Amor Sob Suspeita escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 11
Capítulo 10 - Visita inesperada derrete geleiras!


Notas iniciais do capítulo

E aí sentiram minha falta?
Pois eu senti a de vocês, então aqui está o capítulo...



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Nossa, sabe uma coisa chamada frieza?

Bom se sabe, conhece ou qualquer coisa do tipo, entende como Edward andou me tratando durante o resto dessa semana todinha. Ele nem parece me notar mais... Será que virei invisível e ainda não notei?

E para piorar a semana, Alice arranjou um estagio/bolsa de estudos mega legal em Tóquio! E sem pensar duas vezes, ela foi de mala e cuia, coitado do Jasper... Espero que ele não se enrabiche por uma vagaba da faculdade, na qual, diga-se de passagem, Edward estuda também e esqueça minha amiga!

Até a Ângela me deixou de lado para cuidar dos seus irmãos gêmeos enquanto seus pais estão numa vigésima lua de mel pela África, por um mês ou mais... Bom, pelo menos ninguém anda enchendo minha santa minúscula paciência com toda aquela droga sobre o meu ou não relacionamento com Edward.

Pensei que era impressão minha, mas ele realmente parou de falar comigo... Até Charlie percebeu! Ficou perguntando toda hora se a gente tinha brigado, mas Edward logo desconversou com um papo de trabalho.

E pra falar em trabalho, no orfanato ele se tornou o mais novo queridinho das crianças e do Sr. Cliff. Tornamo-nos os dois coordenadores, porém algumas pessoas ficaram reticentes em relação a ele ao saber que já foi preso...

 Eu já estava acostumada com o seu silêncio habitual, quer dizer, não achava mais tão estranho como antes, quando tudo virou de cabeça pra baixo por causa de uma visita inesperada. Quer dizer como aquilo aconteceu?!

Ontem, eu estava lá no meu trabalho super legal, cuidado das minhas crianças e as ensinando desenhar quando ouço uma batida na porta e assim que me viro para olhar pela janelinha, encontro Jake acenado e sorrindo feito um bobão pra mim.

Eu apontei para o relógio e mostrei cinco dedos fazendo-o entender e dizer que me esperaria, infelizmente. Assim que fui liberada fui ao seu encontro, já irritada.

- O que quer aqui? –Perguntei ríspida.

-Quero conversar com você, Bella. Desculpar-me. –Falou olhando para os pés. –Eu não quis te...

-Não aqui! –Exasperei pondo a mão em sua boca.

Olhei para os lados me certificando que ninguém estava ouvindo, porém engoli a seco quando percebi que a pessoa que eu menos queria que visse isso, estava me encarando com suas duas bolas verdes nada contentes.

E para piorar a situação, ele veio praticamente marchando na nossa direção e parecia estar estraçalhando a cabeça de Jacob em pensamento. Suas mãos que estavam cerradas em punhos se fecharam na minha cintura me puxando para trás e me trombando em seu corpo.

-Ele está te incomodando, Bella? –Sua voz parecia um grunhido raivoso.

-Não, ele somente quer conversar comigo. –Expliquei nervosa por estar tão próxima de seu corpo e a sua respiração pela boca bem perto da minha nuca, com certeza, estava me causando arrepios.

-É, conversar. Preciso falar algo com ela. –Complementou Jake, pelo que me pareceu, um pouco nervoso também.

-Então fale logo. –Edward sibilou autoritário.

-Na sua frente?! De jeito nenhum! –Falou veemente.

-Então tchau. –E me puxou consigo para longe de Jake.

-Edward, me larga! –Pedi áspera. –Eu sou suficientemente capaz de decidir por mim mesma!

-Bella, seja razoável. –Pediu angustiado.

Ele olhou para os lados e me arrastou para uma sala vazia. Fiquei surpresa com o seu ato, mas esperei ele falar. De braços cruzados  encostei-me a uma mesa de professor, enquanto ele andava de um lado a outro.

-Bella, eu me importo com você... - Eu bufei assim que ele proferiu essas palavras e ele me olhou sério. – Eu realmente me preocupo com você.

-Há! Você quer dizer a mim, a quem você não fala a quase uma semana, que se importa comigo? –Perguntei retórica e irônica ao mesmo tempo. –Poupe-me, Edward.

-Você não vê que fiz pelo seu bem? – Seus olhos pareciam estar atormentados.

-Eu não acho que seja esse o caso. –Comentei pensativa.

-Então o que acha? –Perguntou ríspido novamente.

-Que você tem medo de mim. –Afirmei apertando bem os braços no peito.

Ele riu seco.

-Eu não tenho medo de você, acredite. –Riu de escárnio. –Mas você deveria, se fosse esperta.

 -Por que foi preso? –Perguntei atrevida, enfrentando ele. Ignorei completamente ao fato dele ter me chamado de burra.

-Não por isso, mas... –Ele parou como se desistisse de continuar o que estava falando.

-Termine. –Desafiei-o com o olhar.

-Garota...

-O quê é, Edward? – Perguntei com descaso.

-Pare de me provocar. –Pediu em tom de ameaça.

-Eu não estou te provocando. – Disse travessamente inocente. –Impressão sua.

Seus olhos queimaram aos meus e minha respiração começou a sair pesadamente e meu coração disparar feito um maratonista numa corrida quando ele se aproximou de mim. Esperei sua reação quieta, sem dizer mais nenhuma palavra.

-O que foi, perdeu a língua? – Debochou se colando a mim. –Peraí que eu já acho.

E me beijou com sofreguidão, puxando-me para mais perto a cada segundo. Ele me apertava tanto contra si que já tinha visto a hora de ficar esmagada entre ele a mesa. Sua língua explorava cada canto da minha boca, enquanto suas mãos percorriam o resto do meu corpo.

Percebi quando suas mãos me impulsionaram para sentar-me à mesa, mas não desgrudando nenhum segundo sua boca da minha. Não sei onde conseguimos tanto ar, acho que um estava usando o oxigênio do outro, só pode.

Suas mãos pareciam estar em todos  os lugares ao mesmo tempo. Eu sentia meu corpo inteiro vibrar ao seu toque, porém quando ele pôs a mão por debaixo da blusa, ele mesmo parou.

-Por que parou? –Perguntei um pouco frustrada, admito.

 -Não posso fazer isso aqui. – Disse se afastando um pouco de mim, apenas para me olhar nos olhos. – Quero fazer isso direito.

-Como assim? –Perguntei tentando puxá-lo para mim, sem sucesso.

-Primeiro, eu não quero acabar transando com você, numa mesa dentro de uma sala de aula do orfanato. –Falou apontando para mesa que eu mesma me encontrava . – Segundo, não acho certo ficar te beijando assim... Sem nenhum compromisso.

-Sério?! – Praticamente engasguei de incredibilidade.

-Acho que devo isso ao Charlie, pelo menos. –Deu de ombros. – E também meu pai me ensinou que devemos tratar uma mulher sempre como uma dama... Mesmo que a mulher de quem eu me refiro, não se pareça com uma.

-Ei. – Bati em seu braço, ofendida.

-Desculpe, não resisti. – E me deu um beijinho rápido. – Eu vou falar com Charlie, hoje à noite.

 -Merda, e o Jake? – Lembrando-me que eu tinha esquecido completamente da sua presença do outro lado da porta.

-Boa pergunta.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?