Amor Sob Suspeita escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 8
Capítulo 7 - Esse acordo não vai dar certo...


Notas iniciais do capítulo

Gente, obrigada pelas reviews e me esqurci completamente de comentar da nova capa feita pela leitora Colorada, adoreeei!
Bom aqui vai mais um...



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-Então tudo bem se você quer me beijar, na hora e onde você quiser... –Comecei lentamente.  -Portanto que eu não queira nenhum envolvimento mais sério contigo, é isso? –Perguntei tentando fazer isso parecer menos maluco.

-Ainda bem que você entendeu. –Sorriu acariciando meu rosto com as costas da sua mão. – Mas pode me beijar quando quiser também, não me importo...

-Você é idiota?! –Perguntei empurrando sua mão para longe com violência. -Tá me achando com cara de vadia?

-Eu pensei que você já estivesse concordado. –Suspirou estacionando o carro na garagem.

-Eu concordei em não ter nenhum relacionamento amoroso com você. – Frisei bem a palavra nenhum para vê se ele se tocava. – Não para a gente se agarrar por aí e fingir que nada aconteceu!

-Então tá, eu nunca mais te beijo! –Ele afirmou grosseiramente saindo do carro.

-Ok. – Concordei e saí do carro sem nem esperar que ele abrisse minha porta.

-Tanto faz. –Exasperou.

Assim que a gente entrou vimos Jake, Billy e Charlie na sala assistindo TV. Nossas caras deviam estar nada amigáveis, pois Charlie nos olhou sobressaltado.

-O quê que aconteceu? –Charlie perguntou.

-Esse cara é um imbecil! –Sentenciei irritada, subindo as escadas e batendo a porta do meu quarto, trancando-a.

Ouvi alguns passos pelo corredor, depois batidas leves na minha porta, mas eu as ignorei. As batidas começaram a ficar insistentes e fortes, praticamente destruindo a coitada.

-Abra essa porta, Bella! –Edward pediu autoritário.

-Não, vai embora! –Gritei de volta.

-Se você não abrir, eu a arrombo! –Ele ameaçou.

Argh! Esse cara não tem uma coisa chamada noção?! Tenho quase certeza, que não... Abri a droga da porta e ele quase caiu para dentro.

-Nós precisamos conversar. –Ele concluiu.

-Você acha? –Perguntei irônica.

-Sério, por que você pirou com o beijo?

-Fala baixo! –Mandei. –Quer que me pai te ouça?

Fechei a porta me certificando que a televisão da sala estava com o seu volume normal e sentei ao seu lado na cama, ficando um pouco distante dele um pouco.

-Edward... –Comecei, mas assim que ele me olhou perdi a linha do pensamento.

-O que foi?

-Ah, olha pra lá! –Falei apontando pra parede. –Eu não vou conseguir falar com você olhando tão sexy pra mim.

Ele sorriu, mas eu tive que segurar sua cabeça para fazer com que ele me obedecesse.  Soltei-o e sentei novamente bem distante dele. Ele ainda esperava eu começar, então depois de respirar fundo por alguns segundos lhe contei:

-Você foi o primeiro cara que eu beijei.

-O quê?! – Ele se virou, mas ele obedeceu depois do meu olhar assassino e virou novamente. –Você não beijou o Jacob?

-Aquilo foi mais uma violência do que um beijo... –Comentei me lembrando do maldito dia.

-Peraí... Então quer dizer também que o que aconteceu no cinema, foi novo pra você?

Assenti.

-Pelo menos, parte daquilo.

-Ah, intendi. Então você nunca teve antes um...? –Perguntou incrédulo.

-Já disse que não! – Gemi impaciente.

-Tô fudido... –Murmurou pra si.

-Por quê? –Perguntei confusa, se tinha alguém fudido esse alguém era eu...

-Você está apaixonada por mim. –Concluiu pesaroso.

-Eu? –Debochei, meu riso pareceu um escarro.

-Sim. Ou vai me dizer que não está sentindo coisas estranhas em relação a mim... – Seu sorriso torto me deixava desconcertada.

-Sim, mas não estou apaixonada por você. –Bufei.

Sua testa se vincou como se estivesse digerindo o quê eu disse, mas depois seu sorriso voltou a reinar no seu rosto. Ele parecia que estava aliviado e senti que se não fosse tão estranho, ele me abraçaria.

-Então o que sente por mim? – Seus olhos fitaram os meus e eu fiquei estagnada olhando pra ele feito uma boba.

Eu levantei dando as costas a ele, quebrando aquele magnetismo impressionante que havia entre nós. Só levantei por que sentia que iria parar nos seus braços se continuássemos nesse ritmo e segundo, eu queria pensar com clareza.

-Eu sinto atração por você. – Mordi o lábio, pensativa. – E eu gosto do jeito com que você me toca e quando você me olha...

-Assim? –Edward me chama e eu percebo que estava com os olhos fechados e bem perto dele e ele abraçava minha cintura. –Eu também gosto, minha linda.

-Err, mas não importa. –Recompus minha compostura e peguei meu travesseiro na cama.

Dei a volta na minha cama e depositei meus travesseiros na sua cama, tirando os dele e jogando em sua direção. Ajeitei mais a cama, para que ficasse um pouco mais confortável. Sem sucesso, ainda estava dura feito uma pedra.

-Você não vai dormir comigo?  -Senti a segunda intenção nessa pergunta, mas tentei ao máximo ignorar.

-Não, o combinado foi você dormir na minha cama, eu não estava inclusa no pacote. –Expliquei deitando-me.

-Mas eu pensei que...-Começou sem graça.

-Pensou errado. –Cortei brusca e a gente ficou no mais absoluto silêncio por um tempão. – Tô com fome. –Falei do nada e ele riu abafado.

-Vai comer, ora essa.

Ele já havia apagado a luz e eu fui me batendo na cama, tropeçando na sua mochila até que finalmente achei a porra da porta; Também estava silêncio fora do quarto. Deveriam já ter ido embora. Virei-me para Edward que por incrível que pareça me olhava absorto.

-Vai querer que eu te traga algo pra comer? –Perguntei, admito, um pouco ríspida.

-Cuidado! –Sorriu torto –Se eu pedir algo pra comer que você não pode me dar?

- O quê, por exemplo? –Perguntei sem entender, claro, eu estava caindo de sono e morrendo de fome.

-Você. –E sorriu malicioso.

-Há, Há. Se depender de mim, você morre de fome. –Falei sarcástica.

-Não seja tão categórica... –advertiu-me.

Fechei a porta sem responder, eu nem sabia o que responder. Desci e comi uma maça, nem sei que gosto tinha, só engoli. Estava com minha cabeça no homem maravilhoso deitado na minha cama me olhando igual a um chocólatra olha para um chocolate belga.

Subi de quatro em quatro parando um pouco para respirar e me recompor e retomar meu olhar de tô nem aí e entrar, mas, quando entrei meu coração apertou os freios e parou por um segundo.

Edward usava somente uma boxer preta bastante contrastante com sua pele branca, em suas mãos estava um livro bem grosso que ele lia com um par de óculos bem simples e com a ajuda da luz do abajur, ele parecia completamente distraído com o livro que eu notei ser o morro dos ventos uivantes, meu favorito.

Eu não consegui não suspirar com essa visão, o que fez com que sua atenção se voltasse a mim. Ele sorriu de canto de boca e eu retribuí involuntariamente. Nossa, eu simplesmente não consigo controlar meus músculos faciais quando estou com ele.

-Espero que não se importe por eu ter pego sem sua permissão. Li ele a tanto tempo que eu mal me lembro...

-Não, tudo bem... -Dei de ombros.

 Percebi que ainda estava usando o vestido. Então, resolvi atiçar um pouco Edward. Ah, qual é?! Ele merecia... Bom, comecei indo até minha cômoda e tirei meus brincos e o colar, distraidamente. Olhei de esguelha para ele, mas ele ainda estava olhando para o livro.

Levantei meus cabelos e os prendi num coque bagunçado e suspirei exasperada sem razão alguma, mas pareceu que eu estava somente cansada, olhando para o espelho e percebendo pelo mesmo que agora ele me fitava por cima do livro.

Aproveitei que tinha sua atenção e tirei lentamente o vestido, puxando o zíper até minha cintura. Tirei completamente e o joguei no chão, andando distraidamente pelo quarto até meu armário, percebi seu olhar me seguindo. Mas depois de um tempo, tive uma ideia melhor continuei do jeito que estava. Somente de calcinha e sutiã.

-Esqueceu que eu estou aqui? –Perguntou com os olhos afiados.

Eu neguei com a cabeça fui até o seu lado e apaguei o abajur, eu não consigo dormir com nenhuma luz. E apenas vendo sua silhueta me aproximei.

-Boa noite, Edward. –Falei subindo em cima dele para chegar à minha temporária cama.

-Boa noite, Bella. –Disse lendo.

Eu puxei seu livro para baixo e ele me olhou confuso. Eu beijei seus lábios lentamente, porém foi apenas um roçar, um selinho na verdade. E depois rolei para o lado

-Tenha bons sonhos. –Desejei preparando-me para descer para outra cama.

-O que foi isso?!

-Um beijo.

-Eu sei, mas por que você fez isso?!

-Por que e quis, você disse que podia te beijar quando eu quisesse. –Disse inocentemente.

-Ah, então também vale pra mim. –E embrenhou seus dedos nos meus cabelos e desenhou meus lábios com sua língua, entreabri os lábios e ele me beijou profundamente por alguns segundos.-  Durma comigo. –Foi mais uma ordem que um pedido.

-Não. –Respondi insolente, soltando-me dele e pulando para a cama de baixo, mas ele me puxou de volta.

-Por favor... Tenho certeza que não se arrependerá. –Garantiu-me no meu ouvido, sua barba me fazia cócegas.

-Tenho certeza que irei. –Falei decidida e me soltando das suas garras.

-Se quiser vir, estou aqui... - Garantiu-me pondo a cabeça para fora da cama.

-Eu sei. –Suspirei.

Ele sorriu e soltou um beijo pra mim, estalado. Eu sorri travessa e fingi que peguei o beijo no ar, roçando em meus lábios, fazendo-o gemer.

-Ah, um dia você me mata!


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Notas finais do capítulo

Merceço reviews, recomendações, qualquer coisa?