tinha nada há ver com isso. – Veio comprar o que?

– Remédio para dor de cabeça, para a minha mãe. – ele erguei a bolsa plástica da farmácia.

– Ah, sim. – disse indo até o caixa, ele me seguiu.

Coloquei as camisinhas sobre o balcão, a caixa me olhou com uma cara de “hum, safadinho”, mas eu ignorei. Paguei, coloquei a bolsa no bolso enorme do meu casaco e saí acompanhado de Seth.

– Valeu, cara. Até segunda. – eu disse.

– Até.

Eu atravessei a rua, que até então estava deserta. E então eu ouvi Seth gritar:

– CUIDADO EDWARD!

Não deu tempo de fazer nada além de olhar para o lado e ver um carro preto vindo á toda na minha direção. Não deu tempo nem de reconhecer o motorista, só vi de relance que ele tinha o cabelo preto. E então o carro bateu nas minhas pernas, me fazendo rolar por cima dele, o carro parou, me jogando para frente e cair que nem uma jaca no chão rolando várias vezes até parar.

De inicio eu não senti nada, ainda estava em choque. Mas ao perceber que Seth estava gritando desesperado eu percebi que não conseguia me mexer, estava com muita dor na perna esquerda. Eu podia sentir alguma coisa molhada em baixo de mim, sangue. A minha cabeça começou a rodar e a minha visão escureceu... E eu apaguei.

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Narração: Carlisle Cullen

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– Eu aposto que ganho de você nessa, Carl. – disse o meu colega de trabalho, John.

– Duvido muito. – respondi.

Nós dois estávamos na sala de repouso do hospital jogando Guitar Hero e eu com certeza era muito melhor do que ele. Estava mandando super bem num solo dificílimo, quando Martha, uma das enfermeiras entrou correndo na sala:

– Dr. Cullen, Dr. Cullen, venha rápido. – ela disse desesperada.

– O que foi Martha? – perguntei perdendo vários acordes.

– O seu filho... Ele foi atropelado.

Arregalei os olhos e deixei a guitarra cair. Edward? Atropelado? Como? Eu pensei que ele ia passar o dia com a Bella.

– Como ele está? – perguntei.

– Inconsciente.

Larguei tudo o que estava fazendo e saí correndo junto com a Martha, Edward estava na emergência, todo machucado, eu fiz questão de cuidar particularmente dele. Depois de fazer os exames básicos foi um alivio saber que ele não precisava de cirurgia, só uns pontos e gesso na perna esquerda, o único problema era que ele tinha perdido muito sangue e nós não tínhamos o mesmo tipo de sangue dele no estoque do hospital. Então eu mandei chamar todo mundo, alguém tinha que ser O positivo.

– Alguém aqui é sangue O positivo? – perguntei ao chegar na sala de espera.

– Eu sou. – disse Rosalie rapidamente, se levantando num salto.

– Por quê? O Edward está...? – ela não completou a frase.

– Ele perdeu muito sangue e precisa repor, mas no nosso estoque só tem O negativo.

– Não tudo bem, eu fiz dezoito anos na semana passada, posso doar tranquilamente.

– Quer fazer um exame para ver se está tudo me cima antes? – perguntei seguido o protocolo

(N/A da autora: Não sei se tem isso no tal “protocolo”, mas vamos fingir que tem)

– Claro. – ela deu de ombros. – Vamos.

O exame demorou uns vinte minutos para ficar pronto. Depois de ver o resultado eu não sabia com que cara ficar, caminhei ainda incrédulo para a sala de espera, eu infelizmente tinha que contar o resultado para todos.

– Rosalie, você não vai poder doar sangue para o Edward. – disse numa voz estática.

– Por quê? – vários deles perguntaram preocupados, eu demorei um pouco para responder.

– Porque você está grávida, Rose.

A sala ficou completamente silenciosa, todos pareciam estar tão chocados quanto eu.

– Dá pra saber de quantas semanas? – a ouvi perguntando baixinho.

– Aproximadamente três semanas.

E então Emmett desmaiou.

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:[tempo passando]:

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Narração: Edward Cullen

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Eu sentia um desconforto tenebroso, parecia que eu tinha ficado na mesma posição por dias. Entre abri os olhos e as luzes da sala me cegaram, esperei até minha visão se estabilizar para abrir os olhos completamente.

Dei uma checada no quando onde eu estava. Ele era todo branco e azul claro, tinha poucos móveis e cheirava a álcool. Tinha alguém jogando vídeo-game na televisão que tinha no quarto. Eu só percebi que era um quarto de hospital por causa do soro ao lado da cama e as roupas que eu vestia.

– Ainda bem que você acordou. A vida está um caos lá fora, parece que a falta da sua presença mexe com o equilíbrio de algumas pessoas. – disse alguém ao meu lado, virei a cabeça para constatar que era Jasper, ele estava vinda na minha direção. – Como se sente?

Um pequeno flashback do que tinha acontecido antes de eu apagar passou pela minha cabeça.

– Parece que um carro me atropelou. – fiz piada. Pelo menos ele riu.

– Só você mesmo. – ele disse rindo. – Sério, cara. Como se sente?

– Normal. Quer dizer... algumas partes do meu corpo estão dormentes e parece que eu fiquei sem me mover por dias, está tudo rígido, mas... estou bem.

– Isso é ótimo! Eu disse para a Bella que vaso ruim não quebrava, mas ela preferiu se desesperar.

– Onde ela está?

– Alice a arrastou para a escola. Eu saí mais cedo porque o Sr. Molina não foi a escola e vim pra cá.

– Ah, sim.

– Carlisle está em horário de almoço. Quer jogar Playstation?

– É claro que sim!

Ele ajudou a inclinar minha cama enquanto me contava como ele e Emmett conseguiram contrabandear um monte de coisas para dentro do hospital, como vídeo-game, CD’S, DVD’S, comidas gordurosas e charutos cubanos que ninguém fumava, mas era legal para tirar onda.

Passamos toda a hora seguinte jogando Street Fighter e conversando normalmente, nem parecia que eu estava internado no hospital. A única coisa de diferente que aconteceu foi que ele disse que tinham muitas novidades, mas ele não ia me contar porque seria fofoca.

– Pare de trapacear, Jaspion. – eu disse depois de receber um combo de golpes dele.

– Não estou trapaceando, você que está enferrujado.

– Ah, é? Vou te mostrar quem está enferrujado, seu otário.

A porta do quarto se abriu, Bella passou apressada, sem realmente olhar para nada. Me distraí do jogo com sua presença, ela parecia cansada, nem a maquiagem era capaz de disfarçar que ela não andava dormindo bem. Ao ver que eu estava acordada ela arregalou os olhos e sorriu.

– EDWARD! – ela gritou e veio correndo na minha direção.

Ela praticamente se jogou na cama e me abraçou de leve como se eu fosse quebradiço. Não precisava disso, eu me sentia muito bem, apesar de tudo.

– Quando você acordou? – perguntou ao se afastar e segurar minha mão.

– Uma hora, mais ou menos.

– Como se sente? Está com dor?

– Não, eu estou bem.

– Bem? – perguntou desconfiada.

– Muito bem. – sorri lhe passando confiança. – Nem parece que fui atropelado. – menti.

– Eu estava sentando tanto a sua falta. – ela me abraçou novamente. – A vida está um caos lá fora.

– O que de tão ruim está acontecendo para que todo mundo fale a mesma coisa?

– Eu te conto depois, agora me dá um beijo, não estou aguentando de saudades. – ela disse antes de colar os lábios nos meus.

– Que nojo vocês! Vou ver se o Carlisle já voltou do almoço. Vocês têm dez minutos. – ouvi a porta batendo em seguida.

– Há quanto tempo estou aqui? – perguntei quando nos separamos.

– Eles tem te mantido em coma induzido há cinco dias.

– Por quê?

– Você perdeu muito sangue e se machucou muito, seu pai achou melhor assim.

– Sei. Hey, será que eu podia ganhar mais um beijo?

– E você ainda pede? – ela riu, me beijando novamente.

Os minutos seguintes passaram voando. Quando Carlisle entrou na sala para checar o meu estado eu fiquei pasmo, nunca tinha visto o meu pai tão agoniado na vida. Mas garanti a ele que já passei por coisas piores do que uma perna quebrada, embora não fosse verdade.

Antes de sair, ele me liberou para ficar sentado, Jasper logo se despediu e foi embora porque tinha ensaio com a banda. Bella se ajeitou para deitar ao meu lado, milagrosamente sem encostar em nenhum dos meus pontos.

– O que eu perdi? – perguntei para ela.

– Tanta coisa, eu nem sei por onde começar... Ah, a Tanya está saindo com a nojenta da Mallory, James está possesso com isso. – nós dois rimos. – Sr. Tanner e a Sra. Daniels já se casaram e graças á Deus ele conseguiu a guarda da filha. E o Jacob está todo marrentinho se achando o rei da escola, ele até saiu no braço com o Seth por causa da Lea. Você sabe que eles tem um rolo, certo? – assenti. – Sem contar que o Black não está perdendo a oportunidade de importunar ninguém do nosso grupo, ontem quase que o Emmett bateu nele também.

– Esse cara é um babaca.

– Amor, tem certeza de que não se lembra de quem te atropelou?

– Eu não vi quem era. Por quê?

– Acho que possa ter sido Jacob.

– Ele não chegaria a tanto.

– Sim, chegaria! Eu o conheço, Edward, ele é perigoso. Ontem, Emmett quase bateu nele porque ele foi na nossa mesa de almoço perguntar se você tinha morrido.

– Sério? – perguntei pasmo.

– Sim. Eu até fui conversar com o chefe de policia depois, não tenho nenhuma prova, mas tenho certeza que ele fez isso, e não foi acidente.

– Nós vamos cuidar disso. – garanti a abraçando, ela deitou a cabeça de leve no meu peito.

– Ficou sabendo de Emmett e Rose?

– Não. O que aconteceu?

– Eles...

A porta se abriu e Emmett passou desesperado pela mesma. Esse cara não morria tão cedo.

– Bella, cai fora. – ele disse.

– Vai se ferrar, McCarty.

– É sério, Bella, eu preciso falar a sós com ele.

– Vai lá, linda. Não vai demorar.

– Ok. – ela murmurou se levantando e saiu do quarto.

Emmett puxou uma cadeira para o lado da cama e se sentou. Ele parecia nervoso, suas mãos não paravam quietas e ele não conseguia achar um ponto fixo para olhar.

– Cara, você está bem? – perguntei. Ele me olhou confuso, mas logo respondeu.

– Sim, me desculpe. Eu que devia te perguntar isso. Como está se sentindo?

– Estou bem. Mas você parece estar pior do que eu.

– Eddie, eu preciso da sua ajuda.

– Eu sei. – ri. – O que aconteceu?

– Rose está grávida.

Meus olhos se arregalaram e o meu queixo caiu. Eu não sabia o que dizer.

– Er... A... Meus... Parabéns? – disse incerto.

– Obrigado. – ele riu. – É difícil de acreditar, estou tentando lidar normalmente com isso há dias, mas acho que é impossível.

– Como isso aconteceu?

– Bem... Você sabe. – ele deu de ombros. – Quando um cara e uma garota namoram, eles costumam a...

– Não estou falando disso, Emmett!

– Ah... Foi um acidente.

– E no que você precisa da minha ajuda?

Ele abriu um sorriso malicioso, eu já sabia que vinha merda por aí...

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:[tempo passando]:

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– Tem certeza que está bem para ir a escola, querido? Carlisle pode te dar um atestado de mais uma semana, ou pelo menos até você tirar esse gesso. – disse Esme, ela já estava tentando me convencer a ficar em casa fazia uma meia hora.

– Está tudo bem Esme. – garanti. – Eu não gosto de perder aula e, aliás, minha estadia hoje na escola é quase obrigatória.

– Tem certeza?

– Claro, eu vou com o Emmett e a Alice, vai ficar tudo bem.

– Qualquer coisa, ligue para casa, ok?

– Pode deixar. – disse pegando as muletas e me levantando. – Qualquer coisa eu te aviso.

– Obrigada, querido. – Esme sorriu e abriu a porta da sala para mim.

Eu tinha saído do hospital há três dias, depois de passar duas semanas internado, achei um grande exagero da parte do meu pai, mas eu não podia contestar, querendo ou não eram ordens médicas de um pai preocupado.

Como a temporada de neve já havia passado, os Rockets tinham voltado a treinar logo na primeira semana de aula e o próximo jogo seria daqui há duas semanas, eu não sabia se estaria liberado para jogar até la.

Demorei um pouco para chegar na garagem, o chão estava molhado e eu ainda não tinha me acostumado completamente com as muletas. Entrei no carro de Emmett, sentando no banco detrás para poder esticar a perna quebrada.

– Bom dia, pessoal. – cumprimentei Alice e Emmett.

– Bom dia. – responderam os dois.

– Emmett você pegou a roupa?

– Sim.

– A tinta?

– Sim.

– A raspadinha?

– Para que vocês vão precisar disso? – perguntou Alice.

– Não se mete, Alice. – ele disse. – Eu trouxe.

– Ótimo. Podemos ir.

O caminho para a escola foi curto e quase silencioso, se Emmett não estivesse cantarolando feito a Branca de Neve – só que uma versão grandalhona e peluda –, eu poderia ter ido tranquilo, mas provavelmente teria pesadelos essa noite.

Quando chegamos na escola e eu saí do carro, uma roda de gente se formou ao meu redor, todos perguntavam se eu estava bem e como eu estava. Eu me sentia uma celebridade, é claro que eu estava adorando, mas alguém me puxou de lá antes que eu pudesse receber mais atenção.

– Pelo que eu sei o seu pai te mandou descansar, que tipo de descanso é esse? – Tanya perguntou.

– Ui, fala a que nem foi me visitar. – brinquei.

– Me desculpe, mas eu estive ocupada. E você tem que me agradecer, fui eu que doei sangue para você quando todos estava desesperados com a gravidez da Rose.

– Obrigado. – eu sorri. – Pelo menos nós temos o mesmo sangue, né irmãzinha?

– Se Alice ouvir isso ela mata nós dois. – ela riu. – Agora vamos lá para dentro antes que seu fãs te vejam de novo.

Fomos para dentro do colégio e ficamos conversando perto do meu armário por um tempo. Quando o sinal tocou eu garanti a ela que ficaria bem e não ia precisar de uma babá até a sala de aula. Peguei meus livros e minhas muletas e me virei na direção da escada, seria um problema para subir, mas nada que eu não conseguisse fazer sozinho.

– Edward Cullen! – alguém disse atrás de mim, me virei para ver Jacob com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso imbecil na cara. Estávamos só nós dois no corredor.

– O que você quer, Black? – perguntei rispidamente.

– Me certificar de que você está bem.

– Por que você faria isso?

– Para não falhar da próxima vez.

– Foi você quem me atropelou?

– Você não se lembra? Acho que nem deu para ver, né? Foi tão rápido.

– Seu desgraçado! – rosnei partindo para cima dele, erguendo uma muleta para lhe dar uma muletada. Jacob empurrou minha muleta, me fazendo perder o equilíbrio e cair no chão.

– EDWARD! – Bella gritou, vindo em nossa direção. – Oh, meu Deus. – ela disse ao chegar perto de mim e tentar me ajudar a me levantar. – Droga, Edward, você está com a perna quebrada. O mínimo que pode fazer é não se meter em confusões.

– Branquinha, você está um pecado nessa roupa. Você devia ter usado mais calças de couro quando éramos mais novos.

– Como é que é? Você não tem amor a essa sua vida de merda não, seu infeliz? – rosnei tentando partir para cima ele de ovo, mas Bella me impediu.

– Cala a boca, Jacob. – ela gritou para ele. – Amor, não dê ouvidos para ele, vamos embora.

Amor, não dê ouvidos para ele, vamos embora. – Jacob imitou tremendamente mal a voz de Bella. – Vamos, Edward, haja como homem. Venha tomar satisfações comigo.

– Eu vou tirar. Mas quero ver você me encarar quando eu não tiver mais um gesso na perna. Quero vê se você é homem para isso.

– Pode ter certeza que sim. Mas não deixe de ter cuidado com os caros, hein?

– Chega! – Bella disse. – Vamos embora. – ela me puxou em direção a escada.

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:[tempo passando]:

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Eu saí o mais rápido que pude da aula de química, me enrolando um pouco para desces as escadas por causa das malditas muletas. O Black ainda iria me pagar. Segui para o estacionamento da escola, onde já havia um palco montado, todo trabalhado numa decoração perfeita com corações, gliter e muita viadagem.

Emmett andava de um lado para o outro, roendo as unhas e tendo um cuidado extremo para não amassar o smoking que usava. Ao me ver ele veio praticamente correndo na minha direção.

– Como estamos, Eddie?

– Está tudo em cima. E aqui? Está faltando alguma coisa?

– Não. Só a Rose e a raspadinha.

– Ok, vou providenciar isso. Não fique nervoso, ou vai ter dor de barriga. – disse pegando o celular. Mandei uma mensagem para Francis

DE: EddwC

PARA: FranciSulivan

Traga a raspadinha.

Mandei outra mensagem para Alice:

DE: EddwC

PARA: AllieMCarty

Traga a platéia.

E mandei uma para Bella:

DE: EddwC

PARA: Bella13

Traga a Rose.

Logo o estacionamento foi enchendo e Emmett foi ficando cada vez mais nervoso. Jasper estava conversando com o pessoal da banda em cima do palco. Eu me sentei no capô do carro de Emmett – que estava ao lado do “palco” – enquanto assistia Francis chegar com uma caixa de isopor enorme, cheia de raspadinha; Alice chegava com Tanya e mais um monte de gente e, por fim, Bella chegava com Rose.

Emmett, sem falar nada, se virou e subiu no palco ao mesmo tempo em que Jasper desceu e veio ficar perto de mim.

– Bem... – Emmett disse ao microfone. – Er... Eu sei que o Jasper faria isso muito melhor do que eu, ele é profissional. – ele deu de ombros. – Mas todos nós achamos que era eu quem deveria estar aqui na frente e... Eu quero agradecer ao Royce, por estar aqui mesmo com tudo o que já aconteceu. E... Ao Jasper por ser um amigo tão bom á ponto de me emprestar a sua banda, E...

– Porra, Emmett, vai logo! – Jasper disse.

– Desculpa. Er... Vamos lá. – era claro o medo em sua voz.

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Sum 41 – With Me: http://www.youtube.com/watch?v=GEFco8us_QM

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A banda começou a tocar, eu não conhecia a música.

Eu não quero que esse momento acabe nunca,
Onde tudo é nada, sem você
Eu esperaria aqui para sempre apenas para, para ver você sorrir
Porque isso é verdade, eu não sou nada sem você

Através disso tudo, eu cometi meus erros
Eu tropeço e caio,
Mas eu digo essas palavras.

Eu quero que você saiba, com tudo eu não vou deixar isso acabar
Essas palavras são meu coração e minha alma
Eu vou me segurar nesse momento, você sabe
Pois sangro meu coração para mostrar, que não vou deixar acabar

Pensamentos lidos não falados, para sempre na dúvida.
E pedaços de memórias caem no chão
Eu sei o que eu não tive, então, eu não vou deixar isso acabar
Porque isso é verdade, não sou nada sem você

Todas as ruas, onde eu andei sozinho
Sem lugar pra ir
Eu cheguei num fim

Eu quero que você saiba, com tudo eu não vou deixar isso acabar
Essas palavras são meu coração e minha alma
Eu vou me segurar nesse momento, você sabe
Pois sangro meu coração para mostrar, que não vou deixar acabar

Na frente de seus olhos, isso cai dos céus
Quando você não sabe o que você está procurando encontrar
Na frente de seus olhos, isso cai dos céus
Quando você não sabe o que você vai encontrar

Eu não quero que esse momento, algum dia acabe,
Onde tudo é nada sem você

Eu quero que você saiba, com tudo eu não vou deixar isso acabar
Essas palavras são meu coração e minha alma
Eu vou me segurar nesse momento, você sabe
Pois sangro meu coração para mostrar, que não vou deixar acabar (2X)

Emmett abaixou a cabeça e respirou fundo, ele desceu as escadas do palco e parou na frente dela. Os caras da banda correram para preparar os baldes com pétalas de rosas vermelhas.

– E então Rose, eu te amo mais do que qualquer coisa no mundo e não quero nunca me separar de você. Eu sei que eu sou um idiota, palhaço e bobão que ás vezes é muito burro... Mas agora que nós vamos ter um filho, eu não vejo momento melhor para pedir. – Rosalie arregalou os olhos, Emmett se ajoelhou em sua frente, pegando a caixa no seu bolso e lhe revelando o anel de noivado. – Rosalie Lilian Swan, você quer se casar comigo?

O silêncio era completo e absoluto, não se ouvia nem uma mosca voando, parecia que todos estavam prendendo a respiração, tensos esperando a resposta.


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Notas finais do capítulo

*REBOOOOOOOOOOOOOOOLA* Gostaram da novidade da Emmelie? Eu estava meio maternal quando escrevi, vou comprar um peixe essa semana, ele vai se chamar Prince e é muuuito fofo! Nem parece que é um peixe de tão esperto.
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E... Eu queria agradecer ás lindissimas: Páh Cullen, Damond06, PrincessLautner, MarySwan (3X), Charlize, Lu Nandes e SumLee. Obrigada meninas, eu não sei o que faria da minha pobre vidinha sem vocês! *o*
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NÃO ME MATEM pelo que aconteceu com o Edward! Ele está vivo, andando, falando e enxergando não está? Podia ser pior e podem ter certeza que o Jacob VAI pagar! Então relaxem e vamos falar de coisas boas...
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O próximo capitulo: Família Reunida, Talvez Permaneça Unida. Era para ele ser junto com esse, mas eu preferi dividir. Será mesmo que a resposta de Rose vai ser positiva? (lembrem-se de que ela sempre foi a irmã mais responsável) E o que os pais dessas crianças vão achar disso? Porque pelo que eu sei Charlie Swan é um sogro muito legal, mas será que ele vai continuar legal ao ver sua caçula grávida e casada? E o Jacob vai aprontar o resto que eu não consegui encaixar nessa cap. Eu acho que vocês vão gostar muito do próximo (estou bolando uns planos maquiavélicos)
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O que acharam do cap? Bom? Meia Boca? Ruim? Bom para jogar fora? O-O UASHUASHUASH quero muito saber a opinião de vocês.
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Não sei mais o que dizer aqui, só que eu estou super ansiosa para o cap do dia dos namorados, o 21 *estou melosa hj* tenho algo muito legal preparado para o Bernard nesse cap *o*. O amor é lindo!
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Isso é tudo, pessoal. Eu acho. UASHUASHUASHUASHUASH
Beijo da magra! ^.^