Amor Sob Suspeita escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 18
Capítulo 17 - Amizade colorida, poode!


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, obrigada pelos reviews... Mesmo assim quero mais! Gente... Eu tenho quase 100 leitores e só poucas pessoas deixam reviews? Não é justo!
Mas enfim, como prometido aqui está mais um cap, mais longo e com cenas mais hots... Espero que curtam!



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-É impressão minha ou hoje foi bem melhor do que naquele dia? – Edward perguntou.

-Oh, hoje você lembrou que meu nome é Bella, não é garotão? –Falei com o meu rosto em seu peito. – Além do quê... – Comecei falando olhando para seu rosto relaxado. – A pratica leva a perfeição.

Ele riu e eu passei primeiro minha perna sobre seu corpo e depois fiquei em cima dele, meus cabelos estavam caindo em cascatas ao redor de nós como uma cortina que nos dava a sensação de mais privacidade e ele me olhou arqueando as sobrancelhas.

-De novo? – Perguntou-me surpreso e eu apenas sorri. – Bella, estamos brincando com fogo... Se Charlie chega aqui e pega a gente assim?

-Vai ser um bom modo de morrer, não acha? –Perguntei de brincadeira, mas ele não riu.

-Bom só se for pra você. – Falou me empurrando delicadamente para que eu deitasse ao seu lado. – Não é você que vai levar um tiro na cabeça...

Eu deitei-me de lado, pus minha cabeça apoiada na minha mão e fiquei olhando-o, ele é tão lindo... Cada curva do seu corpo, até aquela tatuagem perto da virilha o torna super sexy. E eu sabia que esse interesse por mim acabaria assim que a tal Tania aparecesse novamente na vida dele. Só de pensar que na outra vez que dormimos juntos, ele disse o nome dela... Argh, eu já fico possessa de ciúme.

-Então não vamos transar mais, certo? –Perguntei seca e ele riu.

-Você quer tanto assim? –Falou me puxando pra si.

-Não, só pra saber... –Falei me soltando dele. – Edward... Vai dormir na sua cama, vai.

-Ãh? –Perguntou confuso. – Você está me expulsando da sua cama por causa disso?

-Não, só já tô a fim de dormir.

-Mas...

-Mas... O quê? –Perguntei com meu tom costumeiro de mau humor. – Edward, nós ficamos, foi ótimo, mas agora está na hora de dormir, não acha?

-Bella, acabamos de fazer amor...

Eu ri de escárnio.

-Pelo amor de Deus Edward, não seja tão gay. – Disse num acidez que antes era tão comum... – Edward, eu ainda tô fula da vida com você e não sou sua namorada. – Falei dura e ele estremeceu.

-Então, será assim? Você fica comigo e depois me joga pra escanteio? –Perguntou bastante incrédulo por eu ter feito a mesma coisa que ele havia me proposto tempos atrás.

-Ah, você fica ofendido quando é com você, mas quando você fez comigo você acha super normal? –Perguntei irônica.

-Naquela época eu não te conhecia como hoje e eu não me sentia como me sinto agora. –Observou, puxando para seus braços. Olha lá, um ataque cardíaco à vista!

 – O jogo só se inverteu, meu bem. – Comentei num tom meio insensível, confesso.

-Então, você quer ficar comigo de novo, mas sem nenhum compromisso? –Perguntou em tom de sugestão, mas não me pareceu gostar da ideia tanto assim.

-Garoto esperto. –Falei sorrindo, mas por dentro meu coração dava pancadas no meu cérebro. – Você tem uma relação mal resolvida e doentia com sua ex e sério? Eu não quero correr o risco de me sentir ofendida só por que você trocou meu nome com o dela de novo.  – Eu sei que eu me sentiria ofendida se isso acontece de qualquer forma, mas ele não precisava saber disso...

-Bella, acho isso meio estranho. – Admitiu franzindo o nariz e retorcendo a boca.

-Edward... – Suspirei saboreando seu nome na minha boca. – Encare como uma amizade colorida, muitas pessoas fazem isso...

-Fazem?!

-Se não fizessem, não teriam até um nome, né? – Revirei os olhos.

Ele assentiu pensativo.

Eu sabia que estava sendo severa pra caramba com ele, mas eu também não ia ser idiota o bastante pra acreditar que ele estava magicamente apaixonado por mim e aí de repente, a ex dele volta e ele pega e me diz um adeus todo feliz e eu fico como? Não, não vou pagar pra ver isso nem a pau!

-Será que vai dar certo? –Perguntou reticente.

-Olha, você quer ficar comigo? –Perguntei sem paciência, eu não queria que ele argumentasse, pois certamente venceria.

-Quero, mais que tudo! – Garantiu-me veemente e eu me controlei pra não me derreter que nem uma geleira na Antártica.

-Então vai ter que ser do meu jeito, se não eu não quero. –Disse a maior mentira da minha vida, é logico que eu o queria de qualquer jeito! Aposto se ele me pedisse em casamento agora, eu aceitaria sem pensar nenhuma vez. Mas, de novo, ele não precisa saber disso...

-Então quais serão as regras? –Perguntou parecendo interessado em participar e colaborar.

Eu me sentei na cama e já comecei a pensar nos limites que esse relacionamento teria. Já com a primeira regra na cabeça, falei:

-Nada de chamar um ao outro de mô, mozão ou qualquer derivado dessa palavra e também outro apelido ridículo que os casais dão quando estão pateticamente apaixonados...  Está proibido!– Falei estremecendo. Eu odiava essa melação toda!

-Aceito.

-Nada de ficar andando de mão dada na frente dos outros, isso pode fazer um alarde para nós que não queremos, certo?

-Certo e também aceito essa regra.

-Ótimo, deixe-me ver... –Parei pra pensar. – Ah! Nada de satisfações vinte e quatro horas! Eu não suporto que fiquem me ligando toda hora pra saber onde eu estou e o que eu tô fazendo. – Contei-lhe. – E não é por que eu tô transando com você que eu vou passar a gostar.

-Aceito... Em parte. – Eu ergui uma sobrancelha e ele tratou de explicar seu ponto de vista. – Quer dizer que eu nunca poderei saber onde você está?

-De poder, pode. Só não quero que haja cobrança entre nós dois... Pois, daqui a pouco você me liga em cinco em cinco minutos e ficar me perguntando onde eu tô e coisa e tal e isso também vale em relação a você e também não preciso contar tudo pra você nem você pra mim. – Não sei se perceberam, mas isso foi um aviso pra mim, ok?

-Hum... Gostei. – Sorriu. – O que mais?

-Nada de obrigações. –Falei.- Eu não sou obrigada a passar vinte e quatro horas com você e nem você comigo.

-Como, por exemplo...?

-Sei lá... Uma noite se eu não quiser dormir com você, você não pode me obrigar. Como também eu não posso te obrigar a fazer sexo na hora que eu quiser. Ambas as partes tem que estar de acordo sempre! – Mesmo que esse acordo poderá e sofrerá alterações...

-Ah... Pra mim tudo bem. – Deu de ombros. – Mas só um rápido comentário... Que amiga colorida ninfomaníaca eu fui arranjar, hein?

-Tá arrependido? –Perguntei provocante em seu ouvido. –Aposto que tem outros que adorariam ter esses privilégios... – Percebi ele enrijecer os músculos.

-Só quero acrescentar uma única regra nessa sua lista, ok? –Pediu sério.

-E qual seria? –Perguntei curiosa para saber qual seria a regra tão importante pra ele.

-Sei que não somos um casal nem nada, mas, por favor, temos que ter, pelo menos, respeito um pelo outro. – Eu assenti concordando com gênero, número e grau. –Sair com outras pessoas é extremamente proibido!

Oh, o coitado estava traumatizado! Mas quem em sã consciência trairia essa perfeição humana além daquela cabeça de vento da Tania? Eu mesma que não!

-Aceito e isso vale pra nós dois. – Avisei-lhe com uma pitada de ciúme, confesso.

-Poxa, muitas garotas vão ficar arrasadas... – Brincou, mas eu não achei graça alguma.

Dei um tapa nele, fez mais barulho do que estrago.

-Idiota. – Murmurei.

-Ai! – Gemeu fazendo um biquinho lindo. - Bora... Fazer alguma coisa juntos antes de dormir cada um na sua cama? –Perguntou sugestivamente.

-Como o quê?

-Sei lá, assistirmos um filme... Liga aí a TV. – Eu peguei o controle na cabeceira e liguei. – Bob esponja! – Se alegrou e eu olhei para ele cética. – Qual é? Você não teve infância, não?

-Aham, mas já passou e a sua? -Perguntei zombeteira.

-Recordar é viver, benzinho. – Eu o olhei repreendendo pelo apelido. – Desculpe foi sem intenção.

-Tudo bem, mozão. – Ele estremeceu.

-É, nada de apelidos. – Falou sério e eu percebi que tinha mais coisa nisso, mas também não quis perguntar, ia contra a regra.

Depois de zapear por um milhão de canais que não passava nada que preste, encontrei um filme da Angelina Jolie com Antônio Banderas em que eu e Edward concordamos em assistir. O filme até que era bom, só que tinha muita agarração e não era uma boa ideia para uma pessoa que estava no meu estado assistir e Angelina ficava pelada demais pro meu gosto.

Toda vez que ela aparecia nem que seja seminua, eu beijava Edward para empata-lo de ver aquela mulher sensacional e ver o quão medíocre eu sou... E qual é, vai me dizer que você jamais fez isso? Já estava na terceira cena de nudez, quando Edward pergunta:

-Você vai me deixar assistir o filme ou não? –Perguntou sorrindo torto percebendo o que eu estava fazendo.

-Ah, claro. – Falei sem graça, voltando-me a deitar em seu peito e a assistir o filme.

Quando Angelina e Antônio se pegam realmente, eu já estava ligada pra caramba e respirava com dificuldade, mas fingia indiferença e fiquei acariciando delicadamente seu abdômen. Ele só podia tá dormindo, pois ninguém pode ser tão controlado assim! Virei-me e o vi que seus olhos estavam nublados e afiados na minha direção.

-Que foi Edward? – Perguntei fingindo inocência.

Invés de me responder, ele rolou para o lado e pairando em cima de mim. Seu sorriso torto havia mudado e se tornado extremamente malicioso. Ele tirou o cabelo do meu rosto e eu sorri me levantando um pouco, mas ele me empurrou um pouco violentamente de volta pra cama.

-Aonde você pensa que vai? –Perguntou em tom ríspido, mas eu sabia que ser grosso não era sua intenção.

-Desligar a TV. – Falei levantando-me novamente só para ser jogada de novo na cama.

-Deixa ligada, tô nem aí! – Eu mordi o lábio como se estivesse na duvida, mas era só para atiça-lo mais, pois eu sabia que isso o atraía.

-Mas e Charlie, Edward? –Perguntei como se eu me importasse realmente com isso.

-Charlie tá no vigésimo sono, não vai acordar nem quando você gritar. – Observou impaciente.

-E por que eu gritaria? –Perguntei zombeteira e ele seu sorriso se restringiu ao canto da sua boca.

-Você vai ver.

Ele se encaixou no meu corpo e puxou minha perna para mais perto, alisando-as de forma lenta, porém intima. Respirei ofegante, mas não gemi só por pura pirraça mesmo. Ele veio até meu pescoço e depositou beijos molhados e mordidas leves até minha boca. Puxei seu cabelo para minha direção, para que nosso beijo se aprofundasse mais, mas ele apenas mordiscou meu lábio inferior entreabrindo minha boca.

Ele voltou a se sustentar com as mãos e a pairar sobre mim e foi minha vez de atacar. Joguei-me sobre ele e Edward se sentou levando-me com ele. Beijei-lhe de olhos fechados seu ombro, aproveitando cada contato, cada toque, cada roçar de lábios na minha pele como se isso fosse a nossa última vez.

Abracei-lhe como se sem ele, eu não pudesse sobreviver. Talvez fosse verdade, porém eu não me importava e também não queria fugir dele, não mais. Eu o queria, por inteiro. Com e sem defeitos, eu o queria. Sem pudor, sem restrições, me entreguei.

Ele investia lentamente contra o meu corpo e eu sentia meu corpo esmorecer e viver ao mesmo tempo, se isso lá é possível. Nossas bocas se encontravam ocasionalmente, sempre esfomeadas como se não se tocasse há anos, mortas de saudades do sabor da língua do outro.

Suas mãos sempre me apertando contra seu corpo, enquanto seu corpo movia tão ritmicamente quanto uma musica bem elaborada. A procura por ar era constante, tanto quanto nossos olhos buscavam o olhar do parceiro.

Sussurros ao pé do ouvido, carícias intimas, arranhões afiados, suor, pele e paixão tudo misturado num lugar só de uma forma deliciosamente diferente, onde não sabíamos mais discernir o que era certo ou errado. Eu me sentia feliz, como nunca estive na vida.  

Muito mais do que quando eu me drogava até perder a completamente a consciência do que eu estava fazendo, me sentindo uma morta-viva. Aqui e agora, eu me sentia mais viva do que nunca... Como se... Como se... Edward se tornasse uma nova droga pra mim.


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Notas finais do capítulo

Que tal deixar reviews para essa reles escritora ser incentivada a escrever mais E melhor? beijos.