O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 15
14 – Ele Ainda É O Meu Melhor Amigo


Notas iniciais do capítulo

Saudações, florezinhas! E aí como estão?
Foi mal, eu sei que eu demorei pra caramba.
Prontas para passarem um capitulo inteiro na companhia do Ben Lockwood?
Vocês podem sentir um pouco a falta das meninas hoje, esse cap é bastante voltado para o Ben e o Ed, então eu ocupei as garotas fazendo compras de natal no shopping.
Pois bem... Espero que gostem ^.^
Please, leiam as notas finais, eu sei que está enorme, mas tem um monte de coisa importante lá.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/174170/chapter/15

Capitulo 14 – Ele Ainda É O Meu Melhor Amigo

.

.

.

 “Eu achava que amor era mais ou menos uma coisa determinada
Quanto mais eu dou, menos eu recebo, oh yeah
Qual a utilidade de tentar
Tudo que você consegue é dor
Quando eu queria sol eu tinha chuva

Então eu vi a sua face
E agora eu acredito
Nem um pingo.
De dúvida em minha mente
Eu estou apaixonado

 (Smash Mouth - I'm A Believer)

.

.

:[tempo passando]:

.

Forks, Casa dos Cullen, 5:00 da manhã


.

– Isso, assim... rebola gostoso minha ursinha.
– Eu te amo, meu ursão.
– Ah, vem com o seu ursão, vem.
– OMG, Emmett! Eu vou...
– AAAH, Rose!

Já era a sétima vez que esses dois gozavam hoje. E até agora eu não tinha conseguido pregar o olho e não iria conseguir se eles não parassem. A minha parede era quase colada com a de Emmett. E com os dois gritando lá dentro eu ouvia tudo em alto e bom som.

Me virei mais uma vez na cama e apertei ainda mais o travesseiro contra a minha cabeça, numa tentativa frustrada de abafar o som.
O dia seria cheio. Daqui á poucas horas eu teria que ir ao aeroporto de Port Angeles para buscar o Bernard; tinha que ajudá-lo a se acomodar, já que ele era muito atrapalhado. Eu tinha sido o sorteado para ir ao supermercado para comprar as coisas da última noite dos machos do ano. Mas estava, sinceramente cogitando não ir á merda de mercado nenhum.

E eu estava cansado, na verdade, esgotado. Emmett tinha deixado de lado o compromisso com sua mãe e eu tive que ajudá-la sozinho á decorar a casa para o natal. E como se eu não estivesse cansado o bastante, Bella ainda encheu o meu saco para irmos á uma festa da irmãzinha de seis anos de uma amiga dela em La Push.

Faltavam oficialmente cinco dias para o natal. A casa já estava do teto ao porão, completamente arrumada com toda aquela decoração de natal. Eu confesso que Esme tinha exagerado – muito – na decoração, a casa estava parecendo um club de tantas luzes do lado de fora. E para meu pai, Esme e Alice, devia ser difícil dormir já que as janelas deles eram voltadas para a rua e Esme fazia questão de manter tudo ligado á noite toda.
(CASA: http://n.i.uol.com.br/ultnot/album/091201_f_027.jpg)

O barulho infernal cessou no quarto de Emmett e eu deixei que minhas pálpebras pesadas se fechassem e que finalmente o cansaço tomasse conta do meu corpo e me deixasse descansar.
.

:[tempo passando]:

.

Owl City - To The Sky: http://www.youtube.com/watch?v=joIbYX11aLY

– Hum... – resmunguei de má vontade por causa do barulho estranho que eu não sabia de onde vinha.

Entre abri os olhos e vi que pelas frestas das persianas nas minhas janelas o dia já havia clareado, meus olhos correram por reflexo para o relógio ao lado da minha cama, eram 10:46 da manhã.

Voltei a fechar os olhos, decidido a ignorar o barulho e voltar a dormir. Mas o meu subconsciente não me deixou em paz. Eram 10:46? Eu tinha que estar que horas no aeroporto para buscar o Ben? 11:15, o que me deixava com exatos 31 minutos para tomar banho, comer, pegar a estrada até Port Angeles e depois ir até o aeroporto, o que devia levar uma hora e meia no mínimo.

Merda! Gritei mentalmente ao pular da cama e correr para o banheiro, aproveitei que tinha tomado banho antes de ir para a cama e apenas joguei uma água gelada no rosto para arrumar a minha cara.
Por mais que hoje fosse pleno 20 de dezembro, eu não estava sentindo frio como deveria sentir. Vesti uma camiseta preta com uma camisa xadrez laranja e preta por cima, jeans e all stars velhos, peguei um casaco pesado por causa da neve e desci as escadas correndo. Descobri que o barulho da música vinha do quarto de Alice.

Meu pai estava lendo jornal na sala, nem parecia ter percebido a minha presença, eu estava atrasado e sem nem um segundo para conversar, então fui direto para a cozinha. Aproveitei a ausência de Esme para beber o último copo de leite que restava direto da caixa e assaltar o pote dos “sagrados” biscoitos recheados que Emmett tanto adorava.

Chequei se não estava esquecendo de nada e fui para a sala, em direção á porta de saída, sem antes falar com o meu pai rapidamente:

– Progenitor. – o cumprimentei ao passar por trás da poltrona onde ele estava.

– Prole. – ele me cumprimentou no mesmíssimo tom de voz sem tirar os olhos do jornal

Corri até o meu carro e já entrei ligando o aquecedor e o rádio. Dirigi o mais rápido que pude até Port Angeles, mas não pude ir tão rápido por causa da maldita neve, demorei quarenta minutos para chegar na cidade vizinha, já estava atrasado demais. E demorei mais quinze minutos para chegar o aeroporto, saí correndo feito um louco até o salão de desembarque do vôo Phoenix/Port Angeles.

Não demorei muito para o avistar de longe. Era impossível não reconhecer o Bernard em qualquer lugar que posse. Ele vestia uma camisa xadrez verde e branca com uma gravata borboleta verde, uma calça cinza-clara e suspensórios da mesmíssima cor da gravata. Ele tinha o cabelo penteado de um jeito que só ele conseguia deixar o cabelo cacheado com aparência de liso.
(BEN LOCKWOOD: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=42758412&.locale=pt-br)

Um grande sorriso de nostalgia e até um certo orgulho se abriu em meus lábios. Ben era sempre tão excêntrico em todos os sentidos e isso o fazia um cara especial. Eu me sentia mal por concordar que ele mudasse isso.

Ben estava sentado num banco afastado de todos no meio de suas malas mexendo com ódio num vídeo-game portátil. E é claro que eu não perdi a oportunidade... me aproximei lentamente, ele nem percebeu a minha presença, então eu puxei todas as malas dele e as escondi atrás de uma pilastra bem perto dele, depois me afastei e liguei para ele, que atendeu no quinto toque.
– Alô?
– Hey,Ben. Onde você está?
– Estou na última fileira de bancos do lado esquerdo do salão de desembarque, jogando Angry Birds.
– Ok, pegue suas coisas, já estou chegando.
– Tudo bem. – ele desligou.

Fiquei um tempo observando de longe enquanto ele procurava suas coisas feito um alucinado, mas me aproximei logo, ele não era o Emmett nem o Jasper, iria realmente ficar chateado se eu levasse a brincadeira muito adiante.
– O que houve? – perguntei dissimulado enquanto e aproximava.
– Não consigo achar minhas malas! – ele disse desesperado.
– Aquelas ali? – apontei para as malas atrás da pilastra.
Ele me olhou com os olhos semi-cerrados.
– Você tem algumas coisa haver com isso, Edward Cullen?

Eu sorri.
– É claro. – depois dei uma gargalhada. Ele rolou os olhos e depois riu junto comigo. Eu abri os braços para ele. – Senti a sua falta, cara.
– Eu também. – ele sorriu e me abraçou. Batemos nas costas um do outro e nos afastamos. – Ok, podemos ir agora? Você sabe que eu tenho pânico de aeroportos.
– Claro. – eu ri, o ajudando a pegar as malas. Ele tinha medo de aeroportos por que viu um pássaro ser atropelado por um avião e desde então ele acha que esses lugares são cheios de fantasmas de diversas aves prontas para se vingar de qualquer um, principalmente alguém viciado em Angry Birds. – Hey... Por que você está usando essa gravata horrorosa, Ben? – perguntei.
– Desculpa! Mas eu não consegui ficar sem ela.
– Foi a única que você trouxe?
– Não, eu trouxe todas! – ele disse animado. – As lisas de todas as cores, de bolinha, estampadas e até trouxe uma especial para o natal.
– Oh, meu Deus!

O problema que eu tinha com as gravatas borboletas dele não era recente, eu sempre odiei aquelas coisas e ele sempre usou. Eu achava aquilo horrendo e não entendia como ele conseguia usar aquilo apertando o pescoço todos os dias.
– Ah, e foi mal pelo visual. – ele sorriu sem graça. – Minha mãe ia surtar se eu saísse de casa vestido de outro jeito.

Um aperto no coração me fez tentar segurar uma careta. Eu me senti mal por aquilo, ele não devia mudar, ele era um cara maneirismo e um amigo incrível, mesmo usando essas gravatas tenebrosas, ele não tinha que mudar.
– Não, tudo bem. – eu disse de imediato. – Isso não tem importância nenhuma. Vamos, temos um monte de coisas pra fazer hoje, cara.

Saímos do aeroporto, sem antes que Ben parasse para admirar um boneco do Incrível Hulk numa das lojas e enchesse o meu saco porque queria comprar o maldito boneco. Ele tinha coleção de quase todos os personagens existentes da maioria dos filmes, desenhos e seriados que ele gostava. Eu não reclamava disso, pois no meu último aniversário ele me deu dois bonecos, um do Sherlock Holmes e o outro do Dr. Watson, o parceiro do Sherlock, e ambos eram idênticos aos atores.
– Nossa que frio. – ele comentou, abraçando o próprio corpo, quando estávamos guardando as malas no meu carro.
– Seja bem-vindo á Washington. – sorri. – Te garanto que Forks é bem pior.
– Como você consegue não congelar?
– Costume. – dei de ombros, fechando o porta malas.
Entramos no carro rapidamente, Ben estava quase congelando. Liguei o carro e o aquecedor e saí o mais rápido que as ruas molhadas me deixaram ir.
– Toma, coloca aí. – ele disse me entregando um CD.
– O que é isso? Outro CD dos Rolling Stones? Eu pensei que você já tinha todos.
– Não, cara. Esse aqui é o 12x5, de 1964, o primeiro álbum deles. Uma raridade. Consegui em um leilão de internet por dois mil dólares.
– Onde arrumou dois mil dólares? – perguntei com os olhos arregalados.
– Economia, meu caro amigo. – ele sorriu.

Eu e Ben sempre gostamos de tudo ao oposto, ele gosta de verde e eu de azul, ele prefere as loiras e eu as morenas, ele sempre quis ser o Superman e eu o Batman, ele é fã de Guerra Nas Estrelas e eu de O Senhor Dos Anéis, ele sempre quis ter uma Ducati e eu sempre quis um Volvo, ele gosta dos Rolling Stones e eu gosto dos Beatles... Enfim, no fim essas diferenças todas fizeram com que nos tornássemos melhores amigos e assim permanecêssemos até hoje.

Com um sorriso no rosto eu coloquei o CD para tocar e uma música conhecida preencheu o ambiente.


The Rolling Stones - Around And Around: http://www.youtube.com/watch?v=J7-i1MBcBew


– Oh, meu Deus! Eu conheço essa musica! – disse surpreso. – Tem certeza que isso é Rolling Stones?
– Você não sabe nada sobre os Stones, Edward. – ele disse com um sorriso superior no rosto.
– Ah, é? Você acha? – perguntei com desdém.
– Eu tenho certeza.

Respirei fundo, olhei bem para a estrada, apertei os meus dedos contra o volante e mandei:
Well it sounds so sweet (Bem soa tão doce)
I had to take me chance (Eu tive que ter minha chance)
Rose out of my seat (Levantei da minha cadeira)
I just had to dance (Eu apenas tinha que dançar)
Started moving my feet (Comecei movendo meus pés)
Whoa to clapping my hands (E batendo minhas mãos) – cantei sem errar nada. E então ele se juntou á cantoria.
I said the joint was a rocking (Eu disse que o clube estava tocando rock)
Goin' round and round (Tocando sem parar)
Yeah, reeling and a rocking (Yeah, rolando e tocando rock)
What a crazy sound (Que som doido)
And they never stopped rocking (E eles nunca pararam de tocar rock)
'Til the moon went down (Até que a lua fosse embora)

Balançamos nossos corpos no ritmo da música rindo, mas não continuamos cantando, tínhamos que conversar aqui sobre coisas que não podíamos conversar á vontade em minha casa.
– Ben, eu tenho que te passar uns toques, ok? Só pra você não ficar perdido ou se meter em confusão com o pessoal.
– Tudo bem, pode falar.
– Emmett é uma criança de cinco anos presa no corpo de um cara de dezoito que parece um urso, ele adora fazer brincadeiras sem graça e se meter onde não é chamado, mas ele é um cara muito legal divertido, apesar de tudo, você vai chorar e rir com ele. Com Alice pode ser um pouco mais complicado... quer dizer, ela é super simpática e é a melhor amiga que você pode ter, mas ela tem ataques de fúria; portanto não entre no quarto dela se não for convidado, não faça piada com ela e a Alice no país das maravilhas e o mais importante: nunca a chame de Mary.
– Anotado. – ele disse.
– Jasper e Rosalie são namorados de Alice e Emmett, estão sempre lá em casa. Jasper é bastante individualista, mas não acho que isso vai ser um problema; você pode achar ele parecido com Chad Kroeger do Nickelback e ele realmente é, e de propósito. A Rosalie é uma réplica das mulheres dos anos 60, e ela é muito legal, por aturar Emmett á tantos anos ela aprendeu a ser desencanada; não vai ter nenhum problema com ela, á não ser que você fale alguma coisa sobre como ela está sempre querendo sair ou como adora beber.
– Anotado. – ele repetiu.
– E... A Bella. – senti um sorriso bobo se formando no eu rosto. Suspirei e voltei á objetividade. – Bella é meio estressada com quem ela não conhece, mas por você ser meu amigo acho que ela vai pegar leve contigo. Quer dizer... Ela é tão doce, gentil e compreensiva, sabe? Ela é tão maravilhosa que eu nem tenho nada demais para dizer. Ela é perfeita.
– E você é um idiota apaixonado! – ele disse numa voz carregada de falsa emoção.
– Cala a boca.
– Vai me dizer que ela não tem nenhum defeito?
– É claro que tem!
– Por exemplo...
– Ela é ciumenta, explosiva, muitíssimo teimosa, impaciente e ás vezes bastante irresponsável, mas eu não ligo pra nada disso, eu a amo incondicionalmente mesmo assim.
– Hum. – ele resmungou. – Eu vou mesmo ficar segurando vela?
– Me desculpe, cara. – disse sincero. – Mas e a Jennifer como vai?
– Está namorando, e você não vai acreditar com quem.
– Quem?
– Dean Winchester. – ele disse com nojo.

Dean Winchester era o valentão mais valentão do nosso colégio em Phoenix desde quando começamos a estudar juntos na 1ª série. Ele é uma mistura diabólica com o tamanho de Emmett, a maldade do Coringa e a força do Sr. Incrível. Ok, estou exagerando, mas ele era mesmo muito mal e muito forte.

Ele me apelidava de gengibre* desde a 2ª série, por causa do meu lindo cabelo ruivo, que na época era realmente muito laranja, quase vermelho. Eu tinha sardas e a pele mais branca do que leite, porque não fazia muito tempo que eu tinha saído de Forks.

Dean foi uma das pessoas que mais contribuiu para que eu virasse nerd, pelo fato de ele ser mais forte do que eu, e eu não poder bater nele.

Na Verdade ele era só mais um idiota, talvez hoje em dia eu pudesse nocauteá-lo fácil, mas algo no olhar dele me fazia ficar quieto, sem contar que Bernard nunca brigaria ao meu lado – ele mal sabe matar uma barata, coitado – e Dean tem uma “gangue” duas vezes maior que a de Jacob Black.
– Que nojo, cara! – eu disse. – Mas você não conseguiu ficar nem uma vez com ela?
– Não. Ela disse que eu sou um doce, super fofo e gentil, bonito, inteligente e bem humorado... Mas eu sou nerd e, ela disse com outras palavras, mas disse que era gostosa demais pra ficar com um nerd que tem miniaturas de todos os personagens da guerra nas estrelas.
– Não se preocupe, meu amigo. Ela ai acabar descalça, pobre e grávida com mais cinco filhos pra criar enquanto você vai ser rico e poderoso com milhares de mulheres aos seus pés.
– Virou adivinho agora?
– Não, mas isso é meio óbvio.
– E você? O que acha ser óbvio para o seu futuro?
– É uma incógnita. Eu realmente não sei o que esperar.
– Nem da sua namorada?
– Nosso relacionamento foi construído em cima de uma mentira, Bernard. E ela odeia isso. Sinceramente não sei o que esperar quando ela descobrir.
– Edward, não seja patético, essa mentira nem é tão grande. Poderia ser muito pior, acredite nisso.

Eu ri sem humor.
– Eu realmente queria que as coisas fossem fáceis assim.
.

:[tempo passando]:

.
– Por que essa decoração toda? – Ben perguntou assim que eu parei o carro em frente á minha casa, já que na garagem não tinha mais espaço.
– A Esme é meio exagerada, ela queria ficar com a casa mais iluminada da cidade, e conseguiu. A pobre Alice nem consegue dormir direito por causa de todas as luzes que ficam acesas.
– O quarto de hóspedes não fica virado para luz, fica? – perguntou receoso levantando uma sobrancelha.
– Não. – eu disse rindo.

Pegamos as malas e fomos para casa, eu me enrolei um pouco na hora de abrir a porta, mas logo resolvi o problema.

Eu podia ouvir a música Firework da Katy Perry tocando, ao entrar na sala eu vi que o clipe passava na televisão e Emmett assistia se balançando de um lado para o outro fora do ritmo da música e cantando super alto e desafinado:
'Cause baby, you're a fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiirework (Pois, baby, você é como fooooooooogos de artifício)
Come on show 'em whaaaaaaaaaaaaat you're worth (Venha e mostre do queeeeeeeee você é capaz)
Make 'em go, "Oh, oh, oh" (Deixe todos boquiabertos falando "Oh, oh, oh")
As you shoot across the sky, y, yyyyyyyyyyyyyyy (Enquanto você cruza o céu, éu, ééééééééééééu)
– Nossa. – ouvi Ben arfar.
– Fala aê, rei do Punk Rock. – cumprimentei Emmett no meu melhor tom brincalhão.

Emmett congelou e me olhou de olhos arregalados, como se eu fosse um monstro. Aproveitei que Ben estava aqui para me vingar da minha noite mal dormida, eu iria envergonhá-lo, se fosse possível.
– Eu pensava que á essa hora você estaria dormindo, já que mandou ver com a Rose a noite toda. – eu dei de ombros colocando as malas do Bernard no chão.
– E o que você tem há ver com isso? – ele perguntou levantando uma sobrancelha.
– Que você não me deixou dormir á noite toda, seu puto!
– Quero ver você me chamar de puto quando ver o que eu comprei pra você de natal.
– Tá bom, Emmett. – disse cansado, era impossível fazer Emmett passar vergonha. – Esse aqui é o Ben. – disse puxando Bernard para que Emmett pudesse vê-lo. – E aquele é o Emmett, a decepção da família. – disse para Ben, sussurrando a última parte e fazendo meu amigo rir.

Emmett se levantou e veio até nós para cumprimentar o Ben, eu os deixei conversando enquanto levei as malas dele para o quarto de hóspedes. Depois eu tive que me ocupar o apresentando para Esme, o meu pai, Alice e Jasper, que estava junto com a pequena.

Conversei com Bernard por horas enquanto ele arrumava tudo o que tinha trazido em sua bagagem exagerada pelo quarto. Depois, sem encontrar nada de bom para fazer, eu fui apresentar ao Bernard um jogo que não era Tíbia nem Angry Birds, mas ele ia acabar viciando...
– MORRAM SEUS MALDITOS! – gritei bravamente enquanto metralhava um grupo de zumbis no vídeo-game.
– Cuidado, Edward, tem um cara com... – Ben tentou me avisar, mas o zumbi com a serra elétrica foi mais rápido e decepou a minha cabeça.
– Merda! – esbravejei e joguei o controle para Ben. – É a sua vez.
– Jasper, seu vagabundo. O que faz aqui? – perguntei ao vê-lo descendo as escadas.
– Eu estava com a Alice, mas ela me expulsou. – ele fez uma careta.
– Senta aê, cara. – chamei. – Estamos jogando Resident Evil.
– Opa. – ele se jogou ao meu lado no sofá.

Depois de deixar Rose em casa, Emmett se juntou a nós. Jogamos vídeo-game juntos por horas depois assaltamos a geladeira e ficamos conversando sobre coisas idiotas, enquanto passava um jogo de basebol na TV.

Até que o telefone de Jasper tocou e ele saiu da sala correndo para atender. Voltou com um sorriso idiota na cara, temi pela novidade.
– O que foi? – Emmett perguntou.
– Era o James, ele disse que acabou de terminar com a Lauren e... vai dar uma puta de uma festa de arromba, estamos oficialmente convidados.
– Opa! – Emmett levantou num salto. – Já estamos lá, certo rapazes?
– Com certeza. – Jasper disse sorridente.
– Estou dentro. – disse Ben, animado.
– O quê? – quase gritei. Eu conhecia bem James, tinha certeza de que aquela festa ia restar repleta de bebidas alcoólicas e mais mulheres do que clipe de Rap. – Não, de jeito nenhum. Eu não vou á nenhuma festa o James.
– Por que, cara? – Ben perguntou.
– James é o otário, mais safado que eu conheço. Aquela festa vai ser a maior putaria.
– É isso aí! – Emmett e Jasper disseram juntos e bateram as mãos.
– Vocês podem ir, eu vou ficar em casa. – cruzei os braços.
– Ah, qual é, Eddie? – Emmett implorou. – Não vai doer.
– Talvez não doa em você. – eu disse já me irritando.
– Está com medo da Bellinha é? – Jasper provocou.
– Vai se foder, Jaspion. Eu vou ficar em casa.
– Poxa Edward, eu sou seu melhor amigo desde os oito anos. Você vai mesmo me fazer ir á uma festa onde eu só conheço esses dois malucos? – Ben apelou.
– Isso é problema seu, Bernard.
– Agora é sério, Edward. Pare de palhaçada, vamos logo. – disse Jasper.
Eu não vou pra merda de festa nenhuma. – disse irritado, quase gritando. – Fim de papo.
.

:[tempo passando]:

.

LMFAO - I'm Sexy And I Know It: http://www.youtube.com/watch?v=BUTWkFpv7As

.

Puta que pariu... a minha namorada vai me matar! Eu estou tão fodido, que eu nem quero pensar em como essa noite dos machos pode ser a melhor de todas, acho que eu vou ficar trancado no banheiro até a hora de ir embora.

Sendo literalmente arrastado pelos garotos eu entrei na casa do James. As luzes a sala eram azuis, roxas e vermelhas, tão fortes que eram capazes até de disfarçar a maioria das outras cores. Procurei não olhar para ninguém, mantive meus olhos no chão até Jasper me jogar num sofá. Me ajeitei sentando confortavelmente e emburrei a cara, passando a fitar o nada.
– Cavalheiros. – disse James se aproximando. Ele vestia uma calça branca e uma camisa de botão azul-clara, com um colar de flores de plástico no estilo havaiano e tinha uma bebida azul fluorescente nas mãos.
– Jay! – Emmett o cumprimentou batendo nas costas do loiro. – Obrigado por nos convidar cara, a nossa “noite dos machos” em casa estava deprimente.
– Ah, aqui eu garanto que vocês vão ter uma noite dos machos épica. E quem é esse cara? – ele perguntou apontando para Bernard.
– Esse é Ben Lockwood. – disse Jasper. – Ele é amigo de Edward, mora lá em Phoenix.
– Seja bem-vindo, Lockwood. – disse James.
– Obrigado James. – Ben sorriu.
– Aproveitem a festa. – ele disse antes de se retirar.
– Com certeza vamos aproveitar. – Emmett disse baixinho, esfregando as mãos como alguém que trama um plano.

Logo em seguida passou uma garota loira por nós. Eu não podia negar que ela era muito absurdamente gostosa, mas também não podia negar que eu fiquei chocado com o que vi: a loira usava uma bota de couro preta que pegava até os joelhos, uma micro-calcinha rendada preta e um arco de orelhas de coelho felpudas e rosa bebê na cabeça, e só. Seus seios fartos estavam completamente desnudos e ela desfilava sorrindo com uma bandeja de bebidas coloridas em uma das mãos.

Desviei o olhar sentindo a minha cara arder em chamas, eu devia estar no mesmo tom de sangue puro. Os outros idiotas conversaram animadamente com a garota, mas eu procurei nem prestar atenção no que eles falavam, eu nem queria estar ali.

Passaram-se quinze minutos, Emmett e Jasper já haviam sumido de vista. Eu sentava sentado no mesmo sofá e Bernard estava bebendo descontroladamente aquele drink azul fluorescente.
– Já chega pra mim. – disse me levantando. – Fiquei tempo demais aqui, vou para casa.
– Pô, cara... – disse ele. – Fica aê, vamos aproveitar a festa.
– Não, Bernard. – eu disse. – Só de estar aqui eu já posso ter sérios problemas, eu já estou fazendo muita coisa errada, não vou jogar a merda no ventilador. Se você quiser curtir pode ir sozinho. Eu vou para casa.
– Ah, você é um sem graça, Edward. – ele disse se levantando e se afastando de mim.

Fui saindo rapidamente, estava perto da porta quando uma ruiva parou na minha frente, bloqueando o meu caminho. Ela era muito bonita, vestia um corpete azul-marinho e uma micro saia preta no estilo bailarina.

Eu praticamente congelei quando ela abriu um sorriso malicioso para mim.
– Oi, gatinho. – ela disse em uma voz sensual. – O que está fazendo aqui sozinho?
– E-E-Eu... Vou embora. – disse tentando passar, mas ela me impediu.
– Por quê? Ainda está tão cedo. – ela disse descendo o dedo indicador no meu peito. – Posso fazer companhia pra você, se quiser. – ela deu uma piscadela. Eu engoli seco.
– Não! Eu-eu-eu-eu-eu... Eu não posso, t-tenho mesmo que ir. – disse tentando me afastar. Mas ela me impediu de novo.
– Eu vou cuidar de você direitinho, eu prometo. – ela sorriu.
– Você não está entendendo... Olha eu...
– Shhh. – ela colocou o dedo indicador em meus lábios. – Eu sei o que eu faço, gatinho.

Merda! Agora eu estava mesmo fodido. O que eu ia fazer pra me livrar dessa maluca?
.

Usher Feat. Will.I.Am - Oh My Gosh: http://www.youtube.com/watch?v=7GzHx5TIMlA

.

Narração: Bernard Lockwood
.

Ficar perto do Edward, chato daquele jeito, já estava me dando nos nervos. Todo mundo já sabia que ele não queria vir aqui por causa de Isabella e blá blá blá, mas ele podia pelo menos me dar uma força não é? Daqui á pouco eu vou fazer dezoito anos, não quero chegar lá nem 05% virgem.

Me afastei dele e andei sem rumo pela casa, que realmente parecia uma boate de strip-tease. Tinham muitas garotas semi nuas dançando para uns caras e outras estavam se pegando com eles, mas também tinha muita gente dançando numa pista improvisada.
Pedi um drink no mini bar. Era a primeira vez que eu bebia a vida e aquela bebida azul era esplêndida, eu só esperava não ficar muito doido bebendo ela.

Até que eu á vi. Ela era a garota mais linda que eu já tinha visto em toda a minha pobre e miserável (não exagere, Bernard) vida. Ela usava um lindo vestido preto e roxo, que me dava uma boa visão de suas pernas perfeitas, cintura fina e seios fartos na medida certa.
.

“Eu me apaixonei por essa gata quando a vi na
pista de dança
Ela dançava sensualmente, requebrando, descendo
até o chão
Nunca uma mulher havia me pegado a primeira vista
Havia algo especial
Foi como dinamite”

.

Ela estava dançando sozinha numa ponta escura da pista, parecia não se importar com a promiscuidade que rolava solta ao seu redor, na verdade, ela parecia estar alheia á tudo.

Queria tanto ir falar com ela... Mas justo ela era a única garota na festa que não estava lá a fim de safadeza.
.

“Ohh! Ela tem de tudo!
Sensual da cabeça aos pés,
E eu quero tudo, tudo, tudo

Baby, deixe-me amá-la
Há tantas maneiras de te amar
Baby, eu posso deixá-la em pedaços
Há tantas maneiras de te amar
Tipo: Oh meu Deus, estou tão apaixonado
Finalmente a encontrei, me faz querer dizer...
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh,
Oh meu Deus!”

.

Eu sabia que estava parecendo um idiota. Encarando boquiaberto uma garota dançando e ela não estava nem aí para mim. Como eu queria que o Edward me ajudasse agora, mas aquele filho da puta – com todo respeito á Sra. Elisabeth – já deve ter ido embora.

Nunca tive jeito com mulheres, embora sempre estivesse um passo á frente do meu melhor amigo nesse quesito. E agora, eu estava ficando para trás. Por mais que Edward fosse ainda menos sortudo com as mulheres o que eu, ele tinha uma namorada séria e provavelmente nem deve mais ser virgem. Que saco! Eu vou acabar igual aquele cara do filme O Virgem de 40 anos, e no meu caso vai ser 80. E o pior é que eu tinha mesmo uma personalidade parecia com o Andy Stitzer, do filme.

Droga! Eu estava perdendo tempo. Eu tinha que ir lá falar com ela, nem que isso me custasse o meu box completo do seriado Star Wars, ou um dos meus sete irmãos.
– Lockwood. – ouvi alguém me chamar, pelo pouco tempo e convivência, eu deduzi ser Jasper, só ele me chamava pelo sobrenome. – Por que está aí paradão? – Jasper perguntou ao parar do meu lado.
– Eu... quero muito falar com ela. – apontei para a garota. – Mas estou travado, não tenho coragem.
– O quê? Não fala isso, cara. – ele balançou a cabeça negativamente. – Vou e adiantar umas coisas:O nome dela é Cady Williams, ela é prima do James, não mora na cidade e tem dezenove anos. – sorriu. – Você é um cara simpático, não vejo um porquê de ela não falar com você. Vai lá, vou ficar aqui, se ela te der um toco podemos tomar um porre juntos. Ok?
– Ok. – disse hesitante.

Ele me empurrou na direção dela, eu fui andando lenta e hesitantemente em sua direção. Ela ainda dançava sozinha sem olhar para nada ou para ninguém, devo admitir que ela não era uma boa dançaria, mas eu não e importava de verdade com isso.

Parei no meio do caminho e olhei para trás com medo de Jasper não estar mais lá, mas ele estava e fez um sinal positivo para que eu continuasse. Me virei para meu destino um pouco mais confiante e voltei a andar na direção dela, dessa vez com passos mais firmes.

Talvez, depois disso, eu teria que toma um energético. Eu me sentia tonto, minhas mãos estavam suadas e a minha boca seca. A minha vontade era de sair dali correndo e nunca mais voltar. Mas me mantive firme, quer dizer, o mais firme que eu pude. Não era muita coisa, mas eu não corria o risco de desmaiar.

Ao me aproximar o bastante dela, puxei todo o ar que pude para os meus pulmões e depois de soltá-lo, eu disse:
– Oi.

Tinha medo que ela nem olhasse a minha cara, mas, ao contrário disso, ela olhou para mim e sorriu.
– Oi. Tudo bem? – ela disse simpática.
– Er... Eu... – estava sem assunto.
– Eu sou a Cady. – ela me estendeu a mão com um sorriso enorme no rosto.
– Eu sou Bernard, mas pode me chamar de Ben. – tentei sorrir e mostrar confiança.
– Você é amigo do James?
– Não, na verdade eu sou amigo de um amigo dele. Vim passar o natal aqui.
– Ah, eu também vim passar o natal. Sou prima do James, mas moro em Cambridge, estudo em Harvard.

Puta que pariu! *olha a boca, Bernard* opa, desculpa.
– Mentira! – eu disse sorridente. – Eu vou pra lá no ano que vem.
– Que legal, vamos ser colegas de faculdade. – ela riu. E eu me vi hipnotizado em seu rosto de boneca de porcelana, ela era absolutamente perfeita.
– É, vamos. – eu disse para não ficar calado.
– Mas me diga, Ben. Você não veio aqui só para saber onde eu estudo, não é?
– Não. – eu ri sem graça.
– E então... – ela me estimulou.
– Então, er... Eu só queria saber se... – engoli seco. – se vocêgostrodicarcoeigo.
– O que? Se eu gosto de trocar com o mendigo? Trocar o quê?
– Não, não é nada disso. – eu disse relutante. – Eu queria saber se você quer ficar comigo.
– Você acha que eu sou o que? – ela perguntou, parecia ofendida. – Uma universitária bêbada e safada?
– N-N-Nã-Não. É claro que não, Cady, eu nu-nunca pensaria isso de você.
– Acho bom. – sua expressão se suavizou. – Mas se você quer saber de uma coisa... – ela se aproximou um pouco de mim. Congelei onde estava. – Eu ia adorar ficar com você. – ela sussurrou com o rosto á pouquíssimos centímetros do meu, nossos lábios estavam quase se tocando.

E sem que eu esperasse, ela me agarrou pelos cabelos, me puxando em sua direção e me beijando desesperadamente. Ela tinha um gosto caro e doce, eu não pude resistir nem por um segundo. Abracei sua cintura e aprofundei o beijo.
– Quer ir para a minha casa? – ela perguntou completamente ofegante quando nos separamos. – Vamos estar sozinhos a noite toda.

É hoje, meu Deus! Hoje a jiripoca vai piar!
.

Narração: Edward Cullen
.

Pensa rápido Edward. E agora? Merda! Por que essas coisas só aconteciam comigo? Eu devia ter um carma grande que passara de vidas passadas para a minha pessoa nos dias de ontem, hoje e sempre.
– Olha... – eu disse. – Eu tenho que ir embora porque eu nem devia estar aqui, a minha namorada vai me matar e...
– Eu não sou ciumenta.

Sinceramente, tem alguns princípios que eu odeio o fato de minha mãe ter me ensinado a seguir á risca, caso contrário, eu já teria dado um grito com essa garota e a empurrado para longe antes de sair correndo. Mas Elisabeth tinha me criado para nunca agir com grosseria com uma mulher, por pior que ela fosse.

Eu tinha que pensar rápido em algo que tirasse essa maluca do meu pé. Falar que eu estava com pressa não tinha adiantado e falar que eu era comprometido também não. Eu só conseguia enxergar uma saída, e por mais humilhante que fosse, eu ia fazer.

Outra garota com os peitos de fora passou com uma bandeja de drinks e eu não hesitei em pegar um e virar tudo direto. A ruiva na minha frente parecia ansiosa para que eu cedesse á ela.
– Posso saber o seu nome, lindo? – a ruiva perguntou.
Vamos lá, Deus, me ajude! E, por favor, faça com que ninguém conhecido me veja.
– Edna. – disse com a voz mais afetada que podia.
– O quê? – ela estreitou os olhos.
–Tá surda bi? É Edna. E-D-N-A. Entendeu?
– Você é gay? – perguntou com indignação.
– Algum problema, homofóbica? – ergui uma sobrancelha. Acho que eu estava sendo convincente.
– O que está fazendo aqui então?
– Eu vim enrabar o Jay, mas ele está com uma racha despeitada, então eu vou embora.
– Você não parece ser gay.
– Presta atenção racha... As aparências enganam. Não sou da ralé, sou uma bicha chique! E eu não tenho tempo pra ficar discutindo com você e com esse cabelo fedendo á laquê. Tá entendendo?
– E você não disse que tinha namorada?
– Mentira é uma merda, não é mona? – tentei manter minha voz anasalada, sem sucesso algum. – Posso ir embora ou vou ter que ficar olhando para essa sua cara com maquiagem de quinta?
– Oh... Me desculpe. – ela me deu passagem.

Sorri ao conseguir sair da casa com segurança, não liguei para a neve nem nada, fui andando para a minha amada e aconchegante casa. Salvei o meu couro, não podia fazer nada pelos meus amigos.

Eu sou foda!

Estava no meio do caminho para casa quando o meu celular tocou, atendi sem ver que era.
– Alô?
– Oi, Bebê. – Bella disse do outro lado da linha.
– Oi, meu amor. Tudo bem?
– Tá sim. Eu queria saber se você está fazendo alguma coisa importante, ou se pode vir aqui pra casa.
– Não, estou no meio da rua fugindo de uma roubada que os meninos me meteram. Estou pertinho da sua casa, em cinco minutos estou aí, ok?
– Ok, lindinho, vou ficar esperando.
– Eu te amo.
– Eu também te amo, Bebê, muito!
– Até mais.
– Até mais.

Alguém tem alguma dúvida de que eu ia trocar isso por uma festa cheia de piriguetes? Eu acho que não.
.

:[tempo passando]:

.

Narração: Ben Lockwood
.

Cady e eu já tínhamos passado meia hora juntos, aproveitamos a trégua da neve para fazermos todo o caminho para a casa dela – que era no fim da rua – á pé, entre beijos quentes e conversas animadas. Eu já podia dizer que nos conhecíamos bastante e tínhamos muito incomum, embora ela fosse uma boneca e eu um nerd cascudo.
– Aqui estamos. – ela disse ao parar na frente da porta de seu quarto. – Mas antes de entrarmos, eu queria te dizer que quando eu o decorei eu tinha apenas quinze anos, e depois fiquei com preguiça de mudar.
– Não pode ser tão ruim assim, Cady. – eu disse.

Ela deu um meio sorriso e abriu a porta, dando passagem para que eu entrasse no quarto.
(Quarto da Cady: http://1.bp.blogspot.com/-oxnBOAwH81M/TVNEG800iOI/AAAAAAAAAeY/VKElwac3VC8/s400/5702394_quartos_decorados__ig_casa_312_488.jpg)
– É digno de uma princesa. – eu disse me virando para ela com um sorriso sincero no rosto.
– Ah, pare com isso. Você está falando isso só pra me agradar.
– É claro que não. – sorri – Desconfio mesmo que você seja herdeira de um reino.
– Você é um bobo, isso sim. – ela disse fechando a porta.
– Você toca violão? – perguntei olhando para o instrumento encostado numa parede.
– Não, ele era do meu avô. Você toca? – apenas assenti. – Oh, Ben... toca pra mim então? Por favorzinho... – fez um biquinho lindo.
– Ok. – disse pegando o violão e lhe dando um selinho. Depois me sentei em uma cadeira e ela sentou na cama de frente para mim.

(N/A da autora: Aconselho que adiantem o vídeo da música á seguir até os 0:22 segundos, o Darren adora falar pra caramba antes das músicas.)

Darren Criss - Somewhere Only We Know: http://www.youtube.com/watch?v=QupXV0jrM3U


Eu andei por uma terra vazia
Eu conhecia o caminho como a palma da minha mão
Eu senti a terra sob meus pés
Eu sentei do lado do rio e ele me completou

Oh coisa simples, pra onde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de alguma coisa para confiar
Então me fale quando você vai me deixar entrar
Eu estou ficando velho e preciso de algum lugar para começar

E se você tiver um minuto por que nós não vamos
Conversar sobre isso num lugar que só nós conhecemos?
Isso poderia ser o final de tudo
Então por que nós não vamos
Para um lugar que só nós conhecemos?
Para um lugar que só nós conhecemos?

Oh coisa simples, pra onde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de alguma coisa para confiar
Então me fale quando você vai me deixar entrar
Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar

E se você tiver um minuto por que nós não vamos
Conversar sobre isso num lugar que só nós conhecemos?
Isso poderia ser o final de tudo
Então por que nós não vamos
Para um lugar que só nós conhecemos?
Para um lugar que só nós conhecemos?
Para um lugar que só nós conhecemos?

Após o último acorde eu pude perceber que o sorriso no rosto dela se intensificou e seus olhos brilharam ainda mais.

Ela veio até mim com um sorriso malicioso no rosto, tirou o violão das minhas mãos e se sentou no meu colo, me beijando logo em seguida. Suas mãos adentraram o meu casaco, o empurrando para baixo e depois ela o jogou em um canto, sem quebrar o beijo, desabotoou rapidamente a minha camisa e também a jogou em um canto.

Não perdi tempo em deslizar as minhas mãos por suas pernas, levantando seu vestido e quebrando o beijo apenas para que ele passasse por sua cabeça. Depois de me livrar do vestido, eu a peguei no colo e dei alguns passos até que pudesse nos deitar na cama.

Mal pude observar o maravilhoso corpo que ela tinha, ela estava enlouquecida tentando tirar as minhas calças, me livrei das calças e sapatos e voltei a me deitar em cima dela, beijando-a enquanto acariciava seus seios.

Algum tempo depois ela nos trocou de posição, ficando sentada em cima de mim. O contado de nossas partes intimas, mesmo que separadas pelo pano, fez com que ambos gemêssemos.
– Como você gosta?
– Er... eu não sei. – disse constrangido.
– Como assim?
– Eu... Eu nunca fiz isso.
– Sério?
– É.
– Que bonitinho. – ela sorriu antes de se abaixar para me beijar. – Pode deixar que eu vou cuidar para que a sua primeira vez seja inesquecível, gatinho. – ela sussurrou na minha orelha, mordendo-a logo em seguida e se afastando.

Ela me mandou ficar quieto, tirou a minha cueca e a calcinha dela. Fiquei hipnotizado com a perfeição de seu corpo ao vê-la andar nua até a cômoda e voltar com uma camisinha em mãos. Ela a colocou em mim e me beijou mais uma vez, antes de sentar com força em cima do eu pau, enterrando-o dentro dela. Ambos gememos alto com o ato.

Depois de me puxar para que eu ficasse em cima dela novamente, ela assentiu para que eu prosseguisse, então dei inicio aos movimentos de vai-e-vem, intensificando a força e velocidade conforme ela pedia entre gritos e gemidos, não demorou muito para que ambos atingíssemos o ápice e eu caísse morto de cansaço ao lado dela e ela se aconchegasse no meu peito.

Aquela foi a melhor experiência que eu já tive na vida! Eu queria mais, muito mais e nunca mais parar! Por isso, a convenci a repetir mais duas vezes, até que nenhum de nós aguentasse mais.
– Cady? – a chamei depois de meia hora de um silêncio absolutamente confortável com ela em meus braços.
– Sim?
– Você ficaria comigo ano que vem? Quando eu for para Harvard?
– É claro que sim, você é um dos garotos mais legais que eu conheci.
– Sério?
– Por que eu mentiria?
– Não são muitas pessoas que me acham legal.
– Mas eu acho. – ela se esticou para me dar um selinho.
– Graças á Deus. – eu ri. – Olha, eu odeio estragar o momento, mas eu acho que eu tenho que voltar para a casa do meu amigo.
– Ah, sim. Claro. – ela se sentou.
– Só tem um problema, er... eu não sei chegar lá.
– Isso é péssimo.
– Sabe onde mora o doutor Carlisle Cullen?
– Sei, é a umas duas quadras daqui.
– Me leva lá?
– Claro. – ela se levantou. – Deixa eu só pegar um casaco e vamos, ok?
– Ok.
.

:[tempo passando]:

.

Eu acordei com uma dor de cabeça infernal. Me levantei e fui até o banheiro que ficava na frente do meu quarto, fiz xixi e lavei as mãos. Voltei para o quarto bocejando e me joguei na cama, mas não consegui voltar á dormir, vi no relógio que já eram 08:30 da manhã e fui pra a cozinha tomar café da manhã.
– Bom dia. – disse numa voz ainda embriagada pelo sono ao ver toda a família de Edward na mesa.
– Bom dia. – todos me cumprimentaram, com exceção de Edward e Emmett.

Edward me olhava com os olhos arregalados, parecia que estava vendo um ET ao invés de seu melhor amigo. Decidi ignorá-lo, Edward era muito aloprado.

Me sentei na mesa, ao lado de Emmett, que instantaneamente soltou uma gargalhada alta. Olhei para ele sem entender nada e ao olhar a expressão dos outros na mesa eu fiquei mais confuso ainda: Alice tapava a boca com a mão para não rir, Carlisle tentava se controlar para não rir também, Esme ria discretamente com a mão sobre a boca e Edward ainda me olhava como se eu fosse um ET. Eu realmente não queria perguntar, mas foi necessário.
– O que foi?
– Bernard. – Edward disse numa voz baixa. – Você tinha mesmo que usar o pijama do super man hoje?

Olhei para baixo. O meu pijama do super man era uma cópia fiel da roupa dele, com exceção da capa, só que a minha roupa era toda feita de algodão e não era coladinha no corpo, era o meu pijama favorito e o mais confortável que eu tinha.

Mas não tinha sido uma boa idéia colocá-lo depois que eu cheguei.
– Eu adorei o seu pijama, Ben. – brincou Alice, rindo.
– Lindo não é? – Edward disse para Alice rindo.
– Quem é você para falar de mim, Edward Cullen? Está com a mesma roupa de ontem. – eu disse, tentando desviar o assunto.
– Eu não dormi em casa. – ele sorriu. – Acabei de chegar.
– Ele estava fornicando com a Bellinha, Clark Kent. – disse Emmett para mim.
– Vai se ferrar, Emmett. Que horas você chegou em casa? – perguntou Edward irritado.
– Isso não é da sua conta. Eu dormi em casa!
– Eu dormi fora, mas pelo menos eu estava na casa da minha namorada. E você? Estava aonde?
– Hey, meninos! – Esme lhes chamou a atenção. – Vocês vão mesmo brigar na mesa do café da manhã?
– Desculpe Esme. – Edward disse abaixando a cabeça.
– Desculpe mãe. – Emmett disse abaixando a cabeça, no esmo exato momento em que Edward o fez.

O resto do café ocorreu tranquilo.
.

Narração: Edward Cullen:
.

Depois do café cada um se recolheu num canto da casa. Alice estava na sala, falando com Rose no telefone; Emmett estava em seu quarto, ouvindo Punk Rock; Carlisle estava lá fora, tirando um pouco da neve na entrada da casa; Esme estava limpando algo em algum lugar; Ben estava no banho, no banheiro em frente ao quarto dele; E eu tinha acabado de sair o banho e estava dando um jeito na zona que estava o meu quarto.

*TOC TOC* bateram na minha porta.
– Entra. – eu disse.
– Oi, Edward. – disse Ben ao entrar no quarto.
– E aí, cara? – perguntei ainda concentrado na arrumação do quarto, mas pude perceber que ele caminhou e se sentou na minha cama.
– Podemos conversar?
– Você não veio pra cá pra ficar trancado no seu quarto enquanto eu me tranco no meu, não é? – disse num tom divertido.
– É. – ele suspirou. – Você ainda é vigem?

Olhei para ele com uma sobrancelha erguida e perguntei desconfiado:
– Por que quer saber disso?
– Só me responde, você é ou não é? – eu não disse nada. – Ah, qual é, Edward? Nós somos amigos desde quando?
– Tá. – disse impaciente antes que ele fizesse um discurso. – Eu sou. – murmurei e desviei o olhar.
– Sério?
– Por que eu ia mentir logo pra você? – perguntei impaciente, não gostava de falar sobre isso, ainda mais com ele.
– Desculpe. É que é meio chocante para mim.
– Até parece que você é o comedor, né?
– Não, mas eu ainda estou a um passo na sua frente.
– Como é que é? – arregalei os olhos. – Quando foi isso? Com quem? Por que não me contou?
– Agora você quer conversar sobre isso né, palhaço?
– Dane-se. Estamos parecendo duas garotas, me fala.
– Ontem na festa, eu conheci uma garota, prima daquele tal de James, Cady. Eu estava inseguro de falar com ela e Jasper praticamente me empurrou. Ela me levou pra casa dela e... você sabe.
– Seu puto! Eu odeio você, como consegue fazer isso com tanta facilidade?
– Você não consegue? É broxa, por acaso?
– Não! Vai se foder! Tenho medo que a Bella não goste.
– Você é um viadinho medroso, isso sim. Fala sério, Edward... É tão bom! Não sei como você consegue ter uma namorada há quatro meses e não ter transado com ela. Se eu tivesse uma namorada há quatro meses, ela não iria conseguir andar!
– Que horror! – ri franzindo a testa.
– É sério. Não tem erro, cara. É só você entrar e fazer, se estiver na dúvida faça o que ela pedir.
– Você é sempre tão bom para dar conselhos, Bernard. – rolei os olhos, ironizando.
– Eu sei. – ele sorriu. – A Cady estuda medicina em Harvard e disse que vai ficar comigo quando eu for para lá. Eu preciso que você me ensine a ser descolado agora.
– Não tem segredo: haja como um idiota quando estiver com os caras, haja como um cavalheiro com as garotas, seja seguro de si com todos e ria de si mesmo. Ser gentil e prestativo ajuda bastante, mas você tem que demonstrar que não é frouxo.
– E como eu me aproximo das pessoas que me acham esquisito?
– Seja tão legal com quem não te acha estranho que essas pessoas vão falar para as outras e daqui a pouco todos vão querer que você seja amigo deles. Mas cuidado com a falsidade.
– Eu queria ser mais interessante. Eu sou só um bobão, fã de guerra nas estrelas que dorme vestido de super man, tem sete irmãos e nem é o mais velho.
– Pelo amor da Santa, Ben, não vai sair por aí inventando nada.
– Por quê? Você inventou e se deu bem, eu quero ter uma vida como a sua.
– Não queira. Eu vivo há apenas um passo de perder tudo o que eu tenho. Se eu tivesse só mudado, isso não iria acontecer, mas eu menti e quando descobrirem eu sei que eu vou voltar para a estaca zero.
– Não seja patético! Essa mentira nem é tão grande assim, poderia ser muito pior. Você poderia nem ser o verdadeiro Edward Cullen, você poderia tê-lo matado e tomado o lugar dele.
– Não viaje.
– Não faça drama.
– Não estou fazendo drama.
– Pare de falar não! Agora me escute... Eu preciso que você me ajude a ficar mais interessante.
– Você não precisa ficar mais interessante, pode mudar o quanto quiser, posso sim te ajudar com isso, mas me recuso a te apoiar a cometer os mesmos erros que eu cometi.
– Umas mentirinhas não matam ninguém, Edward.
– Eu também pensava assim, até me afundar até o pescoço na areia movediça. E agora eu tenho um pé em cima da minha cabeça, pronto pra me afundar de vez á qualquer hora.
– Do que está falando?
– O ex namorado da Isabella é um maluco, que está decidido a me ferrar e tirá-la de mim.
– Ela não vai terminar com você por causa disso. Pelo que você me contou, vocês começaram o relacionamento antes mesmo de você começar oficialmente com isso.
– Mas eu tive que mentir para ela também. Não tanto quando menti para o resto, mas menti.
– Não é a gota d’agua.
– Eu acho que é.
– Talvez ela não ache, cara. Deixa de ser abitolado.
– Fala o que quiser, mas não apoio as mentiras.
– Ok.
.

:[tempo passando]:

.

Eu estava na sala com Bernard jogando winning eleven, ele estava ganhando de mim de 8 há 6, mas nós não estávamos realmente concentrados no jogo, estávamos mais entretidos na conversa.
– Sabe quem está morrendo de saudade e você?
– Tenho medo da resposta. Quem?
– Carmen.
– Não! – rolei os olhos. – Tem falado com essa chata?
– Não acho ela chata.
– Só você.
– Ah, pare com isso. E ela está até mais bonita agora, sem os óculos.
– Impossível!
– Quer ver? – ele sacou o celular e mexeu um pouco antes de me mostrar uma foto deles dois juntos.
– Santa Madre, se isso é bonita eu não quero nem lembrar dela feia. – eu ri. – Mas é sério, cara, eu quero distância dessa maluca.
– Só que ela ainda não superou o Ed arrasador de corações! Quando eu contei pra ela que você estava namorando ela só faltou cortar os pulsos.
– Não tinha nada que ter contado, fofoqueiro.
– Era isso ou ela me ameaçaria com uma faca para saber onde você estava morando, e ela tinha certeza que não era em Marrocos.
– Você disse onde eu morava?
– É claro que não. Disse que você estava no Tennessee com a sua avó.
– Menos pior.

Passos pesados vindos da escada ecoaram por toda a casa, devo admitir que fiquei com um pouco de medo quando vi a cada de mau que Emmett fazia. Ele me lançou um olhar de puro ódio antes de marchar para a cozinha.

Mas que merda essa era de ter medo de Emmett? Logo de Emmett? Ele devia estar com problemas, isso sim.
– Eu já volto, Ben. – disse numa voz baixa me levantando e indo direto para a cozinha.

Emmett estava remexendo na geladeira furiosamente. Estava na cara que ele estava com problemas.
– Está tudo bem, Emm? – perguntei.
– Hum. – ele murmurou com arrogância.
– Hey, fala comigo. – pedi.

Ele não me respondeu, bateu a porta da geladeira com força depois de tirar uma jarra de suco de laranja, mas em olhou na minha cara. Comecei a cogitar a hipótese do problema dele ser comigo. Mas que problema ele teria logo comigo?
– Emmett? – chamei preocupado.
– O que você quer?
– Quero saber o que está acontecendo.
– Agora você quer saber o que está acontecendo?
– Por que não iria querer saber? Nós somos amigos.
– Agora você é meu amigo?
– Eu sempre fui, Emmett.
– Não é o que está me parecendo esses dias, seu traidor!
É o problema era mesmo comigo. Mas por quê?
– Eu traidor? Do que está falando?
– Você sabe muito bem do que eu estou falando e sabe muito bem o que está fazendo.
– Não eu não sei.
– Não se faça de dissimulado, seu falso!
– Vem cá, você está se drogando ou o que? – perguntei irritado.
– Tá me chamando de drogado?
– Estou desconfiando disso. Qual é o seu problema, Emmett?
– Não tenho problema nenhum! Você que tem!
– Eu?
– É, você! Agora fica pra cima e pra baixo com o Ben e se esquece dos seus outros amigos! – me acusou.

Eu não acredito nisso... ele estava com ciúmes do Bernard!
– O que? Está com ciúmes, Emmett?
– Ciúmes de você? É claro que não, eu tenho a minha namorada pra sentir ciúme!

Agora eu tenho certeza absoluta que isso é ciúmes por causa do Ben.
– Eu sou amigo do Ben desde os oito anos de idade.
– E você é meu amigo desde setembro! Por que quando ele vem você quase não me dá atenção?
– Porque eu não vejo o Bernard desde setembro.
– Ele é mais seu amigo do que eu?

Puta que pariu, hein? Eu não tinha esses problemas com a Bella, e fui logo tê-los com o Emmett! Eu taquei chiclete babado na cruz, só pode!
– Não, Emmett, vocês são meus amigos e eu gosto dos dois igual. Só que eu moro com você e te vejo todos os dias, o Ben não, e eu só vou vê-lo de novo nas férias ou talvez em setembro, quando formos para Harvard.
– Acho que eu vou fazer administração em Harvard. – disse chateado, cruzando os braços sobre o peito.
– Não ia fazer o curso do FBI?
– Não sei mais se eu quero.
– Você sabe que passar para Harvard é difícil, não sabe?
– Por que está colocando empecilhos? Eu não sou burro! E você está ajudando a Bella a entrar pra lá, por que não pode me ajudar também? Não quer que eu vá para a faculdade junto com você, a Bella e o Ben?
– Não é isso, Emmett. Mas e a Rose?
– Ela vai pra Dartmouth, e eu detesto New Hampshire. Sem contar que nem era para a Bella ir para Harvard com você, a faculdade perfeita para ela seria Yale. Ela tinha que ir com o Jasper para Connecticut ao invés de ir para Cambridge com você e o Ben.
– Desde quando isso é sobre a Bella?
– Desde que você se importa em levá-la para Harvard e eu que me foda!
– Pelo amor de seus, Emmett! A Bella é minha namorada.
– E por que eu sou o seu segundo melhor amigo eu perco o valor?
– Claro que não. E você não é o meu segundo melhor amigo.
– O que? Você passou o Jaspion na minha frente também?
– Claro que não, Emmett. Porra! Você é o meu melhor amigo, assim como o Ben.
– Você não pode ter dois melhores amigos.
– Claro que eu posso! Se a sua irmã tem por que eu não posso ter?
– Ela é garota.
– E?
– Garotas são estranhas.
– Espera só até a Rosalie saber disso.

Uma gargalhada feminina nos deixou conscientes de que não estávamos sozinhos, Alice estava na cozinha conosco.
– Esperem só até as duas irmãs Swan saberem disso! Vocês brigam igual a um casal, sabia? – disse Alice rindo encostada na soleira a porta. – Peçam á Deus para eu não espelhar por aí que vocês têm um caso homossexual. – ela sorriu antes de sair.
– Satisfeito? – perguntei. – Sua irmã vai contar pra todo mundo que você é gay!
– Vai se foder!
– Vai ficar putinho comigo?
– Vai parar de me deixar como segunda opção?
– Claro que não! Você e Ben vão ser minha segunda opção para sempre.
– Por quê?
– Porque eu amo a minha namorada. – sorri. – Agora é sério, vai parar de criancice ou vamos ter que resolver isso no ring?
– Você sabe que eu ia ganhar de você?
– Talvez. Agora vamos jogar vídeo game com o Ben ou você vai ficar aí se mordendo de raiva?
– Ok. Vamos logo.
.
.
Gengibre*– Ginger (gengibre em inglês) é um apelido muito comum para os ruivos nos EUA








Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tudo está bem quando acaba bem!
Antes de tudo, como sempre, eu queria agradecer ás lindas amouras: SumLee, -Carly, PrincessLautner, MarySwan (2X), Damond06, AnnieSwan e Páh Cullen. Muito obrigada meninas, vocês são demais, eu não seria nada sem vocês *chora*
.
Eu peço mil perdões se o capitulo estiver um c*, eu escrevi correndo por que semana passada eu tive duas festas para ir e ainda teve o aniversário da minha mamis (e vocês sabem como é aniversário de mãe né?). Eu queria re-escrever o cap, quase todos, mas aí vocês iam ficar mais uma semana inteira sem posts, e ninguém quer isso, certo?
.
Bem, vamos falar sobre a estrela do capitulo: Ben Lockwood! O que acharam de conhecê-lo na integra? Eu espero ter mantido o encanto dele. *-* E eu realmente espero que todas tenham gostado dele como o Darren Criss porque eu, sinceramente, sou completamente apaixonada por esse cara - pra mim ele só perde pro Robert - e eu tinha que colocar ele na fic de qualquer jeito.
Alguém aí é fã de Glee? Já viu o último episódio 3X11 Michael? Eu praticamente enlouqueci quando (Rachel, Finn e Kurt) cantaram Ben para o Blaine. A coincidência maldita do personagem do Darren aqui se chamar justamente Ben me fez chorar litros. Eu sou uma droga de uma manteiga derretida, isso sim!
.
Eu queria passar pra vocês o meu MSN, que é: brigittemewmew@hotmail.com me adicionem se quiserem e aí a gente pode jogar bastante conversa fora! ;D
.
Faltaram algumas coisas nesse capitulo, mas eu achei melhor adicionar no próximo porque esse já estava muito grande.
O próximo capitulo... Rockin' Around The Christmas Tree, era pra ser Feliz Natal, Baby, mas eu achei muito clichê e Tocando Rock Em Volta Da Árvore De Natal ficou muito grande e feio, então eu deixei em inglês! Vocês não tem idéia do quanto eu queria que o cap de natal caísse no natal, mas fazer o que né? Bem, acho que todo mundo sabe o que acontece tradicionalmente em capítulos de natal... Mas quem disse que esse vai ser um capitulo tradicional Rose? Ah, claro que com essa galera toda não vai mesmo rolar um natal normal.
Preparem-se para uma bomba com convidados o bastante para fazer a Esme comprar uma mesa de jantar maior. Competição de comida, presentes bizarros e muito Rock N Roll - sério a trilha sonora está incrível vai ter de Lady Gaga á Marlin Manson! Teremos também uma grande surpresa, e mais uma tentativa - fracassada ou não? - de consumar o ato de amor - se é que vocês me entendem - do nosso lindo e amado casal favorito!
.
E então, me digam... Gostaram do que leram? Vocês sabem que eu tô aceitando tudo não é? Elogios, criticas, xingamentos, ameaças, dúvidas, subornos, apostas, pedidos de casamento, amor e carinho... até uma dose de whisky eu estou aceitando hoje (ai se a minha mãe me pega falando isso) UASHUASHUASHUASHUASHUASHUASH Vamos, me digam tudo, quero ver todos os Moves Like Jagger.
Ah, e um recado para as fantasminhas: Podem aparecer, viu flores?! Eu não mordo. UASHUASHUASHUASH Sou uma pessoa muuuuuuuito legal, pelo menos eu me acho legal. =D
.
Nossa, hoje eu me superei, nunca falei tanto numa nota final. Foi mal encher o saco de vocês com todo esse discurso e blá blá blá. UASHUASHUASH Acho que vou parar por aqui.
.
Até mais, minhas amouras.
Beijos na bunda!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Mentiroso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.