-Tchau Bella, Edward. –Alice se despediu de nós entrando em casa. –Amanha a gente se vê no CASA, tá?

-Tchau e claro amiga. –E acenei de volta.  Eu nunca faltava um dia de trabalho no orfanato.

-Tchau, pequena. –Edward infelizmente falou, e esperei o ataque de ira de Alice.

-Pequena é a MÃE! –Eu lancei um olhar de aviso para lembra-la de com quem ela estava brigando. –Não necessariamente a sua, Edward. – Foi logo se explicando mais branda.

Ele riu e depois assentiu a fazendo suavizar o olhar. Eu levantei o polegar pra ela, que entrou que nem um foguete em casa. Edward ficou encarando-a com uma cara de quem não estava entendo bulhufas, ainda bem.

Ele deu meia-volta e começou a dirigir, só que parou na avenida com dois sentidos e virou-se na minha direção e me perguntou direto com um sorriso torto:

-Bella, você quer ir para onde?

-Pra casa? –Eu não sabia o que responder, o que ele esperava que eu dissesse?!

-É uma pergunta ou uma resposta? –Perguntou com uma de suas sobrancelhas arqueadas, provocando-me.

Eu mordi o lábio levemente e passei minha mão no cabelo de forma automática, ele arfou com meu ato. Olhei-o confusa e ele com um sorriso mais sexy do mundo, me explica:

-Você não faz ideia como isso foi sensual.  – Ele falou olhando para mim de uma forma profunda e intensa.

Eu engoli a seco e desviei o olhar, fazendo-o suspirar, e voltou a dirigir, sem rumo. Percebi que ele não ia pra lugar nenhum, pois ficava dando voltas e mais voltas, ou seja, a gente estava andando em circulo há um bom tempo. Perdendo a paciência pedi:

-Vire à esquerda. –Ele pareceu surpreso, mas fez o que eu pedi. – Agora à direita e depois siga reto.

-Aonde vamos? –Ele me perguntou quando percebeu que o caminho estava ficando deserto.

-Você vai ver. –Falei tentando parecer misteriosa.

Assim que chegamos ao lugar que eu queria, vi Edward ficar boquiaberto olhando para o céu escurecendo a nossa frente, ele abriu a porta para mim e segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Era um precipício que tinha uma vista magnifica não só da cidade, mas do imenso céu. Eu o encontrei alguns meses atrás, quando Jake me... Argh,  eu não quero falar disso. Mas esse sempre foi um lugar de paz e de onde eu conseguia ficar em paz comigo mesma.

-Esse é meu lugar favorito. – Expliquei quando a gente se sentou  bem na ponta do precipício.

-Entendo. –Falou, admirando a paisagem.

-Eu costumo vir sozinha... Mas estou feliz em compartilhar isso com você. –Comentei sorrindo.

-Obrigada. –E passou o braço sobre meus ombros.

Eu retirei seu braço de mim delicadamente, seus olhos eram inquisidores sobre os meus, porém eu apenas consegui sorrir me desculpando.

-Acho que não podemos. –Eu disse vagarosamente, olhando o sol se pondo.

-Por quê?

-Eu... Não sei, Edward.- Admiti derrotada. –Só sei que foi errado o que aconteceu no cinema.

-Não achei e você pareceu gostar. –Comentou categórico.

-E gostei. –Assenti. –Mas eu não sei se estou prepara psicologicamente para isso. –E apontei para nós dois.

-Você está com medo? –Edward me perguntou incrédulo.

-Sim, de me magoar. – Falei com a voz embargada de lágrimas.

Ele me abraçou me confortando, eu sei que eu disse que não queria, mas adorei sua atitude. Fez com que eu me sentisse protegida, mas ele estragou tudo quando me prometeu:

-Eu jamais irei te machucar, Bella. –Assim que ele proferiu essas palavras, eu estremeci completamente. – O que foi?

-Foi o que Jake disse, antes de... –Eu não consegui terminar a frase, pois comecei a chorar compulsivamente.

-Aquele verme! –Ele bradou furioso se levantando. –Ele merece uma lição!

-Não! – Falei desesperada, o segurando pelo braço. –Não faça nada, por favor.

Ele me olhou colérico, mas eu o abracei mesmo assim. Eu apertei ao meu corpo, tentando me sentir melhor e que ele esquecesse o que quer que ele estivesse pensando em fazer. Só o soltei quando minhas lágrimas secaram e não ameaçavam mais a cair.

-Eu me sinto segura com você. –Comentei mais pra mim do que para ele.

-Não deveria.

-Por quê? –Perguntei olhando bem nos seus olhos.

-Por que eu sinto tudo, menos segurança quando estou com você. –Confessou me fazendo rir um pouco, mas o riso demorou pouco, pois ele me afastou segurando meus braços e me olhou sério. –Se apaixonar por mim é perigoso, Bella.

-Ok. –Eu disse como se eu tivesse certeza de algo que na verdade eu não tinha.

-Então... Nada de amor ou paixonite entre nós, tá? –Propôs olhando-me bem nos olhos e com um pequeno sorriso nos lábios.

-Aham. – E lhe estendi minha mão como se para selar nosso acordo. –Nada de paixonite ou amor.

Ele pegou na minha mão, mas ele invés de balança-la, ele me puxou fazendo-me trombar em seu musculoso corpo e sorrindo abertamente me beijou, lento mais intenso. Sua mão que antes estavam no meu braço, foi até minha nuca e embrenhou seus dedos no meu cabelo. Percebi que sua ávida língua pedia passagem para meus lábios e eu entreabri, permitindo.

Nossas línguas começaram a se atacar ferozmente e eu precisei ficar na ponta dos pés para aproveitar ao máximo. Percebendo minha situação, ele espalmou suas mãos na parte de dentro das minhas coxas, fazendo-me impulsionar e me colocou sobre o capô do carro, ficando nós dois no mesmo tamanho.

Depois de um longo tempo nos beijando, ele apenas me soltou e ficou dando alguns selinhos nos meus lábios e depois sorriu se separando de mim vagarosamente.

-Feito. – E abriu aquele sorriso torto que eu tanto amo.