Amor Sob Suspeita escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 19
Capítulo 18 - Banho a dois.


Notas iniciais do capítulo

Gente, sorry pela demora, mas aqui está mais um cap fresquinho... Quero agradecer a tds que deixaram reviews e aos que não deixaram, peço-lhe que deixe... Mas enfim, aqui está.



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EDWARD’S POV

Seus olhos tremiam, seus lábios se retorciam num sorriso singelo e às vezes seu corpo se mexia ligeiramente. Isso queria dizer que ela estava sonhando... E ouso a afirmar que ela estava sonhando comigo.

-Edward... – Sussurrou bem baixinho, puxando meu braço mais pra si.

-Sim, Bells? – Respondi a aconchegando mais em meu corpo.

-Edward... – Repetiu o mesmo sussurro e eu tive que levantar um pouco para notar que ela estava dormindo ainda. – Eu...

Viu? Ela estava tão linda... Principalmente vista daqui de cima, enquanto seu rosto esta sobre meu peito. Seus negros cabelos caiam em cascatas sob suas costas, cobrindo-lhe sua pele alva como neve.

-Edward, eu te amo... –Secretou e eu prendi minha respiração.

Eu não acreditava que estava ouvindo isso da sua boca, mesmo que ela havia dito em sonho. Do jeito que Bella é, se soubesse que acabou de proferir essas palavras pra mim, era capaz de negar até a morte! Essa minha marrenta...

-... Não vai embora. – E eu iria pra onde, se sem ela, estou perdido? Pensei comigo mesmo.

Eu não acredito o quão estou ligado a essa garota, como se eu precisasse dela. Quando eu vim para cidade, havia prometido a mim mesmo que não arranjaria problemas, mas não é que os problemas vieram até mim personificados nela?

Sei que no inicio estava só a provocando, pois a achava uma tremenda metida que pensava que é melhor que todo mundo, mas agora... Tudo mudou!  Eu a acho muito parecida comigo, de uma forma diferente. Ah... Eu sei que não faz sentindo, mas é o que estou sentindo agora, enquanto olho pra ela.

Sei que ela não está pronta pra admitir que esteja apaixonada por mim, acho que nem eu estou também. Também tenho certeza que ela ainda não confia em mim plenamente, pelo menos, não fora da cama... Por isso que concordei com essa amizade colorida.

Ela se mexeu novamente, agora se espreguiçando. Fechei rapidamente os olhos e percebi que ela suavemente beijou meus lábios e acariciou meu cabelo, senti o seu peso sobre o meu corpo e sua respiração quente na minha pele.

Suas mãos desceram até meus ombros, peito e barriga. Seus dedos me tocavam tão delicadamente que até fazia cócegas. Não aguentando, comecei a rir.

-Deus! –Assustou-se e depois me deu uma tapa. – Você estava acordado! –Acusou.

Apenas sorri torto e ela corou.

Toquei-lhe as maças do rosto e ela institivamente fechou os olhos. Com minha palma, acariciei sua nuca, embrenhando meus dedos em seus cabelos a puxando pra mim. Seus lábios roçaram nos meus, entreabrindo-os.

-Bom dia, amigo. – Falou na minha boca.

Eu ri.

-Bom dia, amiga. – Espalmei minhas mãos em suas costas que logo ficaram arrepiadas. – Dormiu bem? –Perguntei pra saber se ela teria coragem de assumir que sonhou comigo.

-Sim e você? – Sua boca estava no meu queixo, eu apenas assenti. – Sério... Você precisa fazer a barba!

-Ãh? – Só ela mesmo pra transformar uma cena de amor brando, numa gozação. - Eu gosto...

-Mas pinica! –Reclamou. – Você tem que fazer!

-E cadê a democracia, hein amiga? –Perguntei lembrando-a das suas “regras” – Você não pode me obrigar a fazer algo que eu não quero.

Ela ergueu uma sobrancelha e quando viu que eu não ia ceder, levantou da cama, puxando a coberta consigo. Olhou-me sorrateiramente e sorriu enquanto falava:

-Beleza, se você não faz a barba, eu também não depilo as pernas. Ótimo, vai me poupar muito tempo! – Avisou-me e quando viu que nem me abalei, completou: – Aliás, que tal eu não depilar nada? Poxa, por que eu nunca pensei nisso antes...? Edward, você pode ficar com sua barba!

-Você não pode estar falando sério... - Falei duvidando que ela não se depilasse somente por eu usar barba, é idiotice! – Vai fazer greve de depilação?

-Você não vai fazer a barba? – Usou o mesmo tom que eu.

-Não. – Falei duvidando que ela fizesse essa tal greve.

-Então vou! – E saiu batendo a porta.

Primeiro dia, eu fiquei naquela de não acreditar.

Segundo dia, comecei a achar que ela não aguentaria...

No terceiro, relevei... Ela fica bonita de qualquer jeito.

No sétimo...

-Tá, eu faço a barba! – Rendi-me e ela suspirou.

-Graças a Deus! Eu não aguento mais ficar sem fazer a perna... –Disse indo para o banheiro, eu a segui.

Ela estava sentada na quina da banheira, preparando o banho. Eu peguei as laminas de barbear no armário. Ela estava tão próxima da banheira... Que simplesmente não resisti!

BOOM!

-Merda, EDWARD! – Esperneou, fazendo com que água voasse pra tudo que é lado.

-Ah, agora parece uma pintinha molhada! –Brinquei e ela rosnou. – Ui, a pintinha rosna!

-Vem cá que eu vou lhe mostrar quem é a pintinha! – E me puxou pela cintura e por mais que eu tentasse me segurar no Box, acabei caindo com tudo na banheira quente. – Há, há, há!  Agora quem é o pintinho molhado?

-Minha pintinha... – Falei a provocando. –Você está perdida! – E travei uma guerra épica.

Ela se debatia enquanto eu tentava lhe fazer cócegas, mas só conseguindo fazer com que a agua voasse mais para o alto. Ela batia em minha mão e me impedia de conquistar meu objetivo. Então, abri o chuveiro e Bella começou a se engasgar com a torrente de água que caía em sua cabeça.

Ela se jogou brava em minha direção, só que ao contrário do que ela pensava isso facilitou que eu a agarrasse. Porem a vontade de lhe fazer cócegas cessou e outra vontade se apoderou do meu corpo, tendo a ali tão pertinho de mim.

Nossos olhares se tornaram sérios, nossas respirações descompassadas e nossas bocas começaram a se aproximar lentamente. Mas a Santa Bella fez questão de virar o rosto e franzindo o nariz, disse:

-Nem pensar! – Falou se afastando. – Eu não vou beijar você com essa barba de Moisés!

Só de pirraça, rocei minha barba em seu pescoço, mas ela me deu uma tapa em resposta. Empurrando-me para longe, pôde tirar a roupa encharcada, jogando-a no piso já também molhado do banheiro. Pegou o creme e a lamina de barbear, depois veio vindo à minha direção com uma expressão desafiadora.

-Você vai fazer a barba, não vai? – Perguntou sacudindo o creme e aplicando no meu rosto, ela lentamente foi passando a lamina.

-Nossa, se todas as vezes que me barbeasse fosse uma morena dessa nua que fizesse, eu faria todo dia! – Comentei e ela riu.

Depois de alguns minutos senti meu rosto mais limpo, Bella se aproximou e me beijou. Primeiro na bochecha, depois no queixo e por último na boca, onde sua língua buscou a minha esfomeadamente. Suas unhas cravaram em minha camisa e em segundos toda minha roupa estava no chão, junto com a sua.

Ela se sentou no meu colo, pois estava pequeno pra nós dois ali e começou a se depilar. Não aguentando mais, mordi seu lóbulo e ela estremeceu, fazendo com que ela se cortasse, rapidamente sua perna alva foi tingida de sangue.

-Ai. – Gemeu mordendo o lábio. –Tá vendo o que você me fez fazer?

-Desculpe... –Pedi carinhoso e ela se virou, encostando-se à outra quina da banheira. Puxei sua perna e beijei seu machucado. –Já vai passar, viu? Deixa que eu termine pra você.

Delicadamente, fui passando o aparelho pela sua perna no maior cuidado para não lhe causar nenhum ferimento. Depois que o trabalho foi feito, ela sorriu e veio até mim, me abraçando. Ela mordeu meu queixo sensualmente, eu gostei disso.

- Tá vendo, não dá pra fazer isso com aquela barba... - E voltou a me beijar.

Nossa, nossos beijos eram tão bons, perfeitos, eu diria...  A cada toque, parecia ser único, como se fosse a primeira vez que ela me tocava ou que alguém me tocava. Era mágico, pois ela conseguia fazer com que cada fibra do meu ser reagisse a ela.

-Bella, eu te... –Ela parou e eu também. O que eu estava pensando, quase falando isso pra ela sem querer? –Quero agora. – Complementei de imediato, ela aceitou.

(...)

Ainda estávamos na banheira e Bella estava aninhada nos meus braços, era tão bom me sentir como se a estivesse protegendo. Eu lentamente passava sabonete em seu pescoço, enquanto ela descansava sua cabeça em meu ombro.

-Já é setembro... – Comentei e ela lentamente abriu os olhos.

-E o que é que tem? – Ela perguntou confusa.

-Primeiro, terei de um julgamento, sabe, sobre minha restrição a NY. – Ela assentiu, fechando os olhos novamente. – E o mais importante, é o mês do seu aniversário!

-Ah Edward, esqueça o que quer que você esteja planejando pra essa data, é sério! – Disse séria, se sentando eretamente. – Eu não curto muito essa data e não gosto dessa palhaçada de festinha...

Mas iria passar a gostar, pois eu e Charlie já havíamos planejado uma festa de arromba para comemorar os dezoito anos dela, mas até lá, é segredo!

-Ah, não tudo bem... Só queria saber o que você quer de presente.  – Menti, pois até seu presente eu já havia comprado, comprei uma pulseira de diamantes, mas se ela quisesse outra coisa, daria os dois.

-Que tal você embalado pra presente? –Perguntou sugestiva.

-Não, tem que ser uma coisa que você ainda não tenha. – Disse lhe beijando e percebi que amoleci um pouquinho seu coração com essa declaração.

De repente, nós ouvimos o bater da porta e aí, foi um corre-corre dos infernos. Nós tentávamos sair ao mesmo tempo, nos enrolar numa toalha só e entrar no quarto rápido, só que Bella escorregou no corredor e como estávamos enrolados numa toalha só foi me levando junto para o chão.

-Deus, como você é desastrada!  -Reclamei baixinho, mas quando eu ouvi que Charlie já estava subindo as escadas, tratei de catar minha namorada, quer dizer, amiga e tacá-la dentro do quarto.

-Ufa! – Suspiramos aliviados.

Colamos os ouvidos na porta e podemos ouvir o pai de Bella chegar  pesadamente ao andar de cima, suspirar e...

-EDWARD E BELLA, Que bagunça é essa aqui?! – Gritou irritado.


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Notas finais do capítulo

Reviews, recomendações, reclamações, ou seja, qualquer coisa que vocês deixarem na fic são bem vindos!